Fanfic: Fallen (vondy) | Tema: Rebelde

Perfeitos estranhos

Quando elas viraram a esquina das salas de aula de paredes de bloco de cimento, Maíte deu uma parada.

_Pareça legal_ ela disse.

_Legal_ Dulce repetiu.

Todos os outros estudantes pareciam estar agrupados em volta das árvores estranguladas pelo kudzu do lado de fora do Augustine. Nenhum deles parecia exatamente feliz por estar do lado de fora, mas ninguém parecia exatamente pronto a entrar, também.

Nunca houve muito código de vestimenta na Dover, então Dulce não estava acostumada com a uniformidade do corpo estudantil. Então, novamente, apesar de todos ali usarem os mesmo jeans pretos, blusas de gola alta pretas e suéteres pretos amarrados sobre seus ombros ou em volta da cintura, continuava havendo diferenças substancias no jeito que eles o usavam.

Um grupo de garotas tatuadas, paradas em círculo cruzado, usava pulseiras até seus cotovelos. As bandanas pretas no cabelo delas lembramram a Dulce um filme que ela viu uma vez sobre gangues femininas de motociclistas. Ela alugou porque pensou: " O que pode haver de mais legal que uma gangue de motoquerios só de mulheres?" Agora os olhos de Dulce trancaram-se em uma das garotas do gramado. O estrabismo lateral da garota de olhos-de-gato delineados de preto fez Dulce rapidamente mudar a direção de seu olhar.

Um car e uma garota que estavam de mãos dadas tinham lantejoulas costuradas em formato de ossos cruzados nas costas de seus suéteres pretos. A cada poucos segundos, um dois puxava o outro pra um beijo nas têmporas, no lóbulo da orelha, nos olhos. Quando eles envolveram seus braços em volta um do outro, Deulce pode ver que ambos usavam pulseiras de rastreamento que estavam piscando. Eles pareciam um pouco rudes, mas estava óbvio o quanto estavam apaixonados. Toda vez que ela via as argolas de suas línguas piscando, Dulce sentia um aperto solitário beliscando seu peito.

Atrás dos namorados, um grupo de garotos loiros estava encostado contra a parede. Cada um deles usava se suéter, apesar do calor. E todos eles tinham camisas Oxford brancas por baixo, o colarinho engomado para cima. As barras remendadas de suas calças pretas batiam na beira de seus sapatos polidos, que calçavam perfeitamente. De todos os estudantes no perímetro, eses garotos pareciam para Dulce os mais próximos do estilo da Dover. Mas um olhar mais aproximado rapidamente os diferencia dos garotos que ela costumava conhecer. Os caras como Henrique.

Apenas estando em grupo, esses garotos radiavam um tipo especial de tenacidade. Estava bem ali no olhar de seus olhos. Era difícil de explicar, mas isso de repente supreendeu Dulce, que assim como ela, todos nessa escola tinham um passado. Todos aqui provavelmente possuíam segredos que não sabia se essas descoberta a fazia se sentir mais ou menos isolada.

Maíte percebeu os olhos de Dulce rondando os outro alunos.

_Nós todos fazemos o que podemos para sobreviver durante o dia_ ela disse, encolhendo._Mas no caso de você não ter observado os abutres aproveitadores, esse lugar cheira bem a morte.

Ela tomou um lugar em um banco debaixo de um salgueiro e afogou o lugar perto dela ao lado de Dulce.

Dluce afastou um amontoado de folhas molhadas em decomposição, mas lago antes dela sentar, ela notou outra violação do código de vestimenta.

Um violação muito atraente.

Ele vestia uma brilhante encharpe vermelha em volta do seu pescoço. Estava longe de estar frio lá fora, mas ele tinha uma jaqueta de couro preta de motociclista em cima de deu suéter preto, também. Talvéz fosse porque ele era o único ponto de cor no perímetro, mas ele era tudo que Dulce podia olhar. Na verdade, tudo parecia pálido em comparação a isso. Por um longo momento, Dulce se esqueceu de quem era.

Ela notou seu cabelo dourado profundo e bronzeado apropriado. Suas maçãs do rosto salientes, os óculos escuros que cobriam seus olhos, a forma suave de seus lábios. Em todos os filmes que Dulce tinha visto, em todos os livros que ela havia lido, o interesse amoroso enlouquecedoramente bonito - exceto por aquela única pequena falha. O dente lascado, o charmoso topete, a bela marca em sua buchecha esquerda. Ela sabia por que - se o héroi fosse imcaculado demais, havia risco dele ser inacessível. Mas acessível ou não, Dulce sempre teve um fraco pelos sublimente bonitos. Como esse cara.

Ele inclinou-se contra o prédio com suas mãos cruzadas suavemente sobre seu peito. E por um milésimo de segundo, Dulce viu uma rápida imagem dela jogada nos braços dele. Ela sacudiu a cabeça, mas a visão permanecia tão clara que ela quase decolou em direção a ele. Não. Isso era louco. certo? Mesmo numa escola cheia de malucos, Dulce estava certa de que aquele instinto era insano. Ela nem ao menos o conhecia.

Ele estava falando com um aluno de dreads e sorriso cheio de dentes. Os dois estavam rindo forte e geniunamente - de um jeito que fez Dulce se sentir estranhamente enciumada. Ela estava tentando lembrar qual foi a última vez que ela riu, realmente, daquele jeito.

_Esse é Christopher Uckermann_ Maíte falou, se inclinando e lendo sua mente._ Eu posso dizer que ele chamou a atenção de alguma pessoa.

_Eufemismo_Dulce concordou, envergonhada quando ela percebeu como ela devia ter parecido para Maíte.

_É bem, se você gosta desse tipo de coisa.

_Oque tem para não gostar?_ Dulce perguntou sem conseguir fazer as palavras pararem de sair.

 _O amido dele lá é Christian_ Maíte explicou, apontando na direção do garoto negro._ Ele é legal. O tipo de cara que pode conseguir coisas, sabe?

Não realmente, Dulce pensou, mordendo seu lábio.

_Que tipo de coisas?

Maíte encolheu, usando seu canivete suíço roubado para cortar uma vertente desgastada de seus jeans preto.

_Apenas coisas. Tipo de coisas que você-pede-e-recebe.

_E Christopher?_ Dulce perguntou. _ Qual é a história dele?

_Oh, ela não desiste_ Maíte riu, depois limpou a garganta._ Ninguém sabe de verdade. Ele guarda bem firme sua misteriosa personalidade masculina. Pode ser simplesmente o típico babaca de reformatório.

_Eu não sou estranha a babacas_ Dulce disse, embora assim que as palavras saíram, ela desejou poder pegá-las de volta.

Depois de que aconteceu com Henrique - o que quer que tenha acontecido - ela era a última pessoa que deveria julgar pelas aparências. Mas, mais do que isso, nas raras vezes que ela fazia uma pequena referêcia àquela noite, o dossel preto das sombras se deslocava e voltava para ela, como se ela estivesse de volta ao lago.

Ela olhou de volta para Daniel. Ele tirou seus óculos e os deslizou para dentro de sua jaqueta, então, virou-se e olhou para ela.

Seu olhar apanhou o dela, e Dulce viu enquanto seus olhos alargaram-se e rapidamente se estreitaram em um olhar surpreso. Quando o olhar de Christopher capturou o dela, sua respiração ficou presa em sua garganta. ela o reconhecia de algum lugar. Mas ela iria se lembrar de conhecer alguém como ele. Ela iria se lembrar de se sentir tão absolutamente assombrada quanto se sentia agora.

Ela percebeu que eles ainda estavam com olhos presos quando ele relampejou um sorriso para ela. Um jato de calor foi atirando nela teve que agarrar-se ao banco para se apoiar. Ela sentiu os lábios dela derreterem-se num sorriso de volta para ele, mas então ele levantou a mão no ar.

E mostrou-lhe o dedo do meio.

Dulce arfou e deixo seu olhar cair.

_O quê?_ Maíte perguntou, alheia ao que havia acontecido._ Esquece. Nós não temos tempo.

O sinal tocou na deixa, e todo o corpo estudantil começou o lento arrastar de pés para dentro do prédio. Maíte estava segurando a mão de Dulce e declamando orientações sobre onde se encontrar com ela depois. Mais Dulce continuava cambaleando por aquele perfeito estranho ter-lhe mostrado o dedo do meio. Seu delírio momentâneo sobre Christopher sumiu. Qual era o problema daquele cara?

Logo antes dela entrar em sua primeira aula, ela ousou olhar para trás. Seu rosto estava vazio, mas não havia dúvida-ele a estava observando ir embora.