Fanfic: Faz de conta — Portiñón. FINALIZADA. | Tema: Portiñon. DyC. Anahí y Dulce.

Almoçaram no restaurante do parque. Depois foram para a Praia de Maria Farinha, porém, não demoraram muito lá. Foi apenas para fazer digestão. Anahí se sentiu um pouco enjoada com o cheiro do peixe frito que sentiu por lá, á ponto de precisar vomitar no matinho que tinha por lá.

Dulce ficou preocupada. E Ana Beatriz respirou fundo, balançando a Oprah em seus braços.

— Anahí, você está bem? — Dulce perguntou.

— Sim... Eu só preciso de um minuto... — Anahí respondeu e voltou a vomitar.

— Acho levá-la ao posto. Será que a comida do restaurante a fez mal? — Dulce perguntou a Ana Beatriz.

Ana Beatriz deu um sorriso amarelo. Era mais fácil ir á uma farmácia e comprar um exame rápido de gravidez. Mas não iria dizer isso para a Dulce.

— Ela estava mal do estômago ontem. E pra completar bebeu depois que o Eric chegou... — Ana Beatriz soltou sem querer.

Dulce fechou a cara ao escutar o nome do Eric.

— Como é? O Eric esteve lá ontem?

— Sim. Depois que você o nocauteou. Falando nisso... Belos socos, eu não teria feito o melhor. — Ana Beatriz sorriu.

Dulce acabou sorrindo também. Porém, parou de sorrir ao ver a Anahí retornar. Não queria questionar a loira, mas não resistiu. O ciúme bateu em sua porta.

— Que espécie de relacionamento você tem com o Eric?

— Ahn? — Anahí limpou a boca com o braço. Precisava ir ao banheiro se limpar.

— Você escutou muito bem. Pelo que sei, o idiota esteve em seu apartamento ontem.

Anahí olhou para Ana Beatriz que deu um sorriso de desculpa e foi andando de volta para o parque com a Oprah. Porém, não se chateou com a sua irmã. Estava chateada com o tom que a Dulce estava usando com ela.

— Realmente esteve. Algum problema com isso? — Anahí respondeu com uma pergunta. Ainda estava com assunto de Maíra entalado em sua garganta.

— Claro que tem problema. — Dulce se irritou. — Você se lembra que deu para ele?

— Lembro, você não me deixa esquecer. — Anahí retrucou. — Ele é sempre bem vindo ao meu apartamento. É meu amigo.

— Amigo que se fo/dem? — Dulce estava cada vez mais irritada. — Acho inadmissível que esse cara ainda frequente o seu apartamento e você me responda com essa cara de p/au como não fosse nada demais.

— Pelo menos, ele não está dividindo a cama comigo. — Anahí deu um sorriso de lado e começou a andar.

Dulce odiava quando era deixada para trás, e ainda por cima falando sozinha! Segurou o braço de Anahí, e a virou.

— Eu estou falando com você. E quando estou falando contigo, á sua obrigação é de parar e me escutar! — Dulce falou mais alto.

Anahí revirou os olhos, mas ficou parada, de frente para á Dulce. Olhando-a nos olhos.

— Fale, minha querida.

— Não seja irônica comigo! — Dulce cada vez ficava mais irritada. Estava á ponto de avançar em cima da loira. — Não quero você com amizade com o Eric!

— E não a quero dividindo a cama com a Maíra. Nem a quero no mesmo quarto com ela. — Anahí lançou sem se incomodar com a irritação da morena.

— Você não pode me impor com quem me relaciono!

— Oxente... Não é isso que você está fazendo comigo? Querendo impor a sua vontade? Praticamente me obrigando a não ter uma amizade com o Eric?

— É diferente. Eu não transei com a Maíra.

Transar e Maíra na mesma frase eram pra deixar a loira enfurecida. Porque imaginava as duas juntas. Deixou que o ciúme tomasse conta de si. Aproximou da morena, sem desviar os olhos.

— E o que me garante que isso não vai acontecer? — Anahí perguntou com pura ironia, o rosto de Dulce ficou vermelho, e a morena ergueu o braço. — O que foi? Vai me bater de novo?

Estava decepcionada com Anahí. Era incrível! Como uma pessoa poderia ser tão cega dessa forma?

— Não. Por que você não vale á pena. — Dulce soltou, voltando para o parque.

— Agora não valo mais a pena, por quê? Porque encontrou a Maíra para valer por mim? — Anahí ia atrás.

Dulce piscou forte. O vento juntamente com a decepção estava fazendo os seus olhos lacrimejarem. Limpou as lágrimas. Não iria mais chorar por Anahí. Hoje tinha sido um erro. Achou que poderia novamente ser uma família, mas... Estava equivocada.

— Responde! Quando vai a trocar por mim? Quando começar a fo/der com ela? — Anahí perguntou ainda indo atrás.

— Pare! — Dulce virou-se para ela. — Você estragou tudo, como sempre! Eu não estava pensando em nenhum momento em Maíra, e você a colocou no meio. Quando falei sobre o Eric é por estar com medo de que ele fosse uma ameaça para nós, e lhe roubasse de mim. Mas como sempre, você tem que levar para outra direção, só pra me fazer sentir culpada quando as suas atitudes não prestam. Eu não vou me sentir mais culpada pelos seus erros, e muito menos me desculpar.

As palavras de Dulce fez com que a Anahí parasse e pensasse um pouco. Estava fazendo tudo errado, novamente! Deixou-se levar pelo ciúme. Percebeu tarde demais que tinha estragado um dia maravilhoso ao lado de Dulce.

— Desculpa... É que eu também estou com medo de que a Maíra lhe roube de mim. Porque você pode se interessar por ela.

— Eu não estava interessada por ela... Mas com a sua existência, passei a me interessar. — Dulce soltou. Deixou que a mágoa se refletisse em seus olhos. — Eu quero ir embora. — Voltou para dentro do parque.

Anahí socou o ar. Mas que merda! Por que tem que ser assim? Ultimamente, não estava dando uma dentro! Não aceitava esse interesse de sua Dulce por Maíra. A sua vontade era de ir atrás, e brigar mais. Porém, sabia que isso não daria em nada e só faria com que a Dulce caísse nos braços daquela mulherzinha de quinta. O seu relacionamento com a Dulce estava indo de oito para oitenta. Parecia uma ladeira, só que a diferença de subir, só estava se arrastando para baixo.

Viu a Ana Beatriz se aproximando, estava sem a Oprah.

— O que você fez?

— Eu?  — Anahí perguntou meio confusa.

— Sim. Você! Dulce praticamente arrancou a Oprah dos meus braços e disse que iríamos embora. O que você aprontou Anahí?

— Por que sempre tem que ser eu a fazer alguma coisa errada? — Anahí perguntou na defensiva.

— Por que você faz isso. Ultimamente você está se tornando uma hipócrita com mania de vitimização. — Ana Beatriz estava ficando chateada com aquela situação toda, e principalmente por ter que ir embora do parque ainda cedo. — Estou á algum tempo apenas assistindo toda essa porcaria acontecendo... Você vai perder a mulher que ama por suas babaquices.

— O que espera que eu faça? Passe uma borracha em tudo e siga em frente como se nada tivesse acontecido? — Anahí gritou.

— Sim! — Ana Beatriz gritou de volta. — No início, eu queria muito que a Dulce sentisse um pouco do que você sentiu. Mas tudo tem um limite, e em questão de limite, você supera toda a noção. Já deu, ok? A Dulce errou. Você também errou. Chega desse mimimi do inferno. Uma hora, me empurra a Oprah pra se comer com a Dulce, outra hora, já estão brigadas como gato e cachorro. Pelo amor de Deus! Vocês já são adultas.

— Mas eu não sou a única culpada... — Anahí começou, mas foi interrompida.

— Essa não é a hora de buscar as culpadas. É hora de tentar acertar o relacionamento. Quando á vontade é de ser feliz, nenhum medo, indecisão ou á merda toda consegue ser maior do que á vontade. — Ana Beatriz disse. — Mas você está tão focada de culpar a Dulce por tudo que se esquece do verdadeiro significado da vida: O amor. Só digo uma coisa á você nessa sua relação conturbada: Ou some ou soma. — Estava arretada com a sua irmã. Não sabia mais se era pela Dulce ou pela inconsequência da mesma. — E vamos embora dessa me/rda logo que não quer mais ficar aqui sou eu!

Anahí ficou com a boca aberta com a explosão da sua irmã. O mundo estava voltando contra ela? Só podia ser. Ficou se sentindo péssima depois disso. Voltou para o parque e encontrou Dulce e Oprah na saída. A sua irmã já estava com a sua roupa em mãos, assim não precisava mais protelar no parque. Tentou abrir a boca, mas as duas não deram oportunidade e foram para o carro. A loira suspirou. Que grande mer/da!

O caminho de volta foi uma droga. Até mesmo a Oprah estava dormindo para aumentar o clima do velório do carro. Sem aguentar aquele silêncio mortal. A Anahí ligou o rádio, estava tendo um tributo ao Sandy e Júnior. Fazia muito tempo que não os escutava. Então, deixou o rádio na estação. Talvez, não uma boa ideia... A música que se iniciou era para as duas. Elas se esforçaram para não se olharem, os olhos traiam e diziam palavras que as bocas não queriam pronunciar.

Quanta bobagem tudo o que se falou, me olho no espelho e já nem sei mais quem sou.

Anahí deu um suspiro alto com esse trecho. Realmente muitas bobagens foram ditas no calor do momento. Não estava mais se reconhecendo, e temeu se tornar uma mulher amargurada... Não queria ser assim. Queria ser a Anahí que se descobriu loucamente apaixonada pela Dulce.

Quanto talento pra discutir em vão, será tão frágil nossa ligação?

Dulce mordeu o lábio inferior e manteve os olhos fixos na janela. A paisagem diante dos seus olhos, porém, não registrava nada. Apenas ouvia a letra da música e fazia uma reflexão sobre tudo... Ultimamente qualquer coisa fazia as duas discutirem. Isso não era certo. Por que não conseguiam mais se acertar? Sabia que existia amor. Mas o amor parecia tão distante e quebrável depois de cada discursão. Será que estava tendo essa percepção distante de amor por a ligação com Anahí não ser forte o suficiente para se sentir segura?

Não tem que ser assim, tanto desencontro, mágoa e dor. Para que que a gente tem que ser arriscar?

Cada briga era um risco. Um distanciamento. Um quebranto no coração de cada uma. Uma grande barreira estava sendo postar entre as duas, e as brigas só estavam piorando isso. Pra que deixar que tanta mágoa e dor enchessem os corações quando o amor estava gritando que queria uma segunda chance?

Então volta pra mim, deixa o tempo curar esse estranho jeito de amar.

Uma coisa era certa: Elas estariam melhores juntas do que separadas. Será? No início, a Dulce achou que sim... Mas agora, talvez, um pouco de distância fosse o melhor para a Anahí saber o que queria da vida. Só o tempo para curar essa situação crítica.

Falsas promessas, erros tão banais, mas ninguém cede nem pensa em voltar atrás...

Muitas promessas quebradas. Os erros significantes sufocaram os erros banais. Anahí não queria ceder, e Dulce não estava pensando mais em voltar atrás. Não mais. A loira não estava merecendo.

Esquece esse jogo não há vencedor, o mesmo roteiro de sempre cansou.

Dulce estava cansada de sempre a Anahí bater na mesma tecla em relações aos erros. De sempre se vitimar. De sempre querer ser a dona da razão.

Vou te amando e me frustrando e sobrevivendo por um fio...

As duas engoliram á seco com esse trecho. Não estavam vivendo, estavam sobrevivendo... A qualquer momento poderiam quebrar de vez e não teria mais solução.

Mas tô aqui sem desistir... Volta pra mim...

As duas suspiraram entristecidas. Ana Beatriz assistia tudo com os olhos revirados. Era uma palhaçada mesmo. Diante dos seus olhos estavam duas mulas de corações difíceis. Santa paciência que não tinha mais!

O resto da viagem foi embalado com as músicas de Sandy e Junior para tornar tudo mais decadente. Foi uma droga. Porque essas músicas estavam fazendo com que Ana Beatriz ficasse também depressiva. Pensou na Scarlett, tinha que arranjar alguém que a fizesse esquecer aquela infeliz.

Anahí parou o carro na frente da casa do Poncho.

— Dulce... — Começou a falar, mas a morena saltou do carro e bateu a porta com força.

Ana Beatriz soltou a Oprah da cadeirinha. Anahí deu um beijo na cabeça de sua filha. Dulce abriu a porta traseira, e pegou a sua filha sem olhar nenhum momento para Anahí. Bateu a porta e foi para casa.

— Agora muda essa rádio antes que eu estoure a sua cabeça no volante. — Ana Beatriz disse mal humorada.

Anahí resmungou, e mudou de sintonia. Deu partida no carro, com aquela sensação de que tudo estava errado.

Duda, KKKKKKKKKKKKKK. Não, não disse, mas agora eu sei bem direitinho.

Giovanna, Você é a maior babona de Maíra que eu já conheci nessa vida. HAUAHAU.