Fanfic: Entre o Amor e a Vingança (Anahi & Alfonso) | Tema: Entre o Amor e a Vingança (Anahi & Alfonso)

—Anahí: Sua mãe não está contigo?

—Alfonso: Não. Mandei ela para casa com uma de suas amigas. Vc não vai me oferecer uma xícara de café? —perguntou com um gesto de pura malícia.

—Anahí: Café é o único que tenho para te dar—replicou com voz firme, apesar de que os joelhos lhe tremiam—. Entra.

Alfonso tomou assento enquanto ela preparava o café. Ao final, pôs duas xícaras na mesa.

—Anahí: Está procurando algo? —perguntou, ao ver que Alfonso não deixava de olhar a seu arredor.

—Alfonso: Na realidade não. Vc é uma boa dona de casa. Sempre foi. Mary te ensinou muito bem.

—Anahí: Também me ensinou como cozinhar. Vc parece muito cansado —disse ela, depois de olhar ele mais atenciosamente ao rosto.

—Alfonso: Não posso dormir —respondeu ele com um amargo sorriso—. Não faço mais nada do que pensar em ti.

—Anahí: Nada mais é do que desejo —afirmou ela, apertando os dentes—. Nada mais. Vc sabe disso.

Alfonso lançou um suspiro. Então, sacou um pacote de cigarros e acendeu um. Então, guardou o isqueiro rapidamente, mas Anahí o reconheceu. Era um que ela lhe presenteou enquanto estiveram juntos há seis anos. Era muito barato, porque então não tinha muito dinheiro. Resultava surpreendente que seguisse utilizando-o, ainda que não fosse consciente de seu significado.

—Alfonso: Ainda vc fica vermelha. No passado vc era muito tímida. Toda inocência e generosidade.

—Anahí: e muito ignorante e estúpida —corrigiu ela com um amargo sorriso—. Hábitos que vc se encarregou de corrigir.

—Alfonso: O sarcasmo não te faz bem.

—Anahí: Vc pode se surpreender com seus contextos.

—Alfonso: Às vezes vc se converte num anacronismo. Me da à impressão de que não te conheço.

—Anahí: Sério? Talvez eu tenha mudado.

—Alfonso: Vc mudou Anahí, de um modo que não posso compreender —disse ele, lançando a fumaça entre os lábios—. Jamais te falei de meu pai — adicionou de repente—. Era só dois anos mais velho que minha mãe, um astuto homem de negócios com bom olho, segundo diziam. Não tinha nada que ele não fora capaz de fazer para conseguir dinheiro. Estava decidido a morrer sendo um homem rico. Vc não está compreendendo por que eu estou contando agora isto, verdade? —adicionou, depois de contemplar o rosto de Anahí—. Já vai compreender. A meu pai não parecia mau deitar com a esposa de um executivo para ter mais plugue com ele. Era capaz de qualquer coisa, o que fora, pra ir adiante. Não importou que sua atitude pudesse fazer sofrer a minha mãe.

—Anahí: Ela permaneceu a seu lado.

—Alfonso: Naquele tempo as mulheres ricas não trabalhavam. O divórcio era uma vergonha. Creio que minha mãe não queria meu pai. A família dela era muito pobre e eles a convenceram a se casar com meu pai quando viram que ele estava interessado nela. Aparentemente, não era muito diferente das outras mulheres porque eu nasci um mês antes do tempo.