Fanfics Brasil - Capitulo 3 (PARTE 2) A Rosa do Inverno(adaptada)

Fanfic: A Rosa do Inverno(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 3 (PARTE 2)

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“Quanta nobreza da sua parte”, disse Christopher, cheio de sarcasmo, “em pôr os desejos dela à frente dos seus. O que o senhor é dela?”


O rapazote - pois era assim que Christopher pensava nele, apesar de o homem provavelmente ter quase a sua idade -, foi tomado de surpresa. “O que eu sou da Srta. Saviñon! Ora, o que o senhor quer dizer com isso?”


“O senhor disse que paga a faxineira dela.” Christopher sentia um gosto desagradável na boca. “Ela é sua amante?”


“Meu senhor!” Richlands ficou vermelho como uma romã. “Como o senhor ousa? O meu pedido de casamento para a Srta. Saviñon é totalmente honroso. Se não fosse pela generosidade da igreja, da minha igreja, senhor, ela e o detestável menino estariam agora em um asilo e não vivendo neste luxo relativo.”


Christopher deu uma olhada pela sala que, apesar de acolhedora, era bem fria e cheirava a pobreza de gente distinta. “O senhor chama isso de luxo?”, perguntou ele com um sorriso malicioso. “Ora, eu já estive em túmulos mais quentes que isso. O senhor não lhe fornece carvão suficiente para aquecer esta maldita cabana?”


“Meu senhor!” O vigário de lábios finos parecia prestes a ter um ataque de apoplexia. “Eu poderia perguntar ao senhor, que afirma ser concunhado dela, por que não achou adequado fornecer à Srta. Saviñon um único tostão para o sustento do sobrinho dela! Se eu tivesse a menor ideia de que ela tinha familiares em tão boa situação financeira, sem dúvida teria feito um apelo para que a Srta. Saviñon lhe escrevesse falando da sua pobreza!”   


Enojado tanto pelo tom de voz de Richlands como pelo fato de que tinha de, aparentemente, agradecer-lhe por manter o seu sobrinho todo esse tempo, Christopher pôs a mão no bolso e tirou uma bolsa. “Quanto?”, perguntou ele, conciso.   


“Desculpe-me, mas o que o senhor disse?”


“Quanto, no total, a igreja gastou com a Srta. Saviñon e o seu sobrinho desde a morte do pai dela?” O vigário pareceu confuso. “É difícil até começar a calcular. Não se pode pôr um preço, meu senhor, na caridade cristã.”


“Diga-me quanto foi, maldito, ou torço esse seu pescoço piedoso.”


O jovem bateu o pé, irritado. “Dezessete libras e três centavos, senhor.”


Christopher contou o dinheiro e deu um passo à frente. Pegando Richlands pelo colarinho do casaco com uma das mãos, ele deixou cair as moedas no bolso do vigário com a outra.   


“Pois bem”, disse Christopher rispidamente, percebendo que estava gostando demais daquilo. “Se não sair desta casa até eu contar dez, vou arrastá-lo para fora e espancá-lo até o senhor estar a um passo da morte. Estou sendo claro?”


Richlands ofegou. “O senhor sabe com quem está falando? Eu sou Honorável Jonathan Richland, vigário da aldeia de Applesby, e estou profundamente ofendido com as suas…”


“Um”, rosnou Christopher.   


“…vis ameaças…”   


“Dois.”   


Richlands começou a parecer preocupado. “Eu não seria um cavalheiro se deixasse um homem como o senhor sozinho com a Srta. Saviñon.”


“Três. O senhor não é um cavalheiro, Richlands. Se fosse, não estaria tentando fazer chantagem com uma moça inocente.”


“Chantagem? Do que o senhor está falando?”


“O senhor lhe diz que ela está em dívida com o senhor pela sua caridade e daí lhe pede a mão. Para mim, isso é chantagem.” Levantando uma sobrancelha, com ar zombeteiro, Christopher o interpelou: “E o que o senhor quer dizer com um homem como eu?”


“Ora, o senhor obviamente faz parte da aristocracia. Já ouvi falar o que homens como o senhor fazem com moças bonitas e indefesas como Dulce. Acham que, só porque possuem um título de nobreza e um pouco de terra, têm o direito de sair a galope pelo interior, corrompendo toda mulher que encontram. Bem, o senhor não vai ter Dulce. Vou…vou lutar por ela. Vou sim! Lutei boxe no seminário e era muito bom.”   


“Quatro.” Christopher tinha que admirar o homem por tentar. “Então o senhor também é um liberal, não é”?   


“Sem dúvida. Sempre lutarei pelo bem do povo, do cidadão. Especialmente contra conquistadores e homens lascivos como o senhor.”


“Dez”, disse Christopher, porque estava louco para esfregar o chão com o rosto daquele infeliz ignorante. Mas Richlands não possuía a força das suas convicções, pois ficou pálido como um coelho e correu em direção à porta, pedindo ajuda aos gritos.   


Christopher o seguiu até o portão, mas estava bem claro que o Sr. Richlands não tinha a menor intenção de se deixar pegar. Derrapando desajeitadamente pela rua coberta por uma fina camada de gelo, o vigário saiu correndo até chegar à segurança de sua casa. Dando de ombros filosoficamente, Christopher voltou para o chalé.   


Um exame rápido da mobília da sala de estar, enquanto procurava a sua anfitriã a contragosto, comprovou a suposição de que a Srta. Saviñon, apesar de orgulhosa, estava vivendo à beira da pobreza. Mesmo que seus pais houvessem lhe deixado algo - e Christopher não podia imaginar que fosse mais que umas quarentas libras por ano -, não havia dúvida de que ela não era independente financeiramente. O chalé era de propriedade da igreja e sem dúvida lhe havia sido oferecido a um aluguel baixo pelo fato de o pai ter morrido subitamente, deixando-a sem ter para onde ir. Os móveis eram bem conservados e de boa qualidade, mas velhos, provavelmente doados por algum paroquiano há muito morto. Um exame mais cuidadoso da peliça da moça revelava que ela tinha sido usada em mais de dez invernos, sem dúvida por uma dona anterior. Mesmo os jornais, que Christopher encontrou dobrados cuidadosamente ao lado do banco, tinham mais de uma dobra, o que revelava que outra pessoa o tinha lido antes.


Depois dessa inspeção, Christopher sentiu de forma ainda mais aguda o quão extraordinário era o fato de a moça ter rejeitado tanto a proposta feita por Hebert quanto o pedido de casamento do vigário. Christopher não conseguia imaginar um marido mais imprestável do que o farisaico Sr. Richlands, mas Dulce Saviñon não tinha muito a oferecer como dote, além do rosto bonito e do corpo atraente. E ela ainda tinha o encargo do sobrinho. Provavelmente não havia muitos homens em Applesby dispostos a se casar com uma noiva sem um tostão, ainda que bonita, que trazia consigo um menino de dez anos. O Sr. Richlands poderia muito bem ser sua última esperança. Mas ela o havia rejeitado tão completamente quanto havia rejeitado Hebert. O que havia de errado com a moça? Christopher nunca conhecera Maite, mulher de seu irmão, mas só poderia supor que a demência estava no sangue do clã dos Saviñon.



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Autor(a): leticialsvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • anne_mx Postado em 04/10/2022 - 10:25:17

    Que fanfic linda, amei ver o Christopher colocando a Maite no lugar dela, a declaração dele para Dul foi tão lindaaaaaa, que história extraordinária <3

  • janaynafarias Postado em 19/12/2016 - 11:05:58

    Amore eu me apaixonei por essa fic! Amo fic d época e essa é apaixonante. Parabéns flor por essa obra prima e delicadeza,espero ler mtas outras mas suas! :*

  • millamorais_ Postado em 24/05/2016 - 00:23:32

    Ahhh que história linda *---* <3 sem dúvidas uma das melhores de época que já li. Sobre a fic nova, indo favoritar agora é ficar contando os dias para estréia, tipo sou muito curiosa então vc bem que podia postar um trechinho da história né?! Kkkk :*

  • minhavidavondy Postado em 23/05/2016 - 01:59:03

    Lindo demais!!!!!!!!!

  • stellabarcelos Postado em 22/05/2016 - 23:09:04

    Ah amei muito a estória! Anahi e mai são duas cobras mas que não conseguiram nada! Muito lindos! Amei! Parabéns

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:16:46

    Já irei favoritar lá! Ansiosa já!

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:14:32

    Não acredito que já acabou &#128554; a parte que mais me deixa digamos que emocionada é quando ela fala &quot;Você não pode estar apaixonado por mim.&quot; E ele logo lhe pergunta o por quê não pode. Aí como vou sentir falta dessa fanfic! Dul e o Chris super felizes, amo/sou! Adorei, adorei! Obrigada pela adaptação, como já te disse ela foi maravilhosa! &#10084;&#65039;&#10084;&#65039;

  • Grazi 😍😍 Postado em 21/05/2016 - 19:26:04

    Particularmente adoro essa parte! Esse porte másculo do Christopher me encanta de um jeito. E acho tão bonitinho ele &quot;salvando&quot; a Dulce da irmã, porque por Deus! Essa mulher que transformar a Dul em uma prostituta. Ou até mesmo em seu retrato fiel. Essa Anahi é um monstro em forma de gente, misericórdia. E depois vem as melhores parte do livro/adaptação, to ansiosissima. Meu sumiço é que esse mês de maio me deixa tão na bad, que mal sinto vontade de ler, meu vô faz aniversário esse mês e infelizmente ele faleceu, faz tempo, mas a dor volta as vezes. Enfim, chega de falar de coisas tristes... Continua gatinha. Beijocss!

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 21:14:24

    Leticia não consigo ver as fotos da enquete

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 18:01:26

    Meudels, meudels, meudels :o espero que as coisas se resolvam logo, logo agora que o Christopher começou a falar de sentimentos, eu jurava que o Alistair sabia da intenção de Christopher é por isso tava cortejando a Dulce kkkk enquete? Tou lendo pelo cell, aqui não tá aparecendo, assim q entra pelo PC eu voto continuaaaaa


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