Fanfic: Entre o Amor e a Vingança (Anahi & Alfonso) | Tema: Entre o Amor e a Vingança (Anahi & Alfonso)
Anahí estava de pé junto à janela, observando como a chuva caia em Chicago, enquanto seu sócio a observava com mirada de preocupação. Sabia que seu rosto mostrava a tensão que lhe produzia o trabalho e, uma vez mais, tinha voltado a perder peso. Com só vinte e quatro anos, deveria ter uma visão mais despreocupada da vida, mas a pressão que suportava era um peso duas vezes maior do que poderiam carregar a maioria das mulheres.
Anahí Puente era vice-presidenta das empresas nacionais de Tennison International, bem mais do que uma figura decorativa que evitava a publicidade como à peste. Tinha uma mente astuta e umas aptidões inatas para as altas finanças que seu falecido esposo tinha cultivado cuidadosamente durante o tempo que tinha durado seu casamento. Quando ele morreu, Anahí ocupou seu lugar com tanta eficiência que os diretores revogaram sua decisão de pedir-lhe que abandonasse o cargo. Dois anos depois daquele momento, os benefícios da empresa subiam como a espuma e os planos de expansão que Anahí tinha nos campos de reservas de minerais e de gás e de metais estratégicos estavam muito avançados.
Isto explicava a tensão que carregava os frágeis ombros de Anahí. Uma empresa do sul de Montana estava enfrentando-se a eles com unhas e dentes sobre os direitos que eles possuíam naquele momento. No entanto, Herrera Properties não só era um rival a ter em conta. À frente da empresa estava o único homem que Anahí tinha razões para odiar, uma sombra de seu passado cujo espectro a tinha acussado durante os anos que tinham passado desde que se marchou de Montana.
Só Dom Tennison conhecia todos os detalhes. Henry, seu falecido irmão, e ele haviam estado muito unidos. Anahí se apresentou ante Henry como uma adolescente assustada e tímida. Ao princípio, Dom, para o qual os negócios eram a preocupação fundamental, tinha-se oposto ao casal. Terminou cedendo, mas mostrou bastante frieza desde a morte de Henry. Dom era naqueles momentos o presidente de Tennison International e, em certo modo, também um rival. Anahí se perguntava com freqüência se ele se lamentava do que ela ocupava na companhia. Conhecia suas próprias limitações e o brilhantismo e a concorrência de Anahí tinham impressionado a ossos mais duros de roer do que ele mesmo.
No entanto, observava-a atenciosamente, em especial quando Anahí sentia o impulso de fazer-se cargo de demasiados projetos e aquele confronto com Herrera Properties lhe estava passando fatura. Ainda estava tratando de superar uma pneumonia que tinha contraído depois da tentativa de seqüestro de Miguel, seu filho de cinco anos. Se não tivesse sido pelo inescrutável senhor Smith, seu guarda-costas, só Deus sabia que teria ocorrido. Anahí estava pensando em sua próxima viagem a Montana. Sentia que tinha que realizar uma breve visita a Bilings, a sede de Herrera Properties e a cidade na que ela tinha nascido.
A repentina morte de Mary, sua tia avó de oitenta anos, tinha-lhe reportado uma casa e os escassos pertences da anciã. Anahí era o único familiar que lhe ficava, a exceção de uns parentes longínquos que ainda viviam na reserva dos índios Crow, que estava a poucos quilômetros de Billings.
—Dom: Organizaste o enterro por telefone, não podes fazer o mesmo com a casa?—perguntou.
—Any: Não, não posso. Tenho que regressar e enfrentar-me a isso. Enfrentar-me com eles — corrigiu —. Ademais, seria uma oportunidade de ouro para espionar à oposição, não te parece? Não sabem que eu sou a viúva de Henry Tennison. Eu era o segredo melhor guardado de meu esposo. Desde que o substituí, evitei as câmaras e levei perucas e óculos escuros.
—Dom: Isso era para proteger a Miguel — recordou ele—. Tu vales muitos milhões de dólares e nesta última ocasião sim que estiveram a ponto de seqüestrá-lo. Passar despercebida em público é muito importante. Se a ti não a reconhecem, Miguel e tu estarão mais seguros.
—Any: Sim, mas Henry não o fez por essa razão, senão para evitar que Alfonso Herrera descobrisse quem sou eu e onde estava, talvez lhe ocorresse vir procurar-me.
Fechou os olhos, tratando de esquecer-se do medo que tinha sentido depois de ter saído de Montana. Gestante, acusada de acostar-se com um homem e de ser seu cúmplice num roubo, tinha-se visto empurrada a marchar-se da casa acompanhada da dura voz da mãe de Alfonso e da frialdade e a complacência deste. Anahí não sabia se tinham retirado os cargos. Alfonso tinha acreditado que ela era culpada. Aquilo tinha sido o mais duro de tudo.
Estava gestante do filho de Alfonso e o amava a ele tão desesperadamente. No entanto, Alfonso a tinha utilizado. Tinha pedido que se casasse com ele, mas, mais tarde, Anahí averiguou que só tinha sido para que ela estivesse contente com sua relação. Te amo? Tinha-lhe dito com sua profunda voz. O sexo tinha sido agradável, mas quem ia querer ele com uma adolescente tímida e desorientada? Se o tinha dito defronte da víbora de sua mãe e, naquele momento, algo no interior de Anahí tinha morrido pela vergonha. Recordava ter saído correndo, cegada pelas lágrimas. Sua tia avó Mary lhe tinha comprado um bilhete de ônibus e ela tinha saído da cidade.
Havia abandonado acompanhada pelas sombras, sumida na infâmia, com a recordação do sorriso zombador de Myrna Herrera perturbando-a a cada minuto do dia...
—Dom: Vc poderia esquecer dessa OPA —sugeriu Dom—. Há outras empresas no setor dos minerais.
—Any: Não no sudeste de Montana — replicou ela, olhando-o calmamente com seus olhos azuis — . Ademais, Herrera tem subcontratos na zona que nos impedem fazer-nos com material nessa zona.
Deu-se a volta e sorriu. Seu rosto oval e sua cremosa pele estavam emoldurados por uma elegante melena castanha. Tinha o aspecto de uma princesa, graça e com classe. A segurança que tinha em si mesma era graças a Henry Tennison, quem, a sua morte, tinha-lhe deixado bem mais do que o controle de um império. Tinha contratado tutores para que lhe ensinassem etiqueta e como ser uma boa anfitriã, para que a educassem no mundo das finanças e das relações comerciais. Ela tinha sido uma aluna disposta e com muitas vontades e tinha a mente tão aberta como uma esponja.
—Dom: Esse homem lutará —disse.
Anahí sorriu. Delgado e calmo, Dom se parecia a Henry, sobretudo quando franzia os lábios de uma verdadeira maneira. Era dez anos menor que Henry e dez anos maior que Anahí, competente nos negócios, mas muito conservador. Pelo contrário, Anahí era muito agressiva. Tinham-se enfrentado em mais de uma ocasião sobre a política da empresa. As operações nacionais corriam a cargo de Anahí e não ia permitir que Dom lhe dissesse o que tinha que fazer ao respeito.
—Any: Que lute, Dom —respondeu—. Assim terá algo que fazer enquanto viro dono de sua empresa.
—Dom: Vc precisa descansar —suspirou—. Miguel te ocupa muito tempo e vc está doente.
—Any: A gripe é inevitável com um menino que vai à creche —recordou ela—. Não esperava que se convertesse numa pneumonia. Além do mais, essa OPA é fundamental para meus planos de expansão. Por muito tempo ou energia que requeira, tenho que lhe dar prioridade. Enquanto decido o que fazer com a casa de minha tia Mary, poderei conseguir muita informação.
—Dom: Não deveria ter nenhum problema. Ela deixou testamento e, ainda que não o tivesse feito, Henry pagou a casa.
—Any: Ninguém sabe isso em Billings —disse Anahí. Apartou-se da janela—. Eu escrevia e ela veio ver-me em várias ocasiões, mas eu não regressei a Billings desde... Desde que tinha dezoito anos.
—Dom: Disso faz cinco anos, quase sete. O tempo ameniza tudo.
—Any: Vc acha? —replicou ela—. Vc acredita que seis ou sete anos são suficientes para esquecer o que me fizeram os Herrera? A vingança não é digna de uma pessoa inteligente. Henry me repetia isso constantemente, mas não posso evitar o que sinto. Eles me acusaram de um delito que não cometi e me jogaram de Billings grávida e rodeada de acusações —adicionou, fechando os olhos começando a tremer—. Estive a ponto de perder meu filho. Se não tivesse sido por Henry...
—Dom: Estava louco por Miguel e por ti —comentou Dom, com um sorriso—. Jamais vi um homem tão feliz. Foi uma pena o acidente. Três anos não é tempo suficiente para que um homem possa encontrar e perder tudo o que mais quer.
—Any: Ele se portou muito bem comigo. Todo mundo acreditou que me casava com ele porque tinha dinheiro. Era bem mais velho que eu, vinte anos. No entanto, o que ninguém soube jamais, foi que eu nunca soube o rico que era, levou mais tempo pra me convencer que isso não teria problema, do que se casar com ele. Estive a ponto de fugir quando fiquei sabendo que ele era milionário. Tudo isto —comentou, assinalando a elegante sala e as valiosas antiguidades—, aterrorizava-me.
—Dom: Por isso ele não te disse, até que foi tarde demais — conclui Dom—. Ele passou a vida fazendo dinheiro e vivendo para esta empresa. Até que vc apareceu, nem sequer ele sabia que queria uma família.
—Any: E se encontrou com uma já feita — suspirou Anahí —. Eu desejava tanto poder dar-lhe um filho... —sussurrou. Deu-se a volta sabendo que pensar em tudo aquilo não lhe serviria de nada—. Tenho que ir a Billings. Quero que te ocupes de Miguel e do senhor Smith, se não te importa. Depois da tentativa de seqüestro, estou muito preocupada pelos dois.
—Dom: Não te agradaria que o senhor Smith te acompanhasse? Depois de tudo, ali há índios, ursos Grizzly, felinos das montanhas...
—Any: Não — repôs ela, rindo—. O senhor Smith vale seu peso em ouro e cuidará muito bem de Miguel. Não há necessidade de ter muito contato com ele, para que ele te incomode. Miguel o quer muito.
—Dom: Miguel não é o suficientemente grande para dar-se conta do perigoso que é esse homem. Sei que vale seu peso em ouro, mas é um homem procurado pela justiça...
—Any: Só pela polícia de um país da África do Sul. E isso faz muito tempo.
—Dom: Muito bem, como tu queiras. Tratarei de lembrar, mas se eu estivesse em seu lugar, não permitiria que esse animal estivesse próximo de mim.
—Any: Tiny vive no terraço e é muito mansa.
—Dom: É uma iguana gigante.
—Any: As iguana são animais vegetarianos e não é tão grande. Além disso, está muito triste pela morte de Dano.
—Dom: Estamos falando de uma iguana a mais de 1 metro e meio à que acariciava. Creio que foi ela quem comeu meu cachorro naquele dia que Miguel e vc vieram visitar-me com essa coisa.
—Any: Teu cachorro escapou. As iguanas não comem cachorros. Além do mais, trata-se só de umas semanas, até que me ocupe da casa de tia Mary e encontre o modo de derrotar aos Herrera. Primeiro, terei que pesquisar um pouco. Quero ver como anda os Herrera hoje em dia. Quero ver como ele está — adicionou com o rosto sombrio.
Autor(a): rannyelle
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—Dom: Provavelmente já saiba quem é vc, assim espero que tenha cuidado. —Any: Não, não sabe. Averigüei isso, estava preocupada. Ao princípio, Henry se mostrou muito protetor comigo, pelo que não lhe disse a ninguém nada sobre mim. Lembre-se que sempre me chamava de Any, existem poucas probabilidades de que Al ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 7
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julia_loveponny_aya Postado em 01/06/2016 - 22:35:32
ESSA ELE MERECEUUUUUUU OHSKAKAKA CONTINUUAAAAAAAAA
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franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 00:07:23
fic novaaaaaaaaaaaaaaa haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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julia_loveponny_aya Postado em 29/04/2016 - 21:23:20
Socooorrooooooo, cm vc me para justo aí??? Oahskaja continuuuuuuuuaaaaaaaaaa
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julia_loveponny_aya Postado em 23/04/2016 - 22:21:59
Essa myrna é uma cobraaaaa, q ódio!!! Afsss e o poncho é mt burrinho por acreditar sempre nessa mãe loka kkk continuuuuuaaaaaaa
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julia_loveponny_aya Postado em 19/04/2016 - 15:12:47
Continuuuuuuaaaaaa
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Postado em 17/04/2016 - 12:29:14
Continuaaaaaaaa <3 <3 <3
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hittenyy Postado em 16/04/2016 - 22:24:58
continuaaaa