Fanfic: My Mistake. | Tema: Vondy

− Sinceramente? Eu não sei...

− Tudo bem, mas você tem que conversar com o Miguel.

− Eu sei. Vou fazer isso sim. Eu queria te perguntar uma coisa.

− Diga. − Disse Charles sorrindo.

− Você ainda tem aquele desejo de abrir  a editora no Brasil?− Charles sorriu.

− Ta pensando em me deixar é? − Dulce sorriu fraco.

−Claro que não, eu nunca ia te deixar. Só que eu pensei muito essa noite que talvez se eu voltasse pro Brasil, ficasse de vez lá. Mas claro que eu não ia nunca mais voltar. Eu ainda ia voltar aqui, te ajudar, ainda dirigir a editora.

− Eu ainda tenho esse desejo sim, mas para eu deixar você ir, só com uma condição.

− Qual?

− Não quer você como diretora lá. − Dulce ficou confusa e quando ia falar algo ele a interrompeu. − Quero você como presidente da empresa.

− Meu deus Charles... Eu.. Eu não posso aceitar isso. − Disse quase sem palavras.

− Você é como uma filha pra mim Dulce, você sabe disso. E eu quero te dar esse presente, mas você também não pode me abandonar aqui, ouviu mocinha?

− Eu nunca vou te abandonar, você foi um pai pra mim durante esses 17 anos. − Já comandada pela emoção, Dulce o abraçou. − Obrigada por tudo.

− Você merece meu amor... Você merece.

                                                    *****

 − Miguel... − Dulce disse entrando no quarto de seu filho, já era 17:46 ela tinha chegado do trabalho a pouco tempo. Tinha apenas tomado um banho e foi falar com o filho.

− Pode entrar mãe. − Assim que entrou viu o filho mexendo no computador. − Eu estou vendo aqui sobre os vestibulares no Rio. − Foi nesse momento que Dulce viu como era importante para ele ir para o Brasil. − Todos eles já acabaram o processo, agora só ano que vem. − Dulce se sentou na cama.

− Eu sei... sempre foi assim. Mas você pode estudar em uma universidade particular Miguel. Eu até prefiro. − Ele se virou para a mãe.

− Mas por que se eu posso passar em uma pública?

− Porque o governo do Brasil nunca administrou as faculdades publicas de forma correta. Sempre foi uma bagunça, e se eu posso pagar uma faculdade boa pra você. Eu prefiro que você não faça a publica.

− Tudo bem.. já que você acha melhor.

− O que eu realmente achava melhor era você fazer em Harvard, Princeton ou até aqui mesmo na NYU. − Miguel a olhou feio. − Tudo bem... Eu já entendi. Por isso mesmo que eu vim aqui, se você quer mesmo ir para o Brasil, a gente precisa conversar direito.

−  Sobre o que exatamente?

− Seu pai. − Miguel abaixou a cabeça e rodou a cadeira, fixando o olhar para o computador.

− Não quero falar dele.

− Esse é o problema Miguel! Você nunca fala dele, nunca pergunta dele! Eu não entendo filho. − Naquele momento ele se virou para mãe e a olhou confuso.

− E a senhora queria o que? Que eu perguntasse dele o tempo todo? Não bastava a senhora chorar no colo da madrinha, ia chorar no meu também? − Dulce se surpreendeu.

− Do que você ta falando Miguel?

− Não se faz de desentendida não mãe. Eu sei que esse cara não te fez bem... − Dulce o interrompeu.

− "Esse cara" é seu pai.

− E daí? Ele não ta aqui agora... Eu não tenho pai.

− Miguel.... −Dulce sentiu as lagrimas em seu rosto. Nunca quis que o filho sentisse raiva de Christopher. − Filho... Se ele não ta aqui com você hoje, a culpa é minha, não dele.

− Mãe... Por favor... Você não precisa mentir pra mim. − Levantou da cadeira e sentou ao lado da mãe na cama. − Eu sei o que ele te fez, sei das coisas horríveis que ele te disse. E eu não quero um homem assim como pai. − Dulce suspirou.

− Como você sabe disso tudo?

− A primeira vez que eu ouvi, eu tinha 6 anos.

Flashback

16 de junho de 2005.

− Miguel, eu preciso que você traga esse bilhete assinado pela sua mãe amanhã, ok? − Disse sua professora.

− É sobre o que professora? − Miguel desde pequeno foi um menino muito esperto e também muito curioso.

− É sobre o dia dos pais meu querido.

− Mas o Miguel não tem pai. − Disse um garoto que sempre implicava com os outros alunos.

− Não fale assim com o amigo Jonas. − Disse a professora repreendendo o menino.

Logo mais tarde quando chegou em casa com sua babá, foi correndo logo para o quarto da mãe.

− Cuidado Miguel, não corra. − Disse a babá o alertando. Quando foi chegando perto do quarto da mãe ouviu algo, e quando chegou mais perto viu a mesma chorando no colo de sua madrinha.

− Dulce... Amiga calma. − Miguel não entendia o por que de sua mãe estar chorando.

− O que eu faço Maite? O dia dos pais já é domingo agora, como você acha que eu me sinto tentando inventar uma desculpa pro Miguel? − O menino arregalou os olhinhos.

− Você sempre arruma um jeito. Só que um dia você vai ter que contar a verdade. Lógico não agora, porque ele ainda é muito pequeno.

− Ele pode ter 20 anos. Como eu vou falar pro meu filho que o pai dele não sabe que ele existe, porque tinha nojo de mim, que nunca queria ter me conhecido.

Miguel desistiu de falar com sua mãe. E sentiu raiva daquele homem que fazia sua mãe chorar tanto. Olhou pro bilhete em sua mão e o amassou, jogando-o no lixo. Naquele dia, mesmo ainda tão pequeno, prometeu pra si mesmo, que nunca mais ia perguntar do pai para a mãe.

Fim do Flashback

− Foi antes do dia dos pais, você tava chorando. Não foi a única vez, mas foi a que eu lembro como se fosse ontem. − Disse pensativo olhando para as mãos.

− Eu nunca quis que você visse filho. Nunca quis que você sentisse raiva dele. Isso é um problema entre eu e ele.

− Não mãe. Isso começou a ser problema meu quando eu decidi que você não ia mais chorar por ele. E eu não quero ir pro Brasil pra conhecer ele, quero ir pra conhecer os meus avós. − Miguel pegou as mãos de sua mãe. − Eu sei de tudo que você teve que passar por mim... Eu tenho orgulho de ser seu filho. − Dulce já chorava.

− Ohh meu menininho... − O abraçou forte. − Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

COMENTÁRIOS

rafa_savinon:  Obrigada anjo! Bem vinda*-*

Joyce Pardo: Postado linda...

Fanfic Vondy, Chaverroni & Ponny: Obrigada meu amor*-* Postei um pouquinho antes mais amanhã de tarde vai ter outro. Vai demorar um pouquinho ainda pro Christopher aparecer. E eu amo comentarios grandes. Beijos.

Postarei o próximo capítulo amanhã.

Por favor gente, comentei. Eu Sou movida a comentários. Eles me estimulam a escrever.

Kiss...