Fanfics Brasil - Capitulo 11 (PARTE 2) A Rosa do Inverno(adaptada)

Fanfic: A Rosa do Inverno(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 11 (PARTE 2)

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Oh, meu Deus, ela rezou. Por favor, não permita que eu faça nenhuma besteira. E então ficou brava consigo mesma por se importar com o que qualquer um deles pensasse. Oh, por que havia concordado em sair de Applesby para começo de conversa?   


Abrindo os olhos, ela sorriu, pouco à vontade, para Evers, que se inclinou novamente, dessa vez, notou Dulce, com um leve rosado sobre suas próprias faces descarnadas. Ai, meu Deus, pensou Dulce.   


Talvez uma filha de vigário não deva sorrir para os mordomos. Mas ele era um amor! Como poderia evitar? Levantando a barra da saia com a mão esquerda, Dulce passou por ele, apressada, esperando que a inclinação régia do seu nariz distraísse o olhar de todos das suas faces enrubescidas.   


Tivera esperanças de entrar discretamente no salão, mas o que aconteceu foi o contrário. As conversas no Salão de Recepções Dourado foram interrompidas abruptamente e três pares de olhos se voltaram em sua direção. Dulce, envergonhada, abaixou a abela, notando que tanto Lord Christopher quanto o seu amigo, o Sr. Cartwright, levantaram-se apressadamente depois de apenas um momento de hesitação. O que ela não sabia é que a hesitação ocorrera porque os dois ficaram por um momento intimidados pela sua visão ao entrar, as maçãs do rosto rosadas, a figura esguia e olhar timidamente abaixado.   


Coragem, Dulce, disse a si mesma e, reunindo suas forças, pôs os ombros para trás e levantou a cabeça. Em seguida, sorriu, cruzou a sala e estendeu a mão para a primeira pessoa com que se encontrou, que por acaso era Alistair Cartwright.   


“Sr. Cartwright”, disse. “Quanto prazer em vê-lo novamente. Parece que faz muito tempo que não nos encontramos.” Alistair Cartwright pegou a mão de Dulce e fez uma mesura, aparentemente incapaz de falar, apesar de Dulce não entender por que. Afastando o olhar preocupado do amigo do seu anfitrião, Dulce voltou-se na direção de Lord Christopher. Ele havia trocado as roupas de montaria para um conjunto que não tinha nada de maricas e incluía a indefectível gravata plastrão de nó perfeito e um colete bem escuro. Christopher a olhou de cima a baixo, mas a expressão era inescrutável e Dulce não sabia dizer se ele tinha ou não gostado do que via.


“Srta. Saviñon”, disse ele, a voz rouca distante e polida, como se estivesse se dirigindo a uma mera conhecia e não a alguém com quem tinha sido mais do que um pouco íntimo em certa ocasião. “Gostaria de lhe apresentar a viscondessa Portilla, Lady Anahí.”   


Dulce percebeu que precisava levantar bastante o queixo para olhar para a viscondessa, a qual, apesar de ter inclinado a cabeça em um cumprimento polido, era bem mais alta que Dulce. Mais alta e, Dulce percebeu com o coração pesado, mais bela do que ela poderia ter esperança de um dia a vir a ser, apesar de todos os esforços de Lucy.   


Bem mais velha do que Dulce tinha imaginado - Lady Anahí tinha pelo menos quarenta anos muito bem preservados -, a viscondessa tinha uma beleza delicada, inequivocamente inglesa. Tudo nela era tão pálido e suave como uma rosa híbrida. O cabelo, que lhe caía em pequenos anéis até os ombros, era quase branco, de tão loiro. Os olhos eram de um azul tão claro que as íris pareciam se dissolver nos brancos, mas eram olhos astutos, que viam tudo, inclusive, notou Dulce corando, a sua falta de joias. Vestida na última moda, com um traje de seda azul-celeste e a saia tão ampla que Dulce se admirou que ela passasse pela porta, a viscondessa, entretanto, parecia tão frágil quanto uma delicada peça de porcelana. Tinha o tipo de beleza sobre a qual escritores como Tennyson e Browning deliravam em seus poemas. E com a qual mulheres como Dulce nunca poderiam ter esperança de rivalizar.   


“Como tem passado, Lady Portilla?”, perguntou Dulce modestamente.   


“Estou bem, obrigada”, respondeu Lady Portilla. Depois de fazer uma mesura, a viscondessa deu a Dulce a mesma olhada completa, da cabeça aos pés, que esta acabara de receber de Christopher. Pareceu não gostar do que viu porque seus lábios - artificialmente rosados, Dulce percebeu - se curvaram em um sorriso tão falso que Dulce se perguntou se Lord Portilla era cego. A mulher era tão incapaz de esconder os seus verdadeiros sentimentos que era imprudente da parte dela estar flanando por aí e tendo casos com vizinhos.   


“Espero que a senhorita tenha se recuperado de sua doença, Srta. Saviñon, e do infeliz acidente sobre o qual Christopher me falou.”   


Dulce sorriu. “Oh, estou me sentindo muito melhor. Mas o que mais se poderia esperar com um anfitrião tão atencioso?” Dulce voltou o seu sorriso radiante na direção de Christopher, que se limitou a reagir levantando as sobrancelhas escuras. Ele não compreendia a inesperada lisonja, já que apenas algumas horas antes Dulce o havia acusado de ser afeminado, em um acesso de provocação.   


Ao lado de Christopher, Alistair Cartwright não conseguiu se conter por mais tempo. Deu um passo à frente, pegou mais uma vez a mão de Dulce e, de olhos abaixados para fitá-la, disse: “Estou muito contente em vê-la de pé e ativa, Srta. Saviñon. Espero que participe das atividades planejadas por Christopher para este fim de semana…”.   


Dulce fez um beicinho de desapontamento. “O Sr. Parks me proibiu terminantemente de cavalgar”, disse ela, como se isso fosse a pior notícia que podia receber. Dulce não conseguia imaginar algo que ela gostaria menos de fazer do que galopar por aí pela zona rural no inverno atrás de uma pequena raposa faminta.   


“Mas ele não disse nada sobre dançar, disse?”, Alistair interpelou-a ansiosamente.   


Dulce parecia confusa. “Não, senhor, ele não disse, mas…”  


 “Sr. Cartwright!” Dulce não pôde evitar de rir. “O senhor é assim tão direto com as parentes do seu anfitrião?”   


“Difícil saber. Até o mês passado, ele nunca teve nenhuma”, disse Alistair. Pôs a mão dela no seu braço e a encaminhou na direção do sofá baixo em que ele tinha passado o tempo ociosamente. Dulce afundou nas almofadas de veludo um pouco nervosa. Tinha uma sensação inquietante de que estava sendo cortejada. Nunca na vida tinha sido cortejada, a não ser que se contasse o Sr. Richlands… e Lord Christopher, naturalmente. Só que não se poderia chamar de cortejar os avanços de Lord Christopher. Eram mais um insulto do que qualquer outra coisa. Mas Alistair Cartwright era um gentleman em toda a acepção da palavra e Dulce não sabia se deveria levar a sério os seus galanteios ou se ele estava sendo apenas educado com uma pobre parente escocesa do seu anfitrião…   


“Cheguei à conclusão de que”, explicava-lhe Alistair, “como esta é a sua primeira estada aqui, a senhorita vai precisar de um guia e eu me autonomeei para essa função…”



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Autor(a): leticialsvondy

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“Acredito que já fizeram uma turnê com a Srta. Saviñon”, rosnou Christopher. Mas, quando Dulce lhe deu uma olhada, viu que ele nem mesmo olhava para eles. Christopher fitava o fogo, como se tentando determinar se era preciso atiça-lo. “A Sra. Praehurst deu uma volta com ela hoje de manhã”, completou Christopher suavem ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • anne_mx Postado em 04/10/2022 - 10:25:17

    Que fanfic linda, amei ver o Christopher colocando a Maite no lugar dela, a declaração dele para Dul foi tão lindaaaaaa, que história extraordinária <3

  • janaynafarias Postado em 19/12/2016 - 11:05:58

    Amore eu me apaixonei por essa fic! Amo fic d época e essa é apaixonante. Parabéns flor por essa obra prima e delicadeza,espero ler mtas outras mas suas! :*

  • millamorais_ Postado em 24/05/2016 - 00:23:32

    Ahhh que história linda *---* <3 sem dúvidas uma das melhores de época que já li. Sobre a fic nova, indo favoritar agora é ficar contando os dias para estréia, tipo sou muito curiosa então vc bem que podia postar um trechinho da história né?! Kkkk :*

  • minhavidavondy Postado em 23/05/2016 - 01:59:03

    Lindo demais!!!!!!!!!

  • stellabarcelos Postado em 22/05/2016 - 23:09:04

    Ah amei muito a estória! Anahi e mai são duas cobras mas que não conseguiram nada! Muito lindos! Amei! Parabéns

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:16:46

    Já irei favoritar lá! Ansiosa já!

  • Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:14:32

    Não acredito que já acabou &#128554; a parte que mais me deixa digamos que emocionada é quando ela fala &quot;Você não pode estar apaixonado por mim.&quot; E ele logo lhe pergunta o por quê não pode. Aí como vou sentir falta dessa fanfic! Dul e o Chris super felizes, amo/sou! Adorei, adorei! Obrigada pela adaptação, como já te disse ela foi maravilhosa! &#10084;&#65039;&#10084;&#65039;

  • Grazi 😍😍 Postado em 21/05/2016 - 19:26:04

    Particularmente adoro essa parte! Esse porte másculo do Christopher me encanta de um jeito. E acho tão bonitinho ele &quot;salvando&quot; a Dulce da irmã, porque por Deus! Essa mulher que transformar a Dul em uma prostituta. Ou até mesmo em seu retrato fiel. Essa Anahi é um monstro em forma de gente, misericórdia. E depois vem as melhores parte do livro/adaptação, to ansiosissima. Meu sumiço é que esse mês de maio me deixa tão na bad, que mal sinto vontade de ler, meu vô faz aniversário esse mês e infelizmente ele faleceu, faz tempo, mas a dor volta as vezes. Enfim, chega de falar de coisas tristes... Continua gatinha. Beijocss!

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 21:14:24

    Leticia não consigo ver as fotos da enquete

  • millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 18:01:26

    Meudels, meudels, meudels :o espero que as coisas se resolvam logo, logo agora que o Christopher começou a falar de sentimentos, eu jurava que o Alistair sabia da intenção de Christopher é por isso tava cortejando a Dulce kkkk enquete? Tou lendo pelo cell, aqui não tá aparecendo, assim q entra pelo PC eu voto continuaaaaa


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