Fanfic: Faz de conta — Portiñón. FINALIZADA. | Tema: Portiñon. DyC. Anahí y Dulce.

Dulce estava se sentindo muito perdida com tudo. Depois de beijo que trocou com Anahí, parecia que toda a sua capacidade de se expressar e também de raciocinar tinha sido aniquilado de si. Tinha que reagir ou a família de sua suposta namorada acharia que ela tinha algum tipo de retardado mental.

Levantou-se do sofá e caminhou até a parede de vidro. Tendo uma visão do lado de fora... A piscina era realmente enorme e belíssima com os coqueiros envolta, e cadeiras de sol com guarda sol distribuídas, no canto, tinha uma cobertura média com uma churrasqueira moderna, achava que era elétrica. Tinha até uma parte uma hidromassagem numa parte da piscina. A família de Anahí era realmente muito rica. Isso a deixava um peixinho fora da água, como iria interagir com pessoas intelectuais? Meu Deus. Nem sabia como iria se comportar na mesa!

Poderia usar a desculpa que estava com dor de cabeça para ficar no quarto... O pensamento do quarto, a fez recordar que teria que dividir o mesmo quarto que Anahí. O seu corpo se arrepiou com o pensamento... Como iria suportar isso? Num ambiente aberto, sentia vontade de agarrar a Anahí, imagina entre quatro paredes numa noite longa? Isso a deixou muito nervosa. Podia sentir cada pedacinho dos seus músculos tensos.

Não sabia por que estava tão nervosa, na realidade... Já que aparentemente a Anahí não estava com esse tipo de interesse por ela. E por que estaria? Era uma simples funcionária. Na vida, ela era uma plebeia, enquanto, a Anahí a majestade. E não estavam em um conto de fadas para que a rainha ficasse com a serviçal.

Não devia está pensando sobre essas coisas. Balançou a cabeça de um lado para o outro, escutando o seu pescoço estralar, estava realmente muito tensa.

— Inacreditável. — Disse uma voz desconhecida, que fez a Dulce virar-se para a pessoa.

A mulher estava bem próxima de si. O que faz a Dulce se questionar, estava tão distraída em pensamentos que nem tinha a escutado se aproximar. Se tivesse uma definição para essa mulher á sua frente, seria: perua. A típica socialite que lidava o tempo todo na clínica. Ela usava um biquíni beirando o escandaloso, mas também... Com aquele corpo chapado, quem não usaria?

Era muito bonita. Todo o pacote era algo esplendido. Que cabelo era esse? Negros e ondulados, tão brilhantes que poderiam cegar! A mulher á olhava da cabeça aos pés, a sua cabeça balançava em negativa como desaprovasse completamente a Dulce. Será que era da família de Anahí? Não sabia. Pelo o que tinha visto desde que chegou, todos eram loiros, menos esta. Os olhos eram escuros parecia lâminas preste a corta a qualquer momento.

Dulce esboçou um sorriso, mas recebeu um olhar tão hostil que os seus lábios tremeram para se desfazer.

— Realmente, classe baixa. — A mulher disse ironicamente.

Precisou de alguns minutos para que Dulce entendesse o que ela estava dizendo. O seu padrão de vida não era elevado, mas a encaixaria na classe média baixa.

— Eu não... — Começou a falar, mas foi interrompida.

— Querida. Isso não foi uma pergunta. — A morena falou, voltando a olhar da cabeça para os pés. — É uma suicido social receber uma mulher de sua classe em nossa casa.

Não sabia quem era aquela mulher, mas estava a detestando!

— Eu sou a namorada de Anahí. — Dulce falou como se aquilo fosse sua salvação.

— Acha que isso é garantia de alguma coisa? — A mulher se aproximou como estava de salto alto, era maior que Dulce. — É apenas uma confirmação que nos longos dos anos, o gosto de Anahí decaiu bastante.

Dulce ficou pasma. Estava sendo humilhada e ainda mais sem ter feito nada para merecer isso! Choque. Nunca tinha sofrido preconceito e sentir na pele um, a deixava sem reação ao menos para se defender. Sentiu acuada e por um momento, desejou que a Anahí aparecesse logo.

— Quem é você, afinal? — Perguntou num fio de voz.

— Eu sou a mulher que você nunca chegará a ser. E logo vou avisando, queridinha... — Apontou o dedo no rosto de Dulce. — Melhor ficar fora do meu caminho e anular qualquer expectativa que tiver com a Anahí. — A olhou dentro dos olhos. — Eu não vou hesitar em passar por cima de ti, se for preciso. Estamos conversadas?

Estava tremendo! E uma louca vontade de chorar invadiu o seu ser, mas era orgulhosa demais para deixar qualquer gota de lágrima caísse por uma desconhecida. A mulher parecia estar muito feliz por ter hesito em humilhá-la, o seu rosto não negava isso.

— Dulce, porque está pálida dessa forma? — A voz tão conhecida fez a Dulce respirar de alívio, não era indefesa e poucas vezes, ficava calada diante a injustiça, mas dessa vez, falhou.

Um brilho surgiu nos olhos da desconhecida que virou como tivesse em câmera lenta, e para o horror de Dulce, o mesmo brilho surgiu nos olhos de Anahí... Algo quente, tóxico e sufocante explodiu dentro de Dulce. Era o ciúme, isso fez com que algumas lágrimas derramassem dos seus olhos.

Lágrimas de puro ódio e também inveja, por que a Anahí nunca a tinha olhado assim, mesmo que em pouco tempo de conhecimento, e provavelmente não iria olhar.

Anahí e desconhecida se encaravam sem nem ao menos respirar, como se o mundo tivesse parado e não existisse mais ninguém no recinto.

— Maite achei que você estava com enxaqueca e ficaria o tempo todo no quarto para descansar. — Disse a Ana Beatriz cortando o clima, ao lado de Anahí com os olhos irônicos. Porém, foi ignorada.

Uma nova cobra tinha sido descoberta no Brasil, cujo nome era: Maite. Dulce constatou com ódio.