Fanfic: Belas Mentiras | Tema: Vondy-Adaptação
- E em que estava penssando ?.-ele diz atravessado na beira da cama, se debruça sobre o cotovelo e olha para mim. Em seguida, cruza os pés na altura do tornozelo e espera, com uma expressão pacientemente interessada.
— Em pele — respondo de forma honesta. Só não explico que estava pensando na pele dele em particular. Então me apresso para continuar. — Eu estava pensando em como seria desenhar nela.
— Quer praticar? — Como assim?
— Bem, acho que deve haver uma caneta por aqui. Pode desenhar algo em mim, se quiser. Depois posso lavar.
— Sério?
— Claro. O que mais há para se fazer?
Posso pensar em vários modos de responder a esta pergunta, mas não verbalizo nenhum. Tem uma gosma branca na minha perna, não me lavei o dia todo e meu cabelo virou uma massa trançada de água salgada.
— Há algo específico que você gostaria que eu desenhasse?
Chtistopher se levanta, vai até a escrivaninha e volta trazendo uma caneta com o nome do hotel.
— Hummm, bem, eu tenho pensado em: “Viva sem arrependimentos” tatuado do lado direito, escrito com uma letra bem bacana. Nada muito enfeitado. Talvez algo parecido com arte tribal saindo do V e do P. Não sei. Já queria ter feito o esboço desde… Bem, há algum tempo. Fique à vontade para tentar.
— Certo — digo, ficando animada com a ideia. — A frase é o seu lema de vida ou algo assim?
— Era… o de uma pessoa. Alguém que conheci.
Algo em seu tom de voz me faz ter certeza de que o assunto está encerrado. Mas
o mesmo tom me faz querer investigar mais, para descobrir se isto seria a fuga na sua arte. E se tem algo a ver com alguma mulher. Talvez a mulher com quem ele dormia. E ficava para tomar café da manhã. Há muito tempo.
Então afasto os pensamentos perturbadores da cabeça ao sentar na cama, para me concentrar na logística do trabalho. — Como eu… Quer dizer, onde você vai… — Você é destra ou canhota?
— Destra.
— Certo. Vire para o seu lado esquerdo e eu vou me deitar de frente para você. Na cama, eu viro para o lado, conforme Christopher sugere. Imagino que ele vá ficar de costas para mim, para me dar acesso ao seu lado direito. Quando ele se deita de frente para mim — com a cabeça na minha perna, bem abaixo do ferimento, e coloca o braço na minha cintura, deixando as costelas abertas para que eu possa trabalhar — fico agitada, e até um pouco excitada.
Christopher olha para mim, seus olhos como lagos azuis de águas escuras e turbulentas.
— Eu tenho muita… flexibilidade.
— — Sim, tem mesmo — respondo, soando monótona, com os nervos à flor da pele.
Espero que não sinta cócegas.
— Só em um lugar, mas você não vai chegar nem perto dele com a caneta — diz Christopher com uma piscadela e um sorriso sacana.
Sinto o rosto corar e, mais uma vez, amaldiçoo o fato de estar tão desarrumada. Esta poderia ser uma oportunidade perfeita. Então pigarreio e me concentro no que estou prestes a desenhar.
No instante em que a caneta toca sua pele, ela não desliza. Então esfrego a ponta na palma da mão para aquecê-la, antes de colocá-la de volta na posição. Os primeiros traços ficam estranhos. Eu nunca tinha desenhado na pele de uma pessoa. Aliás, eu nunca sequer escrevi na minha própria pele. À medida que vou me acostumando, porém, tudo torna-se mais fácil.
Não demora muito e minha mão está deslizando sobre a pele e se movendo rapidamente sobre o osso, conforme desenho letras e espirais. Fico tão absorvida que me pego fazendo um sombreamento e acrescentando alguns pequenos toques pessoais.
Não tenho nenhuma ideia de quanto tempo levei até terminar, mas, quando olho para Christopher, ele está me fitando. Calmamente.
Atentamente. — Prontinho. — Você se perde mesmo na sua arte, não é? Sorrio para esconder meu constrangimento. — É, mais ou menos.
— Nós temos muito em comum.
Concordo acenando com a cabeça. Não sei o que dizer, mas fico feliz de ouvi-lo admitir isso.
Os olhos de Christopher procuram os meus. Neles, normalmente, vejo intensidade ou um ar provocador, mas neste momento nenhuma das duas hipóteses é verdadeira. Eles parecem… preocupados. Como se ele estivesse travando um conflito em relação a alguma coisa. Eu me pergunto se ele não quer ter tanto em comum com alguém. E também se não quer se envolver, nem permitir que alguém estabeleça uma relação.
Sem mais uma palavra, Ucker se afasta de mim, levanta da cama e caminha tranquilamente até o banheiro. Com a porta aberta, posso vê-lo examinar meu trabalho no espelho. Ele passa os dedos sobre alguns detalhes, mas não diz nada. E seus olhos… seus olhos permanecem cautelosos. A cada segundo fico mais ansiosa.
Finalmente ele volta ao quarto.
— Ficou muito bom, Dul. Realmente muito bom. Suspiro e dou um sorriso tímido. — Obrigada.
— Não acho que você terá qualquer dificuldade para aprender a tatuar. — Sério?
— Nenhuma dificuldade.
Ergo o corpo para sentar na cama, juntando coragem para o que estou prestes a pedir. É algo que irá exigir um compromisso de Christopher e não sei se ele irá concordar. Falar que vai me ensinar a tatuar é diferente de ser, tipo, um mentor.
— O negócio é o seguinte: estou no último ano na Universidade da Geórgia e não apenas tenho que cursar desenho figurativo avançado e anatomia neste semestre, como também uma matéria eletiva de desenho que pode conter um aspecto prático, se meu professor concordar. Você, humm, você estaria disposto a ser o meu mentor? Eu poderia utilizar minhas experiências com você, como desenho e anatomia em um sentido prático. Pelo que alguns dos outros alunos na minha turma estão fazendo, acho que isso seria aceitável, e mataria dois coelhos com uma cajadada só.
Christopher olha para mim atentamente. Por trás dos seus olhos posso ver que sua mente está trabalhando, e isso me deixa tensa enquanto espero.
— Acho que posso. Podemos começar com alguns esboços originais, depois avançamos para trabalhos em estêncil. E depois, para completar, podemos utilizar máquina na pele.
Eu me animo por várias razões, dentre elas o tempo que isso irá me proporcionar ao lado dele.
— Seria fantástico! Eu fico realmente agradecida.
Ele abre um sorriso tenso quando distraidamente passa a mão sobre as palavras que eu desenhei no seu corpo.
— O prazer é meu.
Então me encara durante alguns segundos, antes de desviar o olhar, quase sem jeito.....
Oiii amores<3 estão gostando???
Autor(a): yara_vondy
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
— Vou sair para comprar umas coisas. Escova, pasta de dentes… Precisa de alguma coisa? Não sei por que, mas tenho a impressão de que ele está louco para fugir de mim. — Não, não vou precisar de nada até irmos para casa amanhã. A escova e a pasta de dentes daqui são suficientes. Christopher as ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 53
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lavivilagelife Postado em 21/08/2016 - 13:00:54
Continuaaaaaaaaaaaaa
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candydm Postado em 08/08/2016 - 02:07:41
Meu Deus que maratona maravilhosa, hot maravilhoso, e a maneira que ele ta tratando ela, quero mais por favorr
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vondyvida Postado em 26/07/2016 - 13:53:25
Voce nao imagina a felicidade que eu senti ao ver que tinha maratona! E pqp que hot foi esse? Que maravilhoso :O pode continuar HSUSHUSSHSJA quero nem ver esse Christopher hem
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candydm Postado em 24/07/2016 - 06:01:14
Chegueiiiii, e cheguei no momento certo, me assistir com o número de posts e amei, não suma mais, e que chegue logo segundaaa!
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vondyvida Postado em 22/07/2016 - 21:23:50
Vce demora muito pra postar. Eu vou morrer do coração desse jeito :/ contiiiinua. O proximo vai ser muuuuito bom s2
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lili.alves Postado em 20/07/2016 - 09:41:06
Haaaaa.. quero q eles fiquem juntos logo <3
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vondyvida Postado em 19/07/2016 - 11:51:23
Como o Christopher ficou sabendoooo? E esses dois? Quando vao ficar juntos? Aaaaah
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leticia.tomaz Postado em 16/07/2016 - 18:57:46
Continuuaaaa.. sua fic é ótima :)
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vondyvida Postado em 13/07/2016 - 16:46:16
Continuuua, nao some mais por favor!
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candydm Postado em 02/07/2016 - 00:40:54
E eu tô com dó de mim esperando esse momento que nunca chega hahaha posta maissssss!