Fanfic: Aprendendo a Amar - Vondy. | Tema: Vondy

Pov's Maite.
Havia notado que Ucker e Dul estavam estranhos um com o outro desde quando chegaram. Principalmente Dulce, estava tão seca com Christopher, sempre que tinha a oportunidade o provocava.

Tínhamos pedido duas pizzas e haviam acabado de chegar, fui à procura de Dul e Ucker que não estavam na sala, mas essa escuridão não ajudava em nada, nem a lanterna que estava em minhas mãos.

Christian morava na casa dos pais que haviam se mudado a dois anos atrás para a Espanha. Por isso a casa tão grande, apenas para ele. Já havia procurado em três quartos e nem sinal daqueles dois. Ouvi vozes vindas do quarto e pude perceber que estavam discutindo, só não sabia o porquê e também não quis ficar ali ouvindo parada. Seria muita intromissão minha.

Os chamei e as vozes cessaram.

- as pizzas chegaram, desçam logo que Christian já está querendo atacar - eu estava mais do que sem graça de chegar na hora errada.

Dulce: já terminamos aqui! - saiu feito um furacão pela porta.

- que simpática, não? - brinquei, Ucker riu - tudo bem?

Ucker: tudo, apenas Dulce que como sempre se incomoda com tudo e quer dar uma de heroína. - sorriu sem vontade - mas, vamos descer que estou morrendo de fome. - mudando de assunto e me fazendo cócegas.

Passaram-se algumas horas e nada de a luz voltar. Annie, Poncho e Dulce já estavam indo. Ucker perguntou se eu não queria uma carona, Christian se meteu e pediu para eu ficar. Poncho ia dar chilique. Nunca teve ciúmes de mim com Christian, mas ultimamente vinha fazendo ceninha, então Anahí tratou logo de acalmá-lo. Decidi ficar. Depois de alguns minutos, Ucker também se foi.

Minha amizade com Christian era tão descontraída que não havia timidez entre a gente, ficar desconcertados, ou esse tipo de coisa. Era tudo muito natural. Eu cuidava dele e ele de mim.

Há umas semanas atrás eu estava estudando pela madrugada - sim, eu tinha esse hábito - tocaram a campainha da casa dos meus pais - é, ainda moro com eles - e eu fui atender, os empregados já não estavam.

Era Christian, e estava caindo de bêbado. Tratei logo de levá-lo para o meu quarto. Por sorte meus pais não ouviram. Íamos levar uma tremenda de uma bronca.

Apesar de meus pais adorarem meus amigos, principalmente o sem noção do Fercho, não pegaria bem ele em meu quarto. Tranquei a porta e não falei nada. Dava para ver que nem disso ele dava conta, por isso nem perdi meu tempo.

O levei para o meu banheiro e lhe dei um banho com roupa mesmo. Ele reclamou, então aproveitei a deixa para lhe dar uma bronca, assim se calaria.

Ainda não entendia como ele havia ido parar ali já que, mal conseguia ficar em pé. Isso só podia ser coisa do Ucker, o inseparável amigo de noitadas. Com certeza Christian bebeu além da conta e Ucker não quis ter trabalho, então mandou para a trouxa aqui.
Faria o mesmo por qualquer um dos cinco, mas Christian era mais criança do que os quatro juntos. Desci e preparei um café bem forte, peguei umas roupas de Poncho que ficaram em casa e lhe dei para vestir, obvio que ficaram pequenas. Logo o mesmo caiu no sono e só pode ir embora depois que meus pais foram trabalhar.

Essa foi por pouco...

Mas, voltando ao exato momento, eu e Fercho estávamos jogados no sofá, eu ria porque ele contava umas piadas sem graça, mas de tão sem graça que se tornavam engraçadas, então a luz voltou.

- que azarado, Fercho - eu o zuava - depois que todos vão embora a energia volta.

Christian: todos não gata, você ainda está aqui, e o principal também, o aniversariante - se gabou.

- sinto muito, gato - o imitei - mas já passam da meia noite, portanto, não é mais seu aniversário. Rá! - ele fez cara de triste e eu ri - seu bobo - apertei suas bochechas.

Christian: então vem - subi em suas costas e ele saiu correndo comigo para a cozinha. - que tal, brigadeiro de panela?

- Oba! - umideci os labios, com a ideia. - Ei, espera, mas você não gosta.

Christian: sim, mas já que a senhorita ama eu me rendo a você... Então você faz - me colocou no chão e em seguida se sentou. E eu fiquei olhando o cúmulo do abuso.

Já estávamos apenas raspando a panela quando, ele sujou a ponta do meu nariz, tentei sujar o seu, mas ele se virou e pegou na sua bochecha.

Christian: então quer guerra, dona Perroni? - levantou e eu saí correndo pela cozinha tentando desviar.

- chega Christian! - disse ofegante – parou. - me encostei-me à bancada.

Christian: só termina quando eu te sujar. - lambuzou meu rosto de brigadeiro, eu fiquei toda grudenta, tentei abraça-lo para sujá-lo também.

Tive que ficar na ponta dos pés, para alcançá-lo. Meu rosto se aproximou do dele e nos beijamos. Envolvi meus braços em seu pescoço. O beijo era doce, devia ser devido ao brigadeiro, mas gostoso e calmo. Nos separamos quando o ar faltou com alguns selinhos, mas logo recomeçamos. E bom, beijo vai, beijo vem... o clima esquentou e acabamos "ficando juntos".