Fanfic: Faz de conta — Portiñón. FINALIZADA. | Tema: Portiñon. DyC. Anahí y Dulce.

Passou-se quase meia-hora e a Anahí não tinha voltado. O que era muito estranho. Cansada de ficar esperando e também de estar no sol escaldante, pegou as suas coisas e também a Oprah.

— Na! Na! — Oprah dizia querendo descer dos braços dela.

— Não meu amor. Já ficamos demais nessa praia, temos que entrar. Depois voltamos. — Explicou para Oprah.

— Mama! Na! — Oprah continuava a dizer.

Dulce deu um beijo na testa de sua filha e sorriu. Andou apressada para fugir do sol quente. Subiu as escadas e rapidamente estava na área da piscina. Olhou ao redor e não encontrou a Anahí. Mas encontrou a Ana Beatriz que estava no mesmo lugar e parecia muito empolgada mexendo no celular.

— Ana? — Chamou.

— Oi? — Ana Beatriz a olhou e franziu o cenho. — Você sabia que existe uma coisa chamada de protetor solar? Você está parecendo um camarão.

— Eu esqueci. Você sabe onde está a Anahí?

— Não estava com você?

— É. Mas... Ela entrou para buscar água e não voltou mais. — Dulce respirou fundo, a mão de Oprah foi diretamente numa parte que estava queimando.

— Eu não sei. — Ana Beatriz se levantou. — Eu não a vi passar... — Ela olhou para dentro da casa, na direção da cozinha. As paredes de vidros revelavam o interior da mansão. Os seus olhos quase saltaram ao ver a cena.

— Que cara de chocada é essa? — Dulce perguntou já se virando.

— Não! — Ana Beatriz gritou e segurou na mão do ombro de Dulce para impedi-la de virar.

— Ai! — Dulce fez uma careta e deu um passo para trás. — Estou ardida!

— Desculpa. — Ana Beatriz deu um sorriso amarelo. — Sabe o que é bom? Um banho de chuveirão! Por que não vai fazer isso? Você e sua filha.

— Acho que vou entrar. Oprah está com fome e também cansada. — Dulce sorriu. — Obrigada pela dica.

Dulce ia se virando quando a Ana Beatriz tocou no seu ombro novamente.

— Ai!

— Você está queimada. Por que não me deixa levar a Oprah?

— Oh. — Dulce estava surpresa. — Claro.

No começo a menina não queria ir para os braços de Ana Beatriz. Porém, foi convencida. Dulce sentiu-se muito aliviada, o seu corpo estava parecendo brasa. Depois que tomasse banho, iria passar um pós-sol, porque não estava aguentando.

Ana Beatriz balançava a Oprah nos braços que estava fazendo uma carinha de choro. Foi indo em direção da casa, estava muito chateada! Como a Anahí podia fazer aquilo? Depois de tudo que a Maite fez, a idiota de sua irmã ainda se dava o trabalho de se relacionar com a jararaca. Sabia que o relacionamento de Dulce e Anahí era uma coisa falsa, mas mesmo assim se ressentia por Dulce. Era uma boa mulher, e seria perfeita para Anahí.

— Onde será que sua irmã se meteu? — Dulce perguntou a seguindo.

— No inferno com a diaba mãe trocando fluídos. — Ana Beatriz retrucou.

Dulce não entendeu. Quase nunca entendia os sarcasmos de Ana Beatriz.

— O que?

— Nada. — Ana Beatriz olhou para trás com um sorriso amarelo.

— Ah sim. — Dulce respirou aliviada por adentrar na sombra da casa. — Eu vou na cozinha beber água.

Ana Beatriz virou-se rapidamente, esquecendo-se de que estava com uma criança nos braços, mas a Oprah riu, achando divertindo aquela velocidade.

— Não! — Ana Beatriz gritou, ficando nervosa. — A cozinha não.

Dulce apertou os olhos.

— Por que não? Estou com sede e é na cozinha que se tem água, por tanto...

— Porque eu vou levar para você no quarto! Faço questão.

— Por que você levaria para mim quando estou á poucos metros da cozinha? — Dulce questionou.

— Porque eu quero o seu bem estar e ás vezes, é bom ser caridosa, sabe? Estou tentando entrar no céu, vai que cola. — Ana Beatriz deu-lhe as costas, voltando a andar.

Ela estava estranha. Não a conhecia bem, mas definitivamente aquele comportamento não a pertencia. Ficou desconfiada, com a sensação de que estava sendo enganada. Olhou bem para as costas de Ana Beatriz que seguia na frente quase em passos rápidos. Não fazia sentido. Ela não tinha cara e nem jeito de que fazia caridade para ninguém. E outra, porque ela não queria que fosse à cozinha? O seu sexto sentido aflorou-se.

— O que tem na cozinha que eu não posso ir nela? — Dulce perguntou ao cruzar os braços e parou os passos.

Ana Beatriz suspirou e parou. Virou-se para Dulce e ficou um pouco intimidade com o olhar que recebeu.

— Na... Nada. — Gaguejou por estar nervosa.

A resposta foi o suficiente para aumentar a desconfiança de Dulce que não esperou mais. Caminhou em passos firmes até a cozinha. Ana Beatriz correu atrás, tinha que fazer alguma coisa para alertar a sua irmã.

— Dulce! Espere. — Gritou esperando que a Anahí e a Maite escutasse.

Rezou para que a tonta de sua irmã escutasse!