Fanfic: A Rosa do Inverno(adaptada) | Tema: Vondy
Um olhar de Christopher o fez fechar a boca e Alistair buscou conforto no seu copo de vinho.
Christopher prosseguiu atacando prato após prato de carnes suculentas e saborosas, deliciosos pratos de vegetais, patês de trufas com peixe e suspiros, com uma determinação muda. A viscondessa, percebendo o mau humor do seu anfitrião, assumiu a tarefa de introduzir na conversa um assunto que todos poderiam compartilhar.
“Srta. Saviñon”, começou, cortando delicadamente em fatias um pedaço de carneiro no seu prato. “Não posso deixar de pensar na mudança que o Solar Uckermann deve ser para a senhorita, depois da vida no convento.”
Dulce engoliu um grande gole de clarete e olhou nos olhos da mulher mais velha com um sorriso delicado. “Quer dizer, na paróquia? Sim, é muito diferente. Na paróquia, eu nunca tinha um minuto para mim mesma. Estava sempre ocupada com alguma tarefa. Se não estava assando pão ou cuidando dos doentes ou ajudando a fazer os planos de aula da escola dominical…”
Dulce não tinha intenção de parecer muito religiosa. Estava simplesmente afirmando um fato, mas percebeu que podia parecer muito pedante para os outros quando Alistair explodiu: “Meu Deus! A senhorita precisava fazer tudo isso? O que impedia uma coisinha como a senhorita de cair morta de exaustão no fim do dia?”
“A devoção dela ao Senhor, tenho certeza”, murmurou Lady Portilla, os olhos sobre o próprio prato.
Dulce soltou uma risada polida, para mostrar não ter ficado ofendida com o sarcasmo da viscondessa, apesar de na verdade ter ficado um pouco mortificada. “Bem”, disse ela. “Gosto de ajudar os menos favorecidos que eu, mas não sei se é por devoção que faço isso. Sinto que faço apenas porque é justo que aqueles entre nós que têm tanto dividam com aqueles que têm tão pouco. Nenhum de nós pode ter certeza de que não vai ficar sem nada um dia, como aqueles de quem já tivemos pena…”
“Certo”, disse Alistair, a boca cheia de foie gras. “Muito certo. O Senhor dá, o Senhor tira e tudo o mais.”
“Foi a sua querida babá quem lhe ensinou isso, Allie?”, perguntou Lady Portilla, de nariz torcido. “Quanta bobagem!”
“Perdoe-me, mas isso não é bobagem.” Dulce baixou o garfo, já sem se importar se parecia afetada ou não. “Depois que o meu pai morreu, Jeremy e eu não tínhamos nada a não ser o que a Igreja podia nos fornecer. Recebemos caridade das mesmas pessoas e quem já tínhamos sido benfeitores antes…”
“Absolutamente escandaloso!”, disse Alistair, balançando a cabeça com força. Ao notar o olhar mordaz da viscondessa, ele proclamou: “Ora, Anahí, é sim. É absolutamente escandaloso que um Uckermann devesse viver da caridade da Igreja.”
Dulce, percebendo pela primeira vez o que ela tinha dito, falou, ofegante: “Oh, não! Não tive intenção de acusar…”.
Christopher a interrompeu. A voz dele era ríspida. “A culpa é minha. Eu deveria ter ficado de olho no bem-estar da família do meu irmão.”
Dulce, para grande surpresa de Christopher, correu em sua defesa. “Mas como o senhor poderia saber?” Ela olhou, com expressão culpada, para os outros. “Não tive a intenção de sugerir que a família Uckermann foi de alguma forma negligente…”
“Mas nós fomos.” Christopher a olhava, perturbado. Ele não sabia se devia se sentir encorajado ou mortificado pelas exibições ocasionais de lealdade por parte de Dulce. Parecia que tinham se passado apenas alguns dias desde que ela insultara o nome da família dele sem nenhum constrangimento. Parecia que agora, porém, difamar Christopher Uckermann era um passatempo reservado para quando estavam a sós e não algo que pudesse ser feito na frente de estranhos.
“Você não deve se culpar, Christopher”, disse Anahí. “Na verdade, é difícil acreditar que Christian pudesse deixar sua esposa e filho sem um tostão. Você não poderia ter adivinhado.”
“Mas eu deveria.” Christopher não sabia, mas uma luz perigosa começou a brilhar nos seus olhos cinza. “Eu, mais do que ninguém, deveria saber disso. Conhecia Christian muito bem, sabia como ele era.”
“Bem”, disse Dulce com vivacidade, tentando pôr fim à desconfortável guinada da conversa. “De qualquer forma, tudo terminou bem, não foi? Esta carne de veado está simplesmente deliciosa, os senhores…”
“Mas ainda não entendo por que a senhorita nunca entrou em contato com Christopher sobre a situação, Srta. Saviñon”, interrompeu Lady APortilla, os olhos claros enganosamente inexpressivos. “Parece estranho que a senhorita tenha aceitado a caridade de estranhos, mas não a da família do seu cunhado.”
“Bem”, disse Dulce, vacilante. “Eu…”
“Depois do jeito que o meu pai se comportou quando a irmã dela se casou com Christian”, disse Christopher, retribuindo o obséquio e, por sua vez, defendendo Dulce, “não é nenhum mistério o motivo de os Saviñon evitarem nos pedir alguma coisa. E agora, se você não tiver objeções, Anahí, podemos conversar sobre outro assunto?”
Lady Portilla parecia espantada. Piscou rapidamente, olhando para Christopher como se ele fosse algum bichinho de estimação muito amado que, de repente e sem provocação, a tivesse mordido. Dulce começou a ter um pouco de pena dela. Para mudar de assunto, perguntou-lhe sobre as atividades que estavam programadas para o fim de semana de caça.
Recuperando-se, a viscondessa começou a tagarelar animadamente sobre o número de pessoas esperadas, onde cada uma delas iria dormir, por quanto tempo ficariam lá, quais eram os seus alimentos preferidos e quais os jogos de cartas de que eles mais gostavam. Dulce ouvia sem prestar muita atenção, achando difícil se concentrar em qualquer pessoa que não fosse o seu sombrio companheiro de jantar.
Christopher tinha comido bastante, mas em silêncio, e Dulce notou que ele tinha bebido toda uma garrafa de clarete sozinho. Sempre que conseguia coragem, dava uma olhada no rosto dele e quase sempre o encontrava olhando-a fixamente. Mas era só seus olhos se encontrarem que ele os desviava, como se só tivesse olhado na direção dela fortuitamente. Sem dúvida, pensou ela com uma sensação crescente de inquietação, ele não estava falando sério ao dizer aquelas coisas antes do jantar. Talvez estivesse apenas flertando por divertimento. Não era isso que as pessoas da sociedade faziam, flertar descaradamente umas com as outras? Nada daquilo significava nada…
Ou significava?
Autor(a): leticialsvondy
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“E amanhã à noite…” Para surpresa de Dulce, ela descobriu que Lady Portilla ainda estava catalogando o itinerário do fim de semana, apesar de ninguém, até onde Dulce podia ver, estar lhe dando ouvidos, “depois do jantar, teremos um jogo ou dois de charadas. Tenho um ótimo quadro para você, Christopher. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 46
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anne_mx Postado em 04/10/2022 - 10:25:17
Que fanfic linda, amei ver o Christopher colocando a Maite no lugar dela, a declaração dele para Dul foi tão lindaaaaaa, que história extraordinária <3
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janaynafarias Postado em 19/12/2016 - 11:05:58
Amore eu me apaixonei por essa fic! Amo fic d época e essa é apaixonante. Parabéns flor por essa obra prima e delicadeza,espero ler mtas outras mas suas! :*
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millamorais_ Postado em 24/05/2016 - 00:23:32
Ahhh que história linda *---* <3 sem dúvidas uma das melhores de época que já li. Sobre a fic nova, indo favoritar agora é ficar contando os dias para estréia, tipo sou muito curiosa então vc bem que podia postar um trechinho da história né?! Kkkk :*
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minhavidavondy Postado em 23/05/2016 - 01:59:03
Lindo demais!!!!!!!!!
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stellabarcelos Postado em 22/05/2016 - 23:09:04
Ah amei muito a estória! Anahi e mai são duas cobras mas que não conseguiram nada! Muito lindos! Amei! Parabéns
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Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:16:46
Já irei favoritar lá! Ansiosa já!
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Grazi 😍😍 Postado em 22/05/2016 - 18:14:32
Não acredito que já acabou 😪 a parte que mais me deixa digamos que emocionada é quando ela fala "Você não pode estar apaixonado por mim." E ele logo lhe pergunta o por quê não pode. Aí como vou sentir falta dessa fanfic! Dul e o Chris super felizes, amo/sou! Adorei, adorei! Obrigada pela adaptação, como já te disse ela foi maravilhosa! ❤️❤️
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Grazi 😍😍 Postado em 21/05/2016 - 19:26:04
Particularmente adoro essa parte! Esse porte másculo do Christopher me encanta de um jeito. E acho tão bonitinho ele "salvando" a Dulce da irmã, porque por Deus! Essa mulher que transformar a Dul em uma prostituta. Ou até mesmo em seu retrato fiel. Essa Anahi é um monstro em forma de gente, misericórdia. E depois vem as melhores parte do livro/adaptação, to ansiosissima. Meu sumiço é que esse mês de maio me deixa tão na bad, que mal sinto vontade de ler, meu vô faz aniversário esse mês e infelizmente ele faleceu, faz tempo, mas a dor volta as vezes. Enfim, chega de falar de coisas tristes... Continua gatinha. Beijocss!
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millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 21:14:24
Leticia não consigo ver as fotos da enquete
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millamorais_ Postado em 20/05/2016 - 18:01:26
Meudels, meudels, meudels :o espero que as coisas se resolvam logo, logo agora que o Christopher começou a falar de sentimentos, eu jurava que o Alistair sabia da intenção de Christopher é por isso tava cortejando a Dulce kkkk enquete? Tou lendo pelo cell, aqui não tá aparecendo, assim q entra pelo PC eu voto continuaaaaa