Fanfic: Faz de conta — Portiñón. FINALIZADA. | Tema: Portiñon. DyC. Anahí y Dulce.

Maíra e Ana Beatriz aguardavam os convidados. Estavam de mãos dadas, e trocavam alguns beijos quando escutaram o barulho dos carros se aproximando. O hotel-fazenda era bem tranquilo, com inúmeros animais, com piscinas naturais e algumas atividades radicais para quem gostava. Para quem não gostava, tinha as programações mais tranquilas.

Era um lugar muito bonito. A passagem era incrível. O ar era puro, não tinha aquela poluição insistente da cidade grande. A calmaria era um brinde que lhe traziam paz espiritual. A melodia dos pássaros era o que embalava o dia.

— Estou ansiosa pra esse final de semana. — Ana Beatriz disse, depois de terminar de beijar a sua namorada.

— Eu também estou. — Maíra respondeu. — Estou louca para ver a Oprah...

— Só a Oprah? — Ana Beatriz perguntou com os olhos apertados.

— Já superamos isso, não? — Maíra irritou-se.

Ana Beatriz mordeu o lábio inferior.

— Sim. Desculpe-me...

Maíra manteve a cara fechada. Não gostava dessas crises pequenas de namoradinha. Inclusive porque não sentia nada mais pela Dulce ao não ser amizade. Estava apaixonada por Ana Beatriz e achava que nunca amou a Dulce de verdade, foi apenas um momento.

Os carros pararam, e um por um foi saindo. Maíra correu pra abraçar o Poncho, enquanto, a Ana Beatriz correu para abraçar a Anahí. Cumprimentaram á todos. As meninas ficaram encantadas com o tamanho da barriga de Anahí.

Estava enorme mesmo. Anahí até estava andando meio de lado, meio que remando.

— É um menino! — Eric informou para Ana Beatriz.

— Droga! — Ana Beatriz resmungou. — Mais tarde lhe dou o seu dinheiro.

— Vocês apostaram? — Leonardo perguntou.

— Sim. Ganhei mil reais sem fazer nada. — Eric se gabou.

Todos riam menos a Ana Beatriz que estava praguejando os cromossomos. Depois da agitação do primeiro momento, foram lanchar, os funcionários ficariam responsáveis pelas malas. Cada um ficaria em flats. 

O lanche foi comida regional. Comeram um queijo coalho com doce de leite e mel de engenho com passas. Era delicioso. Ainda comemoram bolo de fubá e uma canjica acompanhada com café. Ficaram bastante satisfeitos.  

— Vamos passear um pouquinho? — Dulce propôs a Anahí.

— Sim. — Anahí se levantou com um pouco de dificuldade, tinha comido demais e a barriga parecia que estava mais pesada que o habitual.

Dulce pegou a Oprah que fez questão de ir andando e solta. Sempre que Dulce tentava pegar na mão da pequena, ela gritava um “não” e puxava o braço. Toda mal criada.

— Pode deixa-la solta, Dulce. Por aqui não tem perigo. — Maíra informou.

Anahí e Dulce ficaram de mãos dadas e foram caminhando lentamente, enquanto, a Oprah corria e apontava toda admirada para os bichos que via na distância. O clima de romance tinha se estabelecido. Elas queriam namorar, mas não dava por conta da Oprah, então, deram atenção a sua filha, mas sempre trocando olhares apaixonados.

Ao longe, o Eric andava maior zen.

— Eric! — Anahí gritou.

— Oi? — Ele se aproximou.

— Você pode ficar olhando um pouquinho a Oprah? Iremos andar no pedalinho. — Anahí apontou para o pedalinho.

— Fico. — Eric correu até a Oprah e a pegou nos braços, fingindo que ela era um aviãozinho.

A pequena dava altas gargalhadas. Anahí e Dulce riram.

— Ele será um bom pai. — Dulce disse.

— Também acho, mas teremos que ter cuidado, se não, vai estragar muito a criança.

— Estaremos aqui para impor limites.

Antes de ir para o pedalinho, Anahí puxou a Dulce para os seus braços, meio de ladinho para poder ficar abraçada com a morena. Acariciou o rosto dela, enquanto, a olhava nos olhos. Dulce abriu um suave sorriso.

— Eu te amo. — Anahí disse. — Obrigada por continuar ao meu lado, mesmo com todas aquelas coisas, por aceitar o meu filho...

— Eu não poderia deixa-la... Você é a minha felicidade, é a força que me impulsiona todos os dias. Como poderia ir embora? Eu te amo. Eu amo a nossa família de hoje, e amarei muito a nossa família de amanhã. Esse filho é uma parte de você. E tudo que tem um pouquinho de você, já me faz amar.

Anahí suspirou com as palavras de Dulce... Tinha escolhido a mulher mais perfeita para amar. Segurou o queixo de sua amada e beijou os lábios suavemente. Dulce passou os braços ao redor do pescoço de Anahí, virou o rosto de lado e encaixou os lábios, iniciando um beijo calmo e de amor.

Depois de uns minutos, e o ar lhes faltaram, encerraram o beijo com um selinho carinhoso e foram para o pedalinho.

— Ei, Dulce. Vamos apostar uma corrida? — Poncho gritou em outro pedalinho, estava ele e Leonardo.

— Não acho que seja muito viável. Já que estou com uma grávida á bordo. — Dulce apontou para Anahí com o bucho na boca.

— Ah, que pena... — Poncho gritou novamente. — Iria apostar que... Quem ganhasse, cuidaria da Oprah esse final de semana sem direito a pedi o outro nem uma hora.

Leonardo riu. Sabia o porquê o Poncho estava querendo fazer essa aposta. Porque estavam em um lugar muito romântico e a intenção era de namorar, e teria um momento em que a Dulce pediria para ficar com a Oprah. E mesmo adorando a pequena, os casais queriam aproveitar.

Dulce mordeu o lábio inferior e depois olhou para Anahí.

— O que você acha? É uma aposta bastante tentadora.

— Eu acho que conseguimos. — Anahí sorriu.

— Não acha que será muito esforço físico?

— Esqueceu que sou uma grávida fitness? — Anahí piscou para Dulce.

E de fato era. Anahí estava fazendo atividades físicas. Era bom para o bebê.

— Tudo bem. Aceito. — Dulce gritou de volta.

Poncho e Leonardo trocaram um sorrisinho de vitória.

— Temos que chegar aquele ponto ali. — Poncho disse, ficando ao lado delas. — Quem chegar primeiro, ganha. Valendo?

— Tudo bem.

— Um... Dois... Três... Já! — Dulce gritou.

Eles saíram pedalando até o ponto que descobriram depois de umas pedaladas que era um pouco distante. As meninas ficaram para trás porque estavam poupando energia. Os meninos ficaram bem felizes achando que ganhariam, mas se cansaram na metade da pedalada, e para a surpresa e também descrença de ambos, as meninas passaram por eles. Até tentaram alcança-las, mas foi tarde demais.

Anahí e Dulce ganharam, e mesmo estando mortas, gargalharam da cara dos meninos.

— Vocês roubaram! — Poncho retrucou.

— É! — Leonardo concordou.

— Como a gente ia roubar? Estou grávida, esqueceu? — Anahí revirou os olhos. — Aceitem que perderam.

— Pode ir buscar a bolsa de Oprah, e cuide muito bem dela. Viu? — Dulce piscou para eles.

Mas a alegria de ambas se encerrou depois que perceberam que teriam que voltar. E logo, porque já estava escurecendo.

Voltaram destruídas. Tanto que optaram por jantar no flat que era grande e espaçoso. Amaram. Muito bem decorado e rico em detalhes. Tomaram um banho juntas com troca de muito carinhos, e depois jantaram na cozinha.

Como tinha perdido a aposta, o Poncho já estava com a Oprah e também com a mochila dela.

Amanhã acordariam cedo. Iriam fazer uma trilha, iriam todos. Menos o Leonardo que não tinha nenhuma vontade de fazer isso. Ele ficaria responsável pela Oprah.

Anahí deitou de ladinho, era a única posição que se sentia confortável para dormir e não sentia muita falta de ar, sentiu a Dulce atrás de si, lhe abraçando pela cintura e se aconchegando, recebeu um beijo quente na nuca e se arrepiou.

— Que dá uma rapidinha? — Anahí perguntou.

— Não. — Dulce respondeu sorrindo. — Estou morta de cansada.

— Que bom. — Anahí riu. — Eu também. — Passou o seu braço em cima do braço da Dulce e fechou os olhos.

Dulce também não manteve por muito tempo os olhos abertos. Estava exausta, e achava que amanhã ficaria muito pior. Dormiu escutando os grilos cantando.

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