Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

Anahí dava voltas pelo laboratório, nervosa, alisando com as mãos a saia negra até o joelho que vestia. Alfonso e ela tinham apresentado os resultados da investigação ante o conselho fazia tão somente umas horas e estavam ansiosos por conhecer o veredicto. Saber que estavam três andares mais abaixo, na sala de conferências, discutindo se outorgavam uma subvenção ou não a punha incrivelmente nervosa.

Tirou-se a presilha de plástico que lhe sujeitava o cabelo e sacudiu a cabeça até que os cachos loiro escuro caíram por suas costas como em uma cascata. Logo olhou Alfonso. Estava sentado em seu banquinho, muito relaxado, folheando uma revista. Estava muito bonito com aquele traje azul marinho.

Aquela cor acentuava a calidez e a profundidade de seus preciosos olhos verdes. Levantou o olhar da revista para ela e Anahí se viu cheia de amor por ele. Fazia menos de uma semana os dois eram companheiros de laboratório e pouco mais. E agora, em menos de seis meses, encontrariam-se ante o altar e se converteriam em companheiros para toda a vida.

Sentiu uma alegria imensa enquanto imaginava Alfonso vestido de smoking e esperando-a junto ao altar. Deu de presente um sorriso carregado de sensualidade.

-- Relaxe, Any. Encantou-os.

Era incrível a facilidade com a que ele lia cada uma de suas emoções em seu rosto. Sabia que tinha razão. Os membros do conselho haviam parecido impressionados ao conhecer seus descobrimentos, mas mesmo assim não podia evitar sentir-se nervosa. Suas futuras carreiras dependiam daquela subvenção.

-- Crê que aprovarão o pressuposto apoiando-se unicamente nos resultados de Bonniey e Clyde?

-- Passarão no pressuposto apoiando-se no brilhantismo de sua fórmula, Any -- assegurou ele.

Ela sorriu ao sentir-se respaldada. Alguém bateu na porta do laboratório. Levantou a cabeça e viu a cabeça de Erin aparecendo.

-- O diretor quer ver os dois agora.

-- Chegou a hora -- disse Alfonso, com os olhos brilhantes pela emoção. Ficou de pé, cruzou a sala até estar frente a Anahí e lhe deu a mão. -- Pronta? --perguntou arqueando uma sobrancelha.

Anahí deixou escapar um suspiro.

-- Vamos.

Erin lhes desejou boa sorte. Uns minutos mais tarde se detiveram frente ao escritório do diretor. Ela se ergueu, tomou ar e chamou.

-- Entre -- disse a voz de Juan.

Tinham decidido manter sua relação em segredo, ao menos até que conhecessem os resultados, assim Anahí soltou a mão de Alfonso. Juan não gostava das confusões entre empregados e eles não queriam que nada interferisse com a subvenção, com futuras propostas ou com sua capacidade para trabalharem juntos, se é que essas novas propostas eram bem acolhidas.

Alfonso girou o trinco, empurrou a porta e franqueou a entrada a Anahí.

Ela observou com curiosidade o inexpressivo rosto do diretor enquanto avançava até sua mesa e tomava assento em uma das cômodas cadeiras que havia frente a ele. Alfonso se sentou junto a ela.

Anahí não queria parecer nervosa, assim entrelaçou os dedos das mãos e se sentou tão reta como pôde.

Juan se apoiou no respaldo de sua cadeira de pele marrom, que rangeu sob seu peso. Olhou-os fixamente e franziu o cenho.

-- Só para mantê-los ao dia, Max foi preso. -- Com um gesto da cabeça, assinalou em direção a algum ponto do chão. Anahí se voltou e ali estava sua mochila. -- Encontraram sua bolsa no apartamento de Max. Isso e a digital do apartamento foram suficiente para acusá-lo formalmente.

Juan baixou a voz, sacudiu a cabeça e continuou com a explicação.

-- Os da AdTech se inteiraram de que estavam trabalhando em um projeto Top secret, assim infiltraram Max aqui para que espiasse. Quando o contratamos não tínhamos nem ideia de que trabalhava para a concorrência. Obviamente, esqueceu de mencionar em seu curriculum o posto que ocupava na AdTech -- acrescentou, fechando os punhos -- E como tinha contatos na empresa, as medidas de segurança não deram nenhum resultado. Levou-se a cabo uma investigação entre os empregados e aqueles que tinham algo a ver com ele já foram despedidos.

Olhou Anahí e seu olhar se suavizou. Pôs as mãos sobre a mesa e as cruzou.

-- Te devo uma desculpa, Anahí. Conseguiu meter-se no sistema, mas isso é algo que não voltará a passar. Sei que disse isto antes, mas é que não me cansarei nunca de repetir. Sinto que entrassem em seu apartamento e sinto que ficasse apanhada no fogo cruzado.

A sinceridade do diretor a emocionou.

-- Obrigada -- respondeu com um sorriso.

Juan centrou então sua atenção em uma pasta que tinha sobre a mesa e abriu-a.

-- Bom, estou seguro de que estão mais interessados em conhecer a decisão do conselho que em falar do Max.