Fanfics Brasil - Capítulo 6 Nada Pessoal - AyA - Adaptada

Fanfic: Nada Pessoal - AyA - Adaptada | Tema: Rebelde, AyA, RBD, Romance


Capítulo: Capítulo 6

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— Nós vamos fazer o quê? — Anahí perguntou.


— Compras. — Alfonso notou seus braços cruzados e a posição teimosa. Isto ia ser uma batalha.


— Por quê? — Ela desafiou.


— Anahí, nós temos que discutir sobre isto? Eu pensei que as mulheres amassem fazer compras. — Alfonso se debruçou contra a porta do seu quarto, completamente espantado com a relutância da sua esposa.


— Esta aqui não ama.


Ele quase riu de sua indignação, mas sua boca apertou firmemente e seus olhos se estreitaram em acusação.


— Por que não?


— Eu não estou precisando de nada. — Ela já tinha descartado a ideia e se enfiou no banheiro puxando seu cabelo naquele coque horrível de sempre.


— Então? — Ele continuou determinado a convencer.


— Então, por que fazer compras se eu não preciso de nada?


Nunca em sua vida ele teve que convencer uma mulher a gastar seu dinheiro. Anahí era de outro planeta?


Tempo para mudar de tática.


— Eu preciso comprar algumas coisas e gostaria que você fosse comigo.


Ela parou de mexer em seu cabelo e virou para ele. — Oh. Tudo bem, então.


Besteira, a última coisa no mundo que Alfonso queria fazer num sábado era compras. Mas depois de gastar a semana refletindo sobre a fofoca do escritório, sua irritação aumentou toda a vez que ele se lembrou.


Eles julgaram Anahí pela sua aparência e ele estava determinado a mostrar os quão errados estavam.


Então, ele decidiu que Anahí precisava de uma mudança. Não ela precisava mudar. Mas depois de ponderar sobre os comentários do pessoal, ele perguntou-se o quanto do que eles disseram eram uma reflexão de como ela se sentia sobre si mesma.


Ela se via como uma mulher sem atrativos? Ela se vestia daquele modo deliberadamente a fim de enterrar suas inseguranças?


Em algum lugar, debaixo daquele disfarce de solteirona, existia uma borboleta bonita, que Alfonso tinha toda a intenção de desembrulhar do casulo.


 


* * *


 


Isto não estava sendo as compras que Anahí imaginou. Eles acabaram na Saks da Quinta Avenida, no Departamento de Mulheres.


— Eu não sabia que você usava roupas femininas. — Ela o olhou com suspeita.


— Eu não sabia que você tinha senso de humor debaixo de todas essas roupas folgadas.


— Eu não uso roupa assim. — ela disse, ajustando os quadris de sua calça jeans solta e puxando a bainha de sua camisa abaixo dos quadris. — Eu gosto destas roupas.


— Sim, elas… uh… parecem confortáveis. Porém, agora que você é minha esposa eu apreciaria se você me deixasse comprar algumas coisas apropriadas para a Sra. Alfonso Herrera.


 


Ela não podia discutir com isto. A última coisa que ela queria era envergonhar Alfonso. Ela deixou que ele a arrastasse para uma boutique famosa. O lugar estava virtualmente vazio com exceção de duas vendedoras ávidas que prontamente voaram em cima de Alfonso, lançando olhares desaprovadores em direção a Anahí.


 


— Minha esposa precisa de um novo guarda-roupa. — Ele disse para as senhoras que se apresentaram como Margo e Marie.


— Obviamente. — Margo respondeu, olhando de nariz empinado.


 


Estas mulheres viviam de comissões?


Margo estava perto dos quarenta, seu loiro cabelo varrido em cima em uma torção elegante. Marie era uma versão menor de Margo, com mechas loiras e um corpo que podia facilmente sair nos pôster de revistas masculinas.


— O que você gostaria de ver? — Margo pediu a Alfonso, aparentemente já agarrando uma pista sobre que segurou o cartão de crédito.


— Tudo. Comece com o básico. Negócios, casuais e sociais, junto com acessórios.


 


Ambos os olhos das mulheres iluminaram como luzes de Natal. Elas pegaram cada uma em um dos cotovelos de Anahí e a guiaram em direção do provador. Ela virou sua cabeça e olhou para Alfonso. Ele sorriu e levantou o controle para a televisão na área de espera. Já esquecido dela.


Num instante as mulheres a avaliaram. Ela se sentiu como um item de leilão. Margo falava e Marie tomava notas.


 


— Cinquenta e dois, trinta e quatro de busto, vinte e quatro de cintura, trinta e cinco de quadris. Definitivamente um tamanho pequeno e delicado.


 


Pequena? Delicada? Sobre quem elas estavam conversando? Seguramente não ela. Ruim o suficiente para estar de pé lá em nada além de sua calcinha e sutiã, sendo analisada. Por que no mundo ela concordou com isto?


 


— A primeira coisa que tem que ir é as roupas íntimas de algodão repugnante.


 


O quê? Isto não era um desfile de roupa íntima e ela estava despida ao máximo que elas iriam conseguir. Ela as deixou cutucarem e a medirem, mas ela estava permanecendo firme em suas calcinhas. A roupa íntima ficava onde estava.


Mas ela menosprezou seu poder de persuasão. Em um piscar de olhos a deixaram em sedas e rendas pretas. Era um sutiã, isto é, para olhos de Anahí. Passava na cintura e amarrava em cima.


 


— É muito pequeno. — Ela olhou no espelho e experimentou o pequeno acima de seus quadris. A coisa agarrou tão apertado que ela não podia respirar. Ela preferia sua roupa íntima e suas roupas ajustavam mais livremente.


— Ele abraça seu corpo perfeitamente. Espere até que seu marido veja você nisto.


Não em um milhão de anos.


Então, trouxeram roupas para ela experimentar e mais lingerie escandalosa. Tudo era muito pequeno. Anahí discutiu com ambas as mulheres por mais de dez minutos, firmemente recusando a colocar um pedaço único de roupa que não era seu tamanho habitual.


A carranca de Margo fixou nela. — Você é um tamanho menor, Sra. Herrera, não três tamanhos maiores.


— Este é o tamanho que eu normalmente compro e ele serve.


— Claro que ele serve. Se tivessem duas de você dentro.


Ela queimou com a necessidade de esticar sua língua para Margo, mas ela socou abaixo o desejo infantil e ergueu seu queixo. — Eu não estou usando nenhuma destas roupas. É um desperdício do meu tempo e do seu. Elas não ajustarão.


— Nós veremos isso. — Margo respondeu antes de espernear para fora. Marie permaneceu no provador, seus braços cruzados na frente de seu tórax e um satisfeito olhar em seu rosto perfeito.


Anahí suspirou. Margo iria conseguir os tamanhos corretos para ela. Seu suspiro virou para uma careta quando ela voltou com Alfonso a reboque.


Não existia nenhum lugar para correr e absolutamente nenhum lugar para se esconder. Ela não tinha nem suas próprias roupas porque aquelas vendedoras malignas esconderam. As mulheres sorriram e a deixaram com Alfonso.


A sós com seu marido e lá ela estava em nada além de um pedaço de renda preto.


Alfonso estava lá, boquiaberto, e a olhou da cabeça até o dedão do pé. Seus olhos queimando enquanto passeavam por seus peitos, quadris e pernas.


Com nada para se cobrir, ela não tinha como se esconder, exceto suas próprias mãos. Isto era o pior momento que já aconteceu com ela.


 


— Uau. — Ele disse rouco, seus olhos quentes em cima dela.


Pronta para entrar em combustão agonizante, Anahí não podia fazer nada além de permanecer sendo inspecionada por seus olhos intensos.


Alfonso limpou sua garganta. — Margo disse que você estava discordando sobre tamanhos.


Disposta a desaparecer, ela suspirou. — Não existe nenhuma discordância. Eu sei qual tamanho uso.


Uma mão feminina deslizou pela porta e deu a Alfonso um vestido. Ele pegou e andou em direção a ela.


 


— Por que você não experimenta este? — Ele deu a Anahí o vestido preto que ela já disse às mulheres que não serviria.


Ela agarrou e segurou na frente dela, agradecida que pelo menos tinha algo a protegendo. — Está no tamanho errado.


— Eu lidarei com você. Vista. Se ele servir, você vai experimentar o resto das roupas. Se ele não ajustar, eu vou devolver a Margo e pedir para trazer o tamanho que você quer.


Agora sim ele estava fazendo sentido. Ela movimentou a cabeça e esperou por ele sair. Ele ficou.


 


— Eu disse que experimentaria. — ela disse.


— Faça isto agora.


 


Com um suspiro frustrado, ela entrou no vestido, virando suas costas assim ele podia fechar o fecho.


Ele deslizou o zíper para cima em um movimento e Anahí se virou para olhar no espelho.


Deus querido. Isso era seu corpo? O vestido ajustava como uma segunda pele, abraçando suas curvas. Era feito de seda e suave casimira. Com mangas longas e justas. E em vez de ir até o meio da canela, como suas roupas habituais, parava no meio de sua coxa, deixando suas pernas longas e esbeltas em vez de curtas.


— Uau. — Alfonso comentou.


Ele permaneceu atrás dela e a avaliou de seu rosto até seus pés.


— Uau. — ele disse novamente.


Ele parecia sem palavras. Admitidamente, ela se via do mesmo modo pelo espelho. Ela nunca imaginou na vida que alguém diria uau para seu reflexo.


Seus olhos se encontraram e se fixaram. O provador de repente pareceu encolher.


— O vestido serve Anahí. Perfeitamente.


Ela não podia acreditar, não acreditaria que era realmente ela no espelho.


— Olhe como ele abraça seus ombros e braços, encaixa na cintura e desliza em seus quadris. — Ele arrastou sua mão por seus braços, circulando sua cintura brevemente antes de acariciar seus quadris e prolongar seu toque lá.


Ela respirou tentando controlar a resposta do seu corpo para seu toque. Suas mãos cravaram em seus quadris, a puxando sutilmente contra a frente dele. Seu alvo conectando com seus quadris e ela chupou em uma respiração surpreendida no chiar do contato.


Ela assistiu os dois pelo espelho, sua enorme mão apertando e amassando a carne em seus quadris. Ela soube que ele podia sentir suas inalações rápidas contra seu tórax, mas pela sua vida ela não podia regular sua respiração. Não quando ele a tocava assim.


— Este vestido favorece seu corpo, — ele murmurou. Sua respiração morna arrepiando contra seu pescoço. — Você está linda.


Ele a tinha e ele sabia. Então, ela concordou.


— Eu... Eu acho que o tamanho é esse mesmo, afinal. Você pode falar com Margo que eu experimentarei o resto.


Ele não a deixou sozinha ainda, parecendo apreciar o momento. A evidência do quanto, quando ele a apertou duro.


Sua mão desceu mais abaixo. Ela inalou e segurou sua respiração, suspendendo o tempo, não querendo que este momento acabasse nunca. Nenhum homem a olhou do modo que Alfonso fazia, com calor puro, sem falsidade em seu olhar. Se ela fosse experiente, saberia o que fazer sobre isto. Mas desde que ela não era, tudo o que podia fazer era olhar fixamente de volta para ele, desejando que ela fosse uma pessoa diferente, mais mundana, então poderia cumprir a promessa em seus olhos.


As pernas de Anahí cambalearam. Alfonso podia sentir seu tremor?


Com um suspiro, ele andou para trás e saiu do quarto, dissolvendo o feitiço. E então, ela pode respirar novamente. Maldição, mas o homem fazia coisas estranhas para ela. Ela pulsava como se tivesse corrido uma maratona e tudo que ele fez foi olhar para ela.


O que aconteceria quando eles fizessem amor?


Ela não estava certa que sobreviveria a experiência.


As vendedoras masoquistas retornaram e a sujeitaram a tortura novamente. Dos ternos de trabalho para vestidos de eventos casuais e sociais, ela estava certa que experimentou todas as peças do terceiro andar. Todas no tamanho que Margo escolheu. E de estilistas que ela só leria sobre eles em revistas de moda.


Então, ela foi obrigada a desfilar na frente de Alfonso, assim ele podia ver cada modelo. Ela podia dizer quando ele gostava porque seus olhos iluminavam e queimavam como chamas, totalmente familiares para ela já. O homem tinha bom gosto. Todos que ela amou, ele amou. Aquelas que ela ficou indecisa no pensamento de vestir não trouxe nenhuma faísca em seus olhos.


Quando ela achou que tinha acabado o desfile, as mulheres trouxeram os acessórios. Lingerie em todos os estilos e tecidos, cores e padrões múltiplos. Sutiãs, calcinha, ligas, meias-calças, bustiês, chemises, corpetes e camisolas. Anahí teve que escolher aqueles que ela gostou enquanto não conseguia pensar sobre qualquer coisa exceto o fato que seu marido a veria neles.


Quando eles mudaram para sapatos e bolsas, tentando conjuntos diferentes para combinar com modelos diferentes, ela estava pronta para gritar de esgotamento.


Quando a provação terminou, Anahí foi vestir suas roupas antigas.


— O Sr. Herrera nos pediu para dizer que você deve vestir estes. — Margo disse. E estendeu não suas roupas velhas, mas a pequena saia preta justa e blusa de seda branca com lingerie combinando. Claro que com os sapatos juntos.


Agora o que? Claramente, Alfonso a levou nesta expedição para comprar roupas novas. Ela o decepcionaria aparecendo em sua roupa velha e larga. Afinal, veio junto e pacientemente esperou enquanto ela experimentou todas as roupas.


Com um último olhar de desejo para suas velhas roupas confortáveis, ela escolheu o modelo novo, recebendo uma erupção de elogios de Margo.


Ela saiu do provador para encontrar Alfonso no caixa com Margo.


— Os quero entregues hoje à noite. — Ele instruiu enquanto assinava as vendas.


— Absolutamente. — Margo respondeu, não sendo capaz de afastar o sorriso do seu rosto irritantemente perfeito.


Quando eles foram embora, Anahí agarrou o braço de Alfonso. — Quanto daquilo você comprou?


— Só alguns.


 


Com certeza, as roupas eram maravilhosas. E não eram confortáveis como suas roupas normalmente eram e ela se sentiu um pouco escandalosa vestindo a pequena saia justa. Mas ela também se sentiu bem. Muito bem. Assim, com muito estilo.


Ainda, ela agradecia que a provação estava terminada.


Eles almoçaram no bistrô da loja e Anahí não percebeu o quão faminta estava até que o garçom colocou sua salada de camarão na frente dela. Comprar abria o apetite. E causava esgotamento ao extremo. Ela estaria contente quando fosse para casa.


Mas Alfonso tinha outra surpresa para ela. Depois do almoço eles desceram. Em vez de deixarem a loja, ele a levou ao salão de beleza.


Isto não estava acontecendo.


Eles foram recebidos pelo dono do salão, um homem alto, magro, muito entusiasmado chamado John, que aparentemente os esperava.


 


— Você deve ser Anahí. — John disse, pegando seu braço e a levando ao salão principal. Ele analisou seu cabelo puxado no coque, então virou para Alfonso. — Isto pode demorar várias horas.


— Tudo bem. — Alfonso disse e deu a John seu cartão. — Chame no celular quando você acabar.


 


Antes de ela abrir a boca, Alfonso partiu e John a levou para a sua cadeira, tagarelando em como eles deveriam fazer algo com seu ninho de cabelo.


Eles discutiram penteados e ela resistiu. Eles conversaram sobre mechas, e ela empacou. Mas John era inexorável e Anahí estava cansada. Sinceramente, suas sugestões tinham algum mérito. Ela precisava de um corte de cabelo fazia algum tempo, mas adiou, pois achava algo tão frívolo. Quem iria ver seu cabelo, de qualquer maneira? E quem se importaria? Mas agora que John a tinha prisioneira em seu salão, talvez algo novo não fosse uma ideia ruim.


Pelas próximas duas horas ela suportou coloração, corte, shampoo, secador e escova. Ela foi sujeita a toda forma de tortura cruel que John e sua tripulação podiam pensar. As mulheres achavam isto fascinante?


Mas quando ele terminou e virou o espelho para ela, sua boca abriu em choque.


Quem era aquela mulher olhando fixamente de volta no espelho? Seguramente, não ela.


John cortou seu longo cabelo no comprimento do ombro. Ele deu franjas que escovavam em suas sobrancelhas, que eram duas agora em vez de uma. Não interessa que era devido à cera e em vez de sua cor marrom enfadonha, ele adicionou um tom sutil que destacava seu cabelo contra a luz. Ele disse a ela que só tomaria alguns minutos para arrumar seu cabelo todo dia. Ele também a advertiu que se continuasse a torcer seu cabelo para cima em um coque pouco apresentável, provavelmente estaria calva aos trinta e cinco anos.


Anahí lançou a John um olhar duvidoso, mas ele devolveu o olhar fixamente e eficazmente. Certo, então tá. Não mais coque. Ela não o tinha mais longo o suficiente para puxar acima de qualquer maneira.


Estava espantada com o que um pouco de maquiagem podia fazer para ela. Vanessa, a menina da maquiagem, disse que seu rosto tinha uma beleza natural, que Anahí imaginou que era seu modo de conseguir um grande cliente. Vanessa mostrou como se aplicar uma quantia pequena de sombra no olho, rímel e uma sugestão de blush para destacar a cor cremosa em sua aparência.


Anahí teve que admitir, a menina fez maravilhas. Ela não pareceu vulgar ou sexy demais, apenas natural. E, quase atraente. Tipo isso. Entretanto, novamente ela estava em um salão de beleza, onde eles podiam fazer até a mulher mais rústica parecer passável.


Anahí esperou por Alfonso na recepção. Quando ele retornou, ele caminhou direto, passando por ela para o corredor. Talvez ela tenha se escondido demais no canto e ele não a notou. Ela assistiu quando ele pagou a John e então a procurou.


— Onde está minha esposa? — Ele pediu a John.


Como se ela fosse um fantasma, John varreu sua mão na frente de Alfonso. — Bem na sua frente.


 


Alfonso girou e seus olhos arregalaram. Anahí permaneceu onde estava quando ele a abordou, se sentindo de repente nervosa.


Ele não disse nada, só virou sua cabeça de lado e olhou para ela. Anahí sentiu seu rosto quente debaixo de seu escrutínio.


Alfonso não gostou do modo que ela parecia, era óbvio. Suas sobrancelhas vincaram como se ele estivesse tentando compreender um quebra-cabeça complicado.


 


— Você está atordoante. — ele disse, seus olhos piscaram com prazer.


Tentando não sorrir, nem cair em lágrimas. Anahí respondeu. — Obrigada.


Ele alcançou seu rosto e arrancou seus óculos fora antes dela poder articular um protesto.


— Você realmente precisa disto para enxergar?


Ela tentou não encontrar seus olhos enquanto olhava as paredes do salão. — Algo como isso.


— O que isso quer dizer?


— Eu preciso deles, mas só para leitura.


— Então, por que você os usa o tempo todo?


— Eu não sei. Para não perder eles?


Alfonso agitou sua cabeça e dobrou seus óculos, guardando em sua bolsa. — Você não vai precisar deles para caminhar comigo. Vamos.


 


Ele agarrou sua mão e eles caminharam em silencio para fora da loja. Anahí roubou olhares ao perfil de Alfonso. Suas sobrancelhas juntaram naquele modo familiar. Ele estava aborrecido?


E agora o que? Ele não gostou do modo que ela ficou, era isto.


Esta maratona da beleza não tinha sido sua ideia de qualquer maneira. Ela estava muito contente do jeito que era antes. Suas roupas, seu cabelo, tudo. Ela não quis mudar qualquer coisa, ele quis.


Ela mordeu a parte inferior de seu lábio enquanto pensava por que ele estaria aborrecido. Talvez fosse decepção. Talvez ele achasse que ela se transformaria em uma deusa delirante, só para ver que ela não parecia diferente de antes. Oh, ele foi legal dizendo que estava atordoante, mas ele estava provavelmente sendo mais cortês que honrado.


Ele saiu apenas para se aborrecer hoje, só para descobrir que ela não era mutável.


Lembrou-se da velha declaração de sua mãe, Você não pode fazer uma bolsa de seda de uma cesta de sementes. Anahí realmente não gostava da ideia de cestas e sementes, mas ela certamente não era nenhuma bolsa de seda.


Eles chegaram a casa no final da tarde e Alfonso foi direto ao escritório e fechou a porta. Anahí teve que suportar o pessoal da casa com seus elogios sobre o quão adorável ela parecia, sabendo que eles estavam simplesmente sendo agradáveis. Ela agradeceu, então escapou para a segurança de seu quarto, para estar só.


Por um longo tempo ela ficou na frente do espelho analisando suas roupas novas e sua aparência. Ela meneou sua cabeça e foi embora.


Algumas coisas eram melhores continuarem inalteradas.


 


* * *


 


Alfonso tentou pela décima quinta vez ler a mais nova proposta para as melhorias e expansão no hotel, mas ele não podia se concentrar nos negócios.


Ao invés, sua mente vagou para a incrivelmente morena bonita com quem ele casou. Seu cabelo brilhante e seus olhos azuis que faiscavam como diamantes. Aquelas pernas bem torneadas o arreliaram, espiando por debaixo da pequena saia que ela vestiu da loja para casa.


Ele esfregou suas mãos em seu cabelo e apertou a testa. O que ele fez?


Quando ele a viu no salão, ele sentiu uma pressão imediata de calor que quase o bateu abaixo. A transformação tinha sido incrível. Tudo o que ele realmente quis fazer era dar a ela uma elevada na autoestima, fazer ela se sentir melhor sobre ela mesma e acabar com as fofocas no escritório que a insultaram.


Ao invés, ele virou Frankenstein e criou um monstro. Um monstro delicado, magnífico que o ameaçava tornar em maníaco por sexo delirante, no meio do salão de beleza.


Era demais. Primeiro, tentando ter uma conversa normal no provador enquanto ela vestia aquela roupa íntima de renda preta, quente e sensual o tiveram duro e em agonia imediatamente. Então, aquele vestido que ela experimentou moldando todas as suas curvas, que ele quis desnudar e transar ali mesmo.


No momento que seu olhar a encontrou no salão, ele a quis puxar contra ele e arrastar seus dedos por seu lindo cabelo, enrolar em suas mãos e puxar sua boca contra a dele. Ele lutou furiosamente contra o desejo de fazer exatamente assim.


Saquear seus lábios carnudos com beijos e serpentear sua língua quente por seu corpo, descendo por aquelas pernas deliciosas até…


Até o que? Obviamente, ele não podia ter feito nada daquelas coisas em público. Mas ele quis. Deus, como ele quis.


Bem, agora ele fez isto. Ele deixou sua esposa desejável. Muito mais do que ela já era. Pelo menos antes era mais sutil. Agora, ela foi direta para o topo. E ele teria que esperar dois meses para poder fazer amor com ela.


Ele se remexeu desconfortável em sua cadeira. Ele estava duro e doendo, usando todo o controle que possuía para não levantar e ir até ela, pondo fim a esta espera ridícula. Seu corpo pulsava com a necessidade de saltar em cima dela, penetrar em seu calor úmido e sentir o prazer agonizante do seu lançamento.


Ele levantou sua cabeça, de repente chocado para onde seus pensamentos foram.


Ele precisava engravida-la logo. Era isto. Não porque ele a desejava. Ele não tinha aqueles tipos de necessidades. Era apenas uma coisa física somente. E um acordo de negócios. Nada mais.


Mas ele quase deixou se tornar algo pessoal. E se envolver com Anahí, ou com qualquer mulher, no que diz respeito a esse assunto, ia completamente contra seus padrões. De nenhum modo ele se apaixonava. Nunca.


Ele foi uma testemunha pessoal do sofrimento causado por algo denominado amor e não queria nenhuma parte disto.


Então, algo teria que mudar. Alfonso teria que convencer Anahí para fazer sexo com ele mais cedo. Ele precisava dela grávida, assim ele podia deixa-la só, pararia de pensar sobre ela, de querê-la.


Era simples, realmente. Alfonso era um perito em conseguir mulheres na cama. E Anahí era uma mulher, como qualquer outra. Tudo o que ele teria que fazer era bolar um plano em movimento e seria questão de tempo até ela saltar na cama com ele, satisfazendo assim ambos seus desejos físicos e suas necessidades de negócios.


Sedução. Alfonso bateu seus lápis contra a escrivaninha e formulou um plano, sorrindo quando veio com ele.


Num instante ele teria Anahí em sua cama e então rapidamente depois disso ela estaria fora de seus pensamentos.



Seu plano estava para começar.


 


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Autor(a): DuaneStories

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • AlgúnDia_AyA❣ Postado em 01/05/2016 - 18:30:39

    Passei raiva massa amei o final <3333333

  • Nayara_Lima Postado em 26/04/2016 - 14:13:54

    Maravilhosa adooorei *----*

  • fersantos08 Postado em 24/04/2016 - 16:05:19

    Oiie Leitora nova, estou amando a sua fics. Por favor continuuuuuaaaa a postar. *--------*

  • Queen Ana Chávez Postado em 24/04/2016 - 11:49:38

    Termino essa web amanhã :)) Faltam só dois capitulos

  • hittenyy Postado em 23/04/2016 - 12:14:26

    vc ainda pergunta pq quero te matar essa vacalentina ,é uma vaca ,vadia,uma cachorra,faz um ex da anny aparecer pra ela nao sofrer ,e eu quero ver o poncho sofrendo pela anny,quero que ele peça perdao para anny de joelhos,e anny bem que podia ficar de greve neh,torcendo para vacalentina ,perder tudo que ela tem .cnt

  • Queen Ana Chávez Postado em 23/04/2016 - 09:10:21

    AlgúnDia_AyA&#10083; Na realidade era um livro de quase 200 páginas. Apenas não quis cortar os capítulos em partes. Mas é quase uma mini web :)))

  • Queen Ana Chávez Postado em 23/04/2016 - 09:08:59

    hittenyy oxe, kkkkkkkk quer me matar pq mulher? Tem confusão pela frente.

  • Nayara_Lima Postado em 23/04/2016 - 07:04:20

    Essa valentina arrrgh. E o poncho ? Que otario ;@ cooontinua

  • AlgúnDia_AyA❣ Postado em 23/04/2016 - 00:01:14

    Era uma mini web? :/ que penaaaa queria mais! Herrera VOCÊ ESTÁ BRINCANDO COM FOGO NO DIA ERRADO!!! SE EU PUDESSE ARRANCARIA TEU PAU E FODA-SE O RESTO!!!! coitada da Any :'( cont *--*

  • hittenyy Postado em 22/04/2016 - 21:47:58

    menina to querendo te matar herrera seu cachorro sem vergonha cafaste como vc brinca com os sentimentos assim da minha anyzinha hein tomara que ela encontre outro e depois vc ver o que perdeu cnt


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