Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

Quando saíram do apartamento de Anahí e subiram no carro, já era noite fechada. Alfonso a observou com a extremidade do olho enquanto manobrava para incorporar-se ao tráfego. Vestia uns jeans que acentuavam as curvas de seu corpo e uma blusa de manga curta de uma cor amarela pálida. Sem afastar o olhar da escura estrada que se abria ante eles, Anahí acariciava brandamente a ferida com a ponta dos dedos. Ele agarrou sua mão e a apertou com ternura, captando toda sua atenção.

-- Está segura de que não quer ver um médico? -- perguntou arqueando as sobrancelhas.

Ela descansou as mãos sobre o colo e sacudiu a cabeça.

-- Estou bem, de verdade -- assegurou -- Além disso, não gostaria de passar horas esperando em um hospital, para que um médico me diga que tenho um galo na cabeça. Até porque isso eu já sei. -- E acompanhou suas palavras com um sorriso cálido e sincero.

Deus! Voltava-o louco cada vez que lhe sorria daquela maneira. Como ia ser capaz de colocá-la em sua cama e manter as mãos afastadas dela, quando a única coisa que podia pensar era em beijá-la, acariciá-la e acabar o que tinham começado no lavabo do diretor?

Sabia que se queria que lhe considerasse algo mais que um playboy amalucado, algo mais que Alfonso Herrera "O Selvagem" de que todos falavam, tinha que manter as mãos a boa distância e pensar numa estratégia. E rápido. Tinha que conseguir que Anahí visse nele alguém com quem ter uma relação séria e não só a um tipo com o que desfrutar de um queda no celeiro.

E aquilo era tão novo para ele... Nunca antes tinha adotado aquela estratégia e não queria enfiar o pé na jaca. Uma coisa era certa: enquanto ela dormisse em sua cama, ele devia permanecer afastado dela. Porque se não o fizesse, necessitaria algo mais que força de vontade para não lhe cobrir o corpo de ardentes beijos, apertar seu quadril contra o dela, provar o sabor de seus mamilos e abrir suas pernas para mergulhar na úmida calidez de seu sexo.

Merda, o Pequeno Poncho acabava de voltar para a vida. Apartou a um lado tais pensamentos e se concentrou na estrada que se abria frente a ele. De acordo, afastar-se da cama tinha que ser sua prioridade número um. Não tinha sentido ficar a prova perante semelhante tentação. De repente, as tripas de Anahí rugiram.

-- Deve estar morta de fome -- disse ele.

Ela assentiu.

-- Um pouco. -- Seu estômago grunhiu de novo, esta vez com mais força. Riu e disse -- Certo, admito, muito.

-- Claro! Afinal não comeu o sanduíche.

Anahí olhou de esguelha.

-- Distraí-me um pouco. Tinha alguma... investigação que terminar. - Pediu desculpas com o olhar.

-- Sinto muito.

-- Não, não sente -- provocou ela, com um sorriso nos lábios.

Alfonso levantou as mãos em um claro ato de rendição.

-- Certo, pegou-me, mas assumo todas as minhas responsabilidades.

Anahí afastou o olhar da estrada, com uma expressão de indignação no rosto.

-- Assim que eu gosto -- acrescentou brincalhona.

-- Conheço o lugar ideal. É um restaurante italiano autêntico, que as receitas passam de geração em geração. Vai te encantar.

De repente seu estômago se uniu ao coro de rugidos. Anahí respondeu com uma gargalhada. Aconchegou-se no assento e disse:

-- Soa bem.

Alfonso pisou no freio e trocou o sentido da marcha. Ambos permaneceram calados o resto do caminho, perdidos em seus pensamentos enquanto se dirigiam ao outro lado da cidade.

Em menos de meia hora chegaram a Isabella's. Alfonso desligou o motor e olhou ao seu redor.