Fanfic: A Rosa do Inverno(adaptada) | Tema: Vondy
"Você se lembra quando nós nos conhecemos?", ele perguntou, os dentes muito brancos e regulares à luz do fogo. "Você se lembra de todos os sermões que me fez sobre os males da minha classe social? Você me informou, com a voz tão clara e franca como a de uma criança, que eu era responsável por subjugar as massas e impedir que as mulheres obtivessem a igualdade com os homens na nossa sociedade." Ele levantou a sobrancelha. "Para meu completo espanto, aquele anjo pequeno e de pele de porcelana abriu a boca e começou a me censurar com uma língua tão cheia de veneno que pense: 'Esta moça… Esta moça é diferente'."
Dulce engoliu em seco e disse com toda a despreocupação que conseguiu reunir: "Você deveria ter me mandado plantar batatas na mesma hora."
"Ah, não. Porque, no minuto em que você começou a falar, eu soube que ali estava alguém que não poderia deixar escapar. Eu não conseguia entender como uma criatura tão adorável poderia abrigar uma mente tão deturpada. Mas mal tínhamos tocado umas três frases quando me dei conta de que corria o risco de me apaixonar perdidamente."
O queixo de Dulce caiu. Ficou olhando-o, os lábios úmidos abertos, o coração batendo com força debaixo da musselina fina da camisola. Sabia que não deveria dizer nada, mas nunca conseguiria segurar a língua.
"Mas isso é impossível", disse ela, sentando-se mais reta na poltrona de modo que sue rosto ficou a apenas alguns centímetros do dele. "Você não pode estar apaixonado por mim."
"Não posso?" O sorriso de Christopher era caído de um lado, contrastando fortemente com os olhos cheios de paixão. "E por que não?"
Dulce começou a enumerar as razões nos dedos. "Você passou todo um mês em Londres…"
"Você se recusou a se casar comigo. Eu não conseguia viver com você, ver você ao alcance da mão toda a noite ao jantar e saber que não podia tocá-la. Sabia que precisava tê-la, mas você estava inflexível…"
Dulce explodiu em indignação, agarrando os braços da poltrona. "Você só me pediu para me casar por um absurdo senso de dever!"
"É claro que sim. Mas não pense que não fiquei contente com o que aconteceu entre nós. Passei todos os dias em Londres rezando para que você estivesse grávida, sendo então obrigada a se casar comigo. Você tinha aquela ideia ridícula de nunca se casar…"
"Mas eu não podia me casar com você!", exclamou Dulce com raiva. "A minha irmã matou o seu irmão e se tornou uma prostituta! Além disso, você nunca falou a palavra amor!"
"Nem você."
"Mas é claro que eu o amava! Eu dormi com você, não dormi?"
"Realmente, Dulce, você me deixa sem ação. Aqui estou eu, tentando propor-lhe casamento e você fica me interrompendo."
"Propor!" Dulce agarrou os braços da poltrona com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos, a voz falhando. "Propor casamento?"
Christopher ergueu uma das mãos dela do braço da poltrona e a pegou com tanta força que doeu. Levantando os olhos para examinar seu rosto, Dulce viu que ele a fitava com atenção, a mandíbula determinada, os olhos cinza parecendo aço de tanta resolução e acesos com uma estranha luz que reluzia com intensidade febril.
"Sim, propor casamento", disse ele rindo, levando a mão dela aos lábios e arranhando a pela macia com a barba por fazer. "Não ouso propor mais nada, sabendo como você é rápida com os punhos. Dulce, você realmente é a mulher mais irritante, teimosa, de língua afiada, bela e encantadora que já conheci, e, se você não concordar em casar comigo, serei infeliz pelo resto dos meus dias. Por favor, diga que sim."
Antes de Dulce poder dizer alguma coisa, ele pegou os braços dela e a puxou contra si. Ela pôs as mãos abertas contra o peito nu de Christopher, sentindo as batidas do seu coração. A cabeça de Dulce caiu para trás, contra o braço dele, o cabelo fluindo como um córrego marrom-avermelhado à luz do fogo, e então os lábios dele estavam sobre os dela, roçando a sua boca com um ardor que mostrava a intensidade de sua emoção. Os beijos insistentes limparam a cabeça de Dulce de tudo, sobrando apenas uma coisa: Ele a amava. Ele a amava. Ele a amava.
Parecia incrível, mas ele a amava, amava o suficiente para querer se casar com ela. E então Dulce deixou-o beijar o seu pescoço, deixou que os dedos rápidos desabotoassem os botões da camisola, deixou que ele sussurrasse o seu nome muitas vezes, a respiração quente contra a sua pele.
"Diga sim", murmurou Christopher, os lábios saboreando a pele macia de trás de uma das orelhas. A carícia provocou arrepios febris na espinha de Dulce, fazendo as pontas dos seus seios pressionar com força o tecido da camisola. "Diga sim", ele sussurrou novamente.
"Sim", disse ela, tão cheia de paixão que mal reconhecia sua própria voz. E então começou a beijá-lo com tanta audácia quanto ele e com quase tanta violência. Ela sentia como se alguma coisa dentro de si tivesse sido liberada, alguma coisa indistinta, porém maravilhosa, alguma coisa que de repente fazia que não houvesse problemas se ele lhe arrancasse o roupão fora de moda pelos ombros. Ele a havia puxado para cima, de forma que ela estava ajoelhada sobre o assento da poltrona, os dedos abertos contra o muro duro dos músculos do ventre de Christopher, o pescoço na altura da cintura dele. Quando ele finalmente a libertou do roupão, jogou aquela indesejável peça de roupa no chão e Dulce riu da veemência dele.
Mas parou de rir quando seus olhos se encontraram. Os olhos cinza de Christopher, semicerrados de paixão, brilhavam de forma estranha. Havia uma luz intensa nos seus traços e sua respiração estava tão rápida e curta quanto a dela. Suas mãos estavam no cabelo escuro dela e, apesar de Dulce não perceber, a luz do fogo mostrava a sua silhueta magra atrás do tecido fino da camisola.
Não era apenas desejo o que levou seus dedos até os botões das calças dele. Havia também a feminina curiosidade sobre o seu poder sobre ele e, apesar de Christopher protestar através dos dentes quando os nós dos dedos de Dulce roçaram a virilidade tesa, ela ignorou a advertência. Segurou o órgão pulsante em suas mãos pequenas e ficou admirando aquele instrumento de prazer, observando de perto as veias e a ponta do falo à luz do fogo antes de vagarosa e delicadamente provar a carne intumescida com a língua.
O contato fez Christopher, cativo pelo toque, gemer, os dedos fechando-se e agarrando ao longo do cabelo dela. Encorajada com a reação, os lábios de Dulce acompanharam a língua e ela acolheu o máximo dele que pôde, os lábios formando um estojo macio ao redor da lança palpitante. Os dedos de Christopher afundaram no cabelo dela e Dulce passou a língua ao longo do músculo duro, fazendo mais um gemido escapar dos lábios dele.
Autor(a): leticialsvondy
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Com uma rapidez que tirou o fôlego de Dulce, Christopher se afastou, pôs uma mão embaixo dos joelhos dela e a levantou da poltrona. Instantaneamente, ela rodeou o pescoço dele com os braços, os dedos enredados no seu cabelo. Sem tirar os olhos dos dela, Christopher a carregou para as sombras da cama de dossel. Colocando-a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 46
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anne_mx Postado em 04/10/2022 - 10:25:17
Que fanfic linda, amei ver o Christopher colocando a Maite no lugar dela, a declaração dele para Dul foi tão lindaaaaaa, que história extraordinária <3
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janaynafarias Postado em 19/12/2016 - 11:05:58
Amore eu me apaixonei por essa fic! Amo fic d época e essa é apaixonante. Parabéns flor por essa obra prima e delicadeza,espero ler mtas outras mas suas! :*
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millamorais_ Postado em 24/05/2016 - 00:23:32
Ahhh que história linda *---* <3 sem dúvidas uma das melhores de época que já li. Sobre a fic nova, indo favoritar agora é ficar contando os dias para estréia, tipo sou muito curiosa então vc bem que podia postar um trechinho da história né?! Kkkk :*
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minhavidavondy Postado em 23/05/2016 - 01:59:03
Lindo demais!!!!!!!!!
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stellabarcelos Postado em 22/05/2016 - 23:09:04
Ah amei muito a estória! Anahi e mai são duas cobras mas que não conseguiram nada! Muito lindos! Amei! Parabéns
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Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:16:46
Já irei favoritar lá! Ansiosa já!
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Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:14:32
Não acredito que já acabou 😪 a parte que mais me deixa digamos que emocionada é quando ela fala "Você não pode estar apaixonado por mim." E ele logo lhe pergunta o por quê não pode. Aí como vou sentir falta dessa fanfic! Dul e o Chris super felizes, amo/sou! Adorei, adorei! Obrigada pela adaptação, como já te disse ela foi maravilhosa! ❤️❤️
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Grazi 😍😍 Postado em 21/05/2016 - 19:26:04
Particularmente adoro essa parte! Esse porte másculo do Christopher me encanta de um jeito. E acho tão bonitinho ele "salvando" a Dulce da irmã, porque por Deus! Essa mulher que transformar a Dul em uma prostituta. Ou até mesmo em seu retrato fiel. Essa Anahi é um monstro em forma de gente, misericórdia. E depois vem as melhores parte do livro/adaptação, to ansiosissima. Meu sumiço é que esse mês de maio me deixa tão na bad, que mal sinto vontade de ler, meu vô faz aniversário esse mês e infelizmente ele faleceu, faz tempo, mas a dor volta as vezes. Enfim, chega de falar de coisas tristes... Continua gatinha. Beijocss!
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millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 21:14:24
Leticia não consigo ver as fotos da enquete
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millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 18:01:26
Meudels, meudels, meudels :o espero que as coisas se resolvam logo, logo agora que o Christopher começou a falar de sentimentos, eu jurava que o Alistair sabia da intenção de Christopher é por isso tava cortejando a Dulce kkkk enquete? Tou lendo pelo cell, aqui não tá aparecendo, assim q entra pelo PC eu voto continuaaaaa