Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

Anahí parecia mais animada. Quadrou os ombros e se incorporou no assento.

-- Ouvi falar deste lugar. Não precisa reservar antes? - Ele sorriu.

-- Não. Tenho bons contatos.

-- Sério?

-- Costumava passar muitas horas aqui quando pequeno. -- Fez um gesto para frente com a cabeça -- Cresci justamente ao virar a esquina.

Laura abriu desmesuradamente seus preciosos olhos verdes. Estava intrigada.

-- De verdade? E seus pais ainda vivem aqui?

Alfonso sacudiu a cabeça.

-- Não, meu pai se foi quando eu era um menino e minha mãe... Bom, ela e eu nunca nos demos muito bem. Suponho que recordava muito ao meu pai. -- A tristeza caiu sobre ele como se fosse uma grossa manta. -- Morreu há alguns anos.

Anahí acariciou seu braço, tratando de lhe dar consolo.

-- Sinto muito, Poncho. Não posso nem imaginar quão duro deve ter sido para você. Sempre me dei bem com meus pais. Ainda hoje seguimos nos reunindo cada domingo para comer juntos.

Ele sorriu. Sua preocupação lhe trazia um alívio. Assinalou o restaurante com a cabeça.

-- Tony e Isabella me trataram sempre como a um filho. Inclusive paguei a universidade trabalhando em sua cozinha. -- Abriu a porta do carro. -- Vamos, entrar logo, quero que os conheça.

Rodeou o carro e se agarraram da mão. As luzes da rua projetavam círculos perfeitos sobre a calçada e iluminavam os cantos mais escuros das ruas. Anahí tremeu ao sentir o frio ar da noite sobre a pele. Alfonso a rodeou com um braço, oferecendo seu calor. Deu de presente um sorriso e avançou a seu lado para o restaurante.

Quando ele abriu a porta do local, um suave murmúrio de vozes e música lhes deu as boas-vindas.

A Alfonso invadiu em seguida o tentador aroma do pão recém assado e dos molhos italianos. Todos aqueles sons e aromas tão familiares o fizeram sentir como em casa.

Procurou com o olhar pela sala do restaurante, com suas toalhas quadriculadas e seu ambiente íntimo, até encontrar Tony Uckermann.

O homem se apressou a cruzar a sala para saudá-lo, gratamente surpreso. Sua voz, familiar e robusta, e seu marcado acento italiano eram para Alfonso a melhor boas-vindas.

-- Poncho, menino. Vamos, entrem, entrem. Isabella vai se alegrar tanto de te ver. Passou muito tempo da última vez que nos visitou. -- Acolheu-o entre seus fortes braços. Christopher, o melhor amigo da infância de Alfonso, apareceu junto dele e os dois se abraçaram. Tony se voltou para seu filho.

-- Christopher chame sua mãe.

Uns minutos mais tarde, apareceu Isabella pela porta da cozinha. Vê-la sempre enchia de amor o coração de Alfonso. Por mais difíceis que tivessem sido as coisas em sua casa, ele sempre tinha podido contar com Isabella. Desde que se entendia por gente, tinha-o tratado como se fosse um dos seus, até o extremo de lhe arrebanhar e guiar pelo bom caminho quando se metia em problemas, algo que ocorria com frequência.

-- Poncho venha aqui -- disse Isabella enquanto limpava as mãos no avental.

Abraçou-o e em seguida beijou-o nas bochechas. Levava seu comprido cabelo grisalho recolhido em um apertado coque no alto da cabeça, mas fez cócegas em seu rosto com algumas das mechas rebeldes que tinham escapado. Seguia desprendendo aquele aroma tão familiar que sempre lhe tinha sido tão

reconfortante. A mulher deu um passo atrás e franziu as sobrancelhas. Em questão de segundos, passou da felicidade mais sincera a um aborrecimento monumental.