Fanfics Brasil - Capítulo 5 Nada Pessoal - AyA - Adaptada

Fanfic: Nada Pessoal - AyA - Adaptada | Tema: Rebelde, AyA, RBD, Romance


Capítulo: Capítulo 5

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Não espere acordada por mim. As palavras de Alfonso ficaram com Anahí o resto do dia e naquela noite. Ela caminhou pelo amplo quarto, lançando olhares frequentes em direção ao relógio, na mesa ao lado da cama. Quando ela não estava olhando para o relógio, ela estava contemplando a cama de Alfonso. Não, não a cama do Alfonso. Sua cama. A que ela teria que compartilhar com ele, hoje à noite.


Ela não iria hiperventilar. Ela simplesmente se recusava em admitir que uma coisa simples como dormir com Alfonso deixava sua garganta seca e seu coração acelerado como em uma maratona.


Era depois da meia-noite e ainda nenhum sinal dele. Ele achou que só iria dormir, sabendo que num certo ponto ele entraria e deslizaria debaixo dos lençóis com ela? Talvez não fosse um grande negócio para ele, mas era para ela.


Para uma mulher que apenas teve um punhado de primeiros encontros em sua vida inteira, ela certamente fez alguns saltos importantes nesses dias.


Não era como se ela tivesse que fazer sexo, hoje à noite. Seu acordo era bastante claro. Tudo que ela iria fazer hoje à noite era dormir com ele. Alfonso prometeu honrar seu desejo por um pouco de tempo, então não existia nenhuma razão para ficar em pânico. Ela devia relaxar e deixar de fazer um buraco no tapete.


Oh, certo, assim iria acontecer. A palavra relaxa não estava em seu vocabulário, ainda.


Ela olhou para a cama de tamanho king size, sua colcha âmbar pálida puxada para trás. Seus dedos traçaram um padrão ausente acima dos lençóis de cetim.


Certo, nenhum sexo. Mas ela estaria mais perto de um homem como ela jamais tinha estado antes. Um homem que também era seu marido. Um homem que, apesar de seu acordo em esperar, ela iria eventualmente fazer sexo.


Forçando sua respiração para desacelerar, ela afastou a sensação incômoda, restando apenas algo como uma indigestão.


Ela estava sendo ridícula e ingênua. Já era hora de crescer. Ela concordou com este casamento. Realmente não era um grande negócio. Além disso, aos vinte e seis anos de idade, ela descobriu o que estava perdendo durante todos esses anos.


 


— O que você estava perdendo todos esses anos?


 


Ela parou em seu caminho e girou para ver Alfonso na entrada. Sua entrada, com certeza, fez sua respiração desacelerar. De fato, ela estava certa que parou completamente de respirar. Realmente, ela deveria parar de refletir alto.


 


— Você sempre conversa com você mesma? — Ele lançou uma pilha de documentos na escrivaninha, antes de parar na frente dela.


— Às vezes. — Maravilhoso. Não só ele a pegou conversando sobre sexo, mas em voz alta. Para ela mesma.


— Você não respondeu minha pergunta.


 


Será que nunca teria aparência desleixada? Era meia-noite e ele ainda parecia fresco e oh-tão-bonito. O suéter de casimira preta acentuava o prateado refletido em seus olhos escuros.


— Que pergunta? — Ela perguntou.


— O que você tem perdido todos esses anos?


— Oh, isso. — Ela esperou que ele esquecesse o que escutou. Obviamente não. — Você conseguiu ter seu trabalho terminado?


— Sim, eu fiz, e você está evitando minha pergunta. — Ele deslizou seu dedo indicador para baixo de seu braço.


Anahí bocejou. — Uau, olhe como tarde é. Estou cansada.


Ele sorriu. — Eu fiquei surpreso que você não está na cama. E você está ainda vestida.


Depois do chuveiro, ela teve medo de mudar para pijama. O pijama significava cama e ela não poderia envolver sua mente em torno disso. Ela olhou abaixo em sua grande calça de moletom e camisa enorme. — Oh. Eu estava lendo e perdi a noção do tempo.


— Entendo. Bem, eu concordo com você. Estou acabado. Penso que tomarei um banho e irei para a cama. — Ele se sentou na cama e removeu seus sapatos.


 


Enquanto ele seguia para a área de vestir, Anahí sentou na cortina de brocado contra a parede, sua cabeça descansando em suas mãos. Como ela iria lidar com isto? Esta intimidade, este compartilhamento de espaço pessoal?


Ela pausou quando os sons da água corrente e o fechamento da porta do chuveiro fixaram sua atenção. Uma imagem cristalina de Alfonso desnudo estalou em sua cabeça. Ele estaria girando seu rosto para o spray do chuveiro, deixando a comporta de água vaporosa acima de seu cabelo escuro. Ele agarraria o sabonete e ensaboaria suas mãos, então correria suas mãos acima de seu tórax e mais abaixo, até...


Com esforço desesperado ela tentou empurrar a visão de sua mente.


Sua mente traiçoeira se recusou a cooperar. E então, ela ouviu novos sons. Sons bonitos, melódicos. Ela andou mais perto da porta e escutou.


Era Alfonso. Ele estava cantando no chuveiro, sua voz de tenor perfeito e sem defeito. Qual era aquela canção?


Oh, Deus. Não admira que fosse tão familiar. Ele cantava uma de suas canções favorita de amor, sua voz clara, bonita, alta e afinada apesar da água corrente.


 


Ohhhh, meu amor, minha querida, eu anseio seu toque, nesta noite longa e solitária.


 


A assombrosa letra de “Unchained Melody” varreu sobre ela. A voz de Alfonso a tocou como se suas mãos abrissem uma trilha de seus lábios trêmulos até seu coração batendo freneticamente.


Ele a hipnotizou com seu canto, capturando-a em um feitiço. Quando ele cantou “Eu preciso de seu amor” no alto de sua voz, seu corpo derreteu. Sem pensar ela entrou na área de vestir, louca para entrar no banheiro e ouvi-lo, vê-lo, tocá-lo.


Ela hesitou.


Então, o que a impedia? Ela era sua esposa. Qual seria o problema em ir ter com ele, em permitir que ele a tocasse, deixa-lo a levar em seus braços e a beijar, segurá-la como ela esperou sua vida inteira para ser segura?


Para sentir o toque de um homem, para finalmente experimentar uma união tão íntima que os poetas lutavam para achar as palavras certas para descrever isto.


Ela foi até a porta de banheiro, sua mão na maçaneta, pronta para girar e escancarar a porta para o desconhecido. Então, ela se lembrou da advertência de sua mãe.


Nunca se apaixone Anahí. Os homens só querem sexo. Se você der a eles seu coração, eles esmagarão e você nunca conhecerá dor mais forte.


Após tantos anos aquelas palavras ainda a influenciavam, paralisavam.


E olhe para você. Você não tem nenhuma beleza, claro, assim como eu. Os homens a usarão e descartarão como seu pai fez comigo.


Ela já podia imaginar Alfonso rindo dela. Ele era o retrato do macho perfeito. Magnífico, inteligente, bem educado, capaz de escolher mulheres do calibre mais alto. Mulheres bonitas, com posição social igual a sua.


Ao invés disso, ele casou com sua assistente. Não uma menina deslumbrante ou socialite. Mas uma Anahí pura e simples. Não por amor, mas um negócio.


Ela empurrou a mão da maçaneta e fugiu. Tão depressa quanto possível ela pegou seu pijama e retrocedeu para o quarto.


Quando Alfonso saiu do banheiro, Anahí estava sentada na poltrona. Suas mãos apertavam a extremidade do braço como se ela estivesse oscilando de um precipício.


Ela parecia apavorada.


Ele nunca vira ninguém tão adorável em sua vida.


Em seu pijama de algodão com as mangas e pernas compridas em padrão de nuvem gordinha azul, ela parecia com uma criança assustada. Ela puxou seu cabelo atrás em um rabo-de-cavalo e mastigava seu lábio nervosamente.


Ah sim, sua noiva tranquila, serena. Aquela com o aperto da morte na poltrona.


Ele era tão imponente?


 


— Eu vejo que você está pronta para a cama. — ele disse.


 


Ela olhou para cima, aparentemente terminando com seu exame do tapete. Ela empalideceu e parecia que poderia desfalecer.


Agora, o que estava errado? Ele colocou uma boxers em vez de sair do banheiro totalmente nu, como ele estava acostumado. Sabendo os problemas de intimidade de Anahí, ele não quis dar um ataque cardíaco em sua primeira noite dormindo juntos.


Então, por que ela parecia que estava para saltar fora na janela?


 


— Você está bem? — Ele perguntou.


Ela assentiu com a cabeça.


— Tem certeza?


Ela movimentou a cabeça novamente.


— Nós devemos ir para a cama, então? — Era como um jogo de charadas. E ele não estava nem recebendo sinais para pistas.


Ela não movimentou a cabeça. Ela simplesmente assentiu como um prisioneiro rumo à guilhotina e não indo para a cama.


— Bem? — Ele perguntou.


— Eu estava esperando pra ver qual lado você prefere dormir, assim eu posso deitar no lado oposto.


Alguém tem que se sacrificar, não é?


— Em qual lado você dorme? — Ele contestou.


— O direito.


Alfonso deslizou debaixo das cobertas e segurou o cobertor aberto para ela. — Entre, então.


 


Com lentidão agonizante ela deitou, virando suas costas e equilibrando-se precariamente em aproximadamente quatro polegadas da cama. Tão longe dele quanto possível.


Alfonso se escorou em seu cotovelo e assistiu ela tentar entrar em uma posição confortável. Se ele não pensasse que a assustaria fora de sua pele ele teria rido. Como agora, ele estava quase com medo de respirar e ela pularia direto para cima, ou pior, fora da cama.


Era como ter uma tábua de passar na cama com ele. Ela estava apenas respirando e certo como o inferno não estava se mexendo. E ele podia jurar que a cama tremia. Ela estava com frio? Ou só morta de medo?


Pelo menos ele podia suportar isso como um insulto na cama, a menos que a crítica aplicada fosse simplesmente sobre compartilhar o espaço.


 


— Boa noite, Anahí. — Alfonso se esticou e desligou a luz acima de seu lado da cama. E esperou.


— Noite, Alfonso. — ela finalmente respondeu, tão quieta que ele apenas a ouviu.


 


Ele rolou sobre suas costas e olhou fixamente para o teto enluarado.


Ele não estava na cama com uma adolescente de dezesseis anos de idade, disso ele estava certo. Anahí era adulta o suficiente para saber de algumas coisas, ainda que fosse uma virgem. E não era como se ele dissesse a ela que ele estava planejando atacá-la na sua primeira noite juntos.


Eles não eram estranhos, então ela devia saber que ele sempre mantinha sua palavra. Sua palavra nos negócios, era tão boa quanto um contrato escrito. E Anahí sabia disto.


Então, será que ele a assustou? Era isso? Seu medo era completamente antinatural dado às circunstâncias. Ele já tinha concordado em dar seus dois meses.


Qualquer outra coisa a aborreceu, algo a deixou com tanto medo que ele soube que se ele sugerisse para ela acampar no chão do quarto ela teria saltado na primeira chance.


Ele quis descobrir o que era.


 


* * *


 


Não tinha sido como Anahí pensou que seria. O mais íntimo que chegou foi na hora de dormir, porque ficou tão nervosa afinal, com tanto medo, ela não tinha nenhuma ideia, mas ela chegou à conclusão que seus medos eram infundados.


Ela se preparou para as tentativas de Alfonso para convencê-la a fazer sexo. Certo, talvez ela pudesse ter sido persuadida, se ela chamasse atenção para a sua pele e se ele quisesse tocar.


Mas ela não precisava ter se preocupado. Dentro de vinte minutos ela ouviu sua respiração profunda e soube que ele estava adormecido.


Então, ela finalmente relaxou. E tentou ignorar a punhalada de decepção.


Que idiota. Primeiro morreu de medo que ele a tocaria. E agora, ela estava chateada porque ele não o fez? O que ela queria dele afinal?


Se ela soubesse.


Pelo menos na segunda noite ela não estaria tão apavorada quanto ela tinha estado na primeira, sabendo que ele não saltaria em cima dela.


Então, ela não ficou se equilibrando na extremidade de uma corda bamba, e realmente conseguiu dormir.


Boa coisa, também, porque hoje eles voltariam para o escritório, essas primeiras noites desajeitadas quase uma memória distante já. No resto do fim de semana ela dificilmente veria Alfonso, só nas refeições e na hora de dormir. Ele se trancaria em seu escritório cuidando da papelada, mas ela sabia que era porque ele realmente não tinha nenhuma ideia do que fazer com uma esposa ao redor.


Pelo menos eles teriam trabalho para fazer hoje. Quando acordou esta manhã, Alfonso já tinha se vestido e deixado o quarto. Se isso era sua rotina habitual ou ele fez isto como uma cortesia para ela, ela não sabia. De qualquer modo ela se vestiu apressada, e então foi para o andar de baixo para encontrar ele sentando à mesa, lendo o jornal e terminando seu café da manhã.


 


— Bom dia. — Ela disse, sentando-se sorridente e agradecendo quando Margaret trouxe uma xícara de café.


— Dia. — Ele resmungou por detrás do Diário de Wall Street.


 


Agora sim, este era o Alfonso que ela conhecia. A pessoa que raramente olhava por cima de qualquer documento que estava analisando, até para reconhecer sua presença. Indiferente, com este Alfonso ela podia lidar.


Ela foi para preparar seu café da manhã, mas Margaret disse a ela que se sentasse.


O pensamento de outras pessoas fazendo coisas para ela não parecia certo, mas se sentou à mesa. — Eu posso cozinhar Margaret e eu estou certa que você tem outras coisas para fazer.


Margaret agitou sua cabeça. — A senhora da casa não cozinha. Este é meu trabalho.


— Mas... — Ela estava protestando e parou quando a mão de Alfonso ligeiramente tocou na sua. Ele derrubou o jornal e entortou um sorriso para ela, agitando sua cabeça.


— Não se aborreça discutindo com Margaret. — ele disse. — Ela é maligna e sempre consegue o que quer.


— Eu ouvi isto. — Margaret disse acima do som de chiar do bacon. Margaret lançou um olhar acima de seu ombro a Alfonso, que piscou. E Anahí pegou o sorriso da empregada antes dela voltar para a comida.


Interessante. Anahí pensou que Alfonso não tinha paciência com ninguém. Aparentemente ela estava errada sobre isto. Sua relação com Margaret pareceu amistosa, quase familiar.


Eles foram para o escritório no carro de Alfonso, mas não falaram. Ele começou cuidando dos seus negócios no trajeto e ficou a maior parte do tempo no telefone.


— O que você vai dizer ao pessoal do escritório? — Ela perguntou quando ele concluiu seu telefonema.


— Sobre o que?


— Sobre nós. Você não acha que eles vão estranhar você saindo do escritório na sexta-feira solteiro e retornando da lua de mel, hoje? E pior, que sua mulher não é Valentina e sim eu?


Alfonso não respondeu.


— Você não tem que dizer a ninguém que casou comigo. — ela continuou. — Eu certamente entendo que você não quer que ninguém saiba.


Ele fez uma carranca. — Por que eu não iria querer que soubessem de você?


— Isto é bastante óbvio, você não acha?


— Não para mim.


Ele iria força-la a dizer isto? — Porque você casou comigo. Não com a Valentina, não com uma de suas amigas. Eu..


Ele fez um desvio em um estacionamento de comida rápida, virou o carro em um parque e olhou para ela. — E?


— Eu só estou declarando o óbvio. Eu quero saber como você deseja que eu lide com as perguntas inevitáveis.


— Diga a qualquer um que perguntar que Valentina caiu fora e você foi gentil o suficiente para casar comigo.


Ele só estava brincando. — Desculpe?


— Você me ouviu.


— Você quer que eu diga a todo mundo que eu fui gentil o suficiente para casar com você.


— Sim.


Certo. Prontamente seguido por seu riso histérico. — Eles vão fazer perguntas. Vão querer saber por que.


— Se eles quiserem mais informações que isto, diga que não é da maldita conta deles. E se eles ainda persistirem, então me deixe saber e eu lidarei com isto de um modo que eu estou certo que eles não gostarão.


Ele acelerou fora do estacionamento e continuou o caminho para o escritório. E foi isso. Fim de discussão. Ela deveria dizer a todos os empregados e associados que ele casou com ela.


E então, não oferecer nenhuma explicação sobre nada mais.


Às vezes, ele fazia seu trabalho difícil.


— Além disso, — ele adicionou — todo mundo no hotel nos viu sexta à noite. Nós nos casamos lá, lembra? Até agora, todos sabem.


Claro, ele estava certo. Ela se perguntou que tipo da recepção ela conseguiria quando eles aparecessem no trabalho juntos.


 


* * *


Eles foram saudados com aplausos quando entraram no escritório. E Anahí estava atordoada. Alfonso acertou. Todo mundo já sabia.


Sua mesa repleta com cartões de felicitações, lembrancinhas de casamento e confetes. Ela tentou mascarar sua excitação, mas não pode evitar a risadinha tola que escapou. Que divertido!


Quanto do entusiasmo de todos era sincero e quanto era devido às tentativas dos empregados de bajular Alfonso ela não soube, e francamente não se importava. Até com os olhares frios e irônicos ela não se importou.


Alfonso tolerou isto por mais ou menos quinze minutos antes dele colocar sua mão no ombro de Anahí, ligeiramente apertando. Ela girou sua cabeça em sua direção e ele colocou um beijo suave em sua bochecha, completamente surpreendendo ela. E produzindo mais aplausos da multidão.


— Eu tenho alguns telefonemas para fazer, então os deixarei em suas mãos capazes. — Ele sussurrou, antes de retroceder para seu escritório e fechar a porta.


Ela ficou mais alguns minutos socializando e então implorando a todos que a deixassem cuidar da papelada em sua mesa. Em alguns minutos eles se foram.


Anahí sorriu e suspirou quando ela se sentou em sua mesa, girando o enorme diamante ao redor do seu dedo. Não foi tão ruim quanto ela esperou. Todo mundo tinha sido agradável.


Pelo menos, ninguém riu na frente dela. Mais tarde, quando ela não estivesse ao redor, ela estava certa que a fofoca começaria.


 


* * *


 


— Você acha que ele estava embriagado aquela noite?


— Quem sabe? Ele só tinha que estar para ter se casado com ela.


Alfonso parou na entrada da cozinha.


— Ela é tão deselegante. E o que é aqueles ternos feios que ela veste?


— E aquele cabelo, você pode imaginar? Parece um ninho do pássaro.


— Bem, o ninho do pássaro combina com aqueles óculos. Eles a deixam parecendo uma coruja.


O riso estourou quando a fofoca continuou. Com cada palavra, a pressão sanguínea de Alfonso subia. Ele odiava fofoca. Era malicioso, cruel, e frequentemente escutada pela pessoa sendo discutida, acarretando muita dor.


Neste momento, ele não era o assunto sendo discutido. Deus sabe o quanto ele ouviu os empregados fofocando sobre ele antes e ele apenas dava as costas sem se importar. Afinal, era o chefe da companhia e geralmente quando tomava decisões que alguém não gostava, inevitavelmente seu pessoal murmurava pelos corredores.


Mas estas pessoas estavam falando sobre sua esposa. E ele não gostou na disto, maldição.


— Eu aposto que ele tem que pôr um saco na sua cabeça para dormir com ela.


Isso conseguiu gritinhos loucos de alegria e muitas risadas.


E era o estopim que quebrou a ira do chefe. Ele teve o suficiente.


Assim que ele entrou na cozinha, todo o riso e conversa cessou.


— Boa tarde a todo mundo. — ele disse, tentando soar alegre. Por dentro, ele estava fervendo. Ele quase entrou praguejando, mas decidiu ir por uma tática diferente.


Alfonso reabasteceu seu café, tendo a certeza de tomar seu tempo. Então, ele girou para eles.


— Eu quero agradecer a vocês todos por receberem Anahí tão bem, esta manhã.


Os sorrisos intranquilos encheram a cozinha.


— Ela estava tão nervosa sobre o que vocês pensariam. E eu disse a ela para não se preocupar, que os empregados da Herrera eram os melhores dos melhores e estariam mais que felizes com nosso casamento.


Pessoas se remexiam em suas cadeiras.


— É bom saber que eu não estava errado. Eu tive um pouco de receio que algumas pessoas sentiriam inveja de Anahí ou que fariam comentários maldosos sobre nosso casamento e as razões por trás disto. Mas eu sei que vocês todos veem nela o que eu sempre vi.


Mais gente desconfortável em suas cadeiras. Desviando o olhar para as janelas, olhando para o chão.


— Sua generosidade. Sua inteligência. O modo que ela aceita todo mundo não importando sua posição. — Seu olhar esquadrinhou o ambiente. — Ou seus olhos. Maldição, eu sou um homem sortudo não acham?


Nenhum comentário. Alguns acenos com a cabeça e murmúrios de acordo.


— Um ótimo almoço para todos. — Alfonso pegou sua xícara e saiu da cozinha assobiando.


Ele sorriu a distância toda até seu escritório. Agora isso sim era divertido.


Bando de fofoqueiros desprezíveis. Ele fez uma nota mental para solicitar avaliações de seus empregados assim que possível. Estava na hora de tirar o lixo fora.



Às vezes, era bom ser o rei.


 


 


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maryangel seja muito bem vinda, espero que continue gostando :))



 



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Autor(a): DuaneStories

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    — Nós vamos fazer o quê? — Anahí perguntou. — Compras. — Alfonso notou seus braços cruzados e a posição teimosa. Isto ia ser uma batalha. — Por quê? — Ela desafiou. — Anahí, nós temos que discutir sobre isto? Eu pensei que as mulheres amassem fazer compra ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • AlgúnDia_AyA❣ Postado em 01/05/2016 - 18:30:39

    Passei raiva massa amei o final <3333333

  • Nayara_Lima Postado em 26/04/2016 - 14:13:54

    Maravilhosa adooorei *----*

  • fersantos08 Postado em 24/04/2016 - 16:05:19

    Oiie Leitora nova, estou amando a sua fics. Por favor continuuuuuaaaa a postar. *--------*

  • Queen Ana Chávez Postado em 24/04/2016 - 11:49:38

    Termino essa web amanhã :)) Faltam só dois capitulos

  • hittenyy Postado em 23/04/2016 - 12:14:26

    vc ainda pergunta pq quero te matar essa vacalentina ,é uma vaca ,vadia,uma cachorra,faz um ex da anny aparecer pra ela nao sofrer ,e eu quero ver o poncho sofrendo pela anny,quero que ele peça perdao para anny de joelhos,e anny bem que podia ficar de greve neh,torcendo para vacalentina ,perder tudo que ela tem .cnt

  • Queen Ana Chávez Postado em 23/04/2016 - 09:10:21

    AlgúnDia_AyA&#10083; Na realidade era um livro de quase 200 páginas. Apenas não quis cortar os capítulos em partes. Mas é quase uma mini web :)))

  • Queen Ana Chávez Postado em 23/04/2016 - 09:08:59

    hittenyy oxe, kkkkkkkk quer me matar pq mulher? Tem confusão pela frente.

  • Nayara_Lima Postado em 23/04/2016 - 07:04:20

    Essa valentina arrrgh. E o poncho ? Que otario ;@ cooontinua

  • AlgúnDia_AyA❣ Postado em 23/04/2016 - 00:01:14

    Era uma mini web? :/ que penaaaa queria mais! Herrera VOCÊ ESTÁ BRINCANDO COM FOGO NO DIA ERRADO!!! SE EU PUDESSE ARRANCARIA TEU PAU E FODA-SE O RESTO!!!! coitada da Any :'( cont *--*

  • hittenyy Postado em 22/04/2016 - 21:47:58

    menina to querendo te matar herrera seu cachorro sem vergonha cafaste como vc brinca com os sentimentos assim da minha anyzinha hein tomara que ela encontre outro e depois vc ver o que perdeu cnt


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