Fanfic: Aprendendo a Amar - Vondy. | Tema: Vondy

Dulce ainda se debatia no chão, chorava bastante. Nunca antes o medo lhe rondou tão perto. Não tinha escapatória, estava presa em um pesadelo que criou para si mesma...

Hugo havia conseguido tirar quase por completo seu vestido. O outro ainda tentava lhe beijar, seu rosto estava molhado não sabia dizer se eram as lágrimas somente, ou baba daquele homem nojento.

Christopher viu a cena abismado, pegou uma garrafa de vidro que estava ao lado da porta no chão e foi rumo aos homens.
Quebrou-a no homem que tirava o vestido de Dulce, que caiu desacordado em cima da mesma.
Em seguida partiu para cima do outro e lhe deu socos. O homem também reagia e por duas vezes conseguiu alcançar o canto da boca de Christopher, porém de mal pegou pelo fato de ser menor.
Dulce não conseguia levantar com aquele peso sobre si. Ainda chorava, estava muito assustada.

Christopher brigava ainda com o homem, que se encontrava em desvantagem de tão bêbado. Quando percebeu que estava a ponto de cair desacordado o largou ao chão, e foi em direção à Dulce.
Arredou com os pés o homem desacordado em cima dela, e a carregou em seus braços que agarrou firme ao seu pescoço ainda soluçando.

Dulce: Chris, me tira daqui. Me tira daqui, Chris! - falava em um sussurro.

Ucker: vai ficar tudo bem, Dul. - sussurrava de volta, enquanto iam rumo ao carro de Christopher.

Teriam de sair logo dali, antes que notassem os homens desacordados.

Colocou Dulce no banco do passageiro e entrou.

Dulce: eu não queria, não queria - Christopher a olhava sem entender muito bem. - sou uma idiota Christopher. Se você não chegasse... - pausou, e as lágrimas voltaram a escorrer por seu rosto.

Ucker: Por que está dizendo isso?

Dulce: ninguém me obrigou ir até lá, mas me arrependi e tentei voltar.

Ucker: tem noção da besteira que fez Dulce María - Aumentou o tom de voz, Dulce apenas encolheu-se mais no banco - você... Você... - interrompeu-se - e se não houvesse ninguém lá para lhe ajudar? Uma inconsequente, é isso que você é. - caiu em si. Respirou fundo e passou a mão no rosto.

O sinal fechou e o carro parou.

Ucker: perdão, - passou a mão no rosto novamente - esse é o momento menos indicado para te dar uma bronca. - já em seu tom normal. - É que... Só de pensar que, poderiam ter te feito algum mal, o sangue já ferve. - a abraçou, buzinas foram ouvidas, indicando então que o sinal fora aberto.

Dulce: não me leva pra casa - ao ver que iam rumo ao apartamento. Christopher a olhou confuso. - não quero que Anahí me veja nesse estado - explicou, e sorriu sem vontade.

Ucker: ok, algum lugar específico? - a olhou. E ela balançou a cabeça negativamente. - ótimo, eu sei de um.

Dulce nada falou, apenas assentiu e deixou-se confortar no banco.

Minutos depois...

Dulce: uma Praia, Christopher? - sorriu sem acreditar em tamanho absurdo.

Ucker: ué, cada um tem um lugar ... - saindo do carro. – vem... - a puxando.

Dulce: não Chris, vou ficar suja. Anahí me mata se eu inundar a casa de areia.

Ucker: depois damos um jeito na Barbie, mas por enquanto isso serve - Dulce subiu em suas costas, e ele agarrou em suas pernas, para não deixá-la cair.

...

Pov's Christopher.

Sempre que me sentia mal, vinha a essa praia. Era diferente das demais. Não importava o horário, o dia... era calma. Poucas pessoas frequentavam. Era como fosse apenas para mim, o som do mar me acalmava. Dava-me paz e tranquilidade. Nunca havia trago alguém aqui. Como se fosse um lugar apenas para mim e o mar...
E Dulce estava precisando dessa tranquilidade no momento, por isso não pensei duas vezes antes de trazê-la.

Estávamos jogados na areia, disse a Dulce que depois me entendia com Anahí e seu jeito mandão. Apenas observávamos o céu e não dizíamos uma palavra sequer.

Até que... Decidi falar.

- Nunca falei a ninguém sobre esse lugar... É um lugar especial para mim.

Dulce: hm, quer dizer que tenho um segredo do senhor Uckermann em minhas mãos? - virou-se de frente para mim, arqueando a sobrancelha.

- na verdade, não. Senhor Uckermann, é meu pai. - recebi um tapa no braço como resposta. - Ai, Dul, mãos de anãos tem força, sabia? - a provoquei, e ela fez bico. - É um lugar que costumo vir quando estou sem rumo, tento me encontrar aqui.

Dulce: não fazia ideia, então acho que sou uma privilegiada de saber seu obscuro segredo - brincou.

- devia ter vendado seus olhos no caminho - brinquei - vai me pedir chocolate também?

Dulce: ham? Ah, Christian! - entendeu - é um verdadeiro linguarudo. - ri, o que não deixava de ser verdade. - mas não sei, sabe de uma coisa? - trocou de assunto - Já me sinto melhor, sabe, tão leve - falou fechando os olhos.

- eu disse, esse lugar é especial - apertei a ponta de seu nariz.

Dulce: sinto muito bebê, perdeu seu lugar único. Agora terá que dividir comigo, ou, eu conto seu segredo.

- Que golpe baixo - sorri.

Gostava da companhia de Dulce, sempre nos demos muito bem. Quando éramos adolescentes surgiram boatos de que Dulce era apaixonada por mim, certa vez, ela me chamou enquanto saiamos da casa de May e Poncho.

Flashback On:

Estávamos saindo da casa de Maite e Poncho. Costumávamos nos reunir toda quarta-feira a tarde, para ver filmes e comer bobagens.

Dulce: Chris, quero falar com você - já corando.

- Já está falando, pequena. - fazia para provocar.

Dulce: não Christopher! - já se aborrecendo, estava nervosa, eu via na forma em que entrelaçava os dedos. - você entendeu, não é nem um burro, ou melhor, é.

Nossa que gênio.

- ei calma baixinha, estou apenas brincando - ela me olhou sem graça.

Dulce: eu sei, desculpa Chris, é que estou um pouco nervosa - coçando a cabeça.

Temia pelo que viria, já havia ouvido uns boatos que Dulce gostava de mim, mas preferi não acreditar.

Dulce: olha, Christopher... - respirou fundo - vou ser direta. - respirou fundo novamente - eu... euachoqueestougostandodevocê... - falou rápido.

- quê? - me fiz de desentendido, ainda não queria acreditar.

Dulce: estou gostando de você. - disse ficando vermelha - Eu sei que, pode ser confusão minha, mas... eu precisava te falar ou ia sufocar.

Não sabia o que dizer, tinha medo, talvez ali fosse o fim da nossa amizade, mas não poderia enganá-la. nem a tratar como todas a que ficava, afinal era Dulce, minha pequena. Não sentia o mesmo .

Dulce: fala alguma coisa - pediu suplicante - esse silêncio está me matando.

- eu gosto de você, Dulce - vi um sorriso surgindo - mas não dessa forma. - o sorriso que queria surgir se apagou. - isso é apenas confusão sua, vai ver. Qual é, Dul. Sou eu, Christopher Uckermann, o idiota mulherengo - tentei brincar, precisava quebrar o clima tenso.

- é tem razão, deve ser confusão - sorriu fraco e voltamos a nossa caminhada.

Flashback Off.

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                                                       Besos de Chocolate ♥