Fanfic: Nada Pessoal - AyA - Adaptada | Tema: Rebelde, AyA, RBD, Romance
Alfonso estava na frente da Diretoria, uma sensação de fatalidade escurecendo ainda mais seu humor. Esta seria a última vez que ele ficaria perante eles como CEO. Menos de uma semana atrás tudo mudou. Inferno, menos de uma semana atrás ele não se importava em nada sobre a companhia. Tudo o que importava era Anahí e a certeza que ele a amava.
Agora tudo que ele se importava se foi.
Não havia razão para atrasar o inevitável. Anahí o deixou antes de completar um ano, antes de ela engravidar, antes deles construírem uma vida juntos. Uma vida real. As condições não foram cumpridas.
James ganhou.
E James soube disto também, julgando pelo sorriso arrogante em seu rosto. Matou Alfonso entregar esta companhia para James, sabendo que seu primo não tinha nenhuma intenção de manter isto rentável. Ele provavelmente poria no mercado dentro de uma semana, vendendo a para quem pagasse o preço mais alto.
Doeu mais do que Alfonso ousou admitir. Não a perda do seu trabalho, ele realmente não se importava com isto. Mas a perda da empresa Herrera, a companhia que seu avô construiu do nada. Alfonso tinha grandes planos para melhorias no futuro.
Agora tudo estava perdido.
Alguns meses atrás, o pensamento de perder o controle da companhia o teria devastado. Agora, tudo o que podia pensar era sobre Anahí.
— Nós iremos começar logo? — Lincoln Simmons, um dos diretores, olhou para seu relógio. — Já passou do horário e eu tenho outra reunião.
Alfonso respirou fundo. Ele esteve na frente destas reuniões milhares de vezes e nunca ficou nervoso. Hoje, sua pulsação acelerou, seu intestino parecia que tinha engolido uma bola e sua cabeça pulsava.
Pelo que estava esperando? Um milagre? Um anjo que desceria faria tudo melhorar?
Não iria acontecer. Alfonso não acreditava em milagres.
— Sim, vamos começar. — Ele tossiu para limpar sua garganta, tomou um gole da água, e começou. — Como vocês todos sabem, Quentin Herrera deixou em testamento condições específicas relacionadas à minha competência em assegurar minha posição como CEO e dono da maioria das ações da Corporação Herrera.
— Sim, sim, nós sabemos de tudo. Vá direto ao ponto.
Todos os olhos focaram em James. Ele não era bem quisto por nenhum dos membros da diretoria. Pelo menos Alfonso podia ter alguma satisfação nisto. Eles olharam fixamente, censurando sua explosão imprópria.
James olhou para a mesa e se contorceu em sua cadeira.
— Continue Alfonso. — Stan disse e seus olhos estavam cheios de compaixão.
— Eu casei com Anahí Portilla há três meses, com o objetivo de cumprir minhas obrigações relacionadas à vontade do meu avô. As estipulações impostas eram que nós deveríamos permanecer casados e dentro de um ano produzir um filho.
— Você está declarando o óbvio. — James interrompeu. — Todos nós sabemos o que foi exigido. Termine com isto.
Alfonso ferveu com raiva que ele não pudesse socar seu primo. Oh, mas ele realmente gostaria disso. Ao invés, pelos poucos minutos restantes que ele tinha no controle da companhia, ele o faria sofrer.
— Se você não se recorda James, eu ainda sou o CEO desta companhia e o maior acionista. Ou segure seus comentários até que eu termine ou eu terei você removido da sala.
James abriu sua boca para falar, então olhou nos rostos hostis à mesa. Alfonso reprimiu um sorriso. Aparentemente James não era tão estúpido como ele pensou. Ele manteve sua boca fechada e atirou um olhar maldoso em Alfonso.
Não que importasse. Em meros minutos seria Alfonso saindo por aquela porta e James, Deus ajudasse a eles, assumiria o comando.
Alfonso tragou. — Eu tenho um anúncio para fazer. É necessário que todos estejam cientes que...
— Que as condições exigidas foram cumpridas conforme o testamento. — Anahí disse alto suficiente para todos na sala ouvirem. Todas as cabeças viraram em sua direção.
A entrada dramática de Anahí pelas portas duplas chocou a todos, especialmente Alfonso, que olhava fixamente estupefato para ela. Ela parou assim que entrou, respirando com dificuldade, como se tivesse corrido a distância dos vinte andares até a Torre Herrera.
O coração de Alfonso batia loucamente. Ele não soube se era de prazer em vê-la ou raiva.
Que diabos ela estava fazendo aqui? E por que agora? Ela veio para se regozijar por seu fracasso?
Ela cautelosamente o abordou na frente da sala e se aproximou de Alfonso, sorrindo como se eles não tivessem terminado sua relação. O que estava pretendendo?
O próximo choque para o seu sistema veio quando ela deslizou sua mão dentro da dele e apertou.
— Por favor, confie em mim. — ela sussurrou em sua orelha. — Eu sinto muito, explicarei em um minuto.
Alfonso se abaixou e olhou atentamente em seu rosto, procurando por alguma explicação. Suas bochechas coradas e olhos vítreos com excitação e qualquer outra coisa. Espere?
Ela pediu para confiar nela. Como ele podia? Ele colocou seu coração em suas mãos e olhem o que ela fez.
Seus olhos permanecem bloqueados por mais alguns segundos. E Anahí nunca desviou o olhar, apesar do olhar fixo penetrante de Alfonso.
Não importava, de qualquer maneira. Nada que ela dissesse mudaria as coisas. Ele saiu do pódio e deixou Anahí ter o microfone.
— Minhas desculpas pela correia desta tarde. — ela disse. — Eu tive um compromisso importante esta manhã e vocês sabem como são os médicos. Eles nunca atendem na hora marcada.
O que ela planejava? Seus olhos azuis faiscavam com alegria e existia um brilho em seu rosto que ele viu muitas vezes, normalmente logo depois deles fazerem amor.
— Você quer dizer a eles, meu amor ou digo eu? — Ela perguntou.
Dizer para quem o que? Ela completamente o perdeu agora. — Uhh, vá em frente. Você diz a eles.
— Com muito prazer. — Ela se virou para a diretoria com um sorriso intenso de orelha a orelha. — Eu estou mais que feliz em anunciar que Alfonso e eu estamos esperando um filho.
Seu coração saltou uma batida antes de esmurrar seu peito. Que diabos? Ela estava louca? Alfonso a puxou de lado enquanto os membros da diretoria aplaudiam e gritavam parabéns. — Que diabos você pensa que está fazendo? — Ele silvou.
Ela aparentava total confusão e inocência em seu rosto. — Eu estou comunicando a diretoria como você falou que eu podia.
— Você não pode mentir para eles, Anahí. Eles saberão. Eu estava planejando dizer a eles sobre o nosso rompimento. Por que você está aqui?
— Por favor, Alfonso, se você já teve qualquer confiança em mim antes, então me dê uma chance. Eu explicarei tudo assim que nós acabarmos aqui.
— Por que eu deveria confiar...
— Isto é mentira! — James bateu na mesa de conferência, o som ecoando na enorme sala.
Uma vez mais, James silenciou a todos com sua explosão. Ele permaneceu em pé, mãos em punhos, seu rosto avermelhando.
Com assombrosa tranquilidade, Anahí colocou a mão em seu quadril e levantou suas sobrancelhas. — Realmente, James. E o que faz você achar que isto é mentira?
— Porque eu sei que você dois não estão mais juntos!
— Para mim nós estamos juntos, você não concorda Alfonso?
Ela olhou para ele com tal amor que isto o atordoou. Amor que ele sabia que ela não sentia, era pena provavelmente. Era tudo uma farsa. Não era?
Mas ela pediu a ele para confiar. Não é? Ele nunca pode confiar em ninguém antes dela. E ela o deixou. Como todos que ele amou.
Ele podia dar outra chance?
— Oh, o inferno com isto. — ele murmurou e deslizou seu braço ao redor de Anahí. Ele lamentaria isto mais tarde, mas no momento ele tocaria o jogo. — Sim, nós estamos obviamente juntos. E eu estou contente que não tive que fazer o anúncio sem a presença de Anahí.
— E se existem quaisquer preocupações sobre a veracidade da minha gravidez, eu terei muito prazer em fornecer o nome e o telefone do meu obstetra para verificação.
— Mas, mas… — James estalou.
— James, — Anahí disse casualmente. — Você realmente quer que eu conte sobre suas indiscrições a Alfonso e seus diretores, não é?
— O que? Que indiscrições? — Alfonso perguntou, tentando pensar além dos sussurros excitados dos membros da diretoria.
— Seu primo decidiu tentar me trapacear um pouco. — ela disse, atirando dardos em James. — Eu o encontrei, devo dizer, se esfregando promiscuamente em Valentina Wen. Em seu escritório.
O quarto silenciou, todos os olhos focados em Anahí.
— Com Valentina? Quando? — Alfonso atirou um olhar rápido em direção a James. Seu rosto estava avermelhando e ele estava lambendo seus lábios como um animal encurralado. Algo começou a ferver dentro de Alfonso. Os pedaços do quebra-cabeça estavam começando a se encaixar.
— Alguns dias atrás. Eu vim ao escritório para surpreendê-lo uma noite e eu pensei que era você. James estava em seu escritório Alfonso, com ela. — Anahí disse, acentuando o ela com uma antipatia resolutamente feminina.
Alfonso não podia acreditar nisto. Entretanto, ele podia acreditar em qualquer coisa vinda do James. Mas Anahí. O que ela pensou quando viu James fingindo ser ele? Claro. É por isso que ela o deixou!
— Não é verdade! — James disse seu rosto contorcido com ira e frustração.
Stan Fredericks se pronunciou. — Você sabe a penalidade por tentar manipular o resultado do casamento, não é, James?
Alfonso esqueceu aquele pequeno detalhe do testamento de Quentin Herrera. Qualquer um que tentasse manipular ou prejudicar Alfonso como CEO e fosse descoberto, perderia sua posição de sócio.
— Ela não pode provar. — James zombou.
— Oh, não? — Os olhos de Anahí cintilaram. — Sabe, estou surpresa, eu pensei que Valentina Wen fosse mais inteligente. Ultimamente ela tem andado numa escassez financeira e aparentemente ela adora uma fofoca. Valentina estará muito disposta em confirmar minha acusação.
Alfonso teve que admitir, ficou surpreso com a firmeza de Anahí. Ela olhou fixamente para James e eles se encararam como dois cachorros famintos disputando o mesmo osso. Quem teria pensado que o gatinho tímido se transformaria nessa tigresa selvagem?
James baixou a cabeça e respirou fundo, mas não disse uma palavra.
— Existe algo que você gostaria de adicionar, James? — Alfonso perguntou, todas as tentativas de cortesia suspensas.
James parecia uma beterraba gigante prestes a estourar. Alfonso quis rir dele, mas se conteve. Sem outra palavra, James empurrou sua cadeira para trás e saiu da sala.
Estava terminado. Alfonso exalou um suspiro de alívio. — Se não existe mais perguntas ou comentários nós adiaremos a reunião e nos veremos no próximo mês. Obrigado a todos por vir.
Alfonso teve que esperar pelos parabéns dos membros da diretoria antes de poder conseguir Anahí só para ele. Depois que todo mundo saiu eles permaneceram.
— Agora, por favor, me diga que diabo está fazendo? Por que você mentiu para a diretoria assim?
— Eu não menti.
— Sim, você fez. Você mentiu quando disse que estávamos ainda juntos e que você estava grávida.
O rosto de Anahí ruborizou. Não era assim que ela planejou dizer a ele, entretanto novamente nada foi como planejou na última semana. E a maior parte tinha sido sua culpa.
Não, tinha sido culpa do James.
— Eu acho que você terá que decidir a parte sobre nós, mas a parte da gravidez é verdade. Eu vou ter seu filho, Alfonso.
— O que?
O choque em seu rosto era inestimável. Outra memória para guardar e recordar ternamente quando ela ficar mais velha. — Você me ouviu.
— Você realmente está grávida?
Ela não podia tirar o sorriso do rosto. — Sim, eu realmente estou grávida.
Ele pareceu distraído, seus pensamentos a milhas de distância. — Quando você descobriu?
— Desde a noite que eu fui ao seu escritório e achei que era você com Valentina. Na noite que eu fui embora.
Ele correu os dedos por seu cabelo. — É isso que eu não entendi como aconteceu. Eu não posso acreditar que James fez isto.
Ela movimentou a cabeça. — Eu fui ao médico aquele dia, porque eu não me senti bem, meu período estava atrasado e já desconfiava de uma gravidez, mas quis fazer um teste de sangue para estar absolutamente certa. Quando eu descobri, voltei para casa procurando por você, mas James disse que você estaria no escritório até tarde.
— Eu estava no centro da cidade com um cliente, mais fui para casa cedo.
— Eu sei disto agora. Eu não sabia quando caminhei no escritório e achei Valentina agarrada no pescoço de alguém, que na hora eu pensei que era você.
Ele olhou fixamente abismado. — James e eu somos parecidos, especialmente de costas.
— Sim. Eu acabei assumindo que era você. Estupidez minha, eu sei. E Valentina falou sobre como vocês dois me enganaram, como você iria me abandonar assim que eu engravidasse e, então, você voltaria com ela sem ter que criar um pirralho.
— Eu vou mata-los. — Ele disse por entredentes.
Ela tocou em seu braço. — Não, você não vai. Você já ganhou de James. Ele nunca terá a companhia agora e ele sabe disto.
— Aquele bastardo. — Seu rosto se contorceu com raiva. Anahí tocou em seu ombro e ele vacilou se virando para ela.
— Você achou que eu a trairia com Valentina.
Ela concordou com a cabeça. — Eu… Eu não sabia o que pensar.
— Por que você não disse a mim? Confrontou-me em vez de se demitir e partir? Por que não teve um pouco de confiança em mim?
O pânico se rebelou em sua garganta. — Eu… Eu não achei que você me queria.
— Por que inferno você pensaria isto? — Ele empurrou os dedos por seu cabelo. — Maldição, Anahí, você não podia me ler? Você não podia ver como eu me sentia sobre você? Como você podia ter me deixado sem explicação?
Ela caiu na cadeira mais próxima e apertou as mãos juntas. Como ela podia explicar para ele que nunca na vida imaginou que a desejaria? Que era mais fácil acreditar que ele preferiu correr de volta para Valentina a construir uma vida com ela? Aquela noite, ela quase confessou que o viu com Valentina. Mas toda vida deu ouvidos as lamentações de sua mãe em sua cabeça, tendo que enfrentar seus olhares desaprovadores… Não, ela não podia enfrentar o homem que ela amava. Então, tomou a saída mais covarde e acabou indo embora, cometendo o maior engano de sua vida.
— Entendi. — Ele disse, empurrando documentos em sua pasta.
— Alfonso, por favor. Deixe-me explicar.
Ele olhou para ela, seus olhos frios e distantes. — Como você me deixou explicar na noite que você partiu? Você fez sua parte, Anahí. Você ficou grávida. Obrigado por vir me salvar aqui, mas eu penso que nós já dissemos tudo. É claro que você nunca confiará em mim e você não tem o que eu preciso. Eu não viverei assim.
Ele se virou e saiu da sala. O corpo de Anahí pesou como cimento, deixando-a incapaz de um movimento, de segui-lo.
Ela o machucou. Aquela coisa que precisava era sua confiança e lealdade para ele. E então, quando ele precisou disto ela o desapontou. Ela não acreditou nele. Ela podia culpá-lo por não acreditar nela agora?
Não importa. Nada importava mais. Ela fez a Corporação Herrera prosseguir intacta, mas não pode ganhar de volta o homem que ela amava.
* * *
Alfonso bateu a porta da frente e lançou sua pasta na mesa. Ele entrou em seu escritório e fechou a porta, indo diretamente para o bar conseguir uma bebida.
Abaixando dois tiros rápidos, ele deu boas-vindas a queimadura em peito. Qualquer coisa para matar a dor.
Um golpe suave soou na porta.
— Vá embora! — Ele berrou.
— Sr. Alfonso, eu posso entrar?
— Não agora, Leland. O que for pode esperar. — Alfonso livrou-se de sua jaqueta e deslizou abaixo sobre o sofá de couro, caindo para trás e fechando seus olhos.
Era de uma dose que ele precisava. Mascarava a dor, o fazia esquecer.
O clicar da abertura na porta o teve saltando para fora do sofá. — Eu disse que não queria ser incomodado.
Leland entrou e fechou a porta atrás dele. Alfonso fuzilou seu mordomo.
— Eu sinto muito, senhor, mas você realmente deve me escutar.
Leland nunca desobedeceu a uma ordem antes. Em todo o tempo que Alfonso o conheceu, ele tem sido o epítome do profissionalismo. De fato, ele reparou que Leland não o chamou Senhor Alfonso. Ele o fez desde que ele era um menino.
— O que acontece? — Alfonso andou até o bar e despejou outra bebida.
— Beber não fará que você a esqueça. — Leland permaneceu no centro do quarto, suas mãos apertadas atrás dele.
—Não estamos falando sobre isso. — Alfonso disse, agarrando a garrafa.
Em dois passos rápidos Leland pegou a garrafa e puxou longe. Se Alfonso não viu isto com seus próprios olhos ele não teria acreditado. Nem podia acreditar no olhar desaprovador que Leland deu a ele.
— Você teve o suficiente de álcool. — Leland disse, deslizando a garrafa sobre uma estante.
— Não me diga o que fazer. — Alfonso moeu fora, seus dentes rangendo de tão duro que sua mandíbula pulsou.
— Alguém precisa dizer a você o que fazer. Eu estou cansado de ver um Herrera atrás do outro fazendo uma bagunça total em suas vidas. Eu permiti a seu pai fazer isto, mas eu não vou deixar você cometer os mesmos enganos.
Que diabos? Alfonso estava emudecido. Leland avançou e Alfonso deu um passo atrás, incapaz de assimilar este lado do mordomo da família.
— Leland, o que...
— Suficiente. — Leland levantou a mão para silenciar Alfonso. — A Sra. Herrera o ama. Ela sempre amou. O fato que você está com muito medo para assumir isso é algo que eu não permitirei. Isto tem que acabar uma hora.
Alfonso se sentou de volta. Leland permaneceu acima dele, seus olhos ferozes com raiva.
— Eu assisti o que seu pai e mãe e avô fizeram para você. Assisti eles manipularem você e o tratarem como nada além de um recurso para a Corporação Herrera. Assisti um menino sensível, maravilhoso, crescer sem qualquer amor ou afeto.
Como Leland notou todas estas coisas? Alfonso se sentiu tão isolado, tão só, e pensando sobre isto, a generosidade de Leland e Margaret em direção a ele tinha sido a coisa mais brilhante em sua infância.
— Eu o amei desde que era uma criança, Senhor Alfonso. Margaret também, você tem a capacidade para amar, apesar de suas negações. Você demonstrou amar a Sra. Herrera de um jeito que me fez incrivelmente orgulhoso. Mas agora, quando ela precisa de você, você a abandona.
— Eu a abandonei? Agora espere um minuto, Leland. — Alfonso começou a levantar, mas Leland empurrou seu ombro até que ele se sentou.
— Fique ai, eu não acabei.
Alfonso estava muito atônito para se mover.
— Como eu estava dizendo, ambos eu e Margaret amamos você. Você é a criança que nós nunca tivemos. Claro que com nossas profissões nós não podíamos mostrar a você. Nós ficávamos tristes que não podíamos dar a você o amor que desesperadamente precisava, mas nos encorajamos quando a Sra. Herrera entrou em sua vida. Finalmente, nós pensamos que alguém o amava do modo que merecia ser amado. Nós não podíamos mostrar a você, mas ela podia.
As revelações rasgaram seu intestino. Leland e Margaret o amaram? Toda a vida? E Anahí o amava?
Ele não gostava de lembrar-se do passado, era doloroso, por isso era tão insistente em recusar qualquer tipo de afeto, que não percebia?
— Eu não tinha nenhuma ideia, Leland. Eu sinto muito. — Ele andou para o homem que veio a ser mais pai para ele que qualquer Herrera foi.
Leland colocou a mão no ombro de Alfonso e Alfonso podia jurar que viu umidade juntar nos olhos do velho homem. — Os Herreras fizeram bagunça por muitos anos… Alfonso. Veja se você pode mudar isto agora. Com Anahí. Ela ama você.
Essa foi a primeira vez que Alfonso ouviu Leland usar seu primeiro nome. — Anahí não me...
— Não pense com a cabeça, Alfonso. Pense com seu coração. Você sabe que ela ama você. Não a deixe escapar por entre seus dedos ou lamentará até o dia que morrer.
* * *
Anahí esperou que ninguém a encontrasse no escritório. Ela foi até lá passando pelo guarda com um pequeno desafio que ela mesma criou, rezando que ele não veria sua miséria e dor.
Ela quis retirar suas coisas pessoais antes de Alfonso entrar. Com sorte, ela escaparia antes de qualquer empregado aparecer para trabalhar.
Depois do desgaste na conferência ontem, Anahí voltou para o hotel e esperou, esperando que Alfonso mudasse de ideia e fosse atrás dela. Ele não foi.
Estava terminado. Ela tentou seu melhor para reconquistá-lo e não deu certo. Ele não a amava o suficiente para perdoar.
Lutando com as lágrimas escurecendo sua vista, ela cavou na gaveta de sua mesa pelas de suas coisas.
— O que você pensa que está fazendo?
Ela saltou com a voz de Alfonso. Maldição. Maldição, maldição, maldição! Isto não deveria acontecer. Ela secou as lágrimas com a parte de trás de sua manga e se virou.
— Eu sinto muito. — ela disse apenas capaz verbalizar. — Eu pensei que terminaria antes de você chegar.
Ele parecia lindo, sua calça jeans apertada contra a coxa musculosa, a camisa preta destacando o fogo naqueles olhos tempestuosos que ela amava tanto. Ela lutou de volta conta o soluço dolorido que ameaçava escapar.
O olhar de Alfonso viajou para a caixa em cima de sua mesa. — Indo a algum lugar?
Ela movimentou a cabeça, incapaz de falar.
— Eu não quero que você vá. — Ele disse, sua voz apenas acima de um sussurro.
Seus olhos encontrando os seus e ela não podia acreditar no que ela viu lá. A determinação e algo quente morno e tenro que quase rasgou seu coração em dois.
— Você quer sim. — Ela disse, sua voz rouca.
Ele agitou a cabeça. — Eu sou um bobo estúpido. Agradeço a Deus que Leland teve presença de espirito de apontar isso para mim.
— Leland? — Ela viu a sugestão de um sorriso no rosto dele e seu coração se encheu de esperança e amor. — Ele o ama sabia?
— Sim, acredite ou não. O velho me ensinou uma lição ontem à noite. Era como um pai. Um pai verdadeiro.
Então, o sorriso apareceu por completo. — Agora eu tenho uma ideia do que isso significa.
Anahí sorriu. —Eu sei que ele ama. E eu esperei que um de dia você percebesse que é mais pai e filho que mordomo e empregador.
Alfonso andou em direção a ela. — Meus olhos foram abertos ontem à noite, Anahí. Para muitas coisas. Uma é como eu tratei você mal.
— Não foi você, Alfonso, era eu. Eu acreditei que o homem em seu escritório com Valentina era você. Eu devia ter reconhecido.
Ele agarrou suas mãos e a puxou contra ele, segurando apertado. — Um engano fácil de fazer. Nenhuma dúvida do porque você estava tão chateada aquela noite. Como você descobriu que era James?
— Leland o escutou no telefone com Valentina e ele me contou o que aconteceu. Eu sinto muito, também, Alfonso, pelo modo que eu tratei você aquela noite. Deveria ter sido perfeito. Eu iria dizer sobre o bebê, dizer o quanto o amava e perguntar se você queria continuar casado comigo.
Seus olhos alargaram. — Você ia dizer que me amava?
Ela movimentou a cabeça. — Claro que eu amo você. Eu amei você desde o dia que eu te vi. Eu quero uma vida com você, Alfonso. Um casamento real, não um acordo de negócios. Mas só se for o que você quer, também.
Ele entortou sua cabeça de lado como se avaliando sua declaração.
— Eu sinto muito que eu não exigi uma explicação. — ela disse. — Você é um homem honrado, Alfonso, e você nunca teria feito algo assim. É minha culpa. — Ela olhou para baixo, muito envergonhada para admitir que ela não confiasse em sua própria habilidade de ser amada.
— O que você pensou quando você viu aquela cena?
Ela suspirou e puxou seu cabelo atrás de suas orelhas, então apertou seus braços ao redor de sua cintura. — Eu pensei o de sempre. Que você possivelmente não podia estar interessado em alguém como eu.
Ele a puxou contra ele. Seus rostos estavam tão perto que ela podia ver as manchinhas em seus olhos escuros.
— Eu amo você, Anahí. — Sua respiração era um sussurro quente de promessas contra seus lábios.
Ela não esperou ele terminar. Seu coração apertou. — Você não tem que dizer isto só por que...
Ele tocou sua boca com os dedos. — Escute e olhe em meus olhos. Acredite; Eu amo você.
Ela escutou. Ela entendeu. E ela acreditou.
Então, ela chorou. Ele a segurou ternamente quando soltou sua emoção. Chorava porque ela acreditava que finalmente teria o que esperou a vida inteira.
— Eu não pensei que fosse capaz de amar alguém até que eu encontrei você. — Ele disse baixinho, acariciando suavemente suas costas.
Anahí enxugou as lágrimas com a manga de seu vestido. — Eu não pensei que era merecedora de amor, até que você me amou.
Ele se debruçou de volta e agitou sua cabeça, rindo. — Que par nós somos. Duas pessoas miseravelmente solitárias, tentando não se envolver, envoltas em um casamento que fez isso tão pessoal quanto podia conseguir.
Então, ele a varreu em seus braços e apertou um longo, glorioso e apaixonado beijo em sua boca. Anahí suspirou em sua boca aberta, sua respiração uma mistura de amor e desejo.
— Vamos para casa, esposa. Eu quero entrar na cama com a mulher que eu amo.
— São sete horas da manhã, Alfonso. — Ela disse com um sorriso.
Ele sorriu e arqueou uma sobrancelha. — Que só nos dá mais tempo, não é?
Ela engatou seu braço no dele e saiu do escritório.
— Eu acho que em alguns meses você terá que achar alguém para me substituir no trabalho. — Ela disse quando alcançaram o corredor abaixo.
— Alguns meses? Que tal agora?
Anahí riu. — Eu acho que ficarei por algum tempo. Eu tenho que manter um olho em você.
Ele se virou em direção a ela e curvou uma sobrancelha. — Em mim? Por quê?
Ela parou e enroscou seus dedos por seu cabelo. — Rico, magnífico e empresário bem sucedido? Você é um candidato cobiçado por todas as cavadoras de ouro lá fora.
— Você se preocupa sobre a minha fidelidade?
— Não. — Que sentimento maravilhoso era saber isto, estar certo do amor do seu homem. Ela nunca pensou que experimentaria isto em sua vida, especialmente com alguém como Alfonso. Mas ela conseguiu isto.
— Bom. — Enquanto eles esperavam pelos elevadores, ele deslizou os braços ao redor de sua cintura e a puxou contra ele. Ela sentiu seu calor e desejo e contou os minutos até que pudessem fazer amor novamente.
Quando suas mãos rastejaram para suas nádegas, ela ganiu. — Sr. Herrera! — Ela protestou fingindo ultraje. — Isto não é um pouco pessoal demais?
Com um sorriso mau ele murmurou contra seus lábios. — É meu por direito, maldição. Se acostume com isto. — Então, ele reivindicou sua boca e conseguiu algo muito, muito pessoal.
Exatamente como ela gostava.
_________________________________________FIM_________________________________________
A fanfic chegou ao fim. Como todos sabem, é um livro adaptado (Nada Pessoal de Jaci Burton).
Espero de coração que tenham gostado.
Quem quiser acompanhar mais livros ou webs adaptadas, estou postando aos poucos, essa foi a primeira :))
Segue uma fanfic em andamento:
A Cama da Paixão: http://fanfics.com.br/fanfic/53456/a-cama-da-paixao-aya-adaptada-rebelde-aya-ponny-rbd-romance
Até a próxima
Autor(a): DuaneStories
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Comentários da Fanfic 18
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AlgúnDia_AyA❣ Postado em 01/05/2016 - 18:30:39
Passei raiva massa amei o final <3333333
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Nayara_Lima Postado em 26/04/2016 - 14:13:54
Maravilhosa adooorei *----*
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fersantos08 Postado em 24/04/2016 - 16:05:19
Oiie Leitora nova, estou amando a sua fics. Por favor continuuuuuaaaa a postar. *--------*
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Queen Ana Chávez Postado em 24/04/2016 - 11:49:38
Termino essa web amanhã :)) Faltam só dois capitulos
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hittenyy Postado em 23/04/2016 - 12:14:26
vc ainda pergunta pq quero te matar essa vacalentina ,é uma vaca ,vadia,uma cachorra,faz um ex da anny aparecer pra ela nao sofrer ,e eu quero ver o poncho sofrendo pela anny,quero que ele peça perdao para anny de joelhos,e anny bem que podia ficar de greve neh,torcendo para vacalentina ,perder tudo que ela tem .cnt
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Queen Ana Chávez Postado em 23/04/2016 - 09:10:21
AlgúnDia_AyA❣ Na realidade era um livro de quase 200 páginas. Apenas não quis cortar os capítulos em partes. Mas é quase uma mini web :)))
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Queen Ana Chávez Postado em 23/04/2016 - 09:08:59
hittenyy oxe, kkkkkkkk quer me matar pq mulher? Tem confusão pela frente.
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Nayara_Lima Postado em 23/04/2016 - 07:04:20
Essa valentina arrrgh. E o poncho ? Que otario ;@ cooontinua
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AlgúnDia_AyA❣ Postado em 23/04/2016 - 00:01:14
Era uma mini web? :/ que penaaaa queria mais! Herrera VOCÊ ESTÁ BRINCANDO COM FOGO NO DIA ERRADO!!! SE EU PUDESSE ARRANCARIA TEU PAU E FODA-SE O RESTO!!!! coitada da Any :'( cont *--*
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hittenyy Postado em 22/04/2016 - 21:47:58
menina to querendo te matar herrera seu cachorro sem vergonha cafaste como vc brinca com os sentimentos assim da minha anyzinha hein tomara que ela encontre outro e depois vc ver o que perdeu cnt