Fanfic: Faz de conta — Portiñón. FINALIZADA. | Tema: Portiñon. DyC. Anahí y Dulce.

O jantar tinha se encerrado muito antes do que imaginado. Debbie e Luís saíram para desfrutar a noite. Maite tinha sumido, mas pela maneira que estava soltando fogos pelas ventas, deveria ter ido para o quarto ou qualquer lugar que pudesse extrair o seu mau humor. Ana Beatriz foi para a sala de cinema. Anahí foi para o quarto, estava cansada, não tinha descansado desde que chegou de viagem e suas costas estavam pedindo arrego. E Dulce foi preparar uma mamadeira para Oprah que ainda estava dormindo. A empregada queria ajuda-la, mas a dispensou com educação, não queria causar nenhum incomodo.

Fez o mingau de sua filha e colocou na mamadeira, depois lavou a louça que sujou. Teve um pouco de dificuldade de encontrar algumas coisas naquela cozinha ampla e espaçosa, mas felizmente, conseguiu.

Estava muito cansada. E se fosse assim todos os dias que permanecesse nessa casa? Não era uma pessoa paciente, iria explodir com a Maite e não iria demorar muito.

Pegou a mamadeira que já estava morna e quase morreu do coração ao se virar. O Leonardo estava bem atrás de si com os olhos frios e um copo de uísque na mão. Olhou para os lados, não queria ficar sozinha com ele, mas infelizmente, não tinha ninguém.

— O que você está fazendo aqui? — Leonardo falou baixo, mas sua voz estava trêmula. — Descobriu onde eu morava, seduziu a minha irmã e veio para infernizar a minha vida?

Dulce franziu o cenho.

— Óbvio que não. Não sabia que Anahí era a sua irmã e muito menos tenho a pretensão de infernizar a sua vida, o que aconteceu foi uma surpresa do destino.

— De muito mau gosto! — Leonardo coçou a barba. — Eu não queria vê-la nunca mais.

— Muito menos eu. — Dulce retrucou.

— E essa menina? A tal da Oprah?

— O que tem a minha filha? Não a coloque no meio desta história. Ela é apenas a minha filha, só minha! — Dulce esbravejou na defensiva.

— Quem é o pai dessa criança? — Leonardo ignorou.

Dulce olhou para o Leonardo... Não tinha nenhum sentimento para com ele. Nem negativo e muito menos positivo. Era um ninguém para ela.

— Você sabe muito bem quem é o pai. — Ela respondeu friamente.

Leonardo deu uma risadinha quase histérica, depois esmurrou com força o balcão, assustando a Dulce que deu um passo para trás, mas ele foi mais rápido e a segurou pela mandíbula. Ela arfou de dor quando os dedos magros apertaram os ossos de sua mandíbula, fazendo-a abrir a boca.

— Você contou a Anahí sobre isso? — Leonardo perguntou perto demais, dava pra sentir o hálito de bebida. — Responda! — Gritou.

— Não! — Dulce respondeu com dificuldade, os seus olhos enchendo-se de lágrimas por conta da dor.

Ele a analisou bem. Depois de uns segundos que foram anos para a Dulce, a soltou. Ela esfregou as suas bochechas a dor indo aliviando aos poucos.

— Se você contar alguma coisa, juro que eu a mato! Ouviu bem? — Leonardo apontou o dedo para ela.

— Sim!

Dulce não esperou mais, passou por Leonardo e foi em direção do quarto praticamente correndo. O seu coração estava aos pulos. Antes de entrar no quarto, limpou os olhos e respirou fundo. Abriu a porta e deparou-se com Anahí sentada na cama com os olhos fixos em Oprah.

— Ela acordou? — Dulce perguntou ao fechar a porta e se aproximar. Odiou por sua voz ter saído trêmula.

Anahí a olhou.

— Não. Ainda está dormindo... O que aconteceu com o seu rosto? — Anahí se levantou e tocou as bochechas de Dulce.

Dulce respirou fundo, obrigando-se a manter sóbria, sem nenhuma lágrima de choro.

— Não sei, acho que algum bichinho mordeu, não sei. Ás vezes fico assim, com algumas partes avermelhadas.

Anahí a olhou por alguns segundos, depois subiu a mão e acariciou os cabelos sedosos de Dulce... Amava a textura dos cabelos dela, amava o perfume dela e também os olhos. Dulce estremeceu com o toque, mas não tirou os olhos de Anahí.

— Quero me desculpar por hoje mais cedo. Eu não devia ter agido como uma mulher incoerente, não vai mais acontecer. — Anahí disse baixinho sem parar de acariciar os cabelos da morena. — E também quero pedi desculpa pela Maite. Foi extremamente desagradável o que aconteceu hoje no jantar.

Era a primeira vez que Anahí pedia desculpa por boa vontade, como era a primeira vez também que a tocava assim com carinho, sem ter ninguém por perto para fingir. Como poderia ficar chateada diante dos olhos tão pidões e toques tão gentis?

— Tudo bem... — Dulce murmurou, na bola mágica que era estar encantada por Anahí.

— Você não foi paga para isso... — Anahí suspirou. — Prometo que amanhã será um dia muito melhor. Ok?

Droga. Ela tinha estragado o encanto novamente! Mas não podia culpa-la. Estava fingindo que tinham um relacionamento. Não era verdade, era tudo uma farsa.

Dulce apenas balançou a cabeça em positivo.

— Prometo que também não irei tocá-la sem que a minha família estiver por perto, foi muito indevido o meu comportamento, não se preocupe, não irá mais acontecer. — Dito isso, Anahí deu um beijo na testa de Dulce. — Podemos ser amigas, não é?

Dulce não gostou nada disso, mas o que poderia dizer? Que queria que fossem mais que amigas? Que fizessem sexo? Que tentassem um relacionamento de verdade e saíssem do faz de conta? Por Deus! Fazia apenas um dia que estava “convivendo” com Anahí e já sonhava com algo á mais. Isso era loucura.

— Claro.

Anahí deu mais um sorriso e foi para o banheiro. Enquanto, Dulce... Foi cuidar de Oprah...

Eu amo ler os comentários de vocês. Sério! Fico lisonjeada pelos elogios, e morro de rir com algumas revoltas! Hahaha.

E sobre o que eu tinha... Uma pequena crise de estômago. Estou melhor agora.

Obrigada pelos comentários, meninas...