Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

-- Sabia, sabia. Tony, venha, temos que celebrar -- E olhando seu filho, acrescentou: -- Christopher, leva-os a nossa mesa.

Este indicou com um gesto que o seguissem. Ficou ao lado de Anahí e disse:

-- Espero que não tenha pressa. Minha mãe fica sem ver o Poncho um par de meses e quererá repassar com ele todas as batalhas de nossa infância. Se tiver sorte, conseguirá escapar antes que saque o álbum de fotos.

Ela sorriu e sentiu uma simpatia imediata por Christopher.

-- Não se preocupe, não tenho pressa.

Seguiram Christopher até uma grande mesa redonda que ocupava o fundo do restaurante, junto à porta da cozinha.

Alfonso olhou Anahí e sorriu.

-- Não são geniais? -- E, em sua voz era evidente uma nota de orgulho.

-- São maravilhosos -- perguntou-se se, não tendo a aquela gente perto, ele teria aprendido o que era o amor -- Não é de estranhar que você adorasse passar as horas ociosas aqui. -- O sorriso de Alfonso se ampliou, como se o fato de que gostasse de sua família o fizesse ainda mais feliz.

Havia dez cadeiras ao redor da mesa, assim Anahí supôs que deviam ser um clã bastante extenso. Escolheu uma, estofada em veludo vermelho, e tomou assento. Os aromas que saíam da cozinha fizeram rugir as tripas ainda mais forte.

Tony voltou com uma garrafa de Chardonnay e cinco taças. Enquanto servia o vinho, Isabella retocou o coque, tirou o avental e tomou assento junto a Alfonso.

Era evidente quanto o queria. E Anahí se deu conta de que o sentimento era mútuo.

Christopher deixou uma fogaça de pão recém assado e um pote com manteiga no centro da mesa. O aroma que desprendiam era incrível.

-- Mmm, cheira muito bem -- disse Anahí.

Christopher, sentado a seu lado, inclinou-se para ela e disse em voz baixa:

-- Ataca. Podem passar horas antes que a deixem partir.

Ambos se puseram-se a rir e ela sentiu os olhos de Alfonso sobre ela. Voltou-se ligeiramente e o encontrou sorrindo. Trocaram um olhar longo e carregado de significado. Deus, cada vez que a olhava daquela maneira, como se fosse a pessoa mais importante do planeta, tremiam-lhe as pernas.

Sentiu uma pontada no coração. Era como se estivessem conectados. Sob uma fina capa de pele, seu sangue pulsava com paixão e desejo, e com algo mais. Algo que não se atrevia a nomear. Algo que Alfonso Herrera, o Selvagem, não tinha intenção de lhe dar. Se fez um nó na garganta. Jamais deveria ter se permitido sentir algo por ele.

Desejava-o com tanta intensidade que seus próprios sentimentos a assustavam. Queria que a olhasse com os olhos cheios de paixão, que percorresse sua pele nua com a boca, com a língua, com os dedos. Queria acariciar seu corpo com as mãos e acabar de uma vez o que tinham começado no lavabo do diretor.

Respirou profundamente, tratando de se desfazer daquela sensação que lhe aprisionava o peito e pôr de lado tanta fantasia. Recostou-se na cadeira, tomou um gole de vinho e foi mordiscando o pão, enquanto Isabella levava o peso da conversa, compartilhando com ela as travessuras do pequeno Alfonso.

Passar tempo com ele fora do laboratório causava estragos nela e pulsava até a última das cordas de seu coração. Era tão fácil estar com ele, tão agradável. Só olhá-lo, enquanto relembrava as histórias de juventude que Isabella se encarregava de adornar, produzia uma intensa paz interior. A realidade, o que a rodeava, perdia toda sua importância quando estava ao seu lado, e fazia esquecer que provavelmente aquilo não fosse para sempre.

Desfrutava da forma em que a risada de Alfonso, profunda e sensual, revolvia tudo em seu interior. Sabia que estava entrando muito naquelas águas turvas. Muito. Se não construísse um muro para proteger seu coração, e logo, acabaria necessitando uma bússola para encontrar a saída.

Mal tinham esboçado as primeiras histórias de juventude de Isabella quando um homem jovem, atraente e de pele escura, pôs a cabeça pela porta da cozinha.

-- Isabella, necessitamos de você.

-- Sim, Carlos, vou agora -- respondeu ela exasperada, agitando as mãos no ar. -- O que fariam sem mim?

-- Bom, se compartilhasse as receitas de sua família com o Carlos, ele também poderia fazer os molhos -- disse Tony.

Apontou com um dedo e logo se voltou para o Alfonso. Antes de levantar-se, agarrou sua face entre suas fortes mãos.

-- Ah, Poncho, te converteu em um homem bonito e respeitável. Há gente que ainda vem ao restaurante te buscando, perguntando por sua especialidade.

Ele baixou o olhar envergonhado. Agarrou a taça de vinho e a bebeu de um só gole. Imediatamente, seu pescoço se tingiu de um vermelho intenso.

O coração de Anahí deu um pulo. Não podia acreditar na adorável cena que acabava de acontecer ante seus olhos. Alfonso Herrera ruborizando-se? Vá, tinha-o visto com seus próprios olhos. Tomou um sorvo de vinho e perguntou.

-- Que especialidade? -- Não estava muito segura de querer ouvir a resposta, sobre tudo depois de experimentar em suas próprias carnes o selo indiscutível do que estava segura era realmente sua especialidade.

Isabella beijou a ponta dos dedos e logo agitou a mão no ar.