Fanfic: Aprendendo a Amar - Vondy. | Tema: Vondy

Pov`s Dulce.

Eu já não aguentava ficar ali, que infantilidade de Christian e Christopher. Como conseguiam ser tão idiotas? Ainda por cima Poncho dava corda. Homens não prestam mesmo!

Cheguei ao meu limite, então saí da sala. Precisava ficar sozinha. Subi as escadas com a lanterna na mão.

Ao chegar ao último degrau, senti minha cabeça girar e o meu corpo amolecer. Se não tivesse alguém atrás de mim, teria caído com toda a certeza. Foi aí que percebi que, alguém havia me segurado. Da feita que, senti que o mal estar havia passado virei e reconheci o rosto. Era Ucker.

- o que faz aqui? Por acaso anda me seguindo? - disse áspera.

Ucker: percebi que você não estava bem, então vim ver se precisava de algo. - ainda me segurando.

- estou ótima, agora me larga - já saindo de seus braços.

Entrei no primeiro quarto que avistei. Era o de Christian, entrei em seu banheiro, me abaixei perto da pia e lavei meu rosto, na esperança de melhorar minha fraqueza. Poderia ser apenas cansaço. Saí, e vi Christopher sentado na cômoda e ao que parecia, estava me esperando.

- ai, não. Eu mereço - esfregando o rosto - dessa vez o quê?

Ucker: sente-se melhor? - se aproximando.

- sim - menti.

Ucker: ótimo, agora podemos conversar. - pensei em fingir um desmaio, mas não sei se ia adiantar.

- outra hora Ucker, os outros estão nos esperando e ...

Ucker: estão mais preocupados com a pizza que pediram, do que com a gente. - me puxando pela mão e me sentando ao seu lado na cama.

Era muito estranho estar num quarto escuro, em cima de uma cama com ele. Eu sei que não é nada demais, mas  sentia-me muito desconfortável.

Ucker: por que tem me evitado, Dul? - foi direto.

- eu... eu não, deve ser impressão sua. - gaguejei, que droga!

Ucker: não sou bobo, Dulce.

Não claro que não, bobo era pouco.

Ucker: pensei que estava tudo bem entre nós - prosseguiu - tínhamos conversado e combinado de esquecer aquele incidente. Daí você vem a semanas me evitando. Se vou atrás de você, vem com a desculpa de que está ocupada. Se te ligo, o mesmo. Realmente, não sei o que fazer. - desabafou.

Ele tinha razão. Vinha o evitando, estava envergonhada por ele e por mim. Pensei que seria o melhor. Sentia-me uma otária, estava ainda mais mexida depois daqueles beijos. Gostava de Ucker, mas nunca tinha provado o gosto de seus beijos e eram tão bons que ainda sentia seu gosto em mim. Isso me atormentava. Não queria que ele percebesse o quão fraca podia ser ao seu lado. Em anos me mantive forte, e agora fraquejava.

- eu não sei como agir com você, Chris! Ando envergonhada, não sabia, e confesso que ainda não sei como te encarar - fui sincera - sempre fomos tão amigos, e de repente, isso. Não sei o que fazer. - ele segurou minha mão entre as suas e a beijou.

Ucker: somos dois toscos, sabia?- sorri. - vem cá - me puxou para si e me abraçou - nada vai mudar, viu! Não abro mão de você, sua tampinha esquentada. - mostrei língua e ele mordeu de leve meu ombro.

- tá, agora me conta o que aconteceu nessas semanas. - ele assentiu e começou a me contar.

Falou que a cada dia que passava, ali no hospital, sentia-se melhor, que as crianças o alegravam tanto. Falou que a tia Alexandra havia perguntado por mim.- Eu adorava a mãe de Christopher, era tão boa comigo.-, Falou também de um jantar na casa de seus pais e sobre conhecer uma tal de Belinda. Essa parte me incomodou, mas disfarcei.

Foi a minha vez de falar, falei o quão "interessante" havia sido minha vida essa semana, sobre os estresses de Anahí, sobre as quatro vezes que ela havia terminado com Poncho na semana passada e outras bobagens.

- Chris?

Ucker: hm. - respondeu.

- não acho certo o desafio que Christian te fez - aproveitei para falar.

Ucker: não se preocupe, pequena. Não vai ser nada de mais. - despreocupado.

- aí que está o problema, Chris! E se ela se apaixonar realmente? - indaguei. - vai dizer que tudo foi apenas um desafio, com o idiota do seu amigo?

Ucker: não vai chegar a isso.

- quem te garante? E se ela realmente for uma pessoa conservadora? E se deixar se envolver? Se entregar. Vai destroçar o coração dela sem razão?

Ucker: por que não podemos nos entender? - impaciente - estávamos tão bem e agora vai insistir nisso. Vai virar a defensora de todas as mulheres indefesas?

- não, eu não vou! - aumentei a voz. - mas não tem noção do papel ridículo que está fazendo. É um tremendo idiota. E coitada dessa moça, tomara que tenha o mínimo de inteligência e não caia nessas suas mentiras. Fala sério, tem 24 anos e age como um adolescente de 13.

Ouvi a May nos chamar, então me calei.