Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

-- Não estou tão seguro. Os efeitos secundários podem ser diferentes nos humanos. Acredito que deveríamos prová-lo outra vez em nós, só para estar completamente seguros.

Anahí mordeu o lábio inferior e se deixou cair sobre o travesseiro.

-- Suponho que tem razão. Será melhor que tenhamos todas as bases cobertas e todas as respostas preparadas antes de apresentar os resultados -- deteve-se um instante, pensativa.

Não tinham chegado tão longe para voltar atrás agora que quase tinham obtido. O êxito daquele projeto era muito importante para muitas pessoas. Não podia deixar suas emoções se interpor.

-- Administrarei em você uma dose amanhã pela tarde.

Alfonso a agasalhou e a beijou docemente na testa com tanta ternura que a surpreendeu. Tá, o que se supunha que significava aquilo?

Um homem que não está interessado em manter uma relação séria não beija a sua garota dessa maneira.

Ele ficou em pé e em só três passos cruzou o quarto.

-- Não faz falta que não vá ao laboratório pela manhã. Trabalharemos em casa. Passarei por ali para recolher o inibidor e logo provaremos a estabilidade dos efeitos secundários.

Deteve-se na porta, impedindo, com seu forte corpo, que entrasse a luz do corredor.

-- Pode injetar em si mesmo?

Alfonso sacudiu negativamente a cabeça.

-- Erin já sabe o que trazemos entre mãos, assim lhe pedirei que o ela faça.

OH, Deus. O coração parou em seco. Teve que respirar profundamente, tratando de voltar para a realidade. Tinha que falar com a jovem assistente antes que fizesse algo estúpido.

Algo como trocar os tubos.

Incapaz de encontrar uma postura cômoda, Alfonso deu voltas no sofá até altas horas da madrugada. Não conseguia afastar de sua mente a visão de Anahí nua em sua banheira. A ideia provocava uma dolorosa ereção. E saber que estava dormindo em sua cama, apenas a uns metros de onde estava ele, não fazia mais que acrescentar gasolina ao fogo. Teve que controlar-se para não colocar as mãos na cueca e acabar com aquela tortura.

Às quatro e meia da madrugada desistiu de dormir. Afastou para um lado o fino lençol com que se cobriu, levantou-se, esticou braços e pernas para espreguiçar-se e caminhou em direção ao corredor.

Jogou uma olhada em seu quarto e viu Anahí dormindo placidamente. Parecia muito relaxada, quase angelical. Em algum momento da noite se descobriu e o edredom descansava no chão, aos pés da cama. Aproximou-se, recolheu-o e a agasalhou de novo.

Então se deu conta de que o despertador da mesinha estava programado para soar às cinco. Aquilo era uma hora antes do que Anahí estava acostumada a levantar-se.

Que razão teria para levantar-se tão cedo? Já tinham combinado que passariam o dia em sua casa, trabalhando. Inclinou-se sobre a mesinha e desconectou o alarme do despertador para que ela pudesse dormir tudo o que necessitasse.

Ela murmurou algo em sonhos e se voltou. Alfonso teve que conter-se para não deitar-se ao seu lado e embalá-la entre seus braços. Mas não queria despertá-la.

Precisava descansar, especialmente para o que ele tinha planejado para a noite seguinte. Aquele dia quis lhe mostrar outro lado de si mesmo, além de sua faceta de playboy obcecado pelo sexo. Queria demonstrar que podia estar com ela sem ter necessariamente que possuir seu corpo. E no restaurante tinha mostrado quão bem podiam passar juntos fora do laboratório.

A noite seguinte, entretanto, a história seria muito diferente. Tinha planejado lhe ensinar quão bem podiam passar também entre os lençóis. Seus lençóis. Tinha chegado a hora de acabar o que tinham começado. Queria tomar seu tempo e lhe fazer amor lenta e apaixonadamente até que ela se entregasse em corpo e alma.

Repentinamente recordou que realizariam as provas de estabilidade do inibidor de libido. Franziu o cenho. Maldição. Aquilo supostamente seria um obstáculo em seus planos.