Fanfic: Conhecendo o Inesperado | Tema: Cinquenta Tons
Com um toque estridente do meu despertador, acordo e levanto num salto. Preciso trocar o som desse despertador, me deixa muito agitada. Hoje o dia vai ser cheio, e já estou ansiosa pra ouvir a resposta do meu pai. Será que ele vai concordar? Espero muito que sim. Pra ser bem sucedida como ele eu preciso começar cedo.
Vou ao banheiro, preciso estar prepara para o que me espera. Vou ao centro da pia e me vejo no enorme espelho. Minha pele está pálida como sempre e às vezes acho que meus olhos são grandes demais para o meu rosto. Mas no geral eu sou muito bonita, eu sei disso, mas isso não faz de mim uma pessoa esnobe. Minha mãe nos ensinou a ser pé no chão, e eu a agradeço por isso, conheço muitas pessoas da minha idade que acham que podem mandar em tudo.
Termino de escovar os dentes e entro no chuveiro, uma ducha rápida basta, não quero me atrasar, ainda tenho que encontrar a tia Mia com Ava depois do orfanato.
Quando termino o banho vou direto ao closet no meu roupão azul, meu favorito. Quero escolher uma roupa que me faça parecer mais velha e pronta para o negócio, portanto escolho uma saia preta um pouco acima do joelho e uma blusa branca, com manga até o cotovelo, e decido usar um lenço no pescoço. Olho no espelho pra conferir o look para ver como estou e acho que é isso. Coloco um pouco de mascara nos cílios, gloss nos lábios e coloco minha sapatilha preta favorita.
Quando desço, vou direto a cozinha e encontro meu pai na bancada tomando café.
‒Bom dia, pai – Digo dando um beijo na sua bochecha.
‒ Bom dia, querida. Parece que está pronta para comandar uma empresa. – Ele diz com um pouco de admiração no olhar, acho.
‒ Eu espero que sim. – Dou um sorriso afetado.
‒ Bom dia, Gail. – Digo com um sorriso.
‒ Bom dia, senhorita Grey. – Ela sorri de volta. – O que deseja comer?
‒ Hm, só um copo de suco. – Olho com preocupação pro meu pai, ele odeia quando nós três não comemos direito. Ele está com um olhar feio, e eu acrescento rapidamente para ele ‒ Vou tomar café na casa do tio Elliot, e depois eu e Ava vamos doar as roupas que separamos. Onde está a mamãe? – Minha mãe é sempre um assunto melhor do que qualquer outro pra ele.
‒ Já deve estar descendo. Quando você ia me dizer isso? – A voz dele está irritada.
‒ Ava me chamou ontem à noite. – Quanta preocupação
‒ Qual o problema? – Minha mãe pergunta assim que chega, percebendo a tensão que irradia do meu pai, aproxima de mim e me dá um beijo.
‒ Eu vou tomar café na casa da tia Kate. – Digo inocente.
‒ Manda um beijo pra ela.
‒ Anastácia, quem garante que ela vai se alimentar direito? – ele está um olhar sério. ‒ Como você pretende ir até lá? – ele acrescenta olhando pra mim.
‒ Smith. – Eu digo simplesmente.
‒ Phoebs, você irá comer direito? – minha mãe pergunta com carinho.
‒ Sim.
‒ Pronto, Christian, ela está dando sua palavra. Aliás, nós almoçaremos juntas, eu garanto que ela comerá direito.
Ele olha para nós duas e balança a cabeça em exasperação e volta a comer e ler seu jornal. Dou um beijo na minha mãe de bom dia, termino meu suco e vou em direção à garagem, meu pai já deve ter alertado Smith.
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Toco a campainha e tio Elliot atende, e fica surpreso por me ver ali àquela hora.
‒ Olá, Phoebs, entra. – Ele diz me dando um abraço.
‒ Ava me chamou para tomar café com vocês, depois nós vamos ao orfanato. – Digo esclarecendo sua pergunta não dita.
‒ Seu pai deixou você sair de casa. – Ele levanta uma sobrancelha, sua voz com um toque de piada ácida.
‒ Hmm, não sem antes tentar impedir. Minha mãe o convenceu. – Digo rolando os olhos para o fato de meu pai ser tão difícil.
‒ Para contornar seu pai, só a Ana mesmo.
‒ Ava já levantou?
‒ Ainda não. Ontem nós ficamos jogando até tarde. – Ele diz com um sorriso.
Dou um sorriso e vou até o quarto da Ava. Abro a porto e vejo que ela não está na cama, e ouço o barulho do chuveiro. O quarto dela é lindo, um estilo romântico, ao contrário do meu que é uma mistura de estilos.
‒ Ava, anda logo. Nós ainda temos que encontrar a tia Mia, aposto que você se esqueceu.
‒ Já estou saindo. – Ela grita do chuveiro, e poucos minutos depois ela entra no quarto.
‒ Anda logo, vou te ajudar a escolher a roupa, se não a gente só sai daqui amanhã.
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‒ Tchau vocês dois, se comportem. – Digo rindo. ‒Ah, tia, a mamãe e eu vamos almoçar juntas depois de eu e Ava encontrarmos tia Mia. Vamos com a gente.
‒ Claro, me mandem uma mensagem dizendo onde. – Ela diz se levantando e nos levando até a porta. ‒ Vocês querem meu carro?
‒ Na verdade, Smith me trouxe, ele está do lado de fora nos esperando.
‒ Seu pai não dá brecha mesmo, não é. – Tia Kate diz com um tom amargo. Os dois não são os melhores amigos do mundo.
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Depois de entregarmos as roupas e passar um tempo no orfanato, nós vamos encontrar a tia Mia no shopping. Ela está preparando uma festa de aniversário de casamento dos meus avós, e eu e Ava estamos ajudando ela a organizar. Tia Mia está muito empolgada por isso, e ela irá almoçar conosco. Ligo para minha mãe e Ava para a mãe dela para avisarmos onde estamos. Enquanto esperamos elas nos vamos procurar alguns vestidos para a festa da Becky hoje à noite.
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Quando terminamos de almoçar, estamos todas sentadas e conversando. Minha mãe pega o celular, e atende.
‒ Oi… Também estou com saudades… Ela está comigo… Espero que tenha tomado a melhor decisão… Eu te amo. – Ela desliga e olha com um pouco tímida para nós.
‒ Ele está te esperando daqui à uma hora na escritório da Grey House. – Ela diz diretamente para mim.
‒ Por que ele não ligou pra mim?
‒ Ele está chateado por não ter tomado café em casa.
Ouço o suspiro da tia Kate e a vejo rolando os olhos.
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No caminho para encontrar meu pai fico olhando a janela sem saber o que esperar, e algo chama minha atenção quando Smith para o carro no sinal vermelho. Eu vejo o novo aluno, qual o nome dele mesmo? Ah sim, Ian. Ele está ao lado de uma garota que eu só vejo de costa, eles estão parados perto de uma Starbucks e quando o carro começa a andar de novo ela vira e eu a vejo. É a Becky. Como eles se conhecem? Eles estão rindo sem se importar com mais nada.
Fico perplexa por saber que eles se conhecem. Fico imaginando se eles são namorados, mas ela não me disse nada. Como eles se conhecem? Fico pensando nisso até Smith abrir a porta e eu perceber que já chegamos.
‒ Obrigada Smith. – Eu digo com uma voz neutra. Ele balança a cabeça.
Ok. Chegou a hora de enfrentar a fera. Chego ao andar do escritório dele e Andréia me recebe assim que chego.
‒ Vou avisar ao senhor Grey que está aqui, senhorita Phoebe. – Ela é toda eficiência. Eu balanço a cabeça em reconhecimento e aguardo. Momentos depois ela me diz que ele ainda está em reunião e que irá me receber em cinco minutos.
Espero ansiosa e exatamente cindo minutos depois eu vejo alguns empresários saindo de seu escritório, e Andréia recebe sua ligação dizendo que eu já posso entrar.
Ando até o escritório com ombros erguidos, olhar impassível. Eu não vou desistir fácil, estou disposta a enfrentar meu pai pelo o que eu quero. E o que eu quero é trabalhar aqui durante as férias de verão, e aprender o máximo possível para comandar a empresa que também é minha.
‒ Sente-se. – Meu pai aponta uma cadeira e se senta no sofá a minha frente. Sua expressão não revelando nada. E eu não digo nada, esperando que ele comece. ‒ Porque você quer estagiar aqui durante suas férias, Phoebe? – Uma pergunta inesperada. Eu já disse pra ele em casa, mas ele está todo negócios.
Levanto uma sobrancelha e começo ‒ Porque eu gostaria de colocar em práticas os cursos que fiz até agora, e logo estarei na faculdade, então quero ter uma noção mais ampla do que eu pretendo fazer e ter certeza se é essa a carreira que eu quero ter no futuro. – Digo de uma maneira confiante, e determinada a conquistar o que quero.
‒ Você quer trabalhar aqui porque acha que será fácil? – Não acredito que perguntou isso! Minha resposta é imediata.
‒ Não! Quero trabalhar aqui porque essa é a empresa da minha família, e quero ficar a par do que acontece e como a empresa funciona. Não estou esperando nenhum benefício por ser sua filha, e se em algum momento deixei passar essa impressão peço sinceras desculpas, porque essa não é e nunca foi minha intenção. Quero ter o mesmo nível de trabalho que qualquer outro na minha posição tenha, se eu vir a trabalhar. – Digo com os olhos um pouco feridos e olhando diretamente para ele.
‒ Muito bem, minha decisão já foi tomada. - É agora. Ele se levanta e se aproxima. ‒ Seja bem-vinda a Grey House. ‒ Ele diz com um sorriso largo no rosto. Sua mão está estendida esperando a minha. Eu fico olhando para ele sem acreditar no que acabei de ouvir. Num salto levando e dou um abraço nele, e ele tem que se equilibrar para a gente não cair.
‒ Muito obrigado, papai. Eu juro não vou decepcionar e vou dar o melhor de mim. – Digo sem conter minha felicidade.
‒ Você vai começar como uma estagiaria, não terá privilégios porque é minha filha e um dia será a dona dessa empresa. E eu quero você comece a aprender uma luta, e não quero que isso prejudique nenhum das suas atividades. – Ele é impassível.
‒ Eu prometo. – Eu o abraço mais uma vez e Andréia abre a porta dizendo que ele tem uma reunião marcada para agora.
‒ Três minutos, Andréia.
‒ Sim, senhor Grey.
‒ Hm, pai, eu vou a uma festa da Becky hoje, Smith estará comigo, eu já o avisei. – Ele franze a sobrancelha.
‒ Não, Taylor irá te acompanhar. Ava também irá? – Oh, por essa eu não esperava. Ele aceitou muito rápido.
‒ Sim, ela estará lá em casa daqui a pouco.
‒ Muito bem, nós já terminamos. Você começa amanhã cedo, e irá até a hora do almoço. – Dou outro abraço e digo o quanto estou feliz.
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Quando eu e Ava estamos descendo encontro meus pais arrumados.
‒ Vocês duas estão lindas. – Minha mãe diz dando um beijo em nós.
‒ Você é que está. – Ava diz.
‒ Vão sair? – Eu pergunto.
‒ Vamos sair para jantar. – Minha mãe diz corando um pouco. E segundos depois meu pai saí do escritório com o Taylor.
‒ Algo mais, senhor Grey?
‒ Não as perca de vista, Taylor. – Ele diz olhando para nós duas. ‒ Só isso. – Ele anda em nossas direções. ‒ Você duas estão muito bonitas. Até demais. – Ele franze os olhos.
‒ É essa a intenção, tio. – Ava diz com um sorriso dando uma volta e me levando com ela.
‒ Tomem cuidado. E não se esqueça que você começa amanhã cedo, Phoebe. – Ele adverte e nós duas nos despedimos deles. ‒ Você está especialmente linda hoje, senhora Grey. – Ouvimos antes de sair da sala. Nós duas damos um suspiro romântico.
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A festa está cheia, agitada e super animada, essa são as características de uma festa da Becky.
‒ Que bom que vocês vieram. Prontas para começar nossas últimas férias, da escola, em grande estilo? – Becky nos abraça com seu abraço de urso.
‒ Prontas para arrasar! – Ava está toda animação.
Taylor está do lado de dentro nos vigiando, espero que a Becky não reclame. Mas já estou acostumada e finjo que ele nem está aqui, então vou para a pista de dança com Ava para receber as boas vibrações da batida eletrônica.
‒ Vou pegar uma bebida, você quer uma? -Pergunto para Ava. Ela balança a cabeça sem olhar para mim se requebrando com a música.
Vou ao bar improvisado e aguardo para pegar dois copos de cerveja. Eu sei que Taylor provavelmente vai me dedurar, mas decido não me importar com isso agora. Na minha vez pego os dois copos e viro em direção a pista de dança, mas antes de chegar até lá sou impedida por uma pessoa que tropeça e cai na minha direção, me levando ao chão e fico encharcada de cerveja.
Autor(a): sophiavenus
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).