Fanfics Brasil - Capitulo 5 (PARTE 4) A Rosa do Inverno(adaptada)

Fanfic: A Rosa do Inverno(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 5 (PARTE 4)

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"Ele e eu nunca fomos muito próximos. Tínhamos as nossas divergências". Christopher interrompeu o que estava dizendo, surpreso porque Dulce tinha bufado descortesamente. Ela não conseguira evitá-lo, apesar de que o seu pai sem dúvida não aprovaria isso.   


"Divergências! Isso sim é que é amenizar uma situação!"   


"Eu sou assim tão diferente do Christian?", Christopher parecia em dúvida. Ela se perguntou o que ele queria dizer com isso. Não sabia que o seu irmão Christian tinha sido um bêbado mal-humorado e desbocado? Ora, Dulce nunca compreenderia o que Maite tinha visto nele, com a exceção do rosto bonito… e da carteira aparentemente sem fundo, é claro.   


"Você sabe que não se parece nada com ele", disse Dulce, sem querer continuar para não afagar demais o ego dele. Tinha certeza de que Lord Christopher Uckermann tinha muitas amigas para afagar seu ego… e outras coisas também. Ela não iria sucumbir tão facilmente aos seus encantos. Parou de falar, porém, ao vislumbrar alguma coisa através do turbilhão de neve. Sentindo a rigidez do corpo da moça, como uma reação inconsciente a alguma coisa, Christopher abaixou os olhos para ela com ar interrogativo e notou a direção de seu olhar.    "


Ah", disse Lord Christopher com uma risada sem qualquer calor. "Aqui estamos nós, portanto. O incomparável Solar Uckermann."   


Através da cortina oblíqua da neve, Dulce viu que, no fim irregular do pântano, uma linha de antigos carvalhos desfolhados formava uma aléia na colina suave, no alto da qual ficava a estrutura que Lord Christopher chamava de Solar Uckermann. De três andares, com inúmeros anexos formando os estábulos, a casa das carruagens e a casa dos arrendatários, o solar enfeitava a paisagem ao redor como um cisne deslizando sobre um lago de prata. Das janelas superiores voltadas para o sul, Dulce tinha certeza de que, em um dia claro, era possível ver a encosta da colina até a aldeia mais próxima, que o Solar Uckermann e seus habitantes dominavam.   


"É linda!", disse Dulce, respirando fundo e mal percebendo que falara em voz alta. Nunca tinha visto algo assim e se perguntou se as coisas teriam sido diferentes para Maite se Christian a tivesse trazido para a sua casa ancestral.   


"Você acha?" Christopher parecia divertir-se. "Eu sempre a considerei uma monstruosidade. Localizada da forma mais infeliz. Os ventos do pântano parecem atravessar as paredes no inverno. Temos a maior dificuldade em mantê-la aquecida. Mas o pai do meu trisavô Uckermann não tinha o bom senso concedido por Deus a um estorninho e ele construiu uma casa voltada para um pântano."   


Dulce mal o ouvia. Simplesmente não parecia possível que apenas algumas semanas antes ela e Jeremy estavam usando o restinho de carvão do depósito, sem saber como iriam conseguir dinheiro para comprar mais. Agora, com uma rapidez que estava fazendo a cabeça de Dulce rodopiar, eles nunca teriam que se preocupar com o carvão - ou com dinheiro - novamente. Passar da miséria digna para tudo aquilo em apenas uma quinzena… Parecia um capítulo de um dos livros de fadas de Jeremy.   


Atrás dela, sentiu Christopher bater no cavalo com o pé, fazendo-o galopar, levantando uma onda de neve e cascalho do caminho. Avançaram pela fila de carvalhos que levava até a casa coberta pela névoa, as luzes das muitas janelas do solar fazendo alegres padrões amarelos na neve incólume e na larga escada de pedra que levava aos pesados portais duplos. Aquelas portas começaram a se abrir antes mesmo de Christopher ter parado totalmente a sua montaria, revelando mais luz amarela brilhante e dois homens com perucas empoadas e uniformes verdes e brancos, que desceram rapidamente os degraus cobertos de neve, correndo na direção deles.   


Foi necessária a força dos dois homens, mais toda a destreza equestre de Christopher, para levar o cavalo, extremamente nervoso, na direção da escada de pedra, para que pudessem desmontar. Aparentemente, o cavalo de Christopher não estava tão ansioso para sair daquele clima inclemente quanto os seus cavaleiros.   


"Oh, Lord Christopher", gritou uma voz de mulher. Dulce viu uma silhueta rechonchuda entre as portas gêmeas da casa. "Estou tão feliz de vê-lo em casa em segurança, my lord. Um acidente tão terrível e um tempo tão assustador! Felizmente o senhor conseguiu encontrar um cavalo. Diga-me, como estão o jovem duque e a tia dele?"   


"A senhora pode verificar isso por si mesma, Sra. Praehurst", disse Christopher, tirando o pesado manto dos seus ombros largos e o enrolando ao redor de Dulce. "Trago comigo uma das vítimas do grande desastre de carruagem da Estrada Post."


A mulher ofegou e saiu até a escada de pedra, e Dulce viu que ela era compacta e de meia-idade. Julgando-se pelo aro de chaves que trazia dependurado em uma corrente ao redor da cintura, a mulher era a governanta do solar.   


O vento e a neve empurravam a touca de renda que ela usava sobre o cabelo grisalho, mas a Sra. Praehurst mal parecia notar. Ela se virou e gritou para dentro da casa: "Sr. Evers! Rosie, vá buscar o Sr. Evers. Diga-lhe que Lord Christopher chegou e que ele está…". Ela se interrompeu, os olhos piscando atrás dos óculos de aros dourados. "E quem é essa jovem, my lord? Sem dúvida não é a pequena Maggie Herbert, não em uma noite como esta!"   


"Sem dúvida que não", disse Christopher, com mais uma das suas gargalhadas. Ele desmontou com, Dulce estava aprendendo, a sua agilidade característica e se voltou para ela, os braços estendidos, um brilho travesso nos olhos claros.   


Dulce mordeu o lábio inferior, o olhar baixando apreensivamente em direção ao chão.   


"Pode vir", disse ele, as mão enluvadas erguidas para as dela, que estavam sobre a crina do cavalo. "Não vou derrubar você, se é isto que está pensando."   


Era tão perto do que Dulce pensava que ela enrubesceu, constrangida. Felizmente, qualquer pessoa que a visse à luz que saía das portas da frente do Solar Uckermann pensaria que as faces vermelhas eram devido ao vento. Com cuidado, Dulce pôs os braços ao redor do pescoço de Christopher, fechando bem os olhos, e deslizou para dentro do abraço quente dele, como se fosse o lugar mais natural do mundo para estar. Mas, em vez de a pegar deslizando-a pelo dorso do cavalo, Christopher a levantou nas mãos com tanta facilidade como se ela fosse uma criança e se virou para levá-la nos braços até a escada de pedras e, de lá, para dentro da casa.   


"Pelo amor de Deus", protestou Dulce, os olhos se arregalando. "Não sou uma inválida! Eu posso andar, não é mesmo?"   


"Está escorregadio aqui", foi a resposta sucinta de Christopher, apesar de aparentemente não estar tendo nenhum problema em encontrar apoio para os pés. "E molhado."


"Eu estou toda molhada", Dulce o informou. "Não tenho nem um ponto de costura seco no corpo. Não sei qual é a diferença…"   


"Alguém já lhe disse", perguntou Christopher enquanto subia a escada da entrada do solar, "que você fala demais?"   


Antes de Dulce poder encontrar uma réplica apropriadamente mordaz, Christopher já chamava pela governanta. "Sra. Praehurst! Posso apresentar-lhe a tia de Sua Graça, a Srta. Dulce Saviñon?"   


A Sra. Praehurst, quando Christopher levou Dulce suficientemente perto para dar uma boa olhada nela, ficou totalmente espantada por trás dos óculos, mas os seus bons modos a impedia de mostrar isso.   


"Ora, mas…", disse a governanta, fazendo uma mesura. "Meu Deus, Srta. Saviñon… Por favor, me perdoe. É que, com essa luz… e a senhora parece tão jovem… espero que…" A governanta então tentou um outro caminho. "O seu ferimento é muito grave?"   


"Estou bem, obrigada", disse Dulce delicadamente, enquanto Christopher a levava rapidamente para dentro, deixando para trás a surpreendida governanta. Foi realmente muito difícil falar com dignidade enquanto era transportada de um lado para o outro como se fosse um saco de trigo. "É uma enorme satisfação conhecer a…"   


"Evers!" O berro de Christopher a fez estremecer. Quando voltou a abrir os olhos, ela viu que estava dentro do Grande Saguão, um cômodo tão grande, com teto tão alto, que a única estrutura comparável em que Dulce já entrara era a igreja do pai.   


Brilhantemente iluminado por vários candelabros suspensos nas vigas, aquele cômodo era exatamente tudo o que Dulce sempre pensou que um grande saguão seria… um espaço vasto e ostentoso, sem qualquer serventia concebível. Era mobiliado com alguns conjuntos de poltronas com o encosto forrado de tapeçaria e havia diversas naturezas-mortas toleravelmente bem-feitas nas paredes, junto com alguns tapetes antigos sobre o chão de pedra. Uma escadaria dupla se curvava ao redor de uma porta larga, que dava para a sala de jantar, e levava a uma galeria aberta que terminava em três paredes do segundo andar. No total, era um espaço imenso e o custo anual de aquecê-lo provavelmente poderia alimentar toda uma família em Applesby pela vida toda.   


Mas Dulce mal pôde absorver tudo isso antes de o berro de Lord Christopher fazê-la estremecer de susto mais uma vez.   


"Evers!" Dessa vez Christopher recebeu a resposta de um homem calmo e um pouco velho, que entrou no saguão arrastando os pés, por uma porta lateral. "My lord?" Ele não parecia nem surpreso com o fato de seu patrão estar carregando uma jovem nem particularmente interessado.   


"Evers", disse Christopher. "Aí está você. Robert já…"   


"O jovem Robert chegou há pouco. Já tomei as providências e estão aquecendo conhaque nesse instante. Esta, suponho, é a tia do duque." Sem esperar a resposta, Evers dirigiu-se a Dulce como se estivesse falando com uma rainha, curvando-se até a cintura. "Srta. Saviñon, é uma honra para mim."   


"Mandei preparar o Quarto Rosa para a jovem dama", disse a Sra. Praehurst, passando por eles apressada, as chaves tinindo musicalmente. Fechara as portas da frente e dado instruções para que uma criada enxugasse a neve derretida que tinha entrado na casa, soprada pelo vento. "Há um bom fogo aceso e vou preparar um banho quente imediatamente. Os dois vão querer grogues depois de enfrentar esse frio terrível. Rosie, corra e diga à cozinheira que o patrão - quero dizer, Lord Christopher - está em casa e vai querer algo quente para beber…"   


"Conhaque é tudo o que eu quero", disse Christopher. Dirigiu-se a passos largos para as escadas no final do Grande Saguão. "Sir Arthur Herbert vai trazer o médico com ele. Mande o Sr. Parks diretamente para os aposentos da Srta. Saviñon logo que ele chegar."   


Alguém fez um barulho na galeria que dava para o Grande Saguão e Dulce levantou os olhos. Um homem belamente vestido, mais ou menos da idade de Christopher, uns trinta anos, estava inclinado sobre a balaustrada, com um copo de um líquido com âmbar na mão.    



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Autor(a): leticialsvondy

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"Ora, ora, Christopher", cumprimentou ele, falando alto e bem-humorado. "Para onde você fugiu? Anahí me disse que você chegaria há uma semana." O homem, de cabelos claros, deu um gole na bebida e depois olhou para baixo, observando-os. "E então, quem você tem aí? É Maggie Herbert? O que diabos essa garota está apron ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • anne_mx Postado em 04/10/2022 - 10:25:17

    Que fanfic linda, amei ver o Christopher colocando a Maite no lugar dela, a declaração dele para Dul foi tão lindaaaaaa, que história extraordinária <3

  • janaynafarias Postado em 19/12/2016 - 11:05:58

    Amore eu me apaixonei por essa fic! Amo fic d época e essa é apaixonante. Parabéns flor por essa obra prima e delicadeza,espero ler mtas outras mas suas! :*

  • millamorais_ Postado em 24/05/2016 - 00:23:32

    Ahhh que história linda *---* <3 sem dúvidas uma das melhores de época que já li. Sobre a fic nova, indo favoritar agora é ficar contando os dias para estréia, tipo sou muito curiosa então vc bem que podia postar um trechinho da história né?! Kkkk :*

  • minhavidavondy Postado em 23/05/2016 - 01:59:03

    Lindo demais!!!!!!!!!

  • stellabarcelos Postado em 22/05/2016 - 23:09:04

    Ah amei muito a estória! Anahi e mai são duas cobras mas que não conseguiram nada! Muito lindos! Amei! Parabéns

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:16:46

    Já irei favoritar lá! Ansiosa já!

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:14:32

    Não acredito que já acabou &#128554; a parte que mais me deixa digamos que emocionada é quando ela fala &quot;Você não pode estar apaixonado por mim.&quot; E ele logo lhe pergunta o por quê não pode. Aí como vou sentir falta dessa fanfic! Dul e o Chris super felizes, amo/sou! Adorei, adorei! Obrigada pela adaptação, como já te disse ela foi maravilhosa! &#10084;&#65039;&#10084;&#65039;

  • Grazi 😍😍 Postado em 21/05/2016 - 19:26:04

    Particularmente adoro essa parte! Esse porte másculo do Christopher me encanta de um jeito. E acho tão bonitinho ele &quot;salvando&quot; a Dulce da irmã, porque por Deus! Essa mulher que transformar a Dul em uma prostituta. Ou até mesmo em seu retrato fiel. Essa Anahi é um monstro em forma de gente, misericórdia. E depois vem as melhores parte do livro/adaptação, to ansiosissima. Meu sumiço é que esse mês de maio me deixa tão na bad, que mal sinto vontade de ler, meu vô faz aniversário esse mês e infelizmente ele faleceu, faz tempo, mas a dor volta as vezes. Enfim, chega de falar de coisas tristes... Continua gatinha. Beijocss!

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 21:14:24

    Leticia não consigo ver as fotos da enquete

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 18:01:26

    Meudels, meudels, meudels :o espero que as coisas se resolvam logo, logo agora que o Christopher começou a falar de sentimentos, eu jurava que o Alistair sabia da intenção de Christopher é por isso tava cortejando a Dulce kkkk enquete? Tou lendo pelo cell, aqui não tá aparecendo, assim q entra pelo PC eu voto continuaaaaa


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