Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

Tirou um cartão do bolso detrás de suas calças.

-- Temos que chamar o detetive -- disse, enquanto marcava o número no telefone.

-- Bom, porque sei quem é o responsável por tudo isto.

Os dedos de Alfonso se detiveram imediatamente.

-- Sério?

-- Sim. Max.

-- Max? E como sabe que foi ele?

-- Por seu fôlego. Poderia identificá-lo a quilômetros de distância.

Ele a olhou como se tivesse perdido algo mais que a mochila com sua roupa íntima.

-- Não estou louca, Poncho.

-- Não vimos seu rosto, Any. Não podemos identificá-los. -- Arqueou uma sobrancelha e sorriu -- A menos, é obvio, que a ponham em uma roda de reconhecimento de fôlegos.

-- Boa ideia -- Agitou as mãos no ar, impaciente. -- Dê-me o telefone.

Tocou duas vezes antes que a voz do detetive Doyle respondesse do outro lado. Enquanto ainda tratava de recuperar o fôlego, Anahí explicou em poucas palavras os detalhes do que tinha ocorrido.

Doyle permaneceu em silêncio durante um instante. Ela supôs que estaria engolindo uma parte de donut antes de poder responder. Finalmente clareou a garganta e falou:

-- Farei uma visita, mas necessitarei mais provas que seu fôlego, Anahí.

Ninguém parecia acreditar e aquilo a deixava furiosa. Abriu a boca para responder, mas o detetive a cortou antes que pudesse dizer algo.

-- Não se preocupe, nem tudo está perdido. Encontramos uma digital em seu apartamento e estamos trabalhando nela.

Falaram uns minutos mais e logo Anahí devolveu o celular para Alfonso.

-- Quer falar contigo.

Ele trocou umas palavras com Doyle, assegurou que ambos estavam bem e prometeu passar pela delegacia de polícia a primeira hora para poder fazer o relatório do que lhes tinha acontecido. Uma vez que desligou, guardou o telefone no bolso e olhou para Anahí.

-- Disse para que fiquemos tranquilos e descansemos, amanhã tomarão o depoimento. -- Agarrou sua mão -- Vamos antes que se deem conta que escaparam com seus sapatos. Embora algo me diz que não voltarão.

Sorriu

-- Não depois de ver você se fazer de Jackie Chan. Esse cara estará segurando as bolas o resto de seus dias.

Anahí tirou os sapatos no vestíbulo e olhou ao redor dele. O piso da casa de de Alfonso não era nada o que esperava. Talvez vivesse a vida de um playboy, mas sua casa não parecia o retiro de um don juán solteiro. Embora no fundo não a surpreendesse.

Abaixo daquela fachada de sex love se escondia um homem profundo e sincero, talvez inclusive um cientista estranho como ela.

O saguão dava acesso a uma sala de estar muito masculina, mas confortável. Mais à frente uma cozinha de paredes amarelas com uma pequena mesa para uma refeição ligeira em um canto.

-- Vou deixar suas coisas no quarto.

O som profundo de sua voz raspou algumas cordas dentro dela. Não podia acreditar quanto o desejava o quanto ansiava que ele sentisse o mesmo por ela.

Caminhou atrás dele, admirando suas costas largas e musculosas enquanto avançavam pelo corredor. Alfonso abriu uma porta e indicou com um gesto que entrasse.

Uma cama de enormes dimensões enchia o quarto. Anahí não pôde evitar olhar a cabeceira em busca de marcas. Perguntou-se quantas mulheres teriam provado a suavidade daquele edredom azul cobalto.

Fechou os olhos com força, tratando de ignorar seus próprios pensamentos, e os intensos batimentos de seu coração a levaram por uma viagem emocional cheia de turbulências.

Abriu de novo os olhos e a evidência apareceu antiga e cristalina frente a ela.