Fanfic: Faz de conta — Portiñón. FINALIZADA. | Tema: Portiñon. DyC. Anahí y Dulce.

Antes mesmo de alcançar o seu escritório, Anahí foi abordada por sua secretária.

— Bom dia, Anahí. Chegou essa encomenda para você. — A secretária informou apontando para uma cesta em cima da mesa.

Anahí se aproximou e pegou a cesta. Os seus olhos brilharam de alegria ao ver do que se tratava. Um double sérum clarius, que beleza! Adorava esse produto porque impedia que as rugas de expressão se formassem em seu rosto. Acompanha um cartão. Era do representante pedindo cordialmente que aceitasse o pequeno presente e divulgasse o produto em seu SPA.

— Obrigada. — Anahí disse para a sua secretária e foi para o seu escritório.

Assim que chegasse em casa e tomasse um banho, iria passar esse produto. Agora era hora de trabalhar, tinha algumas coisas acumuladas.

As horas se passaram rápido. Quando dei seis horas, Anahí decidiu que estava na hora de ir embora. Para isso que o seu SPA tinha um gerente, para cuidar dos assuntos até mais tarde. Pegou a sua bolsa juntamente com o seu presente e foi para o seu apartamento.

Estava pensando em fazer alguma coisa para a Dulce... Um jantar com a ajuda da Oprah. A pequena adorava acompanha-la no preparo da refeição, mesmo que fosse para bagunçar ou jogar as coisas para longe.

Assim que abriu a porta, Oprah que estava em pé com um ursinho correu em sua direção. Anahí se abaixou e pegou a sua pequena nos braços, dando uma voltinha com ela e a enchendo de beijos.

— Princesinha da mamãe. — Anahí disse.

— Oprah, cadê você? — Ana Beatriz apareceu correndo de toalha na sala. Ficou aliviada ao ver a pequena nos braços da irmã. — Ufa, aí está ela.

— Cadê o Eric?

— Foi embora. Uma ligação de negócio. Como estava aqui, passou o bastão para mim. — Ana Beatriz respondeu. — Um segundo que entrei no banheiro e voltei essa pestinha já tinha sumido.

Oprah começou a se debater para ir para o chão. Anahí a colocou, a pequena saiu andando novamente.

— Devia ter a colocado no cercadinho. — Anahí disse ao olhar a sua irmã. Não era muito observadora, mas... — O que isso em seu pescoço?

Ana Beatriz ficou desconfiada, quase empalideceu. Não achava que Anahí iria perceber a chupada que tinha recebido da Maíra. Colocou a mão em cima.

— Nada. Tive um encontro com uma guria, apenas isso. — Ana Beatriz respondeu sem jeito.

— O negócio foi muito bom, ein? — Anahí sorriu. — A conheço?

— Não! — Ana Beatriz quase gritou. — Acho que nunca a viu. Eu vou ir para o meu banho.

Anahí estranhou aquele comportamento de sua irmã. Parecia que estava escondendo alguma coisa de si. Bem, o que é que fosse, iria descobrir mais cedo ou mais tarde. Foi brincar com a Oprah. Não sabia que horas a Dulce iria busca-la, mas... Não se incomodava em ter a pequena em seu apartamento, sempre enchia o lar de alegria e isso era impagável.

Perdeu a noção do tempo. Jogou-se no chão quando não aguentou mais, criança era uma energia sem fim. Oprah imitou o seu passo e também se jogou no chão. As duas deitadas, uma olhando a outra. A campainha tocou.

— Você vai abrir? Por que eu não estou nem um pouco afim. — Anahí perguntou para Oprah que a olhou sem entender nada.

A campainha tocou mais algumas vezes, e Anahí não moveu um músculo. Até que Ana Beatriz saiu do seu quarto, olhou para a irmã com irritação.

— Não está escutando a campainha não?

— Estou. — Anahí respondeu. — Mas não quis me levantar. O bebê está pedindo descanso.

Ana Beatriz revirou os olhos.

— Não use o bebê como desculpa para a sua preguiça. — Ana Beatriz foi para a porta e abriu, era a Dulce. — Ah, é a vaca mãe.

Dulce abriu a boca e fechou.

— Ana Beatriz, você como sempre muito agradável. — Dulce disse e foi entrando. — Vim buscar a Oprah.

— Desfrute de minha hospitalidade. — Ana Beatriz cutucou e se jogou no sofá.

Dulce a ignorou. Desde que tinha deixado a Anahí, que a Ana Beatriz estava meio diferente com ela. Mas nunca a tinha chamado de vaca.

Anahí se sentou e lançou um olhar irritado para a sua irmã que ignorou.

— Agora? Ainda nem jantamos. — Anahí olhou para o seu relógio de pulso. — Nossa! Já são quase oito.

— Sim, já são. — Dulce disse. — Não se preocupe Anahí. Assim que eu chegar a casa, prepara alguma coisa para nós.

— Nada disso. — Anahí se levantou. — Faço questão de que vocês jantem. Eu vou tomar um banho para tirar essa roupa suada, e tenho certeza que a Ana Beatriz vai ter o imenso prazer de pedi pizza para nós.

— Eu acho que a Ana Beatriz não terá esse prazer todo. — Ana Beatriz respondeu se usando como segunda pessoa.

— Apenas faça. — Anahí fulminou a irmã com olhar, então, olhou para a Dulce com um sorriso. — Por favor, fique. Não irei demorar no banho, e a pizza é entregue rapidinha.

Dulce sorriu e pegou a Oprah nos braços.

— Tudo bem.

Anahí sorriu para a Dulce, e foi para o seu quarto tomar um banho rápido.

Sem ter muita opção e querendo evitar uma briga com a sua irmã, Ana Beatriz pegou o telefone e discou o número da pizzaria. Nem fez questão de perguntar que sabor a Dulce queria. Escolheu de quatro queijos.

Dulce sentou-se no outro sofá. Oprah estava agarrada nela. A sua filha sempre ficava assim depois de um dia longe. Deu um beijo na cabeça da Oprah.

— Então. — Ana Beatriz começou assim que terminou a ligação. — Você não tem uma namorada para fazer companhia?

— Maíra está em Gravatá. — Dulce respondeu sem parar de beijar a cabeça de sua filha.

Ana Beatriz se surpreendeu. Maíra em Gravatá?

— Desde quando?

Dulce a olhou diferente. Não estava entendendo esse súbito interesse de Ana Beatriz por Maíra.

— Desde ontem á noite. Por quê?

— Por nada... — Ana Beatriz respondeu encucada.

Claro que Maíra não estava em Gravatá. Só bastava saber por que estava mentindo para a Dulce. Será que estava escondendo alguma coisa? Além do fato que tinha transado com ela.

— Então... Sua namorada não está aqui e você está atrás de Anahí? — Ana Beatriz perguntou. — Até porque, soube que ontem a Anahí dormiu em sua casa. Já estão juntas novamente?

Dulce revirou os olhos.

— Não estou correndo atrás de Anahí. Vim buscar a minha filha e como você pode ter percebido a Anahí me chamou para jantar. — Dulce respondeu mal humorada. — E outra coisa: Eu não tenho nenhuma satisfação á dá para você sobre a minha vida e muito menos sobre a vida de Anahí. Somos crescidas, maiores de idade e se quisermos estar juntas, não é você que irá impedi. Então, me poupe do drama.

Ana Beatriz ficou surpresa com a resposta, mas tinha que confessar que grande parte de si, admirou a Dulce. Estava com implicância com ela, mas era coisa momentânea. Sempre quis a morena com a sua irmã, só mudava de pensamento quando se deparava com a loira chorando pelos cantos.

Era ótimo que Anahí e Dulce se acertassem. O que significara que o caminho estaria livre para ficar com a Maíra. Desde que teve aquele pequeno momento com a outra dentro do carro que não conseguia parar de pensar nela. Se antes estava gamada em Maíra, agora estava fissurada.

— Só estou perguntando por que me preocupo com o bem estar da minha irmã. — Ana Beatriz deu de ombros. — Sei como essa reaproximação toda mexe com ela. E dou até um conselho, se não pretende ficar com a Anahí, melhor não dá falsas esperanças. Ela está esperando um bebê e tudo que menos precisa é ficar depressiva novamente por conta de você.

— Como se eu não tivesse sofrido nenhum momento por ela. — Dulce falou zombeteira. — Não gosto de brincar com os sentimentos das pessoas, e não farei isso. E também não estou dando esperanças para a Anahí. Ela sabe que estou com a Maíra e que tudo entre nós, acabou.

A mentira era tão grande que nem dava para ser disfarçada. Entre Dulce e Anahí tinha acabado? Achava que não. Iria responder quando escutou um grito alto e espantoso vindo do quarto de Anahí. As duas se levantaram em um pulo com os corações acelerados.

Ana Beatriz correu para o quarto de Anahí, e Dulce foi atrás. Mas antes, colocou a Oprah no cercadinho. A pequena reclamou, mas a morena deu um ursinho de pelúcia a ela e correu para o quarto de Anahí bastante trêmula porque os gritos continuavam.

Encontrou a Anahí ajoelhada com as mãos no rosto, e gritando de dor. Ana Beatriz tentava fazê-la tirar as mãos, porém, ela não fazia isso.

— O que aconteceu? Anahí? — Dulce perguntou se aproximando. Estava muito nervosa. — O que aconteceu? — Repetiu.

— Está queimando! — Anahí gritou alto.

— Anahí, por favor. Tire as mãos para que possamos ver e lhe ajudar. — Ana Beatriz pediu novamente, tocando o braço de sua irmã.

Anahí não tirou.

— Anahí. Tire as mãos! Agora! — Dulce gritou mais alto ainda.

Anahí sentia que o seu rosto estava em chamas, e também coçava muito. Ela não sabia o que fazer com aquela sensação infernal. Ao escutar o grito de Dulce, retirou as mãos do seu rosto. E o choque atingiu o rosto de Dulce e Ana Beatriz.

O rosto de Anahí estava vermelho sangue, até os olhos estavam avermelhados. Pior que a alergia estava descendo para o seu pescoço. A loira começou a se sentir tonta, e também com falta de ar.

— O que foi isso? — Dulce perguntou aterrorizada. — O que você usou?

Com a mão trêmula, Anahí apontou para o frasco caído no chão. Ana Beatriz pegou o frasco e apertou os olhos.

— Temos que chamar uma ambulância! Ela deve está sofrendo uma crise alérgica. — Dulce gritou, correu pra pegar o telefone na base e ligou para a emergência.

Ana Beatriz soltou o frasco no exato momento em que a Anahí começou a desfalecer...