Fanfic: A Rosa do Inverno(adaptada) | Tema: Vondy

Capítulo Vinte e Dois

Às cinco da tarde do dia seguinte ao baile, não havia nem um único quarto de hóspedes ocupado no Solar Uckermann. A viscondessa e seus amigos partiram pouco depois do almoço, sem deixar de lançar alguns olhares desconfiados na direção de Dulce e trocarem resmungos mal-humorados entre si. Dulce não se importava nem um pouco e estava muito contente de ficar livre deles.   

Mas, apesar da despreocupação que havia aparentado diante de Lord Christopher na sala onde Jeremy tinha suas aulas, Dulce estava profundamente infeliz com o fato de ele ir embora de Uckermann. Compreendi intelectual e emocionalmente os motivos da decisão, mas estava arrasada. Nunca, mas nunca mesmo, tivera a intenção de dormir com ele e ainda não entendia como isso tinha acontecido.   

Dulce sempre se orgulhara de ser governada pela cabeça e não pelo coração, mas, na noite do baile, foi como se o corpo dela tivesse assumido o controle, deixando de lado a cabeça e o coração. Não seria exato dizer que lamentava o que acontecera, porque faro a coisa mais gloriosa já experimentada por Dulce. Mas lamentava as consequências inevitáveis dessa ação. Porque, naturalmente, Christopher se sentiu na obrigação de lhe propor em casamento.   

E, naturalmente, ela tinha recusado.   

Sabia que talvez fosse a moça mais estúpida da Inglaterra por ter feito isso. Ora, havia mães de família espalhadas por toda Londres que dariam os seus melhores broches de diamante por uma proposta de casamento de Lord Christopher para suas filhas. E Dulce tinha recusado uma proposta dessas como se fosse um convite para tomar chá.   

Mas como poderia se casar com um homem que lhe tinha pedido a mão apenas por um absurdo senso de dever? Que casamento seria esse? O casamento já era suficientemente ruim sem que os dois parceiros estivessem cientes de que a união brotara de um momento de falta de juízo. Não, Dulce preferia morrer a aceitar.    Mas isso não queria dizer que não se sentisse morrer naquele momento.   

Porque Dulce estava apaixonada por ele. Tinha se apaixonado no momento em que trombara com ele naquele primeiro dia em Applesby. O que acontecera na noite do baile não era resultado de um momento irrefletido de desejo. Acontecera porque Dulce estava apaixonada de maneira irrevogável e não correspondida por Christopher e os beijos dele tinham apagado toda a sua razão.    Sabia muito bem que ele não a amava. Nenhuma menção da palavra amor saíra dos lábios dele naqueles terríveis momentos na cama de Dulce, quando finalmente entenderam a horripilante realidade de que haviam feito. Christopher tinha dito muitas palavras contra si mesmo e xingado bastante, mas nem uma vez a tinha olhado e dito que a amava.   

E era por isso que Dulce não podia se casar com ele.   

Se fosse um tipo diferente de moça, talvez se casasse de qualquer forma, na esperança de que, com os anos, ele acabasse gostando um pouco dela. Mas o orgulho de Dulce não permitia uma coisa dessas. Se ele não a amava, não a teria novamente, não importa o quanto ela o desejasse. Ela tinha a lembrança daquela noite única e maravilhosa que os dois passaram juntos e isso seria o suficiente. O suficiente para a vida toda, esperava ela.   

Os dias se tornaram semanas e os ventos gelados de dezembro golpearam repetidamente as pedras da casa, mas Dulce mal sentia o frio. Estava determinada a, apesar de estar de coração partido, não deixar que ninguém soubesse disso. Não, Dulce decidiu que o seu amor seria sofrido em silêncio, um segredo que nunca contaria a ninguém e muito menos para o objeto do seu afeto. Sabia perfeitamente que não era a primeira moça a se apaixonar pelo belo Destruidor de Corações e que, sem dúvida, não seria a última.    Dulce nunca se apaixonara antes. O rosto de Christopher estava para sempre incrustado no seu subconsciente e nos momentos mais estranho aparecia como um lampejo diante dos seus olhos. Poderia estar fazendo uma visita a um dos arrendatários do Solar Uckermann e, de repente, a lembrança dos braços de Christopher ao seu redor naquela noite, os lábios dele sobre os seus, a deixava como que paralisada e sem fôlego. A ânsia de sentir aqueles braços ao seu redor novamente era quase esmagadora, mas Dulce sabia que Christopher estava certa ao ir embora. Aquilo não poderia acontecer nunca mais. Um braço de um momento poderia significar toda uma vida de arrependimento - especialmente porque não havia nenhuma razão para acreditar que Christopher sentia qualquer coisa por ele, a não ser a admiração pela sua beleza, o que acontecia com quase toda homem que ela conhecera.   

Dulce guardou os seus sentimentos para si mesma, não os revelando a ninguém. Nem para Lady Herbert e suas filhas, que visitavam o Solar Uckermann frequentemente durante o mês de dezembro, nem para a sra. Praehurst, em que Dulce havia encontrado uma companheira gentil, ainda que monótona, e de forma alguma para Lucy ou Jeremy. Guardou o seu segredo com cuidado, permitindo-se pensar nele apenas nos momentos calmos ao lado do fogo ou à noite, antes de cair no sono, apesar de que pensar em Christopher, nos seus olhos cinza-claros, nos seus lábios de sorriso malicioso, muitas vezes tornava o sono impossível.    

millamorais_: Também rio muito imaginando essa cena kkkk

Grazi 😍😍: Acontece mt comigo qnd estou lendo alguma adaptação. Mas continue com a gente flor please. Postado.

minhavidavondy: Que bom amore!!

Gatenhas me descupem, sei que estou ficando uns dias sem postar, mas é que meu tempo está mt corrido msm, estou cm muitos trabalhos da escola  fora outras coisas tbm e no meio de tudo isso to tentando achar tempo pra postar todo dia, mas é complicado. Espero que me entendam e saibam que assim que der eu vou estar postando e sempre os capitulos que faltaram e os do dia então tenham paciência comigo. Se eu ficar alguns dias sem postar (principalmente essa semana que to cheia de coisa pra fazer) foi porque não deu msm, mas vou fazer o possível pra está postando todo dia aqui pra vcs.