Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

-- Poncho faz uns linguine incríveis -- respondeu com orgulho -- Eu ensinei à ele tudo o que sabe.

-- Mas ainda não me ensinou a fazer o molho que os acompanha -- se queixou ele. Ela fez uma careta enquanto a assinalava com o dedo.

-- Você... -- Logo se levantou e vestiu novamente o avental. Anahí arqueou uma sobrancelha, surpreendida.

-- Sério? Linguine? -- Impressionante. Sobretudo para alguém que era capaz de destroçar uma caixa de macarrão com queijo -- Isso eu gostaria de ver.

-- Tem que prová-los -- respondeu Isabella. Tony deixou sua taça sobre a mesa.

-- Isa, deixa o menino em paz.

Ignorando as palavras de seu marido, a mulher ficou em pé.

-- Vamos, Poncho. Mostre a Anahí o que sabe fazer -- O afeto que aquela mulher sentia por Alfonso irradiava de seu corpo e iluminava a todos o que se sentavam ao redor da mesa.

Ele se encontrou com o olhar de Anahí, que ao ver a indecisão em seus olhos o acariciou no braço e disse:

-- Adoraria vê-lo preparar linguine. De fato, adoraria que me ensinasse.

Compartilharam um olhar tenro e íntimo que esteve a ponto de deixar Anahí sem ar. Seu coração começou a pulsar com mais intensidade e por um instante acreditou que, pela forma em que a olhava, aquilo realmente era para sempre.

Era possível? Atrevia-se Anahí a acreditá-lo?

-- Então, feito. Venham, os dois.

Anahí seguiu Isabella à cozinha. O intenso aroma das especiarias invadiu seus sentidos. Nunca antes teve acesso à parte mais privada de um restaurante: a cozinha. Observou durante uns segundos tudo o que a rodeava. Havia vários homens, cozinheiros, atarefados com a preparação da comida. Sorriram enquanto preparavam deliciosos pratos de massa. Um deles introduziu o que parecia ser uma pizza de carne com dupla porção de queijo, ou, como Anahí preferia chamá-la, alguém coroaria, em um forno de lenha que se abria na parede e em seguida se colocou de novo frente aos fogões, onde frigideiras e panelas não deixavam de chispar. Sua cabeça se movia ao ritmo de uma canção que soava no rádio. A cena era maravilhosa e pitoresca ao mesmo tempo.

De repente ouviu a voz do Carlos ao outro lado da cozinha.

-- Poncho me alegra em te ver -- passou a mão pelo cavanhaque, perfeitamente recortado, e seu olhar posou em Alfonso. Em seguida se fixou em Anahí e percorreu lentamente as curvas de seu corpo. Cruzou a cozinha com passos decididos, quase sensuais, até deter-se frente a ela, invadindo seu espaço vital. -- E quem é a preciosa senhorita que trouxe contigo? -- perguntou ao Alfonso com um marcado acento italiano.

Anahí se fixou na tatuagem em forma de águia que lhe cobria a parte superior do braço e teve que obrigar a si mesma a levantar o olhar. Carlos inclinou a cabeça e seus olhos se encontraram. O cabelo, escuro e generoso, caía sobre os olhos. Era um homem cujos poros exalavam testosterona em

estado puro. Carlos levava “menino mau” tatuado por todo o corpo.

-- Olá -- saudou o cozinheiro.

Era evidente que sua voz, profunda e masculina, tinha quebrado mais de um ou dois corações.

Alfonso passou um braço ao redor de Anahí, como se tratasse de protegê-la.

-- Se afaste deste cara -- advertiu. E, embora em sua voz houvesse certo tom de zombaria, ela percebeu nele um instinto de posse. -- Se meterá em problemas a cada cinco minutos -- inclinou-se para ela e sussurrou ao ouvido: -- Sei por experiência própria. -- Seu fôlego, perfumado pelo suave aroma do vinho, roçou-lhe o pescoço e penetrou dentro dela, despertando todos seus sentidos e deixando-a com uma intensa sensação de desejo.

Anahí tratou de ignorar tudo isso e ofereceu uma mão ao Carlos.

-- Prazer em conhecê-lo. -- Durante um instante se perguntou se aquele homem era filho de Isabella.