Fanfic: Faz de conta — Portiñón. FINALIZADA. | Tema: Portiñon. DyC. Anahí y Dulce.

Estou bebada e louca. HAUAHAU POR ISSO TO POSTANDO.

O Espaço Doce estava fazendo um sucesso. Dulce pensou com satisfação quando olhou para a sua agenda. Tinha atendido duas clientes, e ainda tinha mais duas pra essa manhã, e a tarde tinha sete. Sem contar que nos outros dias da semana, a agenda também estava lotada. Se continuasse assim, iria prosperar rapidamente.

O segredo do sucesso era fazer com amor. Estava fazendo aquilo que gostava, não tinha como ser ruim. Estava muito feliz por essa sua vitória. O que não deixava a sua felicidade ser contínua era essa bola de neve que sua vida sentimental tinha se transformado. Estava com muito remorso por ter beijado á Anahí. Desde que tinha falado com a Maíra no celular que a culpa estava assolando com mais força o seu pensamento.

O que tinha se transformado? Uma parte de si queria contar muito para a Maíra o que aconteceu.  A sinceridade e a verdade sempre lhe agradaram. Mas... Estava com medo, não sabia qual seria a reação de sua namorada. O seu maior medo era de decepcioná-la. Maíra era um amor, não merecia nenhum sofrimento. Foi nesse pensamento que decidiu que não iria contar. Foi apenas um deslize que não iria acontecer novamente.

Tinha feito uma escolha. Iria honrá-la. Iria honrar o seu compromisso com a Maíra, não iria ficar brincando com o sentimento da mesma. Manteria a Anahí bem distante de si, somente assim que poderia desencadear o seu relacionamento com a Maíra, mesmo que isso significasse perder uma grande parte de si...

Deu um suspiro, devolveu a sua agenda para a secretária. O seu humor estava lhe matando! Sentia que os seus nervos entrariam em colapso á qualquer momento. Pensou na sua bolsa, não tinha comprado nenhum chocolate. Os únicos doces disponíveis em seu espaço eram balas de goma e confeitos. Não queria isso. Não tinha tempo de ir comprar e sua secretária não podia deixar o espaço sozinho. As clientes já esperavam para ser atendidas na recepção.

Se a Maíra tivesse em Recife, iria recorrer á ela, e...

— Bom dia. — A voz rouca e tão conhecida de Anahí interrompeu o silêncio do espaço, fazendo com que todas as olhassem. Principalmente, as clientes que estavam folheando as revistas. Dulce sentiu aquela acelerada das batidas cardíaca. Até quando sentiria assim quando visse a Anahí? Era até irritante. A loira estava linda! Usava uma batinha branca com um colete de pelo falso. Uma calça jeans bastante justa, e saltos altos. O seu perfume invadiu o ambiente. Como sempre: Muito cheirosa e muito linda. Carregava nas mãos uma caixinha. Aproximou-se da morena com um sorriso escancarado. — Olá. — Disse assim que parou na frente de Dulce.

— Olá. — Dulce respondeu. — O que você está fazendo aqui? — Perguntou desconfiada. De acordo com os seus planos, era para ver a loira somente quando fosse buscar a Oprah.

— Estava olhando no calendário e me lembrei de uma coisa importante: O seu período menstrual. — Anahí respondeu.

Dulce apertou os olhos e cruzou os braços, a descrença em seu rosto.

— E desde quando o meu período menstrual é importante?

— Desde que eu me lembre que você precisa de um pouco de mimo. — Anahí estendeu as mãos, entregando a caixa. — Espero que seja um excelente calmante, coloquei tudo o que você gosta: Laka com diamante negro, sementes de amêndoas achocolatadas, twister e chocolate com licor de cereja. — O sorriso da loira aumentou mais ao ver a expressão atônita da morena. — E também coloquei uma mensagem de autoajuda para os momentos em que você sinta vontade de se descabelar. — Anahí fez uma caretinha engraçada.

Dulce não conseguiu controlar o sorriso. Isso aumentou ainda mais a alegria da Anahí.

— Obrigada. — Dulce abraçou a caixinha como se fosse um pote de tesouro.

Depois de uma piscadinha, Anahí ia saindo, mas voltou e despejou um beijo íntimo no canto dos lábios da morena. Depois, saiu para o seu trabalho.

Dulce ainda estava sem acreditar que a Anahí se recordou de tudo que gostava de comer quando estava nesse período. Um sorriso abobalhado surgiu em seus lábios ao constatar que de fato estavam todos os seus doces favoritos ali.

— Oh... Quem é essa belezura? — Uma cliente de meia idade perguntou.

— Minha ex. — Dulce respondeu.

— Ex? Menina! Você é muito boba. Estou quase virando lésbica depois dessa cena. — Outra cliente disse. — Queria eu que o meu marido me fizesse isso.

— Ela não tem uma irmã? — A cliente de meia idade voltou a perguntar.

Dulce apenas sorriu. Não imaginava a Ana Beatriz dessa forma. Prometeu a próxima cliente que a chamaria em cinco minutos e foi para a sua sala. Sentou-se de frente para o bonsai que tinha ganhado da loira, dessa forma seria muito difícil de se manter afastada de Anahí. Mulher era um bicho muito besta mesmo. Sempre se iludia com essas besteiras. Mas a verdade é que amava aquela sensação de borboletas flutuantes em seu estômago.

Dentro da caixinha tinha uma rosa solitária com a frase: Sempre que pensar em se descabelar, lembre-se: Eu amo os seus cabelos, assim como amo cada pedacinho de ti. Sorriu e balançou a cabeça em negativa, Anahí era mesmo um caso sério! Foi impossível controlar o rubor do seu rosto.

Esses pequenos gestos estavam fazendo com que a barreira imposta em relação à Anahí, estivesse sendo quebrada. Quase que não estava acredito nisso. Pensou que tinha força de vontade, mas força e vontade não andavam juntas na mesma frase ao se tratar de Anahí.

Abriu uma barra de chocolate e deu uma mordida, sentindo todo o seu corpo e mente ser invadida por uma onda de prazer.

Uma voz que sempre chegava a momentos inoportunos e com bastante força, sussurrou em seu ouvido:

Por que não dá uma segunda chance para Anahí?