Fanfic: Depois Daquele Adeus (AyA) | Tema: Ponny / AyA

Capítulo 2 : Te Siento Dentro De Mi

Flash Back On

 4 anos depois...

Anahí e Poncho permaneciam ainda mais unidos. Estavam para terminar a escola e os
planos para o futuro eram muitos. Nunca deixaram de ser amigos, porém Anny
percebeu aos poucos que seu carinho por Poncho era maior do que apenas simples
amizade. Se sentia muito ligada a ele. Em cada despedida seu coração doía por
vê-lo parti mesmo que por algumas horas.

Esses 4 anos mudaram completamente a vida dos dois. Agora aos 18 anos não
se pareciam muito como os dois adolescentes de apenas 14 anos. Tinham responsabilidades
que eram cobradas a todo instante. Anny de baixinha, cresceu bastante mas mesmo assim
em relação a Poncho ainda era baixa. Seu corpo mudou o que a deixou com certo
receio de ficar perto dele, principalmente pela forma ainda mais protetora que ele
passou a tratá-la. Vários momentos de ciúmes entre eles causaram discussões passageiras
porém carregadas de um sentimento ao qual não sabiam lidar. Poncho também estava um pouco
mais alto, havia adquirido músculos definidos com ajuda de malhação e sua voz não era mais
instável e sim de um tom mais grave que no começo o deixava envergonhado porém logo acostumou-se.

Estavam na casa de Poncho terminando seus deveres de casa. Mesmo estudando em escolas
diferentes, a matéria era a mesma então sempre faziam as tarefas juntos. Poncho era
fera em Matemática ao passo que Anny preferia História ou Biologia. Ambos se ajudavam e
conseguiam notas boas.

-- Finalmente acabou ! Professora passou um resumo muito grande. -- Anny disse fechando
o caderno e deitando a cabeça na cama de Poncho, sentada no chão ao lado dele com os
livros em cima da cama.

-- Super fácil ! Meu professor só passou contas simples. Vou tirar outro 10. -- Poncho
disse se "gabando" e Anny mostrou a língua a ele fazendo-o rir.

-- Muito convencido o senhor. -- Anny respondeu com um pouco de mal humor pois
os estudos foram longos.

-- Não fique assim. Você vai passar na prova. -- Poncho falou fechando os
cadernos e seus livros, colocando ambos na mesinha ao seu lado. -- O que vamos fazer
agora ? Ainda temos 1 hora antes de você voltar para casa.

-- Podemos tomar aquele sorvete que eu amo ? Por favor !! -- Anny falou fazendo
carinha pidona e Poncho deu um leve aperto no nariz dela a fazendo rir

-- Claro que sim ! -- Poncho disse se levantando e os dois saíram indo
até a cozinha pegar o sorvete.

Comeram ali mesmo entre risos e gargalhadas até dar a hora de Anny voltar para
casa. Algo naquela despedida foi diferente das habituais. Se olharam de forma
mais séria e seus corações dispararam. Poncho respirava várias vezes se
controlando enquanto Anny não tinha reação.

-- Então... Até amanhã Poncho. -- Anny disse se sentindo diferente

-- Até amanhã Anny. Durma bem. -- Poncho falou meio apressado querendo
que o clima mudasse.

Ao se abraçarem sentiram que poderiam ficar anos assim. O mundo pareceu
parar naquele momento e somente o som dos corações acelerados importava. Se deram
conta minutos depois totalmente sem jeito. Quando foi dar um beijo na bochecha de
Poncho, como sempre fazia, Anny acabou dando um leve selinho nele fazendo o olhar
verde a encarar surpreso.

-- Me desculpe. -- Foi apenas o que Anny conseguiu dizer

-- Não é a primeira vez. Já te expliquei não foi ? Somos amigos Anny. Amigos. -- Poncho
tentou não ser muito duro mas não surtiu o efeito esperado.

-- Eu sei.... Não pude resistir. -- Anny falou se soltando dele e indo logo
embora.

Se sentia envergonhada mas o momento parecia tão certo. O que estaria havendo ?
Outras vezes acontecia de o olhar de maneira especial até no dia que Poncho a questionou sobre e
ela perdeu as palavras para explicar o que sentia. Tiveram uma conversa séria mas quase
sempre voltava a acontecer.

Poncho permaneceu parado na porta observando Anny caminhar apressada até sumir
na esquina da rua. Fechou a porta voltando ao seu quarto e naquela noite
se perguntou o que teria feito ela agir daquela forma.

Anny chegou chorando em casa, e por mais que sua mãe Marichello a questionasse
ela não quis dar explicações indo direto para seu quarto. Sozinha no escuro,
lágrimas corriam á vontade no delicado rosto. Nada em que pensasse
parecia dar uma resposta. Dormiu depois de muito custo.

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