Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

Como se tivesse lido seu pensamento, Alfonso acrescentou:

-- Carlos vivia a duas casas da minha. -- Logo assinalou com a cabeça -- Este cara é o responsável por todos os problemas e as brigas em que Christopher e eu nos metemos na adolescência, até que Isabella o acolheu sob sua asa e mostrou o bom caminho.

Anahí não deixava de surpreender-se com a facilidade com a que aquela gente abria sua casa e seus corações. Não era de estranhar que tivessem tantas cadeiras preparadas ao redor da mesa.

-- Isabella me explicou algumas das travessuras de Poncho, mas parece que há outras que ela não conhece. Adoraria escutá-las -- disse com um sorriso nos lábios.

Carlos sorriu contente. Abriu a boca para dizer algo, mas Alfonso o cortou com o olhar.

-- Esquece, Carlos -- se apressou a dizer, tratando de que Anahí não conhecesse os detalhes.

O cozinheiro se aproximou ainda mais dela e agarrou sua mão. Acariciou sua pele com o dedo polegar e logo, com um pequeno puxão, separou-a de Jay.

-- Se esqueça da especialidade de Poncho, Anahí, e prove um pouco da minha. -- Sua voz era suave como a seda.

Ela afastou a mão, levantou o queixo e arqueou uma sobrancelha.

-- Sim, Poncho. Já vejo ao que se referia com o de que estava acostumado a os colocar em problemas -- disse, respondendo à provocação. Logo olhou Alfonso e acrescentou -- Estou segura de que Christopher e você não foram mais que uns meninos puros e inocentes.

-- Evidentemente -- respondeu ele. Em seguida lhe fez um gesto com o dedo para que voltasse para seu lado, e sem afastar os olhos de Anahí disse -- Quantas vezes tenho que repetir isso Carlos? Quando uma mulher prova pela primeira vez um prato delicioso, nunca mais voltará para a comida lixo.

O cozinheiro respondeu com uma sonora gargalhada. Com os olhos brilhantes pela emoção do enfrentamento, penteou o bigode com os dedos enquanto piscava um olho para Anahí.

-- Já lhe disse isso, Poncho. Quando uma mulher prova o sabor de um bom menu italiano -- se deteve para dar uma palmada sobre o peito -- nada mais será suficiente para saciar sua fome.

Esta vez foi Alfonso quem respondeu com uma gargalhada. Continuaram brincando como só os bons amigos fazem, e Anahí observou enfeitiçada o intercâmbio.

Ao final, Alfonso deslizou um braço ao redor de sua cintura e a puxou, e ela se deixou guiar, e se aconchegou entre seus braços. Alfonso riu enquanto Isabella empurrava ao Carlos para o outro lado da cozinha.

-- Você... -- disse -- Já tem muitas mulheres das quais se ocupar. Vamos, Anahí, achei um lugar em uma mesa para que possam cozinhar os dois.

Alfonso jamais tinha reparado que preparar massa pudesse ser algo tão erótico. Claro que nunca antes tinha preparado linguine com uma sensual cientista ao seu lado.

Anahí era tão brilhante no laboratório como inapta na cozinha. Passados vinte minutos havia mais farinha em seu rosto, em sua roupa e em seu cabelo que sobre a mesa. Mas tinha que admitir que estava linda, inclusive com aquele aspecto tão desastroso.

De pé atrás dela, Alfonso a observava enquanto manipulava torpemente a massa como se tivesse algum tipo de vingança pessoal que perpetrar contra ela. A cena era tão cômica que não pôde evitar uma gargalhada.

-- Any está se dando muito mal.

Ela levantou o queixo e apertou os lábios até que não foram mais que uma fina linha, claramente ofendida por suas palavras.

-- Desculpa, mas acaba de dizer que me dou mal?

Ele sorriu, enquanto afastava uma mecha de cabelo de seu rosto e a prendia atrás da orelha.

-- Sim, e acredito que é evidente que não me engano.

Anahí agarrou um pouco de farinha com os dedos e a atirou à face.

-- Seja bom comigo.

-- Sempre sou -- respondeu ele, piscando um olho.

A expressão no rosto de Anahí dizia, entretanto, que nem sempre era assim.

-- O que imagina que essa massa fez para que a trate assim? --Perguntou Alfonso, assinalando o vulto disforme que descansava sobre a mesa de trabalho.