Fanfic: Sabor *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo Quinze

A amiga e sócia de Anahí, Catherine, foi tudo, menos doce ou sonhadora, quando o encurralou na varanda.

Alfonso aceitou o olhar duro dela. Ele sabia que merecia.

— Tudo bem, você teve seus motivos, Alfonso, mas, oras, mentir para Anahí… era a pior coisa que um homem poderia fazer a ela. E ela achava que você fosse diferente. — começou Catherine. — Eu disse a mim mesma para ser civilizada. Prometi a Vincent que não iria ameaçar você de lesão corporal, mas é isso que quero fazer. Como você pôde?

— Estou feliz por você estar brava em favor dela, você deveria estar. Ela é sua amiga. Eu não tinha a intenção de magoá-la. — disse Alfonso. — Eu queria ter feito as coisas de outro jeito.

— Você ainda se importa com ela. — falou Catherine.

— Sim, me importo. Não vou permitir que ela se afaste. Eu tenho dado algum espaço a ela por causa do concurso, mas pretendo convencê-la de que ela pertence aos meus braços assim que tudo isso terminar. — disse ele.

— Tudo bem. Posso conviver com isso. — falou Catherine.

— Pode?

— Sim. Eu pensei… bem, umas coisas não muito legais a seu respeito, mas sou muito boa em perceber quando alguém está sendo sincero, e você está. — disse ela. — Quer um brownie?

— Eles não são para Anahí? — perguntou ele.

— Eram, mas estou vendo agora que você e eu vamos ter que bolar e planejar até chegar a uma excelente maneira de você fazer as pazes com ela.

Alfonso ficou surpreso pelo modo como ela disse aquilo.

— Somos uma equipe?

— Sim, é claro que somos. Anahí tem estado solitária e independente há tanto tempo. Precisamos nos unir. Ela é jogo duro. — observou Catherine.

— Com certeza é. O que você tem em mente? — perguntou Alfonso.

Ele gostava da amiga de Anahí e podia ver por que as duas trabalhavam bem juntas. Elas não se pareciam em nada, eram o oposto total em aparência e temperamento, mas havia um cerne bom e sólido em ambas as mulheres. Uma determinação para fazer as coisas.

— Isto vai requerer um grande gesto de sua parte. Anahí não vai acreditar, a menos que você o faça. — falou Catherine. — Além disso, você partiu o coração dela.

— Eu sei disso. E não sei muito sobre grandes gestos. — disse ele.

Não fazia seu estilo. Ainda assim, faria o que fosse necessário por Anahí.

Alfonso pensou que, se tinha conseguido se aproximar o suficiente para levá-la para a cama, poderia mostrar a ela o quanto seus sentimentos eram sólidos.

Eles tinham um laço que até mesmo aquele tipo de confusão não era capaz de enfraquecer.

— Não precisa ser algo como escrever o nome dela no céu ou se declarar para ela em um telão. Um grande gesto só precisa vir do coração e precisa ser na hora certa.

Pensamentos íntimos com Anahí o levaram a reconhecer que primeiro ele teria que dizer a ela como se sentia. De repente, parecia tão fácil.

Ele nunca havia dito a Anahí que a amava. Havia feito de tudo, exceto isto, mas era porque estava com medo de se arriscar a se magoar. Mas ao sentir medo e deixá-la no escuro, ele acabou por isolá-la.

Alfonso a fez sentir como se não se importasse nada com ela.

Ele sabia de qual gesto ela precisava e tinha a solução perfeita para fazê-lo.

— Tenho uma ideia. E só vai funcionar se nós dois cozinharmos com empenho esta semana e chegarmos às finais.

— Espero que cheguem. — falou Catherine.

— Anahí está esperando por você lá dentro. — disse Armando quando se juntou a eles no pátio.

— Obrigada. — Catherine se levantou. — Boa sorte, Alfonso. Com tudo.

Pela primeira vez desde Nova York, ele sentiu uma enorme onda de esperança. E agora sabia como reconquistar Anahí e iria usar de todas as habilidades que possuía para assegurar que acontecesse.

Ele mostraria a ela em grande estilo.

— Você está muito sério, filho. — disse Armando.

— E estou, pai. Pela primeira vez acho que compreendo por que você quer se aposentar e passar mais tempo com a mamãe. — disse Alfonso.

Armando riu.

— Fico feliz em ouvir isso. Conte-me sobre os pratos que tem feito. Você tem algumas ideias novas para o restaurante?

Alfonso contou ao pai sobre as novas ideias que tinha, mas sua mente não estava no Gastrophile, estava em Anahí e no futuro que ele almejava.

Ele sabia agora que não havia nada que não faria. Nada que pudesse ficar no caminho para impedi-lo de reconquistar Anahí.