Fanfics Brasil - Capitulo 5 (PARTE 3) A Rosa do Inverno(adaptada)

Fanfic: A Rosa do Inverno(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 5 (PARTE 3)

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Dulce deu uma olhada apreensiva para o garanhão negro, o vapor saindo em grandes baforadas das narinas. “Realmente, my lord, estou bem. Posso esperar a carruagem. E o senhor não precisa me segurar como se eu fosse ser levada pelo vento.”   


“Você não está bem e vai fazer o que eu mandar.”   


O olhar penetrante de Christopher parecia fazer um buraco através dela e Dulce olhou para o outro lado, o rubor tingindo as suas faces claras. Nunca tinha encontrado um homem, a não ser algum admirador ocasional e anônimo nas ruas, em Applesby, que a fitasse tão descaradamente. Ela devia estar com um aspecto horroroso, pensou, preocupada, para ele olhá-la daquele jeito.   


Percebendo que ela não se sentia à vontade, Christopher tirou o braço da sua cintura, mas desabotoou o manto e o pôs sobre os ombros estreitos de Dulce, apesar dos seus protestos. A roupa pesada era grande demais para ela e quase trinta centímetros de tecido se arrastavam pela neve. Livre daquele confortável abraço, Dulce oscilou um pouco ao vento, sentindo como se todos os pontos em que Christopher a tocara tivessem sido marcados a fogo. As suas faces queimavam e ela manteve os olhos baixos, evitando olhar diretamente para alguém.   


Jeremy, porém, a conhecia bem demais para ser enganado por essa tentativa de aparentar normalidade. “Você está mal”, ele declarou, vindo para ficar ao seu lado. “Por que não disse nada antes?”   


“Ora, de que adiantaria?” Ela estendeu os braços e ajeitou o gorro dele, afundando-o firmemente sobre as orelhas. “Isso não faria a ajuda chegar mais rápido.”   


Jeremy se mexeu, aborrecido. “Pare de cuidar de mim. É você que precisa de cuidados.” Inflando o peito, ele se virou e se dirigiu a Lord Christopher: “Acho que é melhor você a levar, tio. Ela não é tão forte quanto parece”.   


Dulce quase caiu na gargalhada diante disso, mas a risada morreu rapidamente quando ela levantou os olhos e viu Lord Christopher se aproximando a passos largos, no rosto uma expressão decidida.   


“Você vem comigo”, disse ele com seriedade.   


Dulce instintivamente deu um passo para trás, a visão correndo para o garanhão. “Ah, não”, disse ela, brandindo o regalo como se fosse uma arma. “Está tudo bem. Ficarei aqui com Sir Arthur. Leve Jeremy. Ele provavelmente adoraria cavalgar naquele…naquele…naquela coisa.”   


Mas seus protestos não poderiam ter caído em ouvidos menos complacentes. Ainda quando ela retrocedia, os dedos de Christopher se fecharam ao redor do pulso de Dulce e de repente ela estava nos braços dele. Como se não pesasse mais que uma criança, Christopher a levantou e colocou na sela, as mãos tão grandes que os dedos enluvados quase circundaram a cintura da moça. Dulce não conseguiu evitar um suspiro ao perceber a grande distância que existia entre o chão e o dorso daquele enorme cavalo.   


“Você está bem?” Christopher lhe perguntou, estudando-lhe o rosto com curiosidade.   


Dulce engoliu em seco e fez que sim, disfarçando o terror com uma exibição de indiferença, calmamente arrumando as saias ao redor do pescoço do animal. Por dentro, porém rezava com fervor para não fazer nenhuma tolice, como desmaiar ou cair.   


Christopher subiu com um movimento rápido para a sela, atrás dela, tirando o pesado manto dos ombros de Dulce e o abotoando ao redor dos dois. O braço dele contornou a cintura dela de novo, mas dessa vez ela ficou agradecida pelo apoio. Assim, se desmaiasse, ele a pegaria antes que caísse no chão duro e tão distante.   


“Hebert”, disse Lord Christopher, juntando as rédeas do garanhão. “Você espera aqui com Sua Graça pela carruagem leve. Não deve demorar muito mais.”   


“Oh!”, exclamou Sir Arthur. “Excelente, my lord. E talvez, no caminho, possamos parar na casa do médico e levá-lo conosco para o solar, para examinar o ferimento da Srta. Saviñon.”   


Acomodada entre as pernas fortes de Christopher, Dulce se manteve sentada o mais imóvel que conseguia, as maças do rosto queimando. Através da saia e da armação, sentia o contorno nítido da masculinidade dele contra as suas nádegas, a dureza do peito dele contra a curva da suas costas. Ela achara que o abraço dele tinha sido íntimo antes, mas era nada em comparação com a familiaridade com que agora se apoiavam um no outro. Dulce tentou controlar as batidas fortes do seu coração, sabendo muito bem que, para ele, como homem do mundo, a situação provavelmente não passasse de pura rotina. Era apenas uma corrida através do pântano. O que poderia ser mais monótono?   


“Até logo, então”, gritou Christopher para Sir Arthur e Jeremy, controlando o corcel que resfolegava. “Até nos encontrarmos em Rawlings.”  


E então dispararam com tanta velocidade que dulce mais uma vez ficou ofegante. Tirando as mãos do seu regalo, ela prendeu os dedos, aterrorizada, ao redor do braço com o qual Lord Christopher a segurava e ele reagiu apertando mais a cintura dela com uma risadinha.   


“Você não tem muito de amazona, hein?” perguntou. Dulce engoliu uma resposta sarcástica. Não parecia prudente antagonizar a única coisa que a impedia de encontrar a morte certa debaixo daqueles enormes cascos.   


Cruzaram os prados irregulares do pântano, a neve chicoteando-lhes a pele e o ar frígido devastando o cabelo de Dulce, apesar da aba larga da sua nova touca. Os seus olhos transbordavam devido ao frio e ela mal podia ver. Baixou a cabeça contra o peito de Lord Christopher e começou a rezar. O primeiro entre os seus pedidos era a esperança de não cair do cavalo. Ela tinha um desejo secundário, de ver Lord Christopher morrer de uma doença particularmente desagradável, mais isso, ela admitiu de má vontade, poderia esperar para depois que ela estivesse em segurança no Solar Uckermann.   


Quando o resfolegante garanhão negro se acomodou em um meio galope suave, Dulce sentiu o aperto de Christopher ao redor de sua cintura relaxar um pouquinho. Ele perguntou, olhando para dentro da aba de pele da touca que ela usava: “Você está bem? Isso não é demais para você?”.   


“Estou bem sim”, disse Dulce, entre dentes. “Estou bem obrigada.”   


“Você não é uma mentirosa muito convincente, não é?”, riu Christopher.   


“Eu sou filha de um vigário”, retorquiu Dulce mordazmente. “Não se espera que eu seja boa em mentir. Jeremy, por outro lado, mente admiravelmente bem.”   


“Esse traço ele deve ter puxado do lado paterno da família”, disse Christopher, sorrindo.  


Dulce balançou a cabeça. Os dentes estavam batendo, mas ela esperava que Lord Christopher supusesse que era de frio e não de medo do cavalo. “Oh, não estou assim tão certa disso Mai sempre teve talento para inventar coisas.”


“Nada disso, Jeremy sem dúvida é do jeito do pai dele. A imagem escarrada de Christian com essa idade.” A voz de Lord Christopher parecia estranha. “O seu pai deve ter tido um ataque apoplético quando a sua irmã e o meu irmão fugiram. Você se lembra disso?”   


“Claro que me lembro”, disse Dulce. Ela engoliu em seco, não devido à lembrança, mas por causa do grande fosso que o cavalo de Lord Christopher acabava de pular. Quando se sentiu em condições de falar novamente, disse: “Eu tinha a idade de Jeremy na época. As crianças têm a capacidade de reter lembranças aos dez anos, você sabe”.   


Se Lord Christopher ouviu o tremor da voz dela, ignorou-o. “Como era ela, a sua irmã Maite? Não como você, obviamente, se era uma mentirosa hábil.”   


Dulce mexeu o corpo contra o dele, pouco à vontade. Ainda não conseguia ver nada à sua frente, a não ser um mar inconstante de branco, com um céu cinzento por cima. “Parecida comigo? Não, nem um pouco.”   


“Nem um pouco parecida com você? Isto é difícil de acreditar. Sem dúvida, Maite era bonita, como você.”   


Dulce, se pudesse, teria estendido o pescoço para dar uma olhada no rosto dele naquele momento, já que não sabia, pelo tom de voz, se ele estava ou não caçoando. Mas, no minuto em que tentou fazer isso, recebeu no rosto uma cortina de neve. Baixou a cabeça contra o peito de Christopher. Maldito seja ele, de qualquer forma. Por que estava tentando flertar e diverti-se com ela naquele momento, quando as defesas dela estavam baixas? Tivera uma semana em Londres para tentar cortejá-la, mas praticamente a ignorara. Criaturas detestáveis, os homens.   


“Maite é muito bonita”, admitiu Dulce depois de uma pausa. Manter uma conversa com aquele clima e no lombo de um cavalo era difícil, mas, Dulce teve que admitir, ajudava a afastar seus pensamentos do frio e do medo de cair. Acrescentou, hesitante: “Mas um rosto bonito não implica necessariamente uma alma bonita”.   


Christopher riu: “Falou como uma verdadeira filha de vigário. Você não aprovava o jeito de Maite, não é? Ela e Christian, pelo que entendi, não eram exatamente retraídos e reservados nas suas atividades…”


“Não, nem um pouco”, falou Dulce. “Para eles, a vida era apenas uma festa atrás da outra. Sem se preocupar que sua existência dissoluta acabasse destruindo os dois, deixando órfão o seu bebê inocente…”   


"A quem você então se encarregou de criar." Christopher olhava para ela com expressão irônica. "Não é de admirar que seja uma liberal. Deve ter uma opinião muito desfavorável da aristocracia se o meu irmão foi a única experiência que teve com ela. Christian não era exatamente responsável, fiscalmente ou de qualquer outra maneira."   


"E quem da sua classe social é?", inquiriu-o Dulce. "Não consigo me lembrar de nenhum membro da Câmara dos Lords que esteja mais preocupado com o bem do povo do que com o bem de seu próprio bolso."   


"Não tenho prazer em discutir política com uma filha de vigário de olhos verdes no meio de uma nevasca", disse Christopher, e então a voz dele revelou claramente que ele estava se divertindo. "Mas, em defesa da minha gente, afirmo que, se você ou o seu pai alguma vez tivesse pensado em entrar em contato com a minha família, nós teríamos providenciado dinheiro pra vocês, pelo bem estar de Jeremy."   


"Oh!", interrompeu Dulce, esquecida de todo o medo de cair. "Você esperava que nós fôssemos rastejando de Applesby, procurando as sobras da sua mesa, mesmo depois que todos na sua família deixaram muito claro, quando Christian e Maite se casaram, que nenhum de vocês queria saber de nada conosco? Ora, sem saber absolutamente nada sobre nós, vocês nos odiaram desde o primeiro momento!"   


"Calma, calma", disse Christopher, rindo e com o mesmo tom que usaria se estivesse tentando acalmar uma égua nervosa. "Você junta todos nós, Uckermann, como se fôssemos um grande cozido ou algo assim. Eu não sou responsável pelas ações do meu pai, e não poderia ter feito nada contra elas." Diante de uma fungada de Dulce, mostrando o quanto ela duvidava disso, Christopher insistiu: "Estou falando a verdade, Srta. Saviñon. Eu estava fora de casa, em Oxford, quando Christian e a sua irmã fugiram".   


"Ora, é mesmo? E ele não lhe disse nada sobre os seus planos?"



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Autor(a): leticialsvondy

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"Ele e eu nunca fomos muito próximos. Tínhamos as nossas divergências". Christopher interrompeu o que estava dizendo, surpreso porque Dulce tinha bufado descortesamente. Ela não conseguira evitá-lo, apesar de que o seu pai sem dúvida não aprovaria isso.    "Divergências! Isso sim é que é amen ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • anne_mx Postado em 04/10/2022 - 10:25:17

    Que fanfic linda, amei ver o Christopher colocando a Maite no lugar dela, a declaração dele para Dul foi tão lindaaaaaa, que história extraordinária <3

  • janaynafarias Postado em 19/12/2016 - 11:05:58

    Amore eu me apaixonei por essa fic! Amo fic d época e essa é apaixonante. Parabéns flor por essa obra prima e delicadeza,espero ler mtas outras mas suas! :*

  • millamorais_ Postado em 24/05/2016 - 00:23:32

    Ahhh que história linda *---* <3 sem dúvidas uma das melhores de época que já li. Sobre a fic nova, indo favoritar agora é ficar contando os dias para estréia, tipo sou muito curiosa então vc bem que podia postar um trechinho da história né?! Kkkk :*

  • minhavidavondy Postado em 23/05/2016 - 01:59:03

    Lindo demais!!!!!!!!!

  • stellabarcelos Postado em 22/05/2016 - 23:09:04

    Ah amei muito a estória! Anahi e mai são duas cobras mas que não conseguiram nada! Muito lindos! Amei! Parabéns

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:16:46

    Já irei favoritar lá! Ansiosa já!

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:14:32

    Não acredito que já acabou &#128554; a parte que mais me deixa digamos que emocionada é quando ela fala &quot;Você não pode estar apaixonado por mim.&quot; E ele logo lhe pergunta o por quê não pode. Aí como vou sentir falta dessa fanfic! Dul e o Chris super felizes, amo/sou! Adorei, adorei! Obrigada pela adaptação, como já te disse ela foi maravilhosa! &#10084;&#65039;&#10084;&#65039;

  • Grazi 😍😍 Postado em 21/05/2016 - 19:26:04

    Particularmente adoro essa parte! Esse porte másculo do Christopher me encanta de um jeito. E acho tão bonitinho ele &quot;salvando&quot; a Dulce da irmã, porque por Deus! Essa mulher que transformar a Dul em uma prostituta. Ou até mesmo em seu retrato fiel. Essa Anahi é um monstro em forma de gente, misericórdia. E depois vem as melhores parte do livro/adaptação, to ansiosissima. Meu sumiço é que esse mês de maio me deixa tão na bad, que mal sinto vontade de ler, meu vô faz aniversário esse mês e infelizmente ele faleceu, faz tempo, mas a dor volta as vezes. Enfim, chega de falar de coisas tristes... Continua gatinha. Beijocss!

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 21:14:24

    Leticia não consigo ver as fotos da enquete

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 18:01:26

    Meudels, meudels, meudels :o espero que as coisas se resolvam logo, logo agora que o Christopher começou a falar de sentimentos, eu jurava que o Alistair sabia da intenção de Christopher é por isso tava cortejando a Dulce kkkk enquete? Tou lendo pelo cell, aqui não tá aparecendo, assim q entra pelo PC eu voto continuaaaaa


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