Fanfics Brasil - Capitulo 4 (PARTE 4) A Rosa do Inverno(adaptada)

Fanfic: A Rosa do Inverno(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 4 (PARTE 4)

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 Ela arqueou uma das delicadas sobrancelhas. “Quanta impertinência! Por que eu deveria lhe dizer quantos anos tenho?”


Christopher tremeu. “Eu sou da família.”   


“Da família de Jeremy, não da minha”, objetou ela. “Ao contrário da minha irmã Maite, eu nunca me casaria com um membro da aristocracia, nem por todo o chá da China.”


“Pensei que você nunca se casaria com ninguém. Lembra-se disso?” Ele sorriu. “Não pensei que esses sentimento excluísse apenas os homens como eu.”   


“E não exclui mesmo. Mas sem dúvida acho que homens como você estão entre os mais desprezíveis.”   


Christopher percebeu que ela estudava a reação dele, como um colegial estuda uma aranha cuja perna acabou de arrancar e, por isso, evitou mostrar- se ofendido: “É mesmo? Como assim? Por favor, me explique.”


“São homens como você que detêm o avanço de reformas vitais que ajudariam milhares de mulheres e crianças sofredoras em todo este país”, respondeu ela, bem loquaz. “Talvez em todo o mundo, já que todos olham para a Inglaterra como um bastião da moralidade.”   


Christopher por muito pouco não caiu na gargalhada. “Sobre o que, em nome de Deus, você está falando?”   


“Você não sabe?” Dulce revirou os olhos diante de tanta ignorância. “Estou falando sobre jovens que enviadas para Londres para aprender uma profissão e que acabam nas ruas porque foram estupradas ou seduzidas por seus empregadores…”


O quê?”, gritou Christopher, sem acreditar.   


“…e são consideradas mercadorias danificadas pelas suas famílias e não têm a quem ou que recorrer, a não ser à prostituição”, continuou Dulce, como se não tivesse sido interrompida. Apoiando os cotovelos sobre a mesa, prosseguiu: “Estou falando sobre mulheres que têm um bebê depois do outro, ano após ano, porque são tão sem instrução que não sabem como evitar a gravidez, tudo porque os homens não acham que educar as suas filhas seja um investimento que valha a pena.”


 “Santo Deus!”, Christopher respirou fundo, sentindo o rosto ficar vermelho. “O que, em nome de Deus, o seu pai tinha na cabeça ao deixar que lesse os jornais? É como dar uma caixa de chocolates a um dispéptico!”


“Ora, tenha dó”, disse Dulce, de nariz torcido, recostando-se na cadeira. “Estou falando a verdade. Não posso fazer nada se Você anda tão ocupado caçando as pobres e inocentes raposas que não vê o que está acontecendo bem à sua frente.”   


“Você, minha cara, está vivendo sozinha por tempo demais. Quando a levar para mansão Uckermann, eu vou…”   


Ela o fitou com tanta malevolência que Christopher interrompeu o que estava dizendo. “Você o quê? Vai me deixar sem nenhum alimento intelectual, como fizeram para reprimir as mulheres pelos séculos?”


“Pô-la sobre os joelhos e lhe dar a surra que tanto merece. O que você poderia saber sobre prostitutas ou sobre como evitar a gravidez, a propósito? Sei que não faz nem um ano que saiu da escola.”   


“Acontece”, declarou ela, os olhos arregalados diante de tanto desaforo, “que vou fazer vinte anos no próximo mês!”   


Christopher começou a rir, voltando a se recostar na cadeira. A moça o olhou furiosa.   


“O que, posso saber, é tão engraçado?”, ela o inquiriu.   


“Você. Consegui que acabasse me dizendo a sua idade, não consegui?” Deu um tapa no próprio joelho, todo satisfeito, tão contente como se tivesse acabado de vencer Alistair Cartwright em um jogo de sinuca.   


Ela continuou a olhá-lo fixamente, e em seguida, depois de dar de ombros filosoficamente, voltou a sua atenção para o uísque. Christopher, apesar de saber que não deveria fazer aquilo, ficou olhando-a, maravilhado. Com os grandes olhos verdes e o rosto emoldurado pelos cabelos escuros, ela parecia inocente como uma escolar, de pele cor de marfim e maçãs do rosto rosadas. Mas, ao baixar os olhos para a forma caprichosa daquela boca de botão de rosa, ele sabia que a inocência era apenas um ardil para distrai-lo do fato de que, atrás daquele rosto angelical, espreitava uma mulher com um apetite sexual tão voraz como ele nunca tinha encontrado. E isso não era tudo: ela também tinha uma personalidade irascível. Que Deus tivesse piedade dele! O que faria com ela?   


E por que, irritante como ela era, ainda queria beijar aquela boca imprudente? Criaturas impossíveis, essas mocinhas! Ele preferia infinitamente as mulheres mais velhas e, sobretudo, as mulheres mais velhas e casadas.   


“Se vamos viver juntos debaixo do mesmo teto?”, começou ele, “não podemos pelo menos ser amigos?” Dulce se levantou e cruzou a sala em direção à pia, para lavar os copos de uísque. O olhar que ela lhe devolveu foi de suspeita. “Vivermos juntos? Do que você está falando?”   


“Você disse que irão para Rawlings comigo.”   


“Eu não disse nada disso!”


Ele sabia que estava de cara fechada, com aquela carranca que certa vez fez uma das meninas Herbert ter um ataque histérico, mas não conseguiu evitar.


“Você disse 'talvez'.”   


“Foi o que eu disse. Desde quando isso significa 'sim'?”   


“Srta. Saviñon.” As palavras faltavam a Christopher. Todo esse tempo ele pensara que a guerra estava ganha, mas ainda nem tinha começado. Ele queria muito esmurrar alguma coisa, mas, infelizmente, o vigário não estava por perto. “Já lhe pedi desculpas pela omissão do meu pai. Peguei cada centavo que aquele vigário maldito diz ter lhe emprestado. Fiz tudo o que está ao meu alcance para lhe mostrar que realmente estou falando sério quando digo que não há nada no mundo que lhe negarei se concordar em vir a Rawlings com Jeremy. O que mais posso fazer para convencê-la de que é sincero o meu desejo de fazer a coisa certa por você e o nosso sobrinho?”   


De costas, ela disse, em uma voz baixa, falando mais com a janela do que com ele: “Nada. Acredito em você. Sei que você pretende fazer o que é certo. Só que…”    “


Só que o quê?”   


“Só que…O quanto o senhor sabe, Lord Christopher, sobre a minha família?” Quando ela se virou para ele, os olhos verdes pareciam artificialmente arregalados. “O que você sabe sobre a minha irmã?”  


 “Nada.” Christopher deu de ombros. “A não ser que, se ela se parecia apenas um pouco com você, não é de admirar que o meu irmão tenha tido morte prematura.”



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Autor(a): leticialsvondy

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Dulce, como era de se esperar, não riu com a piada. “Nada? Nada mesmo? O senhor nunca se encontrou com ela?”    “Você sabe que não. O meu irmão conheceu a sua irmã aqui em Applesby quando participava de um fim de semana de caça. Eles fugiram - de forma imprudente e, sem dúvida, precipitada -, e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • anne_mx Postado em 04/10/2022 - 10:25:17

    Que fanfic linda, amei ver o Christopher colocando a Maite no lugar dela, a declaração dele para Dul foi tão lindaaaaaa, que história extraordinária <3

  • janaynafarias Postado em 19/12/2016 - 11:05:58

    Amore eu me apaixonei por essa fic! Amo fic d época e essa é apaixonante. Parabéns flor por essa obra prima e delicadeza,espero ler mtas outras mas suas! :*

  • millamorais_ Postado em 24/05/2016 - 00:23:32

    Ahhh que história linda *---* <3 sem dúvidas uma das melhores de época que já li. Sobre a fic nova, indo favoritar agora é ficar contando os dias para estréia, tipo sou muito curiosa então vc bem que podia postar um trechinho da história né?! Kkkk :*

  • minhavidavondy Postado em 23/05/2016 - 01:59:03

    Lindo demais!!!!!!!!!

  • stellabarcelos Postado em 22/05/2016 - 23:09:04

    Ah amei muito a estória! Anahi e mai são duas cobras mas que não conseguiram nada! Muito lindos! Amei! Parabéns

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:16:46

    Já irei favoritar lá! Ansiosa já!

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:14:32

    Não acredito que já acabou &#128554; a parte que mais me deixa digamos que emocionada é quando ela fala &quot;Você não pode estar apaixonado por mim.&quot; E ele logo lhe pergunta o por quê não pode. Aí como vou sentir falta dessa fanfic! Dul e o Chris super felizes, amo/sou! Adorei, adorei! Obrigada pela adaptação, como já te disse ela foi maravilhosa! &#10084;&#65039;&#10084;&#65039;

  • Grazi 😍😍 Postado em 21/05/2016 - 19:26:04

    Particularmente adoro essa parte! Esse porte másculo do Christopher me encanta de um jeito. E acho tão bonitinho ele &quot;salvando&quot; a Dulce da irmã, porque por Deus! Essa mulher que transformar a Dul em uma prostituta. Ou até mesmo em seu retrato fiel. Essa Anahi é um monstro em forma de gente, misericórdia. E depois vem as melhores parte do livro/adaptação, to ansiosissima. Meu sumiço é que esse mês de maio me deixa tão na bad, que mal sinto vontade de ler, meu vô faz aniversário esse mês e infelizmente ele faleceu, faz tempo, mas a dor volta as vezes. Enfim, chega de falar de coisas tristes... Continua gatinha. Beijocss!

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 21:14:24

    Leticia não consigo ver as fotos da enquete

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 18:01:26

    Meudels, meudels, meudels :o espero que as coisas se resolvam logo, logo agora que o Christopher começou a falar de sentimentos, eu jurava que o Alistair sabia da intenção de Christopher é por isso tava cortejando a Dulce kkkk enquete? Tou lendo pelo cell, aqui não tá aparecendo, assim q entra pelo PC eu voto continuaaaaa


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