Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

-- O que? Já não tem tempo para sua família agora que é um cientista famoso na cidade?

-- Sinto muito, Isabella. Estive trabalhando dia e noite. Prometo que a partir de agora passarei para vê-los mais frequentemente. Como está a vovó?

-- O mês que vem faz noventa e oito anos -- respondeu a mulher com uma sobrancelha levantada -- Virá, não é?

-- Me viu perder isso alguma vez?

Com um sorriso brilhando de novo em sua face, Isabella beliscou suas bochechas e sua expressão se suavizou.

-- Ah, é um bom menino, Poncho Herrera. Tem um coração de ouro -- voltou-se para Tony e levantou o queixo -- Não te disse que tinha bom coração?

O marido suspirou pacientemente.

-- Sim, disse, Isa, diz isso a todo mundo. Mas sabíamos desde aquele dia em que, ainda sendo um guri, levou a filha de minha prima ao baile de fim de curso quando seu par a deixou plantada.

O sorriso de Isabella se voltou ainda mais intenso.

-- Sabia que seria distinto a outros -- voltou para seu marido e levantou as mãos ao ar. -- Não disse que ia ser diferente dos outros? Que não ia se dedicar a romper corações como mais um Herrera? Ele não é mais um Herrera de frio coração.

Alfonso tragou saliva, tratando de desfazer o nó que estava se formando em sua garganta. Ultimamente seu expediente não tinha sido tão bom. Parecia decidido a cumprir com seu destino. Olhou Anahí de rabo de olho. Graças a ela, sabia que era capaz de algo mais. Queria ser um homem melhor. Por ela. E também por si mesmo.

Tony sorriu a sua esposa com a paciência dos que levam toda a vida juntos.

-- Sim, Isabella, disse-nos isso. -- Olhou Alfonso e lhe piscou um olho -- Muitas, muitas vezes.

De pé ao lado de Alfonso, Anahí observou o intercâmbio de adulações. Havia visto pequenos brilhos do lado mais íntimo de Alfonso outras vezes, mas ser testemunha do brilho que desprendiam seus olhos enquanto recebia amor e carinho daquela família que tinha cuidado dele chegou ao mais profundo de seu

coração.

Tomou um instante para examinar o pequeno restaurante. Era singelo, informal e agradável, a imagem e semelhança de seus proprietários. Sobre as toalhas quadriculadas de vermelho e branco das mesas descansavam garrafas vazias de Chianti que, cobertas de cera, faziam de candelabros. As paredes estavam pintadas de cores vivas, cada uma oposta na escala cromática ao anterior.

A voz de Alfonso a devolveu à realidade.

-- Apresento-lhes a Anahí. Trabalhamos juntos no laboratório -- voltou-se para ela e a apresentou ao Christopher, Tony e Isabella.

Com as mãos apoiadas nos quadris, Isabella centrou toda sua atenção nela. Anahí se sentiu um pouco incomodada enquanto o atento olhar daquela mulher passeava por suas curvas, avaliando-a. inclinou-se para Alfonso em busca de apoio.

-- Gosto desta garota, Poncho, não está magra como uma cenoura, tem umas curvas preciosas, como toda mulher que aprecie ser uma. Seguro que come comida de verdade e não só alface.

Enquanto sorria ao escutar o comentário de aprovação de Isabella, Anahí sentiu os olhos de Alfonso percorrendo com evidente prazer sua figura e notou como seu pulso acelerava. Aparentemente, e apesar de que sua anatomia não se ajustava a suas preferências habituais, Alfonso também parecia valorizar positivamente suas curvas generosas. Pode ser que, ao fim e ao cabo, sim, sentisse algo por ela.

Isabella se voltou de novo para Alfonso.

-- Esta é para sempre?

Ele revirou os olhos e agarrou a mão de Anahí.

-- Isabella, sempre me pergunta o mesmo.

A mulher franziu o cenho e agitou as mãos no ar.

-- E seguirei perguntando isso até que me diga o que quero ouvir.

Alfonso apertou com suavidade a mão de Anahí, um gesto ao que ela estava acostumada e que significava que lhe seguisse o jogo.

-- Sim, Isabella, esta é para sempre.

Anahí sentiu que o coração dava um salto e teve que esforçar-se para que não notasse. Se suas palavras fossem certas...

A mulher deu então uma palmada e deu a Anahí um caloroso abraço de boas-vindas.