Fanfics Brasil - 12 Entre o Amor e a Vingança (Anahi & Alfonso)

Fanfic: Entre o Amor e a Vingança (Anahi & Alfonso) | Tema: Entre o Amor e a Vingança (Anahi & Alfonso)


Capítulo: 12

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—Anahí: Quando um Sioux ia à batalha —falava—, sempre colocava suas melhores roupas, ou ao menos as levava consigo para que, se morria, pudessem enterrá-lo com elas. Decorava-se o corpo e a cara com os símbolos sagrados e, em ocasiões, decorava a seu cavalo do mesmo modo. Enquanto carregava, entoava seu cântico de guerra. Era uma ocasião muito importante quando um guerreiro ia para a batalha. Não obstante, lutavam individualmente. Não aceitavam ordens de seus superiores, como no exército. Os Sioux e os Cheyennes pertenciam a uma sociedade guerreira, na que tinha chefes e subchefes. Durante a batalha, as sociedades atacavam juntas, mas se destacava a guerreiros individuais nos cânticos que se entoavam depois no acampamento.



—Alfonso: Vc sabe muito sobre a cultura indiana —observou—. Com freqüência me esqueço que vc cresceu numa reserva. Suponho que os índios te ensinaram muitas destas coisas.



—Anahí: Sim, mas também li ao respeito. A cultura Crow é fascinante. Sua estrutura social é idílica para a cooperação e a harmonia mútuas.



—Alfonso: As flechas sempre me fascinaram —comentou Alfonso conduzindo-a para outra vitrine do museu—. Cada tribo tinha seu modo de fabricar as flechas, ao igual que cada guerreiro. Pela manufatura, sabe-se perfeitamente quem disparou a flecha. Um índio era capaz de disparar oito flechas antes de que a primeira tocasse o solo e sem errar em seu alvo. No entanto, não eram muito bons atiradores de rifle.



—Anahí: Isso passava a meu tio. Perguntou-me por que.



—Alfonso: Suponho que é porque o modo no que se olha um rifle e um arco para disparar é muito diferente.



Anahí repensou na batalha de Little Bighorn. Suspirou ao pensar no que deviam de ter sentido os soldados quando se viram rodeados de um número tão ingente de índios e souberam que iam morrer. E depois disso, viu os índios correndo para salvar a vida, eternamente ameaçados pelo que lhe tinha ocorrido a Custer, mesmo que sua tribo tinha estava relacionada com a batalha ou não.



—Alfonso: Muitos dos soldados acabavam de chegar do leste e não tinham visto em sua vida um índio —comentou—. Os índios iam pintados, como seus cavalos, gritavam sem parar enquanto disparavam rifles e arcos. Tinha pó e gritos dos feridos por todas as partes. Ademais, os índios eram todos guerreiros muito experimentados na batalha. Os recrutas não tiveram possibilidade alguma.



—Anahí: No entanto Custer sim, tinha experiência — afirmou.



—Alfonso: Sim. Também tinha alguns oficiais com experiência, como Rena e Benteen. Custer era veterano da Guerra Civil, na que lutou contra antigos colegas de West Point como Robert E. Lee ou J.E.B. Stuart. Foi um homem muito afortunado no campo de batalha, mas sua sorte terminou aqui. Tinha deixado à artilharia porque não queria ir muito devagar ou não acreditou nos exploradores índios ou não valorizou o suficiente seus comentários sobre a força do acampamento índio. Então, dividiu as forças entre o comandante Rena, o capitão Benteen e ele mesmo... Os historiadores não se põem de acordo no que realmente ocorreu. Só sabem Custer e seus homens se tivesse podido evitar uma tragédia assim. Alguns dizem que Rena e Benteen deveriam ter ido em sua ajuda, mas que os isolaram e não puderam fazê-lo.



—Anahí: Rena sofreu um juízo militar, não?



—Alfonso: Não. Ele mesmo foi a declarar, cansado de que duvidassem dele. Ficou livre de cargos. Também Benteen foi exonerado de toda culpa na morte de Custer. Os rumores os perseguiram durante todas suas vidas.



Anahí guardou silêncio a partir de então. O conteúdo das vitrines a entristecia profundamente, tanto pelos soldados como pelos índios. Sempre lhe tinha surpreendido que Alfonso soubesse tanto da batalha. Tinham aquele interesse em comum, junto com muitos outros. Por fim, abandonaram o museu.



No exterior, Anahí se fixou em que tinha uns índios vendendo suas mercadorias.



—Alfonso: São Cheyenne —disse—. É irônico, não? O campo de batalha está em território Crow. No passado, os Crow e os Cheyennes eram inimigos a morte, como os Crow e os Sioux.



—Anahí: Ficam tão poucos membros de todas as tribos que já não faz sentido brigar. Custa muito manter os poucos direitos que ainda têm e desfazer-se dos especuladores que lhes querem comprar as terras. Nem sequer podem vendê-las sem consentimento do governo. Há grupos trabalhando em seu favor em Washington, mas é um assunto muito complicado...



Deteve-se em seco. De novo, tinha estado a ponto de revelar um segredo e dizer-lhe a Alfonso que ela financiava um desses grupos.



Regressaram a Billings em silêncio.


—Alfonso: Vc ainda não comeu —comentou o quando parou o carro adiante da casa de Anahí.



—Anahí: Não tenho fome.



—Poderia ir comprar algo pra jantar —insistiu, depois de apagar o motor—. Poderíamos conversar um pouco mais.



O coração de Anahí batia tão rapidamente... Recordava tão bem a última vez que tinham ido visitar o campo de batalha e o que tinha ocorrido depois. Tinha que pensar em sua nova vida, em seu filho.



—Alfonso: Anahí...



A voz de Alfonso era de veludo. Praticamente sussurrava. A eletricidade seguia presente entre ambos. O desejo não tinha desaparecido. Ele era o único homem que tinha amado em toda sua vida.



—Anahí: Eu... Eu tenho algo pra comer —sussurrou. No entanto, o significado do que tinha dito ia bem mais lá e ele sabia.



Quando os dois entraram na casa, Alfonso fechou a porta, pareceu que de repente não tinham passado tantos anos. Anahí estava ali, não era um sonho. As razões pelas quais não podia tocar Anahí se evaporaram como se fosse fumaça.



—Alfonso: Te desejo —sussurrou —. Oh Anahí, te desejo tanto, tanto que chega doer!



Anahí começou a tremer por sua própria necessidade. Jamais tinha pensado em precauções nem em conseqüências no que se referia Alfonso. Não importava nada mais que ele e o amor que sentia por ele.



—Anahí: Eu também te desejo —admitiu ela.



—Alfonso: Não há amanhã Anahí —disse ele—. Não há ontem. Só o dia de hoje.



—Anahí: Sim —disse Anahí suavemente. Então, Alfonso a tomou entre seus braços.



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Autor(a): rannyelle

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



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  • julia_loveponny_aya Postado em 01/06/2016 - 22:35:32

    ESSA ELE MERECEUUUUUUU OHSKAKAKA CONTINUUAAAAAAAAA

  • franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 00:07:23

    fic novaaaaaaaaaaaaaaa haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/04/2016 - 21:23:20

    Socooorrooooooo, cm vc me para justo aí??? Oahskaja continuuuuuuuuaaaaaaaaaa

  • julia_loveponny_aya Postado em 23/04/2016 - 22:21:59

    Essa myrna é uma cobraaaaa, q ódio!!! Afsss e o poncho é mt burrinho por acreditar sempre nessa mãe loka kkk continuuuuuaaaaaaa

  • julia_loveponny_aya Postado em 19/04/2016 - 15:12:47

    Continuuuuuuaaaaaa

  • Postado em 17/04/2016 - 12:29:14

    Continuaaaaaaaa <3 <3 <3

  • hittenyy Postado em 16/04/2016 - 22:24:58

    continuaaaa


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