Fanfic: Fallen (vondy) | Tema: Rebelde

Feita para ficar presa

Cento e setenta e três minutos torturantes mais tarde, Maíte guiava Dulce para a lanchonete.

_Que cê acha?_ ela pergutou.

_Você estava certa_ Dulce respondeu, ainda se recuperando do quanto suas três primeiras aulas tinham sido sombrias._ Por que alguém lecionaria uma matéria tão deprimente?

_Ah, o Cole amolece rápido. Ele coloca sua cara de nada-de-besteira todo vez que tem aluno novo. De qualquer jeito_ Maíte disse, cutucando Dulce_ podia ter ficado com Srta. Troz.

Dulce olhou seu horário.

_Eu estou com ela em biologia na parte da tarde_ respondeu com uma sensação de afundamento em seu estômago.

Enquanto Maíte cuspia uma gargalhada, Dulce sentiu um encontrão em seu ombro. Era Pocho, passando por elas no corredor a caminho do almoço. Dulce teria caído estatelada no chão se não fosse pela mão dele esticada para firmá-la.

_Calma aí.

 Ele lançou-lhe um rápido sorriso. Dulce olhou para Maíte para ver se ela tinha notado algo. Maíte levantou suas sobrancelhas, quase convidando Dulce a falar, mas nenhuma delas disse coisa alguma.

Quando elas cruzaram as janelas interiores poerientes separando o gélido corredor da lanchonete ainda mais gélida, Maíte tomou o cotovelo de Dulce.

_Evite o filé de frango frito a qualquer custo_ ela instruiu enquanto seguiam a multidão para o turvo refeitório._ A pizza é boa, o chili é bom. Você gosta de bolo de carne?

_Sou vegetariana.

Ela estava olhando pelas carteiras, procurando por duas pessoas em particular. Christopher e Pocho. Ela simplesmente se sentiria mais a vontade se ela soubesse onde eles estavam, para que pudesse continuar seu almoço fingindo que não tinha visto nenhum dos dois. Mas até agora, nada...

_Vegetariana, hein?_ Maíte franziu seus lábios._ Pais hippies ou sua própria tentativa miserável de rebelião?

_Hã, nenhum dos dois, eu simplesmente não...

_Gosta de carne?

Maíte girou os ombros de Dul noventa graus, para que ela olhasse diretamente para Christopher, sentado em uma carteira do outro lado do cômodo. Dul soltou uma longa exclamação. Ali estava ele.

_Agora, vale para qualquer carne?_ Maíte cantarolou altamente._ Tipo, você não afundaria seus dentes nele?

Dul bateu com força em Maíte e arrastou-a na direção da fila do almoço. Maíte estava se matando de tanto rir, mas Dul sabia que ela estava corando violentamente, o que seria dolorosamente óbvio nessa iluminação fluorescente.

_Cala a boca, ele com certeza te ouviu_ ela sussurrou.

Parte de Dul se sentia feliz por está brincando sobre garotos com uma amiga. Supando que Maíte fosse sua amiga.

Ela ainda se sentia desapegada pelo que tinha acontecido essa manhã quando ela vira Christopher.

Aquela atração na direção dele - ela ainda não entendia de onde viera, e ainda assim, aqui estava ela de novo. Ela se recusava ser pega olhando. Ela não queria dar-lhe qualquer razão para lhe mostrar o dedo do meio pela segunda vez.

Dul olhou para o outro lado da carteira, para o amigo de Christopher, Christian. Ele estava olhando diretamente para ela. Quando ele capturou seu olhar, ele agitou suas sobrancelhas de um jeito que Dul não conseguia entender, mais que ainda a assustava um pouquinho.

Dul se voltou para Maíte.

_Por que todos dessa escola são tão esquesitos?

_ Vou escolher não me ofender com isso_ Maíte respondeu, pegando uma bandeja de plástico e dando uma para Dul._ Veja, você nunca vai querer sentar perto de... Dulce cuidado!

Tudo que Dul fez foi dar um passo pra trás, mas assim que ela o fez, ela sentiu um duro empurrão de duas mãos em seus ombros. Imediatamente, ela sabia que iria cair. Ela apalpou à sua frente por apoio, mas tudo que suas mãos encontraram foi a bandeja cheia de almoço de outra pessoa. O negócio todo caiu junto com ela. Ela pousou com uma pancada no chão da lanchonete, uma xícara inteira de borscht em sua cara.

Quando ela limpou beterrabas esmagadas o bastante para que seus olhos vissem, Dul olhou para cima. A fadinha mais brava que ela já tinha visto estava parada sobre ela. A garota tinha cabelo oxigenado espetado, pelo menos dez piercings no rosto, e um olhar mortal. Ela arreganhou seus dentes para Dul e sibilou:

_Se a sua visão não tivesse arruinado meu apetite, eu faria você comprar outro almoço.

Dul gaguejou uma desculpa. Ela tentou se levantar, mas a garota bateu o salto de sua bota preta de salto agulha no pé de Dul. A dor subiu por sua perna, e ela teve que morder os lábios para não gritar.

_Por que eu simplesmente não deixo pra próxima?_ a garota disse.

_Já chega, Bella_ Maíte disse friamente.

Ela se abaixou para ajuadar Dul a ficar de pé.

Bella esquadrinhou seus quadris para encarar Maíte, e Dulce teve pressentimento de que essa não era a primeira vez que elas trocavam faíscas.

_Amizade rápida com a novata, eu vejo_ Bella grunhui._ Esse é um comportamento realmente ruim, Ah você não deveria estar na condicional?

Dul engoliu em seco. Maíte não tinha mecionado nada sobre condicional, e não fazia sentido que isso a proibia de fazeer novos amigos. Mas a palavra condicional foi forte o bastante para fazeer Maíte fechar os punhos e mandar uma gordo soco no olho direito de Bella.

Bella cambaleu para trás, mas foi Maíte quem chamou a atenção de Dul. Ela começou a ter convulsão, seus braços para cima e sacudindo no ar.

 Era a pulseira, Dul percebeu com horror. Estava enviando algum tipo de choque para o corpo de Maíte. Essa era uma punição cruel e incomum, com certeza. O estomagô de Dul revirou enquanto ela observava todo corpo estudantil trepidar. Ela se esticou para pegar Maíte bem quando ela afundava no chão.

_Maíte_ Dul sussurrou. _Você está bem?

_Estou ótima.

Dul arfou. Então um dos olhos de Maíte abriu de volta.

_Te assustei, não foi? Aí, que fofo. Não se preocupe, os choques não vão me matar_ ela sussurrou. _ Eles só me tornam mais fortes. De qualquer jeito, valeu a pena para dar um olho roxo pra aquela vaca, sabe?

_Certo, afastem-se. Afastem-se_ uma voz rouca rugiu atrás deles.

...