Fanfic: Sabor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Ele sorriu e a beijou outra vez.

— Isto merece uma comemoração!

— Merece? — perguntou ela, mas então percebeu o que havia acabado de dizer. — Quero dizer, com certeza merece. O que devíamos fazer? Já estamos bem perto do topo do mundo.

— Eu conheço um lugar do qual acho que você vai gostar. — disse ele. — Você confia em mim?

— Eu não estaria me mudando para Nova Orleans se não confiasse. — falou ela.

Ouvir aquelas palavras ditas em voz alta a aquecera. Ela se perguntava o quão diferente seria ir embora de casa desta vez.

Quando se mudou para Paris, ficou com medo, mas também tão segura de si. Desta vez, ela não estava com medo ou tão segura. Apostava que sua avó diria que aquilo era a idade lhe dando alguma sabedoria.

— Tudo bem. Certo. — disse ele, pegando a mão dela. — Siga-me.

Ela o seguiu até a loja de presentes, onde ele parou diante do balcão de joias e lhe comprou uma pulseira com um pingente no formato do Empire State.

— Isto é para você sempre se lembrar desta visita.

— Eu não acho que vá me esquecer tão cedo.

— Espero que não. — disse ele.

Eles tomaram o elevador até o saguão, e Anahí estava repleta de amor.

Pronto, aí está, pensou ela.

— Alfonso? — chamou um homem, indo até eles.

Anahí ouviu Alfonso xingar baixinho quando se virou. O sujeito que havia chamado parecia vagamente familiar para Anahí.

Era tão alto quanto Alfonso e tinha cabelo cacheado e grisalho. Os olhos tinham cor verde, e ele os observava intensamente.

A mulher ao lado do homem era levemente mais alta do que Anahí e tinha cabelo castanho perfeitamente penteado. Usava um vestido de verão de grife e, em geral, parecia muito mais refinada do que Anahí jamais poderia esperar ser.

— Você os conhece? — perguntou ela baixinho.

— Sim. — disse ele. — São meus pais. Mãe, pai, esta é Anahí. Anahí, estes são minha mãe e meu pai.

— Olá. — disse Anahí, estendendo a mão para o casal, que retribuiu o cumprimento.

— Sou Armando. — disse o pai dele. — Esta é Ruth.

— É um prazer conhecê-los. Alfonso me contou algumas coisas sobre vocês. — disse Anahí.

— Que bom saber. — observou Armando. — Não sabemos nada a seu respeito.

— Eu suspeito que isso seja porque não devemos telefonar para casa. — disse Anahí.

Alfonso parecia louco para fugir. Ela lhe deu um olhar do tipo "o que foi?", o qual ele ignorou.

— Por que não? A maioria dos garotos que foge de suas responsabilidades não são proibidos de telefonar para casa. — disse Ruth. — A menos que o mundo tenha mudado.

— Do que vocês estão falando? — questionou Anahí, largando a mão de Alfonso.

Claramente havia mais coisas acontecendo ali do que ela compreendia.

— Que nosso filho abandonou o emprego e está desaparecido há três meses. — explicou Armando. — Nem uma única palavra nesse meio tempo.

Ela encarou Alfonso e exigiu saber:

— Do que eles estão falando? Pensei que você tivesse perdido seu emprego.

— Não exatamente. — disse ele.

— Então qual é a história exata? — persistiu ela. — Porque a imagem que estou tendo é a de um homem que não tem sido honesto comigo

— Desculpe, minha querida, como é o seu nome mesmo? — perguntou Ruth.

— Anahí Portilla, sra. Rodriguez. Sou uma concorrente de um reality show de culinária do qual seu filho também está participando.

— Sra. quem?

Anahí engoliu em seco quando a verdade se assentou lentamente. Aquilo não era uma mentira, mas algo muito maior.

E aquele sujeito tinha sérios problemas se ele achava que… o que ele estava pensando?

— Esse não é seu sobrenome? Alfonso se apresentou como um chef desempregado de Nova Orleans… Alfonso Rodriguez.

— Ele não está desempregado. — disse Armando. — Ele foi promovido a chef principal do Gastrophile, e seu sobrenome é Herrera.

— Espere. Anahí, eu… — começou Alfonso.

— Tarde demais! — vociferou Anahí. — Fique aqui e explique tudo para seus pais. Eu vou voltar para o hotel. Vou te dar até a noite de hoje para informar aos jurados sobre sua dupla identidade.

— Anahí!

— Não. Eu não quero ouvir mais nada de suas histórias cuidadosamente tramadas. Elas podem parecer divertidas para você, mas para alguém que acreditou nelas, posso lhe assegurar que não são.