Fanfic: Desejo Policial. | Tema: The 100
Na segunda-feira, na aula de Kane, Clarke assim como todos, prestava muita atenção no que ele explicava enquanto escrevia na lousa a matéria. Nos últimos minutos de aula, ele se sentou em sua mesa e começou a explicar um trabalho que seria para daqui três dias.
— Vocês vão criar um caso de investigação criminal, contendo uma vítima e um assassino. Vão ter que bolar as pistas, fazer tudo se encaixar no final e por fim desmascarar o culpado. Eu fiz uma lista e eu mesmo separei as duplas.
Todos continuavam prestando atenção para escutar o nome da dupla.
— Octavia e Raven, Gina e John Murphy, Jasper e Monty, Bellamy e Clarke...
Clarke não quis nem ouvir o resto da lista. Levantou seu braço e Kane parou de ler a lista para ouvir o que a loira tinha á dizer.
— Desculpa, mas eu não faço trabalho nenhum com ele. — Ela disse e Bellamy também se meteu.
— Você tá na faculdade ou na quinta série, princesa? — Disse, arrancando algumas risadas debochadas.
— Escutem. — Kane os interrompeu antes que começassem uma discussão.— Eu os coloquei juntos porque são um dos melhores dessa classe e eu gostaria de ver como se sairão trabalhando juntos, e eu não vou mudar as duplas por causa de duas pessoas que tem que aprender a conviver um com o outro. Eu quero esse trabalho pronto para quinta-feira, estamos entendidos?
Clarke por fim, derrotada, disse que sim e a sala voltou a ficar em silêncio. Estava com raiva ainda pelo o que tinha passado com ele na noite anterior e não estava suportando nem olhar para sua cara. Quando o sinal tocou, ela pegou rápido sua mochila e começou a andar para fora da faculdade, sentiu alguém segurar o seu braço e era Bellamy.
— Qual é o seu problema, loira? É só um trabalho. — Ele disse.
— Eu não to nem aí, pode enfiar esse trabalho lá fundo se você quiser. — Disse, revoltada.
Ela soltou seu braço da mão dele e voltou a andar, mas o garoto ainda a seguia.
— Clarke, é só um trabalho. Não precisamos virar melhores amigos por causa disso. Eu não sei você, mas eu não to afim de ficar sem nota. — Bellamy disse e a garota parou.
Ela respirou fundo e se virou para Bellamy, cruzou os braços e com a cara emburrada, perguntou.
— No meu alojamento ou no seu? — Perguntou e ele sorriu um pouco.
Chegou no alojamento de Bellamy e bateu na porta, ele atendeu com rapidez e pediu para ela entrar. Ela foi seguindo-o até o seu quarto, se sentaram na cama e ela começou a folhear o livro. Enquanto ela procurava algum assunto que pudessem falar no livro, ele a olhava. Ainda não tinha reparado em como era realmente bonita. Clarke começou a perceber seu olhar nela e começou a ficar nervosa. Ela começou a folhear um pouco mais rápido e fechou o livro.
— Dá pra parar de ficar me olhando, você tem que me ajudar com isso aqui também e não vai achando que eu vou fazer o trabalho todo sozinha pra você ganhar nota no final. — Ela disse, olhando para ele.
— Tá... Foi mal. — Se desculpou e se concentrou no livro também.
Eles começaram a escrever um caso de um serial killer em Nova York que assassinava garotas mas era cauteloso. Limpava as pistas e plantava evidências para atrapalhar o trabalho da polícia. Ficaram até a noite quebrando a cabeça para sair uma história boa.
No dia seguinte, Clarke voltou para o alojamento de Bellamy com o caso quase pronto. Eles continuaram pensando num desfecho para o caso quando a campainha tocou e o garoto voltou com uma caixa de pizza nas mãos.
— Vamos abastecer um pouco.
— Isso aqui é pra quarta-feira, Bellamy, precisamos ir logo.
— Senhora careta, é só vinte minutos. — Ele disse e ela acabou cedendo porque estava com muita fome.
Ele abriu a caixa de pizza e eles começaram a comer. Eles começaram a conversar sobre algumas outras coisas até que chegou no assunto de família.
— Eu sou assim tão competitivo porque meu pai é um médico muito bem-sucedido e eu cresci ouvindo que eu tenho que fazer de tudo pra conseguir o que eu quero. — Ele dizia, olhando para ela com um pouco de receio da sua reação.
— Eu acho que você tem sim que correr atrás do que quer, mas não tem que pisar em cima de ninguém e nem menosprezar ninguém. — Ela disse, aconselhando-o. — Além do mais, você já é grande e crescido, não pode fazer tudo o que seus pais querem.
— Talvez você tenha razão... — Ele falou e ela sorriu um pouco.
Ele se levantou, pegou a faca que tinham cortado a pizza e ficou a analisando.
— Eu acho que já sei um bom desfecho pro nosso caso. — Ele disse, não desviando o olhar da faca.
— Qual?
Ele fez uma cara de mau e apontou a faca para Clarke.
— E se matarmos o assassino com um golpe de faca? — Perguntou, fazendo cara de mau.
— Para, eu não gosto de brincadeiras com facas. — Ela disse, se afastando um pouco, facas davam agonia á ela.
Ele soltou a faca antes que ela pudesse ver e encostou na barriga dela, ela gritou e depois viu que ele tinha soltado. Ele estava dando risada.
— E se a gente matasse o assassino com bordas de pizza? — Ela perguntou, pegando as bordas de pizza e tacando nele, agora era ela quem estava rindo.
Ele a segurou pela cintura e a deitou na cama, começou a fazer cócegas em sua barriga e ela ria alto. Ele sorria e parou, ela respirou fundo e ficou olhando para ele. Bellamy olhava fundos nos seus olhos azuis e ele encostou a ponta dos dedos em seu cabelo, mexendo neles. Um silêncio novamente tomou conta do quarto e ele foi se aproximando dela, ao perceber o que ia acontecer, ela se virou rápido.
— Vem, vamos voltar aqui. — Clarke disse, se referindo ao caso.
Ficaram até de madrugada terminando o caso de um jeito bom, até que não aguentaram de sono e os dois acabaram dormindo juntos na cama.
No dia seguinte, Clarke acordou os olhos e estranhou porque não era nada parecido com seu quarto. Até que viu Bellamy dormindo e se lembrou do que havia acontecido, ela o observou dormindo e sorriu. Até que era bonito. Ela olhou para o relógio e viu que horas eram, pegou suas coisas e foi para o alojamento. Era quarta-feira e eles já tinham acordado atrasado, não adiantava mais ir á aula, estavam cansados por causa do trabalho, que por sinal já estava pronto.
Na quinta-feira, os grupos já tinham apresentado o trabalho e chegou a vez de Bellamy e Clarke. Ela foi para a frente da sala pois ela quem iria ler.
O caso dessa vez se passa numa casa de uma mulher. Era só mais um dos inúmeros casos de estrangulamento que tinha aquele e os últimos meses. Eu e Bellamy entramos no quarto onde a vitíma se encontra morta e não achamos digitais, fios de cabelo, vestigios de sangue nem nada. O assassino limpou e aspirou a casa antes de ir embora. Eu abro o armário e encontro o aspirador de pó, o abro e mais uma surpresa: O assassino levou o saco da sujeira. Bellamy me diz para procurar digitais mas não é preciso. Ele encontra um fio de cabelo e o guarda para analisar no laboratório.
Ao sair da cena do crime, um guarda de trânsito vem até nós, ele nos diz que viu um homem saindo da casa, entrou no carro e dirigiu rápido, ele diz que não anotou a placa porque pensou que não fosse tão importante.
Mais tarde no laboratório, o médico diz que a vítima teve traumatismo craniano e foi atingida com um objeto cortante, depois o assassino a cedou com alguma substância hipnotizante. Ele a controlou por seis horas, a torturou e a enforcou até ela ficar inconsciente. Antes disso teve o estupro mas como estava cedada pensava que estava sonhando. O médico diz que encontraram fibras, parecidas como de toalha. ''Talvez esteja amordaçando-as'' Pensamos eu e Bellamy juntos. Por isso ninguém consegue ouvi-la gritar ou pedir por ajuda. Eu penso, talvez deve ter vestigios na toalha, só precisamos achar o assassino antes que ele lave a roupa suja.
Ao analisarmos o fio de cabelo, percebemos que não há DNA nem vestigios de pele, portanto o fio não foi arrancado e sim cortado, o assassino está levando pistas para identificarmos outro suspeito, mas ele não se ligou que se é cortado não temos nenhuma amostra de DNA. Um de nossos parceiros, Jasper, — Clarke olhou para Jasper e deu uma risada, depois continuou sua leitura — está analisando o lençol e encontra sêmen misturado com ketchup, não entendemos nada. Alguns dias depois de investigação, encontramos o dono do sêmen e que o ketchup estava lá porque o assassino havia levado o sêmen pronto dentro de um saquinho de ketchup. Vamos procura-lo no seu trabalho como garçom num bar perto do laboratório. Ele diz que não reconhecia a mulher morta após mostrarmos a foto e perguntamos se ele tinha recebido algum pedido de sêmen dele e ele diz que sim. Descartamo-os. No laboratório, Jasper vem me perguntar se eu lembrava do guarda que tinha falado do homem fugindo do carro e eu digo que sim. Ele me diz que não havia vestigios de carro na estrada e só de um tipo de óleo. ''Mentirinha inocente?'' Perguntei a mim mesma e falei com Bellamy que puxou a ficha do homem e encontrou seu endereço. Pegou sua lanterna e foi até a casa do homem. Entrou pois a porta estava aberta e não viu ninguém. Olhou para o chão e viu ele mesmo os rastros de óleo, seguiu e o rasto o levou até uns sacos de lixo, Bellamy começou a abrir os sacos e encontrou vários saquinhos de ketchup. Olhou para o lado e viu o guarda vestindo um shorts, uma camisa regata e virado para uma máquina de lavar roupas. Assim que ouviu os passos, o homem se virou despreocupado para Bellamy.
''Você está lavando roupa?''
''Só umas toalhas''
Bellamy olhou para o cabelo do homem que parecia estar cortado. O homem percebeu, levantou a mão e tirou a peruca. O homem era careca. Por isso o fio de cabelo não havia DNA.
''Você foi meticuloso com tantas coisas, cabelos, toalhas...''
''Eu não sei do que você está falando''
''As suas toalhas estão no centrifugar, com certeza vão deixar alguma evidência. E eu dei uma olhada no seu lixo''
''Então esteve no meu apartamento?''
''Seu lixo está numa parte pública, eu consigo um mandato rapidinho''
O homem gelou, mas conseguiu com rapidez dar um soco em Bellamy que caiu no chão, o homem pegou um machado que estava em sua lavanderia e a levantou para acertar em Bellamy. Três tiros foram o suficiente que eu dei no homem para ele morrer e largar o machado.
''Tudo bem?'' - Perguntei a Bellamy
''Como me encontrou?''
''Acha mesmo que eu ia deixar você vir aqui sozinho?''
Nesse momento, o FBI entrou no lugar e mandou um rádio para os para-médicos, mas era tarde, o assassino estava morto.
No dia seguinte, o supervisor Kane fez um anúncio que passou na televisão.
''Nós podemos afirmar com as evidências que o falecido era o estrangulador de Nova York, e podemos dizer que graças á dupla de estudantes de Harvard, nossa cidade pode dormir tranquila''
— Obrigada. — Essa foi a última palavra de Clarke após terminar a leitura.
As palmas para a apresentação deles foram as mais fortes e o professor Kane estava impressionado.
— Eu disse que vocês iam trabalhar bem juntos. — Piscou para os dois.
Clarke e Bellamy se olharam e um sorriram para o outro. Apesar de não gostarem muito um do outro, podiam admitir que trabalhavam bem juntos. No final da aula, Bellamy foi para seu alojamento e começou a se perguntar se fazer o que John Murphy tinha dito era o melhor mesmo. Pegou o seu celular e ligou para seu pai, começou a falar da proposta de Kane e de Clarke. Disse que ela era muito inteligente e que não sabia se queria fazer mal á ela.
— Filho, você tem que fazer tudo o que for preciso pra tirar essa garota, tá entendendo? Não vai decepcionar a sua família, vai? Nem jogar o seu sonho fora.
Bellamy pensou um pouco e por fim respondeu.
— Não pai, não vou. Vou fazer o que eu tenho que fazer. — Disse e desligou o telefone.
Autor(a): wanheda
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