Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

Ela riu e inclinou a cabeça.

-- Quer dizer que não deveria estar tão grumosa? -- Sua risada profunda percorreu suas costas e encheu Alfonso com sua calidez.

Deu um passo à frente e se posicionou justamente atrás dela.

-- Exato. O segredo está na forma de amassar. Olhe. -- Passou as mãos ao redor da cintura de Anahí, aprisionando-a na jaula que formavam seus braços, e uniu seus dedos aos dela para repassar a massa.

Aquela posição trouxe tórridas lembranças do que tinha passado entre eles aquela mesma tarde. Desfez-se delas rapidamente e tratou por todos os meios de manter seus desejos sob controle. Santo Deus, não deveria estar pensando naquelas coisas quando o que queria era lhe demonstrar que era mais que um simples playboy. Tratou de manter um tom de voz aceitavelmente baixo.

-- Terá que amassar pouco a pouco, utilizando a palma da mão. Continua amassando até que a farinha se mescle e a textura seja mais fina -- inclinou-se sobre ela e sentiu o suave perfume de seu cabelo recém lavado.

Respirou profundamente aquele delicioso aroma enquanto debatia consigo mesmo para não beijar seu pescoço.

Anahí afastou as mãos de Alfonso, recordando-o que era uma mulher decidida e que sempre enfrentava às provocações cara a cara, um traço de sua personalidade que ele adorava.

-- Certo, já entendi. Deixe-me provar.

Alfonso deu um passo atrás e a observou. Era evidente que Anahí estava desfrutando.

Seu único objetivo era dominar a arte da massa. Golpeou de novo a massa e em seus lábios se formou um sorriso.

-- Acredito que já o tenho -- disse a Alfonso por cima do ombro, enquanto se balançava para frente e para trás, esmagando a massa, com sensualidade e ao mesmo tempo com inocência.

-- Né, Poncho, esta canção é para você -- gritou Carlos do outro extremo da cozinha.

Subiu o volume do rádio e a canção Play That Funky Music ressonou em toda a sala.

Anahí começou a cantar e a seguir o ritmo com o corpo. Sua longa cabeleira se agitava no ar enquanto movia a cabeça seguindo o compasso da música. Apesar de todos seus esforços, Alfonso foi incapaz de afastar os olhos do traseiro de Anahí, tão deliciosamente perfeito. Ficou ali de pé, paralisado, desfrutando da forma em que ela seguia o ritmo da música com o quadril.

Movia-se de uma forma sensual enquanto cantarolava a canção entre dentes, igual tinha feito aquele dia em seu apartamento quando tinham jogado com a moeda. Olhou-a de cima abaixo. Não importava com quanta intensidade tentasse. Era incapaz de esquecer a forma que tirou a roupa íntima aquele dia, a luz da vela projetando-se sobre sua pele nua ou como seu corpo reagia ao contato de suas mãos.

O som de sua doce voz e a visão dos jeans ajustados acentuando suas curvas acabou por acelerar o pulso de Alfonso. O coração bombeava cada vez com mais força. Sua determinação e seu autocontrole se desfizeram tão rápido como se formaram, como um torrão de açúcar em um copo de água.

Uma repentina explosão de paixão rugiu por todo seu corpo com a força de um raio, sentiu como o sangue se acumulava entre as pernas e o deixava sem sentido comum. De novo a luxúria, de novo aquela tensão na garganta. Era impossível não sucumbir perante semelhante mulher.

Unicamente no que podia pensar era em deixar-se levar. Tinha vontade de rugir de frustração, de liberar a tensão que o dominava com um grito selvagem. Seu pênis lutava por sair de sua jaula de tecido. Maldição. Desde que Anahí tinha entrado em sua vida, vivia em um contínuo estado de excitação.

Respirou fundo e deu outro passo atrás, mantendo uma distância prudente entre ambos que o dissuadisse de fazer algo do que se arrepender. Algo como agarrar seu braço, obrigá-la a dar a volta e beijá-la até que a necessidade de se atirar ao chão e fazer amor grosseiramente fosse muito intensa. Queria sentir Anahí sentada em cima dele, escarranchada, montando-o com a fúria de um animal, até que alcançasse o clímax e seus músculos se fechassem ao redor dele e sua doce essência o impregnasse.

Um calafrio percorreu seu corpo.

-- Voilá! -- disse Anahí, dando a volta de um salto. Sorriu com tanta doçura que ele sentiu que seu coração derretia. -- Consegui... -- Quando seus olhos se encontraram com os dele, as palavras morreram em sua garganta. Tinha descoberto, não sem certa surpresa, a profunda excitação que se refletia no rosto de Alfonso.

Deus, estava tão bonita... Tragou saliva enquanto tratava de reunir as forças suficientes para não sucumbir à necessidade de acabar com o espaço que os separava.

-- Eu... Acredito que consegui -- sussurrou ela finalmente, depois de passar a língua pelos lábios.

Uma intensa febre percorreu o corpo de Alfonso. Fechou os olhos e se concentrou para não obedecer às ordens de sua libido traidora.

-- Poncho... -- O tom doce de sua voz chamou sua atenção. Abriu os olhos e a olhou fixamente. Tinha as bochechas cobertas por um intenso rubor.

A cadência sensual de sua voz e a forma em que tinha pronunciado seu nome não fez mais que anular a determinação pela qual tanto estava lutando. O desejo de tocá-la ou de saborear a doçura de sua boca era tão intenso que superava qualquer pensamento racional.

Já não podia ignorar seus impulsos nem um minuto mais. Tomou ar, deu um passo à frente e entrou no espaço de Anahí. Um beijo, tão somente necessitava um curto, mas intenso beijo.

Os olhos azuis dela se abriram ainda mais ao advertir suas intenções. Acabou-se o manter distâncias. Quando se tratava de Anahí, convertia-se em um homem débil.

Engoliu saliva e falou, não sem ter que fazer um esforço titânico para isso.

-- Tem farinha no rosto. -- Sua voz era grave.