Fanfic: Faz de conta — Portiñón. FINALIZADA. | Tema: Portiñon. DyC. Anahí y Dulce.

Parecia um anjo... Dormindo com uma expressão tão calma e serena. Mesmo com aquelas manchas em seu rosto, Dulce conseguia enxergar a beleza da Anahí... Era a beleza da alma. Estava acariciando o rosto, ás vezes, descia as mãos pelos cabelos. A única coisa que queria era que a Anahí se recuperasse e saísse do hospital, vê-la dessa maneira tão indefesa, quebrava o seu coração.

Inclinou-se e depositou um selinho nos lábios da loira... Nessa hora, parecia tão errado estarem separadas. Sabia que estava pensando com os ânimos exaltados, mas boa parte de si, sabia que era com a Anahí que queria ficar. O seu coração pedindo isso.

Desceu os olhos para a barriga de Anahí... A vida era muito engraçada. O motivo da separação, entre outras coisas, foi o bebê. Olhando assim, parecia até egoísmo e sadomasoquismo em não ter a pessoa que ama por causa de um bebê. Lembrava-se de todas as palavras que tinha dito para a Anahí no dia do termino. Ironicamente, estavam no mesmo hospital... Ficou tão louca da vida quando soube que a Anahí estava gerando um bebê do cara que mais detestava que a única coisa que quis era ficar longe...

Dois dias perto de Anahí, parecia que as suas convicções eram quebradas. Os tabus, e os medos também. A loira tinha adotado a Oprah, hoje em dia, Anahí tinha um amor incondicional por Oprah, que também a chamava de filha... Por que ela não podia tentar isso com a Anahí?

Soube que a loira tinha mudado quando afirmou que se afastaria do Eric, caso fosse á sua vontade. Sabia também que precisava de outras provas da sua mudança, mas... Isso com o tempo teria. Não iria necessariamente voltar para ela.

Mas por que não começar do zero? Terminaria com a Maíra para começar. Esse relacionamento não daria certo mesmo. Depois, deixaria que o seu coração fosse o seu guia. Iria conhecer o que não conhecia em Anahí... Queria namorar com a Anahí, mesmo já sendo casada... Queria ir passo á passo.

Queria encontros, queria que á vontade de estar juntas fosse maior do que qualquer razão. Queria flores, queria beijos apaixonados. Queria romance... E quando um minuto de distância doesse tanto na alma, queria por fim, morar novamente com a Anahí e viver o casamento regado de muito amor, paixão, companheirismo...

Queria realizar os seus sonhos e também os planos...

Anahí abriu os olhos, ainda estava bem sonolenta, mas sorriu ao ver a sua amada em sua frente.

— Estou sonhando? — Anahí murmurou.

— Não. — Dulce sorriu, sem deixar de acaricia-la. — Eu estou aqui. Como se sente?

— Com muito sono. — Anahí continuou a murmurar. — Eu estou horrível.

— Não meu amor. — Dulce também murmurou. — Você está linda.

— Acho que estou sonhando mesmo... Você me chamando de “meu amor”...

— Por que você é o meu amor. Sempre foi e sempre será. — Dulce inclinou e depositou outro selinho nos lábios da Anahí.

Anahí se sentiu muito feliz com aquilo, sentiu vontade de chorar. Fazia muito tempo que queria escutar aquelas palavras vindo da Dulce, e agora... Estava escutando. Os seus reflexos estavam tão lentos, se não, se sentaria e beijaria a morena.

— Eu te amo. — Anahí disse. — Desculpa por tudo, eu não quis fazê-la sofrer, eu... — Foi interrompida porque a Dulce colocou o dedo em seus lábios.

— Xiuuu... Eu sei... Eu sei. Não precisa me dizer nada agora, meu amor. Eu quero que você descanse pra ficar renovada e ir para casa amanhã.

— Você vai cuidar de mim? — Anahí perguntou com a voz manhosa.

— Claro. — Dulce sorriu.

Anahí também sorriu. Olharam-se com carinho, a loira segurou a mão da morena e apertou suavemente. Uma enfermeira adentrou no quarto. Usava máscara e toca, estava com uma cuba rim, e dentro da cuba, duas seringas com medicação.

— Como está o meu bebê? — Anahí perguntou.

— Está muito bem. — Dulce respondeu sem tirar o sorriso. — Não precisa se preocupar com isso. Ok?

Anahí balançou a cabeça em positivo.

— Uhum... Eu te amo...

— Eu também te amo. — Dulce respondeu e lhe deu outro selinho. Depois olhou pra enfermeira que aplicava a medicação no equipo do soro, aparentemente a Anahí estava ficando mais sonolenta do que o normal. — Será que tem problema de eu ir num restaurante do hospital?

— Não. — A enfermeira respondeu com a voz de um sotaque muito forte. — Ficaremos de olho nela. Pode ir tranquila.

Dulce voltou a olhar para Anahí.

— Eu vou ir jantar. Na correria, não comi nada. Você ficará bem?

Anahí balançou a cabeça em positivo, sentindo todo a sua mente ficar enevoando por sono.

Dulce deu um beijo no alto da cabeça de Anahí, sorriu para enfermeira e foi para o restaurante. Aproveitou para deixar um sms para Maíra, precisava conversar com a sua namorada. Não podia ficar com nessa situação. Não era infiel, e não queria passar por tal. Também não era ingrata, sabia de tudo que a Maíra fez por ela e também como a ajudou. Era muito grata por isso, e também reconhecia. Mas, imagina ficar com uma pessoa apenas por isso? Não era felicidade.

Já tinha tomado a sua decisão.

Depois que a porta do quarto se fechou, e mais cinco minuto corrido... A enfermeira retirou a máscara e sentou-se no leito de Anahí. Ah que saudade de olhar tão pertinho a sua amada e de sentir aquele perfume maravilhoso. Tocou na mão de Anahí e fez carinho com o polegar. O ser humano era muito interessante... Também era interessante o modo que odiava a Anahí na mesma intensidade que a amava... Loucamente.

A loira ao sentir o carinho, abriu os olhos achando que era a Dulce.

— Mas já? — Falou com a voz meio embolada, estava mais no mundo dos sonhos do que real. Assustou-se ao ver quem era. Por um momento não soube se era um delírio ou realidade, tentou puxar a sua mão, mas sentia-se estranhamente sem forças. — Maite...

— É bom saber que ainda se lembra do meu nome. — Maite abriu um sorriso. — Fiquei com receio de que tivesse me esquecido. — Depois fez uma careta. — Você está horrível com essa cara toda pipocada.

Anahí olhou para a campainha que acionava o painel da enfermeira.

— Nada disso. — Maite balançou a cabeça em negativo. — Você não vai chamar ninguém, vai ficar quietinha e desfrutar o nosso pequeno encontro. — Acariciou o rosto da loira, mas Anahí afastou o rosto. Maite revirou os olhos. — Continua a mesma rebelde de sempre, isso não é nada bom.

Anahí estava em pânico. Uma parte do seu cérebro estava em convulsão, mas as outras partes estavam anestesiadas.

— Foi você que fez isso comigo?

— Não. — Maite jogou a cabeça para o lado. — Não fui eu. Mas fiquei muito surpresa e também indignada com a sua inocência. Meses atrás, envenenei o seu irmão com uma cesta anônima. Você deveria ter tomado isso como exemplo e não ter usado um produto com um remetente tão vago.

Anahí não conseguia assimilar muito. Queria se manter acordada, mas os seus olhos estavam pesados. Lutou para não dormir. Se é que não tivesse dormindo já...

— Como você sabe... Que foi um produto?

— Por que eu sei tudo. Estou mais perto do que longe. Você não imagina o quão estou muito perto de você. — Maite suspirou. — Também quero dizer que estou muito insatisfeita com essa gravidez. — Ela olhou pra porta e depois para a Anahí. — E que história é essa que você e Dulce estão se acertando? Ela é mais trouxa do que eu imaginava.

— Você... Vai me matar? O que... O que colocou na minha veia? — Anahí perguntou com a voz sussurrada.

Maite ajeitou a toca em seus cabelos.

— Não... E foi apenas medicação de horário, não se preocupe. — Maite segurou o queixo de Anahí e aproximou o rosto. — Eu tenho um plano para você. — Apertou o queixo da loira, e roçou os lábios. — Acredito que não vai gostar muito, mas será glorioso... — Deu um selinho nos lábios de Anahí. — E sobre esse seu relacionamento com a Dulce, é melhor esquecer ou eu farei que esqueça. — Soltou o queixo de Anahí e se afastou. — Estamos conversadas?

Palavras embaralhadas na cabeça de Anahí. Tentava buscar uma conexão nas frases, mas estava tão confusa que não conseguia compreender nada. O peso dos seus olhos venceu, e os fechou.

Como pode ter esquecido a carteira? Dulce era mesmo uma desastrada! Voltou quase correndo para o quarto. Tinha deixado junto com a sua bolsa. Abriu a porta e encontrou a Anahí dormindo pesadamente.

Era bom saber que a loira estava bem e em paz...

Quase que não postava hoje! E não se acostumem... Já decidi que quando eu beber nos finais de semana, ficarei bem longe daqui! Hahaha.

Ah... Meninas, vocês tem alguma dúvida sobre a fic? Curiosidade? E tal?

Se tiverem, me perguntem, que eu vou responder cada dúvida, curiosidade e tal, de vocês.