Fanfic: Fallen (vondy) | Tema: Rebelde

Perfeitos estranhos

Em vez de responder, ela observou Maíte, que estava deitada de costas para as arquibancadas, um par de enormes óculos escuros esportivos cobrindo o melhor da sua face. Era difícil afirma, mas ela estava olhando para Dulce, também, porque, depois de um segundo, ela se levantou das arquibancadas e sorriu.

_Corte meu cabelo como o seu.

_O quê?_ Dulce engasgou._ Seu cabelo é lindo.

Era verdade: Maíte tinha um longo, pesado cabelo, que Dulce tinha perdido. Seus cachos negros soltos brilhavam na luz do sol, ganhando um tom avermelhado. Dulce enfiou seu cabelo atrás da orelhas, mesmo que ele ainda não fosse longo o bastante para fazer qualquer coisa exceto bater na frente deles.

_Linda porcaria_ Maíte disse._ O seu é sexy, moderno. E eu quero ele.

_Oh, hum, okay.

Seria isso um elogio? Ela não sabia se deveria estar lisonjeada ou enervada com o jeito que Maíte assumiu que poderia ter o que desejasse, até quando isso pertencia a outra pessoa.

_Onde nós vamos conseguir...

_Tcharã_ Maíte abriu sua bolsa e tirou de lá o canivete suíço rosa que Anahí havia deixando nas caixas de perigos._ Que foi? _ ela disse, vendo a reação de Dulce._ Eu sempre mantenho meu dedo pegajoso no dia que os novos estudantes têm que livras dessas coisas. A ideia me veio em dias de cão no entreterimento da Sword&Cross...hm... Acampamento de verão.

_Você passa o verão interio...Aqui?_ Dulce estremeceu.

_Há! Falando como uma verdadeira novata! Você provavelmente está esperando férias de primavera._ Dulce atirou para Dulce o canivete suíço. _ Nós não vamos deixar esse inferno. Nunca. Agora corte.

_E as câmeras?_ Dulce perguntou, olhando em volta, com o canivete nas mãos.

Haveria câmeras em algum lugar aqui.

Maíte sacudiu a cabeça.

_Me recuso a me associar com maricas. Você pode lidar com isso ou não?

Dulce assentiu.

_E não me diga que você nunca cortou o cabelo antes._ Maíte agarrou o canivete suíço por trás de Dulce, puxou a ferramenta de tesoura e entreguo-o de volta. -_ Nenhuma outra palavra até você me dizer o quão fantástica fiquei.

Dulce estava certa de que havia um método mais estratégico de corta cabelos, mas como alguém que evitara cortes de cabelo durante toda vida, a técnica do rabo de cavalo era a única que conhecia. Ela recolheu o cabelo de Maíte em suas mãos, pegou o elástico que estava em volta do seu pulso, segurou a pequena tesoura firmemente e começou a cortar.

O rabo de cavalo caiu nos pés dela e Maíte sobressaltou-se e apanhou subitamente. Ela deixou um delicado sorriso espalhar pelos seu lábios, depois correu os dedos pelo rabo de cavalo, e depois jogou o dentro da bolsa.

_Maravilhoso_ ela disse. _ Continue.

_Maíte_Dulce sussurrou, antes que pudesse parar a si mesma. _ Seu pescoço... está todo...

_Cheio de cicatrízes? Você pode dizer isso.

 A pele do pescoço de Maíte, desde a parte de trás se sua orelha direita até seu colar de ossos estavam reentrâncias, marmorizadas e brilhantes. Ela estava tendo um momento mau olhando para a Maíte agora.

Maíte agarrou a mão de Dulce e pressinou contra sua pele. Era quente e frio, ao mesmo tempo. Era liso e áspero.

_Eu não tenho medo disso_Maíte disse._ Você tem?

_Não_ Dulce respondeu, enquanto ela desejava que Maíte tirasse sua mão, então Dulce poderia tirar a mão dela também. Seu estômago se contorceu quando ela se questionou se a pele de Henrique era assim.

_Você tem medo do que realmente é, Dulce?

_Não_Dulce disse outra vez, rapidamente.

 Deveria ser óbvio que ela estava mentindo. Ela fechou os olhos. Tudo que ela desejava da Sword&Cross era um novo começo, um lugar onde as pessoas não olhariam para ela como Maíte estava olhando agora. Dulce se sentia decaída e exposta, ela tirou sua mão.

_Então como isso aconteceu?_ perguntei, olhando para baixo.

_Se lembra que não ti pressionei sobre o que você fez para estar aqui?_ Maíte perguntou, erguendo suas sobrancelhas.

Dulce assentiu.

Maíte gesticulou para as tesouras.

_Arrume a parte de trás, ok? Talvez isso me faça parecer realmente bonita. Talvez me faça parecer você.

Mesmo com o mesmo corte, Maíte permaneceria com uma versão subnutrida de Dulce.

Enquanto Dulce estava ocupada com se novo corte de cabelo, Maíte explanava as complexidades da vida na Sword&Cross.

_Esse bloco de celas ali é Augustine. É lá onde nós temos nossos tão falados eventos socias nas noites de quarta-feira. E todas as nossas aulas.

Ela apontou para a construção com cor de dente amarelo, dois prédios à direita do dormitório. Parecia que havia desenhado pelo mesmo sádico que desenhara o Pauline. Era tristemente quadrado, tristemente parecido com uma fortaleza, cercado pelo mesmo arame farpado e as janelas com grades.

_Aviso claro_ Maíte continuou_ você vai odiar as aulas aqui. Você não é humana se não odiar.

_Por quê? O que há de tão ruim com elas?_ Dulce perguntou.

Talvez Maíte não gostasse de estudar. Com seus esmaltes preto, delineador preto e a bolsa preta que parecia grande grande suficiente para caber apenas o novo canivete suíço dela, ela não parecia exatamente estudiosa.

_Aqui você vai ver o ginásio de ponta_ela disse, assumido um tom anasalado de guia turístico._ Sim, sim, para olhos inexperientes parece uma igreja. Costumava ser. Nós temos um tipo de arquitetura de segunda mão na Sword&Cross. Alguns anos atrás, algum maluco por exercícios físicos apareceu falando besteira sobre como supermedicar os adolescentes arruína a sociedade. Ele doou uma tonelada de dinheiro de merda então eles transformaram a igreja num ginásio. Agora os poderosos podem achar que a gente desconta nossas "frustações" de um jeito mais "produtivo."

Dulce gemeu. Ela sempre detestou educação física.

 Enquanto Dulce se movimentou para acompanhar, ela reparou no resto do recinto. O complexo da Dover havia sido bem cuidado, tudo bem feito e pontilhado em espaços uniformes, árvores cuidadosamente podadas. Sword&Cross parecia que havia tudo caído subitamente e abandonado no meio de um pântano. Salgueiro cujos galhos apontavam para baixo balançavam para o chão, kudzu crescia pelo muro em lençóis, e todo o terceiro piso escutava o barulho do respingo.

E não era apenas a maneira que o local parecia. Apenas respirar na Sword&Cross fazia ela se sentir como se estivesse atolando em areia movediça.

_Aparentemente os arquitetos entraram num impasse enorme sobre como melhorar o estilo dos prédios da antiga acadamia militar. O resultado é que nós acabamos em um lugar metade penitenciária, metade zona de tortura medieval. e sem jardineiro_ Maíte disse, tirando um pouco de limo de seus cortunos._ Tosco. Oh, e aqui está o cemitério.

Dulce seguiu Maíte apontando o dedo para a parte mais longe do lado esquerdo do terreno, após o dormitório. Era delimitado dod três lados por uma densa floresta de carvalhos. Ela não podia ver dentro do cemitério, que parecia quase se afundar-se debaixo da superfície, mas ela podia sentir o cheiro de podridão e ouvir o coro de cigarras zumbindo nas árvores. Por um segundo, ela pensou que ouviu o silvo das sombras - mas ela piscou e eles se foram.

_Isso é um cemitério?

_Aham. Isso costumava ser uma academia militar, caminho de volta nos dias da Guerra Civil. Então era aqui que els jogavam todos os seus mortos. É arrepiante como todos caem fora. E meu sinhô_ Maíte disse, acumulando um falso sotaque sulista. _ Isso fede atá  os céus!

Então, ela piscou para Dulce.

_Nós ficamos lá pra caramba.

Dulce olhou para Maíte para verse ela estava brincando. Maíte só deu de ombros.

_Okay, foi só uma vez. E foi só depois de uma grande festa de medicamentos.

Ora, essa era uma palavra que Dulce reconhecia.

_Há!_ Maíte riu._ Eu acabei de ver uma luz acender aí em cima. Então, alguém está em casa. Bem, Dulce, minha querida, você provavelmente foi a festas de internatos, mas você nunca viu como as criançãs de reformatórios colocam tudo abaixo.

_Qual é a diferença_ Dulce perguntou, tentando esconder o fato que ela nunca foi a nenhuma grande festa na Dover.

_Você vai ver_ Maíte parou e se virou para Dulce._ Você vem essa noite e fica lá, okay?_ Ela supreendeu Dulce pegando sua mão._ Promete?

_Mas eu pensei que você disse que eu devia manter distância dos casos perigosos_ Dulce brincou.

_Regra número dois_ Não me escute!_ Maíte gargalhou, balançando a cabeça._ Eu sou, com certeza, louca!

Ela deu uma corridinha e Dulce foi atrás dela.

_Espere, qual é a regra número um?

_Me acompanha!