Fanfic: Faz de conta — Portiñón. FINALIZADA. | Tema: Portiñon. DyC. Anahí y Dulce.

Vinte quatro horas depois...

Os quadros de Anahí e Dulce estavam animando á todos. Elas tinham acordado meio sonolentas, mas a primeira coisa que perguntaram foram uma pela outra. Então, a Anahí soube que a Dulce foi esfaqueada, ficou nervosa, mas a tranquilizaram.  Depois a Anahí perguntou sobre o seu bebê. Com as notícias sendo boas, os ânimos também ficaram melhores.

Dulce ainda não estava acreditando que tinha saído com vida daquele ataque da Maite. Preocupe-se com a sua filha, mas soube que a Oprah estava muito bem e com a tia, Maíra. Ela queria ver muito a Anahí, precisava ter certeza de que a sua amada estava realmente bem.

Não demorou muito para ser transferida para o quarto. Foi um alívio quando chegou ao quarto e viu á todos. Chorou. Estava Maíra, Oprah, Ana Beatriz, Leonardo e Poncho. A sensação de ter aqueles que amavam perto era boa demais. Fazia valorizar á cada momento da sua vida.

Deu muito beijo no rosto da sua filha. Oprah queria ir para os seus braços, mas como estava operada, não podia segurá-la. Mas reafirmou o seu amor pela pequena diversa às vezes. Achou que nunca mais veria aquele rostinho. Não conseguia controlar as suas lágrimas, estava tão feliz que não sabia como expressar.

Os seus olhos procuraram por a Anahí...

— Onde está a Anahí? — Perguntou baixinho.

— Ela está bem. — Ana Beatriz afirmou. — Vocês duas estão bem. E o bebê também.

— Eu quero vê-la.

— Nós também. — Poncho disse. — A obstetra disse que iria liberá-la para o quarto. Estamos aguardando.

Anahí estava em outro ponto do hospital. Queria muito ver a sua esposa, mas antes, precisava conhecer uma pessoinha. Não quis ir de maca. Quis ir de cadeira de rodas. Ficar em uma maca pra cima e pra baixo no hospital a fazia se sentir muito doente. E não estava assim. Queria até andar! Só que estava um pouco fraca e não conseguia muito bem. Tinha perdido muito sangue e foi preciso fazer transfusão de sangue.

A notícia que não poderia ter mais filho, a pegou de surpresa, mas também não a deixou traumatizada. Tinha um filho, e estava muito feliz em ter vida e saúde para cuidar dele e viver feliz com a sua família. Se quisesse mais filhos, a Dulce poderia ter ou poderia adotar. Não deixaria que uma coisa desta estragasse a sua alegria de viver. Era uma vitoriosa, não iria ficar se lastimando.

Foi tomada por um nervosismo quando adentrou no setor de materno. Era a primeira vez que iria ver o seu filho e seu coração batia de ansiedade. O Eric estava no andar e sorriu para ela. Aparentemente, ele estava bem.

— Você me deu um enorme susto. Nunca mais faça isso. — Eric reclamou com uma cara feia, mas depois sorriu. — Você tem que ver o nosso meninão. É lindo!

Anahí apenas sorriu. Estava evitando falar para não ficar com gases. Isso era um dos efeitos colaterais da cesariana. Era um saco, mas sobreviveria. A técnica parou a cadeira na porta do berçário.

— Espere um minutinho que vou buscar o seu meninão. — A técnica pediu com um sorriso.

E esperou. Quando a técnica voltou com um menino grande e bonito nos braços e entregou para Anahí, uma sensação única e indescritível tomou conta do seu ser. Parecia que a vida tinha tomado outra perspectiva. Era o bebê mais lindo que tinha visto em sua vida...

— Oi meu amor... — Anahí chorou, dando beijinhos suaves na cabecinha cheirosa do seu filho. — Você é lindo. Eu te amo tanto. — Acariciou o rosto do seu bebê, depois segurou na mãozinha.

O menino era um misto de Anahí e Eric. Os olhos azuis escuros, os cabelos castanho-claros e bem lisinhos, bochechas adoráveis, bem branquinhos. O interessante era os olhos que eram meio puxadinhos.

— Tem os meus olhos. — Eric se exibiu.

— Tem a minha boca, o meu cabelo, o meu queixo... — Anahí implicou com o Eric e voltou olhar para o seu filho. Não conseguia parar de admirá-lo.

O bebê estava acordado e olhava para a Anahí, parecia hipnotizado. Ele tinha reconhecido a mamãe.

— Eu quero ver a Dulce... Preciso mostrar o meu pequeno para ela... O nosso pequeno. — Anahí pediu.

Apesar de ser de oito meses, o bebê era saudável e forte. Estava com um peso ideal e os seus exames eram ótimos. Por tanto, não precisava ficar mais tempo na incubadora. Os tempos mudaram e a medicina também. Se fosse completar o ciclo, a Anahí faria nove meses hoje, então, quase que não era considerado um bebê prematuro.

— Vamos ver a Dulce... — A técnica disse e saiu arrastando a cadeira de Anahí com Eric atrás.

Não demoraram muito para chegar no andar de apartamentos. Entraram no corredor que dava para o apartamento de Dulce, antes de bater na porta a Anahí impediu.

— Será que posso fazer uma surpresa? — Anahí perguntou para técnica.

— Qual? — A técnica perguntou.

— Gostaria de entrar andando com o meu filho.

— Você consegue andar, Anahí? — Eric perguntou. — Você está cirurgiada, não pode ficar fazendo estripulias.

— Consigo e será poucos passos. — Anahí disse e olhou para técnica. — Você pode vir atrás com a cadeira. Pode confiar. Eu estou bem, me sinto bem e minha obstetra me aconselhou a andar para liberar os gases. — Fez uma careta.

Eric fez uma caretinha, e a técnica riu.

— Tudo bem. Mas vou está bem atrás de você, se ficar tonta ou qualquer coisa, vai ter que sentar. Está bem?

Anahí concordou com a cabeça. Entregou o filho para o Eric e com auxílio da técnica se levantou. Sentiu um desconforto e um pouco de tontura, mas respirou fundo diversas vezes até que o corpo se acostumou a ficar em pé.

O Eric devolveu o bebê para ela, e em passos lentos, foi caminhando para dentro do quarto...

— Com licença... — Anahí pediu ao entrar no quarto.

Todos ficaram surpresos e muito felizes ao vê-la. Ninguém esperava que ela entrasse andando. Os que estavam presentes no quarto, já tinha conhecido o bebê, menos a Dulce. Eles quase acamparam em frente do berçário admirando o pequeno.

Eles queriam muito falar com a Anahí, abraça-la e tudo mais. Porém, quando viram a troca intensa de olhares de Anahí e Dulce, souberam que aquele momento era delas. Então, saíram do quarto sorrateiramente. Depois falaria com a Anahí. Tinham o tempo do mundo para isso.

Dulce estava chorando. Não acreditava que bem em sua frente estava a sua esposa, andando e segurando o filho delas. A última imagem que tinha visto de Anahí era em cima da poça do seu próprio sangue, agora... A mesma estava de pé caminhando em sua direção. Era um sonho que nunca mais queria acordar. Uma benção!

Anahí também estava chorando. Quando soube que a Dulce tinha sido atingida por Maite, ficou com tanto medo de ter pedido o grande amor da sua vida. Agora a via ali... Tão perto de si, e cheia de vida. Era como se estivesse vivendo no paraíso.

Aproximou-se em passos lentos. Parou de frente para o leito, a sua mão trêmula acariciou o rosto de Dulce. A morena segurou a mão de sua amada e beijou, depois roçou suavemente a sua bochecha na mão dela.

— Eu tive tanto medo... — Dulce sussurrou. — De te perder. Eu não sei o que faria da vida se acordasse e não a tivesse ao meu lado. Eu te amo tanto. Mais tanto... Que se fosse pra escolher, eu daria a minha vida á você. Porque eu não saberia viver no mundo em que você não estivesse.

Anahí a olhou com ternura, sorriu entre as lágrimas e beijou a mão de sua amada. A prendendo no seu peito, bem próximo do coração, assim a Dulce poderia sentir as suas batidas cardíacas.

— Eu te amo, Dulce... — Anahí murmurou com os olhos na morena. — Você é a força que me levanta todos os dias. Você é a luz, alegria da minha vida. Eu me senti tão transbordada de amor, de paz, de tudo quando estou ao seu lado. Você é a melhor parte de mim. Hoje, se minha vida tem sentido é por você. Eu sempre vou te amar... Hoje, amanhã, depois... Meu amor por você é eterno. — Soluçou. — Obrigada por não ter me abandonado, obrigada por não me deixar... Eu ficaria perdida sem você. Eu te amo.

Dulce ficou muito emocionada com as palavras de sua amada. Anahí se inclinou suavemente para beijar os lábios castamente de sua esposa. Afastou com um sorriso. As lágrimas ainda caiam, mas eram lágrimas de felicidade.

— Eu quero te apresentar o nosso menino... — Anahí disse, abrindo a manta que cobria o pequeno.

— Oh meu Deus... Que príncipe! — Dulce chorou mais. — Oh, meu amor... Como eu te amo! — Segurou na mãozinha do bebê e deu um beijo. — Eu queria tanto segurá-lo, mas não posso...

— Não seja por isso... — Anahí colocou entre o braço de Dulce, o pequeno, assim, ele ficou encaixadinho no braço dela.

Dulce cheirou muito a cabecinha do pequeno. Estava emocionada demais, não conseguia controlar as lágrimas de felicidade que transbordava. Sentiu a mesma sensação de quando teve a Oprah... Soube rapidamente que a sua alma adotou o pequeno como o seu filho. Se algum dia, duvidou se gostaria do bebê... Hoje, não tinha mais dúvidas. O amava! Muito.

— Mamãe te ama, meu amor. — Dulce murmurou. — Ele é tão lindo, se parece tanto com você. — A morena olhou para loira.

— Sim, ele é lindo... A nossa família é perfeita... Ele e Oprah são os nossos príncipes. — Anahí fungou.

— Como será o nome dele? — Dulce perguntou sorrindo.

— Ainda não sei. Deixa-me pensar um pouco... — Anahí fez uma carinha engraçada. — Alguma ideia?

Dulce pensou um pouco. Então, olhou para Anahí e abriu um sorriso mais largo ainda. Anahí também sorriu, e segurou na mãozinha do filho.

— Davi... — As duas sussurraram ao mesmo tempo. Então, sorriram uma para a outra por pensarem no mesmo nome.

— Davi Saviñón Thompson Puente. — Anahí murmurou, dando um beijo na cabecinha do seu filho.

Dulce concordou... Não demorou muito para que Davi abrisse a boca no choro de fome. Todos voltaram para o quarto, e Anahí sentou-se na cadeira de rodas. A técnica a auxiliou sobre a amamentação, e na primeira tentativa, o Davi mamou.

Eric gostou do nome do filho. Ele não se importou por Anahí e Dulce terem escolhido, depois do que passaram, era mais do que justo que isso acontecesse. Apresentação Davi á Oprah que queria muito pegá-lo. A cena foi engraçada.

O clima do quarto foi feliz, e leve... Dali por diante, a certeza de que a felicidade se tornaria rotina...

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