Fanfic: Desejo Policial. | Tema: The 100

No dia seguinte, Octavia acordou se queixando de dor de cabeça e Clarke acordou com suas queixas. Olhou para o relógio, eram 14h. A loira se levantou, foi no banheiro, escovou os dentes depois tomou um banho quente. Também estava com um pouco de dor de cabeça mas o banho ajudou a melhorar. Ela foi até a cama de Octavia e puxou o cobertor que estava em cima da garota.

— Vem tomar um banho pra você melhorar. Eu ainda te avisei para não beber.

Octavia resmungou um pouco mas acabou indo tomar banho, Clarke foi até a cozinha e fez um chá para a amiga beber. Gina não estava e Clarke não tinha certeza se Raven estava no quarto, trancada como sempre ou se tinha saído. Octavia desceu e tomou o chá.

— A gente podia sair, ir á praia ou só dar uma volta mesmo. — Clarke sugeriu.

— Tudo bem... Vou pôr uma roupa melhor.

Elas saíram da casa e foram até a praia. Lá encontraram Jasper e Monty, que estavam jogando vôlei, Octavia disse que iria jogar também e Clarke ficou sentada na areia observando o jogo. Pôs o seu óculos de sol e fechou os olhos. Sentiu alguém se sentando do lado dela e ouviu uma voz familiar. Abriu os olhos e deu de cara com Finn, estava realmente muito bonito, seu cabelo grande estava balançando no vento.

— E aí princesa. — Ele disse e ela sorriu.

— Oi Finn!

Eles começaram a conversar sobre a festa, sobre como Octavia estava engraçada e deram risada.

— Quer nadar um pouco e depois comer alguma coisa? — Ele perguntou.

— Está me convidando pra sair? — Ela questionou, cruzando os braços.

— Se você recusar, não, se aceitar, sim, estou.

Clarke olhou para Octavia, que viu a loira e o garoto juntos e balançou a cabeça.

— Clarke, eu e os garotos vamos dar uma volta, a gente se encontra no alojamento. — Ela disse e Clarke entendeu.

A loira deu uma risada sozinha e se levantou junto com o garoto.  Andaram até o mar, foram indo mais fundo até não conseguirem pisar mais na areia. Clarke começou a segurar no pescoço do garoto

—  Eu não sei nadar, Finn. — A garota disse.

— Não acredito que uma garota que faz faculdade pra ser uma policial não sabe nadar?

— Pode acreditar. — Ela disse e ele deu uma risada. 

Ele pegava ela no colo e rodava com ela no meio do mar, deixando-a tonta e ela morria de dar risada quando ele fazia cócegas nela e ela pedia para ele parar. Acabaram saindo do mar e indo embora da praia algumas horas depois. Finn levou Clarke num restaurante ali perto. Pediram uma porção de batatas-fritas e camarões. Comeram e Finn pagou a conta mesmo Clarke implorando para que ela ajudasse. Ela acabou cedendo e eles entraram no carro. Estava quase anoitecendo e Finn mudou o caminho. Clarke o olhou.

— Pra onde vamos? — Perguntou, curiosa.

— Um lugar que eu gosto bastante, você vai gostar também. — O garoto respondeu.

Finn estacionou novamente perto da praia e desceu do carro, a loira fez o mesmo e levantou uma sobrancelha.

— Eu também gosto bastante da praia. — Ela disse, zombando um pouco.

— Boba, ainda nem chegamos, vem. — Ele disse, segurando sua mão e andando com ela até um lugar perto das rochas onde havia algumas rochas. Tinha uma escada feita com pedra e areia e em baixo tinha um pequeno lago e uma cachoeira que só cabia no máximo duas pessoas. O lugar era cheio de flores e alguns vaga-lumes iluminavam o local. Clarke olhou aquilo e sorriu. 

Era muito lindo, nunca tinha ido num lugar assim desde que tinha chego na cidade nova. Sorriu consigo mesma ao ver aquilo.

— Muito lindo, né?— Ouviu a voz de Finn atrás dela.

— É...

— Eu já vim aqui várias vezes mas dessa vez eu acho que é a mais bonita.

Ela olhou para ele e sorriu.

— Eu nunca vi nada assim antes, pelo menos não pessoalmente.

Finn a olhava com atenção enquanto ela olhava para aquela cachoeira toda iluminada.

— Que tal um mergulho?— Ele perguntou.

— E se for muito fundo?

— Não é. Vem comigo. - Ele disse, estendendo sua mão á ela e Clarke a segurou com toda confiança.

Ele foi o primeiro a entrar, a água estava muito boa, nem tão gelada nem quente. Tirou sua camisa e ajudou Clarke a entrar por causa das rochas que ficavam em volta do lago com a cachoeira.

Ela entrou e quando pisava em algum buraco segurava com força Finn, e ele adorou aquilo.

— Não precisa ter medo, olha.— Ele se afastou um pouco mas continuou segurando a mão de Clarke, disse para ela bater as pernas devagar e ela obedeceu. Ficaram assim por um tempo.

Até que eles se sentaram numa pedra que ainda ficava dentro do lago e Finn resolveu tocar no assunto.

— Me fala mais sobre você, o que gosta, de onde você veio, seus fetiches.

— Peraí, meus fetiches? — Ela perguntou, rindo.

— Brincadeira... A não ser que você queira me contar.

— Não, eu não quero.

Ele riu.

— Então as outras coisas eu gostaria de saber. Tô curioso sobre você.

— Não tem muita coisa pra saber, não sou uma pessoa muito interessante. — Ela disse, sorrindo pra ele.

— Isso eu duvido, princesa.

— Por que me chama de princesa? — Ela perguntou.

— Não gosta de ser chamada de princesa, princesa?

Ela deu uma risada e olhou para baixo. 

— Mas e você? O que curte fazer, tem namorada, faz qual curso?

— Eu vou responder só a única pergunta que eu sei que você está interessada: Não tenho namorada. — Ele disse e ela sorriu novamente. 

Depois de alguns momentos juntos, Clarke pediu que ele a levasse porque estava ficando tarde e eles começaram a andar em direção do carro. Finn dirigiu e levou a loira até seu alojamento. Ela peguntou se ele queria entrar mas ele disse que não. Antes que a garota saísse ela quis agradecer pelo dia que haviam passado juntos. 

— Obrigada, eu me diverti muito. — Ela disse, sorrindo.

— Eu também, você é incrível. — Ele a elogiou e ela ficava vermelha.

Finn tinha achado a garota muito atraente e não perdeu a oportunidade.

— Eu... acho que eu quero te beijar. — Ele disse e ela arregalou um pouco os olhos.

— Não pense que eu sou tão fácil assim, bonitão.

— Eu não sou do tipo que desiste fácil.

Ela sorriu ao ouvir aquilo.

— Eu adoro esse tipo. — Essas foram suas últimas palavras e a garota saiu do carro.

Finn abaixou o vidro e chamou a garota, que olhou na mesma hora.

— Quer sair comigo, amanhã? — Ele perguntou.

— Quero. — Ela disse, sem pensar.

— Então amanhã eu te pego ás 19, pode ser?

A garota balançou a cabela, ele piscou para ela e seu carro desapareceu pouco tempo depois. Clarke respirou fundo e entrou em seu alojamento. 

  *

O tão esperado amanhã chegou. Clarke já tinha escolhido o melhor vestido longo que tinha, um preto que a deixava muito bonita e valorizava bastante o seu corpo. Prendeu seus cabelos loiros, fez uma bonita maquiagem e olhou para o relógio. Sete e ponto e Finn já havia mandando uma mensagem em seu celular dizendo que estava a esperando na esquina. Ela estranhou. Por que na esquina? Desceu as escadas e foi para a esquina e logo avistou o carro de Finn estacionado, ela abriu a porta e sorriu quando o viu. Estava muito bonito vestido de social. 

— Você tá linda, princesa. — Ele disse, a olhando de cima a baixo.

— Obrigada, você também não está tão ruim. — Disse e eles deram uma risada. 

Estacionou o carro num lugar que não era muito longe dali, pegou a mão de Clarke e foi entrando no restaurante. Era um lugar muito chique, as mesas tinham velas e uma garrafa de champagne em cima. No teto, tinham várias luzinhas e os móveis eram todos rústicos. E ainda tinha música ao vivo, Clarke estava começando a se sentir igual uma princesa de verdade. Eles se sentaram e o garçom abriu a garrada do champagne para servi-los. Abriram o cardápio e resolveram pedir uma comida com o nome estranho mas que por sinal estava deliciosa. Eles acabaram de comer e Finn a convidou para dançar.

— Não, eu não sei dançar. — Ela disse.

— E quem aqui sabe? Vem comigo. - Ele estendeu a mão novamente igual o dia do lago e ela sorriu ao fazer essa comparação.

Ela se levantou e eles foram pro meio da pista de dança onde a banda ao vivo cantava e tocava uma música lenta. Vários casais se juntaram a eles. Finn colocou sua mão na cintura de Clarke e a loira segurou em sua nuca, mexendo em seu cabelo devagar.

— Gostou do lugar?

— Sim, e a companhia também foi muito agradável.

Ele sorriu e a apertou para mais perto dele.

— Você é uma garota diferente. — Ele disse, olhando em seus olhos azuis.

— Diferente bom ou ruim? — Perguntou.

— Com certeza bom. Ele disse em seu ouvido e a garota sorriu sem que ele pudesse ver, e se arrepiou ao ouvir aquilo.

 Depois de ficarem um tempo dançando, ele resolveu leva-la para casa para que não chegasse muito tarde. Quando parou na frente da sua casa, eles se despediram com um beijo no canto da boca e Clarke novamente se arrepiou ao sentir isso. Clarke saiu do carro e ele desapareceu novamente na rua. Ela entrou no alojamento e começou a procurar por Octavia para contar da sua noite, mas não conseguiu encontrar a amiga, até que seu celular começou a tocar. Era uma mensagem de Octavia e de várias outras pessoas, falando de uma festa que ia ter no alojamento de Bellamy. A casa estava vazia, Clarke mordeu o lábio e foi até a casa. Estava preocupada com a amiga. A porta do alojamento estava aberta, a casa estava muito lotada, ela passou se esbarrando nas pessoas procurando a amiga. Não encontrou no andar de baixo e temeu que ela estivesse no andar de cima em algum quarto com alguém. Subiu as escadas correndo e começou a bater de porta em porta, mas ninguém que atendia era Octavia. Até que começou a bater em uma porta e quem abriu foi Bellamy, estava sem camisa e com o cabelo bagunçado, já imaginou o que estaria fazendo e virou os olhos. Segundos depois uma garota desconhecida saiu do quarto encarando Clarke de cima a baixo. 

—  Eu tô procurando a Octavia e assim que encontra-la vou embora. — Ela disse, passando do lado dele e entrando no quarto.

— Por que entrou aqui, sua amiga não está comigo. — Ele disse, olhando para a loira que revistava o quarto.

— É sério Bellamy, a Octavia é muito fraca pra bebida e eu tô começando a ficar preocupada. — A garota dizia, em pé no meio do quarto.

Bellamy fechou a porta como o outro dia e começou a se aproximar da loira mas dessa vez ela não se afastou.

— Por que entrou aqui se sabia que ela não estaria comigo? Se quer ficar aqui comigo é só falar. — Ele disse, se aproximando da garota. Ela não se afastava em nenhum momento e erguia a cabeça. Suas respirações já estavam ficando perto uma da outra e podiam sentir as mesmas se cruzando. 

— Você pode esperar sentado o dia que eu querer ficar sozinha num quarto com você. — Clarke tentou disfarçar quando deu um passo para frente, fazendo eles ficarem bem mais próximos ainda e suas bocas quase se encontravam. Se olhavam e se desafiavam com o olhar.

Bellamy segurou delicadamente a mão no pescoço da loira que também tentou disfarçar enquanto se arrepiava, mas ele percebeu e deu um sorriso de canto. 

— Eu não sei porquê eu acho que isso não é verdade. — Dizia enquanto segurava o pescoço de Clarke. Ela estava quase o tocando também quando sentiu que ele a soltou. — Sua amiga está com Jasper lá em baixo, é só procurar melhor. — Disse, se afastando e indo em direção a porta, a abriu e ficou olhando para a loira.

Ela ficou com raiva. Raiva por ele ter se aproximado dela assim e mais raiva ainda dele te-la soltado. Ela não disse nada e saiu do quarto, seu coração estava palpitando com a emoção do momento e desceu as escadas vermelha de raiva. Procurou novamente em baixo e finalmente avistou Jasper junto com Octavia na sala de estar. Andou rápido até eles.

— Octavia, nós temos que ir. — Clarke disse, puxando a mão da garota.

— Relaxa, Clarke eu não bebi dessa vez, o Jasper está cuidando bem de mim. — Ela disse, olhando para o garoto e sorrindo.

Clarke achou melhor deixa-la, afinal eram amigas e não mãe e filha. Não hesitou e saiu do alojamento sozinha, não conseguindo parar de pensar na cena do quarto. Queria pensar em outras coisas, no encontro com Finn por exemplo mas não conseguia. Entrou em seu alojamento, tirou a roupa, tomou um banho rápido e gelado e deitou em sua cama para dormir.