Fanfic: Fallen (vondy) | Tema: Rebelde

Perfeitos estranhos

Por todo verão, as memórioas a vinham assustando, em seus sonhos e nos raros momentos em que seus pais a deixavam sozinha. Alguma coisa havia acontecido no Chalé, e todo mundo(incluindo Dulce) estava morrendo para saber exatamente o que aconteceu. A polícia, o juiz, o assistente social, haviam todos tentando forçar a verdade dela, mas ela não sabia nada tanto quanto eles. Ela e Henrique haviam brincado a tarde inteira, perseguindo um ao outro pela fileira de Chalés em volta do lago, longe do resto da festa. Ela tentou explicar que essa havia sido a melhor noite de sua vida, até se torna a pior.

Ela gastou muito tempo repassando aquela noite em sua mente, ouvindo a risada de Henrique,  sentindo suas mãos em volta de sua cintura, e tentar conciliar seu instinto de que ela era realmente inocente.

Mas agora, cada regra e regulamento da Sword&Cross parecia trabalhar contra esse pensamento parecia sugerir que ela era, de fato, perigosa e precisava ser controlada. Dulce sentiu uma mão firme em seu ombro.

_Olha_ a acompanhante disse_ se isso a faz se sentir melhor, voçê está longe de ser o pior caso aqui.

Foi o primeiro gesto humano que ela demonstrou a Dulce, o que a fez acreditar que ela queria fazê-la se sentir melhor. Mas... Ela havia sido mandada para cá por causa da suspeita morte do cara por quem ela era apaixonada, e ela estava "longe de ser o pior caso"? Dulce se perguntou com o que exatamente eles lidavam na Sword&Cross.

_Ok, a orientação terminou. VoçÊ está por sua conta agora. Aqui está um mapa se você precisar encontrar algo a mais. _ Ela deu a Dulce uma cópia de um bruto mapa desenhado À mão, então olhou para seu relógio. _ VocÊ tem uma hora até sua primeira aula, mas as minhas novelas começam Às cinco, então... _ ela balançou sua mão para Dulce_ Mantenha-se direita. E não se esqueça _ ela disse, apontando para as cÂmeras mais uma vez_ Os vermelhos estão de olho em você.

_Ooooh_ a garota zombou com uma voz fantasmagórica dançando em volta de Dulce em círculos. _Os vermelhos estão de olho em vocÊÊÊ.

_Sai daqui, Maíte, antes que eu tenha que lobotomizá-la _ a acompanhante disse, embora fosse claro por seu breve, mas genuíno, sorriso que ela possuía alguma bruta afeição pela garota louca.

E estava claro que Maíte não era recíproca ao amor. Ela fez um gesto obsceno para a acompanhante, então parou na frente de Dulce, a enfrentando para que ficasse ofendida.

_E só por isso_ a acompanhante disse, anotando furiosamente em seu caderninho_ você ganhou a tarefa de mostrar tudo em volta para a pequena Miss Sunshine hoje.

Ela apontou para Dulce, que parecia qualquer coisa, menos ensolarada, com seu jeans pretos, botas pretas e top preto. Na seção do "código de vestimenta", o web site da Sword&Cross falava alegremente que enquanto os alunos tivessem bom comportamento, eles estavam livres para vestir o quisessem, pórem, com duas condições: o estilo deve ser modesto e as roupas deviam ser pretas. Muita liberdade.

A blusa de gola tartaruga que sua mãe a havia forçado a usar não fazia nada pelas suas curvas, e até sua melhor forma havia sumido: seu grosso cabelo ruivo, que custumava cair sobre sua cintura, havia sido completamente destruído. O fogo do chalé havia queimado seu couro cabeludo e deixado seu cabelo desigual, então depois da longa, silenciosa viagem de Dover para sua casa, sua mãe a colocara na banheira, trouxe o barbeador elétrico do seu pai e sem nenhuma palavra raspou sua cabeça. Durante o verão seu cabelo havia crescido im pouco, apenas o suficiente para que suas ondas, outrora invejávies, agora pairassem logo abaixo de suas orelhas.

Maíte a avaliou, dando um tapa com um dedo contra seu finos lábios pálidos.

_Perfeito_ela disse, dando um passo a frente para colocar seus braços em volta de Dulce._ Eu estava realmente pensando que eu poderia usar uma nova escrava.

A porta do salão abriu e entrou o menino de olhos verdes. Ele balançou a cabeça e disse para Dulce:

_Esse lugar não liga de te despir para fazer uma revista. Então, se você está guardando qualquer outro risco_ ele ergueu uma sobrancelha e um punhado de objetivos desconhecidos da caixa_ salva-se dos perigos.

Atrás de Dulce, Maíte prendia o riso. O cara virou a cabeça e quando seus olhos registraram Maíte, ele abriu sua boca e a fechou novamente, como se não tivesse certeza do que fazer.

 _Maíte_ele falou uniformente.

_Poncho_ela replicou.

_Você o conhece?_Dulce sussurou, se perguntou se havia o mesmo tipo de facções em escolas reformatórias como havia na Dover.

_Não me lembre_Maíte disse, arrastando Dulce para fora da porta, dentro da cinza e alagada manhã.

Os fundos do prédio principal davam em uma calçada lascada, em volta de um campo bagunçado. A grama estava tão comprida que parecia mais um terreno baldio que uma área pública de uma escola, mas um desbotado placar e arquibancadas de madeira provavam o contrário.

Por trás do contorno do lugar, havia quatro prédios de aparÊncia severa: o dormitório longe À dirieta; uma gigante, feia e velha igreja À extrema esquerda e outras duas grandes estruturas no meio deles, que Dulce imaginou serem as salas de aula.

Era isso. Seu mundo inteiro estava reduzido àquela triste visão de seus olhos.

Maíte imediatamente desviou do caminho direito e levou Dulce ao campo, sentado no alto de uma das arquibancadas de madeira molhadas.

A estrutura correspondente em Dover gritava `Atleta da Ivy League em foemação`, então Dulce sempre havia evitado ficar lá. Mas esse campo vazio, com esses enferrujados, deformados traves, contava uma história completamente diferente. Uma que não foi fácil para Dulce descobrir. Três urubus turcos passaram acima de sua cabeça, e um vento triste chicoteou sobre os galhos nus dos carvalhos. Dulce estremeceu e abaixou se quiexo para dentro da gola de tartaruga.

_Então_ Maíte começou_ agora vocÊ conheceu Randy.

_Eu pensei que fosse Poncho.

_Eu não estou falando dele_ Maíte disse rapidamente_ a mulher-macho daqui._ Maíte virou a cabeça para o escritório onde elas haviam deixado a acompanhante vendo TV._ O que vocÊ acha? Homem ou Mulher?

_Hum.. Mulher?_Dulce tentou._ Isso é um teste?

Maíte esboçou um sorriso.

_O primeiro de muitos. E vocÊ passou. Pelos menos, eu acho que vocÊ passou. O gênero da maioria do corpo docente daqui é um debate escolar em curso. Não se preocupe, você vai entrar nele.

Dulce achou que Maíte estava fazendo uma piada - nesse caso, legal. Mas isso tudo era como uma enorme mudança da Dover. Em sua antiga escola, as gravatas-verdes-esgotantes, os engomados futuros senadores praticamente escorriam pelos corredores, no requintado silêncio que o dinheiro parecia passar acima de tudo.

Mais do que nunca, o pessoal da Dover lançava a Dulce olhares tortos de não-sujes-as-paredes-brancas-com-suas-impressões. Ela tentou imaginar Maíte lá: se espreguiçando nas arquibancadas, fazendo uma alta, bruta piada com sua voz mordaz. Dulce tentou imaginar o que Natalie pensaria de Maíte. Nunca havia ninguém como ela na Dover.