Fanfics Brasil - Capitulo 3 (PARTE 3) A Rosa do Inverno(adaptada)

Fanfic: A Rosa do Inverno(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 3 (PARTE 3)

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Ele a encontrou na cozinha, aquecendo uma panela com algo que tinha um cheiro delicioso, fazendo bastante barulho ao jogar os talheres sobre a mesa, que estava ostensivamente posta para dois. Ela havia puxado o cabelo para trás e amarrado um avental disforme ao redor da cintura fina, mas não havia nada que pudesse fazer para se tornar menos atraente, se é que era isso que tinha tentado fazer. Olhando-o zangada, Dulce disse: “Lembro-me muito bem de lhe ter dito para ir embora.”


“Onde aprendeu esses bons modos?”, perguntou Christopher, apoiando-se despreocupadamente no batente da porta. “Um parente vem de longe, de Yorkshire, fazer uma visita e você nem mesmo lhe oferecer uma xícara de chá? Que coisa feia!”


“O senhor não é meu parente”, declarou ela. Dulce tirou pão preto de uma gaveta e começou a fatiá-lo com uma faca muito grande. “Nunca o vi na vida. Como vou saber se o senhor é mesmo quem diz ser? O senhor pode ser algum estranho que passou pela rua e quer levar Jeremy para obrigá-lo a trabalhar em Londres.”


“Você olhou pela janela?” Christopher se aproximou de Dulce. Ela estava trabalhando diretamente em frente da janela. Através da camada irregular de gelo que cobria a vidraça, a carruagem dele bem visível.   


“Aquilo é uma carruagem com o símbolo dos Uckermann na porta”, disse Christopher. Como ela ainda estava de costas, toda tensa, ele apoiou as suas duas grandes mãos na mesa sobre a qual Dulce cortava o pão, cada uma de um lado da pequena cintura dela, prendendo-a no meio de seus braços.   


“Os lacaios sentados lá em cima na carruagem usam fardas com as cores dos Uckermann, verde e dourado”, continuou ele, amistosamente, consciente de que estava tão próximo dela que sua respiração agitava os cabelos finos da nuca da moça. “E os cavalos são todos baios, perfeitamente combinados. Você não encontraria cavalos melhores do que esses em toda a Escócia e não estou dizendo isso para fazer pouco de ninguém. Eles lhe parecem cavalos de um explorador de crianças?”


Ela virou-se e levantou a cabeça, olhando-o, e Christopher viu que seus expressivos olhos verdes eram cercados de cílios escuros encurvados. Tinha um cheiro muito agradável, de sabonete e mais alguma coisa. Violetas, talvez. Seu pescoço era fino que ele pensou que poderia envolvê-lo com uma só mão.


Como ela reagiria, perguntou-se Christopher, se ele pusesse os lábios na brancura daquele pescoço, bem abaixo do lóbulo da orelha de curvas tão delicadas?   


Dulce deu por si curiosamente abalada pela proximidade de seu concunhado. Sentia o calor dele às suas costas e uma olhada ao redor mostrou que as mãos colocadas a cada um dos lados de seu corpo tinham dedos bronzeados e fortes, devido a cavalgadas e caças, mas não tinham calos, pensou ela, desconfiada, decorrentes de qualquer tipo de trabalho verdadeiro. Uma imagem inesperada e espontânea daquelas mãos no seu corpo fez com que o seu rosto ficasse bem vermelho. Santo Deus, o que ela tinha na cabeça? Tinha conhecido o homem havia pouco mais de uma hora e já estava tendo fantasias sobre…


Os dedos de Dulce apertaram o cabo da faca. Maldito seja ele! Então esse era seu jogo!   


Como Christopher tinha freado o seu impulso de beijar Dulce, ficou bastante surpreso quando ela inesperadamente cravou a faca a um dois centímetros do dedo indicador dele. Vociferando, ele tirou o cutelo da mão dela e a girou pelos ombros, forçando-a a olhá-lo de frente.   


“Sua endiabrada!”, exclamou, olhando-a com fúria. “Você poderia ter cortado o meu dedo!”


“A sua intenção, Lord Christopher”, interpelou-o Dulce calmamente, “é seduzir-me bem aqui na minha própria cozinha? Porque, se for isso, vou adverti-lo neste minuto que tenho muitas outras facas como esta e não tenho nem um pouco de medo de usá-las.”


Surpreso, Christopher viu a moça dar um sorriso depreciativo.   


“Vejamos se consigo adivinhar como as coisas se desenrolaram.” Os brilhantes olhos verdes o olhavam com perspicácia. “O pobre e infeliz Sir Arthur voltou ao Solar Uckermann todo lamuriento pelo fato de que a cruel tia do pequeno duque não permitiu que ele fosse restituído à sede da família. O senhor repreendeu severamente o pobre e infeliz Sir Arthur. 'O quê?', imagino que o senhor tenha dito. 'O senhor deixa uma mulher simples lhe dar ordens? Isso não vai ficar assim.' Consequentemente, chegou aqui em Applesby esperando encontrar uma bruxa horrorosa e rabugenta, que o senhor estava disposto a enfrentar com o seu tremendo intelecto e ainda mais tremenda bolsa. O que o senhor encontrou, porém, fui eu, e o senhor foi forçado a mudar de tática. De manipulação para sedução, não acertei?”  


Christopher estava tão bravo que só conseguia falar coisas desconexas. Que tipo de filha de vigário era essa, que bebia uísque e o ameaçara com um cutelo? Christopher não tinha a menor ideia sobre como reagir. Não conhecia moças, com exceção das cinco filhas de Hebert, e todas elas pareciam evitá-lo sempre que possível. Suspeitava que faziam isso por advertência de Lady Herbert, devido à sua reputação de libertino e degenerado. De fato, nenhuma das bem-intencionadas senhoras da sociedade se apressava a jogar suas filhas virgens na sua direção. E, mesmo que fizessem isso, Christopher não conseguia imaginar nenhuma daquelas pálidas moças brandindo uma faca de pão.   


Mas essa mulher de mau gênio e olhos verdes tinha feito isso muito despreocupadamente, como se se tratasse de um hábito adquirido na infância. Para os diabos!   


“Não estou tentando seduzi-la”, mentiu Christopher, a voz tão baixa que parecia um resmungo.   


“Ah, não estava? Pensei ter ouvido o Sr. Richlands acusá-lo disso um pouco antes de o senhor o afugentar desta casa.”


Christopher fitou-a, aborrecido. Mulherzinha bonita, mas irritante! E como havia adivinhado direitinho a essência da sua conversa com Herbert? Isso era tudo do que ele precisava, uma bruxa como concunhada. O que Christian tinha na cabeça ao se casar e entrar para essa família ridiculamente excêntrica? Mas admitia, se Maite tivesse pelo menos metade da beleza de sua irmã, ele podia entender a atração. No entanto, não era de estranhar que o duque tivesse riscado o nome de Christian do testamento.   


Dulce se virou abruptamente, dando-lhe as costas de novos e continuou a cortar o pão preto. “Vamos deixar de fazer joguinhos, está bem, Lord Christopher? Eu sei por que o senhor está aqui…” 


“Sabe mesmo?” Christopher não conseguiu abafar um sorriso diante do tom de autoridade dela.   


“Não sou uma tola.” Ela largou a faca. Cruzando os braços sobre o peito, Dulce se virou e o encarou. “O que não entendo é o porquê.”   


“Por quê?” O sorriso rapidamente virou uma carranca. “O que você quer dizer com 'por quê'?”



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Autor(a): leticialsvondy

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“Com certeza teria sido bem simples assumir o senhor mesmo o título. Por que o senhor se deu a todo esse trabalho para encontrar Jeremy? Estou certa de que, se o senhor tivesse dito que era impossível encontrar o menino e que ele estava presumivelmente morto, todos teriam acreditado. Ninguém teria questionado o seu direito ao título. Portant ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • anne_mx Postado em 04/10/2022 - 10:25:17

    Que fanfic linda, amei ver o Christopher colocando a Maite no lugar dela, a declaração dele para Dul foi tão lindaaaaaa, que história extraordinária <3

  • janaynafarias Postado em 19/12/2016 - 11:05:58

    Amore eu me apaixonei por essa fic! Amo fic d época e essa é apaixonante. Parabéns flor por essa obra prima e delicadeza,espero ler mtas outras mas suas! :*

  • millamorais_ Postado em 24/05/2016 - 00:23:32

    Ahhh que história linda *---* <3 sem dúvidas uma das melhores de época que já li. Sobre a fic nova, indo favoritar agora é ficar contando os dias para estréia, tipo sou muito curiosa então vc bem que podia postar um trechinho da história né?! Kkkk :*

  • minhavidavondy Postado em 23/05/2016 - 01:59:03

    Lindo demais!!!!!!!!!

  • stellabarcelos Postado em 22/05/2016 - 23:09:04

    Ah amei muito a estória! Anahi e mai são duas cobras mas que não conseguiram nada! Muito lindos! Amei! Parabéns

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:16:46

    Já irei favoritar lá! Ansiosa já!

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:14:32

    Não acredito que já acabou &#128554; a parte que mais me deixa digamos que emocionada é quando ela fala &quot;Você não pode estar apaixonado por mim.&quot; E ele logo lhe pergunta o por quê não pode. Aí como vou sentir falta dessa fanfic! Dul e o Chris super felizes, amo/sou! Adorei, adorei! Obrigada pela adaptação, como já te disse ela foi maravilhosa! &#10084;&#65039;&#10084;&#65039;

  • Grazi 😍😍 Postado em 21/05/2016 - 19:26:04

    Particularmente adoro essa parte! Esse porte másculo do Christopher me encanta de um jeito. E acho tão bonitinho ele &quot;salvando&quot; a Dulce da irmã, porque por Deus! Essa mulher que transformar a Dul em uma prostituta. Ou até mesmo em seu retrato fiel. Essa Anahi é um monstro em forma de gente, misericórdia. E depois vem as melhores parte do livro/adaptação, to ansiosissima. Meu sumiço é que esse mês de maio me deixa tão na bad, que mal sinto vontade de ler, meu vô faz aniversário esse mês e infelizmente ele faleceu, faz tempo, mas a dor volta as vezes. Enfim, chega de falar de coisas tristes... Continua gatinha. Beijocss!

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 21:14:24

    Leticia não consigo ver as fotos da enquete

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 18:01:26

    Meudels, meudels, meudels :o espero que as coisas se resolvam logo, logo agora que o Christopher começou a falar de sentimentos, eu jurava que o Alistair sabia da intenção de Christopher é por isso tava cortejando a Dulce kkkk enquete? Tou lendo pelo cell, aqui não tá aparecendo, assim q entra pelo PC eu voto continuaaaaa


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