Fanfics Brasil - Capitulo 3 (PARTE 1) A Rosa do Inverno(adaptada)

Fanfic: A Rosa do Inverno(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 3 (PARTE 1)

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Capítulo Três


 


Por um instante, Christopher pensou que a moça fosse desmaiar.   


Toda aquela cor radiante abandonou seu rosto, deixando-a tão pálida quanto uma escultura de mármore, e ela parecia oscilar um pouco sobre os pés. Movendo-se rapidamente até seu lado, pronto para pegá-la nos braços caso ela caísse. Christopher praguejou em voz baixa, desejando ter matado Herbert quando tivera chance. De todas as idiotices, a maior tinha sido deixá-lo pensar que a tia do menino era uma velha solteirona ressecada quando, na realidade, era a mulher mais bonita que Christopher já tinha visto em, digamos, muito tempo!   


E achara que ela não era mais que uma criada atraente quando se jogou contra ele como uma bala de canhão! Com aquela figura miúda e bonita e a compleição de mármore, sem dúvida era mais bonita que as empregadas domésticas mantidas por seus amigos em Londres. Mais bonita, mas não mais velha. Ele deveria ter visto desde o momento em que ela abriu a boca que não era nenhuma criada comum, porque não tinha o tradicional sotaque escocês. O inglês dela era tão refinado como o de qualquer moça instruída. Maldito Herbert! E quando ela levantou aquela juba de cabelo escuro despenteado e Christopher viu aqueles olhos verdes, bem tinha agradecido à sorte por ela ser apenas uma criada porque, caso contrário, ele estaria correndo um grave perigo.   


Mas não era uma criada. Era a sua cunhada. E essa informação aparentemente a estava fazendo desmaiar. Mas ela não desmaiou em vez de cair nos braços de Christopher, que estavam à sua espera, a moça caiu sentada no banco, mergulhando o rosto nas mãos com um gemido.   


“Ah, não!”, exclamou Dulce, com aquela voz gutural que Christopher tinha achado muito atraente - até descobrir quem ela era. “Alguém me acorde. O dia de hoje está se tornando um pesadelo.”


Tentando disfarçar o quanto estava ofendido por ser chamado de pesadelo - e se perguntando por que isso o incomodava tanto -, Christopher baixou os olhos para ela.   


“Perdão, madame, mas… quer que eu chame a sua criada?”   


“Criada!”, exclamou o vigário, desdenhoso. “Ela não tem criada nenhuma. Apenas uma faxineira que vem uma vez por semana para ajudá-la com o serviço pesado e mesmo assim porque sou eu quem pago, do meu próprio bolso!”


Christopher baixou os olhos para aquela cabeça inclinada, tentando obter um vislumbre do rosto escondido atrás da cortina de cabelo castanho-escuro. “Nenhuma criada? O senhor quer dizer que ela e o menino vivem aqui sozinhos?”


“Totalmente sozinhos”, respondeu Richlands, com o deleite de um alcaguete nato. “Nem mesmo uma mulher para cuidar deles à noite. Mas ela não aceita ninguém, apesar de eu ter oferecido os serviços da minha cara tia viúva, a Srta. Saviñon disse que não tinha espaço e que não gosta de receber ordens. Mas a Srta. Saviñon sempre foi assim, muito pouco convencional, meu senhor, e da forma mais inconveniente. É uma vergonha, eu disse desde o começo. Uma jovem solteira vivendo sozinha! Não dá para imaginar quais as ideias que os homens da aldeia podem estar tendo…”


“Não”, disse Christopher, dando ao jovem da cabeça ruiva um olhar maligno. “Não dá para imaginar, não é mesmo? Ora eles podem até estar pensando em se impor à força a ela, exigindo que ela se case com eles porque pagaram uma faxineira para vir uma vez por semana.” Teve a satisfação de ver o jovem arrogante enrubescer, furioso. Voltando a sua atenção para Dulce, Christopher indagou, gentilmente: “Há alguma coisa que eu possa fazer pela senhorita? Sais de cheiro, talvez?”.   


“Sais de cheiro?” Dulce levantou a cabeça, uma mecha do cabelo castanho caindo sobre um dos olhos. Olhou-o fixamente sem acreditar no que ouvia. “Sais de cheiro? O senhor deve estar brincando. Uma dose de uísque seria mais adequada, não acha?”


Espantado diante da temeridade dela, Christopher levantou as sobrancelhas. “Uísque?” Então, ao ver pela expressão dela que Dulce não estava brincando, perguntou, resoluto: “Onde a senhorita guarda o uísque?”.   


“Srta. Saviñon!”, exclamou Richlands, naquela voz medrosa que havia provocado tanta aversão em Christopher. “Imploro que a senhorita pense duas vezes. Os destilados nunca são a resposta…”


“Ora, afastem-se de mim, os dois.”


Levantando-se, a moça saiu da sala a passos largos, com a expressão de desagrado, os saltos das botas fazendo um barulho alto sobre o assoalho de madeira. Christopher fitou o vigário, tomado por sentimentos assassinos.   


Era evidente que ele não poderia ter visitado a Srta. Saviñon em ocasião menos oportuna. Talvez se tivesse chegado em outra manhã, quando pretendentes não desejados não estivessem declarando-lhe amor, a moça fosse mais receptiva a ele. Sem dúvida, antes de saber quem ele era, tinha sido afável - até amistosa, poder-se-ia dizer. Ele estava convencido de que tinha visto admiração no olhar dela e, por que não? Sem dúvida ele não era um magnífico espécime de homem. Ou, pelo menos, melhor do que esse vigário farisaico.   


Mas Christopher de forma alguma iria embora antes do outro homem e o tolo apatetado não parecia nem um pouco pronto para sair.   


Richlands olhou para Christopher desafiadoramente de disse: “Não sei quem pensa ser, mas o senhor deve saber neste mesmo instante que tenho intenção de me casar com a Srta. Saviñon, e se o senhor tiver qualquer, digamos, intenção menos honrosa em relação a ela, sugiro que vá embora”.   


“Já lhe disse quem eu sou, seu janota chorão”, rosnou Christopher, tendo prazer em ver o homem, que era menor que ele, ficar pálido diante do tom ameaçador de sua voz grave. “Sou concunhado dela e a minha única intenção é levar o meu sobrinho embora daqui e investi-lo na posição de décimo sétimo duque de Rawling.”


O vigário limpou a garganta. “Se é essa a sua intenção, senhor, então uma decepção o espera. A Srta. Saviñon nunca permitiria que alguém levasse o jovem Jeremy para longe dela. Ela o ama como se fosse o seu próprio filho. Eu, naturalmente, estou disposto a criá-lo como meu próprio filho, desde que ela concorde em mandá-lo estudar em um internato.”


 



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Autor(a): leticialsvondy

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“Quanta nobreza da sua parte”, disse Christopher, cheio de sarcasmo, “em pôr os desejos dela à frente dos seus. O que o senhor é dela?” O rapazote - pois era assim que Christopher pensava nele, apesar de o homem provavelmente ter quase a sua idade -, foi tomado de surpresa. “O que eu sou da Srta. Saviñon! Ora, o que o ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • anne_mx Postado em 04/10/2022 - 10:25:17

    Que fanfic linda, amei ver o Christopher colocando a Maite no lugar dela, a declaração dele para Dul foi tão lindaaaaaa, que história extraordinária <3

  • janaynafarias Postado em 19/12/2016 - 11:05:58

    Amore eu me apaixonei por essa fic! Amo fic d época e essa é apaixonante. Parabéns flor por essa obra prima e delicadeza,espero ler mtas outras mas suas! :*

  • millamorais_ Postado em 24/05/2016 - 00:23:32

    Ahhh que história linda *---* <3 sem dúvidas uma das melhores de época que já li. Sobre a fic nova, indo favoritar agora é ficar contando os dias para estréia, tipo sou muito curiosa então vc bem que podia postar um trechinho da história né?! Kkkk :*

  • minhavidavondy Postado em 23/05/2016 - 01:59:03

    Lindo demais!!!!!!!!!

  • stellabarcelos Postado em 22/05/2016 - 23:09:04

    Ah amei muito a estória! Anahi e mai são duas cobras mas que não conseguiram nada! Muito lindos! Amei! Parabéns

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:16:46

    Já irei favoritar lá! Ansiosa já!

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:14:32

    Não acredito que já acabou &#128554; a parte que mais me deixa digamos que emocionada é quando ela fala &quot;Você não pode estar apaixonado por mim.&quot; E ele logo lhe pergunta o por quê não pode. Aí como vou sentir falta dessa fanfic! Dul e o Chris super felizes, amo/sou! Adorei, adorei! Obrigada pela adaptação, como já te disse ela foi maravilhosa! &#10084;&#65039;&#10084;&#65039;

  • Grazi 😍😍 Postado em 21/05/2016 - 19:26:04

    Particularmente adoro essa parte! Esse porte másculo do Christopher me encanta de um jeito. E acho tão bonitinho ele &quot;salvando&quot; a Dulce da irmã, porque por Deus! Essa mulher que transformar a Dul em uma prostituta. Ou até mesmo em seu retrato fiel. Essa Anahi é um monstro em forma de gente, misericórdia. E depois vem as melhores parte do livro/adaptação, to ansiosissima. Meu sumiço é que esse mês de maio me deixa tão na bad, que mal sinto vontade de ler, meu vô faz aniversário esse mês e infelizmente ele faleceu, faz tempo, mas a dor volta as vezes. Enfim, chega de falar de coisas tristes... Continua gatinha. Beijocss!

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 21:14:24

    Leticia não consigo ver as fotos da enquete

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 18:01:26

    Meudels, meudels, meudels :o espero que as coisas se resolvam logo, logo agora que o Christopher começou a falar de sentimentos, eu jurava que o Alistair sabia da intenção de Christopher é por isso tava cortejando a Dulce kkkk enquete? Tou lendo pelo cell, aqui não tá aparecendo, assim q entra pelo PC eu voto continuaaaaa


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